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História La tua cantante- Amor Volturi! - Passeio em Volterra


Escrita por: Mandy2501

Notas do Autor


2° capítulo ;)

Capítulo 2 - Passeio em Volterra


POV SAFIRA:

–Anda filha, levanta logo, você vai se atrasar para a escola.

–Ahhh mãe!! -reclamei fazendo bico- Eu não quero ir, hoje nem aula não vai ter, se tiver é só uma, hoje é aquele passeio para Volterra!

–Eu achei que você gostasse de Volterra!

–Eu gosto mãe, mas já conheço de cor e salteado e outra, a escolher entre ir para Volterra que eu posso ir à qualquer hora e à ficar na minha caminha, adivinha qual eu prefiro? -falei coçando os olhos.

–Mas eu não vou deixar você perder aula, mesmo que nem tenha, sua única obrigação na vida é ir para a escola com ou sem aula!

–Aí você acordou né?

–E você também, cuida, te espero lá na cozinha!

–Tá certo! -suspirei.

Apertei os olhos para me acostumar com a claridade das cortinas e da janela que minha mãe tinha aberto. Hoje nem teria aula, no mínimo só uma. Meu nome é Safira Bittencourt e tenho 17 anos, não moro em Volterra, moro em uma mini cidade chamada WhaleVille, ignorem que traduzindo ao pé da letra, isso significa Vila Baleia. Sorri ao me lembrar disso e finalmente me levantei! Eu nasci no Canadá mas com 7 anos me mudei para Florença, lá, minha linda mãe Marissa Bittencourt -nascida na Inglaterra- se tornou modelo profissional e quis levar uma vida em uma cidade menor, e bote menor nisso. Foi assim que com 13 anos eu vim parar aqui. Gosto bastante daqui, é calma, tranquila e perto de uma das grandes cidades da Itália, Volterra.

Eu sempre gostei muito de ir nos finais de semana com minhas amigas para lá, as lojas eram maravilhosas e baratas e tinha vários gatinhos. Hoje a escola promoveria um passeio à Volterra, já que esta estava em época de turismo e tínhamos alunos de intercâmbio na escola. Quem quisesse ir, era só aparecer na escola no horário normal de aula, 8 horas. Desnecessário dizer que quase ninguém ia né? Só mesmo eu, minhas amigas e os alunos de intercâmbio. Suspirei e entrei no banheiro, demorei um pouco mais do que o habitual no banho pois estava doida de sono, fiquei até tarde fazendo um trabalho de geografia. Quando saí, sequei meu cabelo com secador e me analisei no espelho. Uma expressão de tristeza apareceu no meu rosto, nunca me achei bonita e muito menos interessante mas procurava não pensar muito nisso. Minhas amigas e minha mãe viviam dizendo que aonde eu ia, chamava a atenção dos homens mas família e melhores amigas eram suspeitos para falar. Meu rosto era oval e delicado, parecia um bibelô, minha pele era branca mas não papel, meu cabelo ondulado e na altura dos seios era cor de chocolate quente e os meus olhos eram verdes, mas dependendo da iluminação podiam ficar castanhos bem claros, era isso que todo mundo achava incrível nos meus olhos mas para mim eles eram simples também. Meus lábios eram rosados naturalmente e eu não precisava usar batom, dos 13 aos 15 eu quase entro em depressão por causa de problemas com espinhas mas aí comecei um tratamento à base de anticoncepcionais e fiquei com a pele de bebê, absolutamente lisinha, pelo menos isso. Suspirei de novo e saí para me vestir antes que minha mãe berrasse de novo.

(.....)

Desci as escadas pulando de dois em dois degraus, minha mãe só faltava dar um troço quando eu fazia isso, ela fazia o mesmo e com a minha idade torceu o tornozelo e não quer que aconteça comigo. Desde que me entendo por gente, sempre morei com minha mãe, ela cuidou de mim sozinha, sem marido e com a ajuda apenas de minhas duas tias e primas que moravam aqui em WhaleVille. A única vez que perguntei de meu pai, minha mãe disse que ele a abandonou alguns meses depois que eu nasci, provavelmente, fugiu com outra, depois disso nunca mais tive o menor interesse em saber dele. Minha mãe passou enormes dificuldades e era muito apaixonada por ele, foi um sofrimento mas como ela é forte, deu a volta por cima e agora está linda, rica, poderosa e o mais importante: feliz! Ela só tem 30 anos, me teve muito nova e nunca me tratou como filha e sim como amiga, eu conto tudo para ela e ela é bem doida ás vezes. Cheguei na cozinha e abri um sorriso enorme.

–Bom dia mãe!

–Ah já está mais animadinha?

–Eu gosto de Volterra mãe, mas vou lá quase todo fim de semana...perda de tempo estar indo em plena terça feira sendo que DOMINGO eu fui lá.

–Ah mas tenho certeza que não conhece essa cidade maravilhosa toda, só fica na área comercial com a Kels e a Olívia, hoje você vai conhecer os pontos turísticos da cidade e quem sabe o que vai encontrar por lá.

Uma estranha sensação fez meu estômago revirar quando minha mãe disse isso, muito estranho, um sensação de ansiedade.

–Será que eu encontro um príncipe? -brinquei.

–Quem sabe? Se tiver a sorte que eu tenho você só encontra o cavalinho mesmo! -ela disse fazendo uma careta e sabia a quem estava se referindo.

–Mudando de assunto, pelo menos a Kelsey e a Olívia vão! -falei quando acabei de mastigar.

–E você dizendo que não ia dar ninguém...

–Mas somos só nós três e os estrangeiros e não falamos com eles mãe!

–Quem sabe seu príncipe não está por lá?

–Entre os estrangeiros?

–Sim!

Suspirei. Não conseguia mesmo imaginar alguém afim de mim e querendo me namorar, mas não seja tão negativa Safira!

–Ah meu amor, mudando de assunto de novo, me ligaram hoje bem cedinho e....talvez eu tenha que viajar quinta feira para um desfile na América do Sul na segunda!

–América do Sul? Oh meu Deus porquê eu estudo?

Minha mãe soltou uma risadinha e eu fiz um bico irritado. Sempre quis conhecer a América do Sul, mas é a vida né? Desde que virou modelo, mamãe não para em casa, vive viajando e já deve ter conhecido o mundo todo. Quando estou de férias eu vou com ela o que é ótimo, mas quando não eu fico sozinha em casa. Mas isso não me incomodava, sempre fiquei sozinha desde que ela virou modelo mas sempre acompanhava os desfiles pela TV e tinha muito orgulho da minha mãe, se eu tivesse beleza e peso suficiente, acho que seria modelo também porque altura eu tenho. Dei um pulo da cadeira -que assustou mamãe- e subi correndo para o quarto escovar os dentes e pegar minha mochila pois ouvi a buzina da Kelsey, ela já estava aí, eu sempre pegava carona com ela para a escola. Desci num átimo, dei um beijo na minha mãe e saí sonada, quase tropeço, eu ficava extremamente desajeitada de manhã cedo. Quando entrei no carro, Olívia estava junto e rindo assim como a Kelsey.

–Bonito né? Se eu tivesse caído...

–Eu teria ganhado o dia! -a Kelsey falou enquanto arrancava com o carro.

Dei um tapinha no ombro dela e mostrei a língua para o Olívia que era só risada no banco de trás. Kelsey e Olívia foram as primeiras pessoas que vieram falar comigo assim que entrei na escola, como era muito tímida, se não fossem elas eu ficaria completamente deslocada e sozinha. Elas me apresentaram para muita gente mas criei um vínculo forte com elas mesmo, vivemos juntas para cima e para baixo, as meninas super poderosas. Elas eram lindas de morrer e eu me sentia meio mal com elas mas não deixava transparecer. Olívia foi tagarelando sobre como odeia o namorado novo da mãe dela o caminho inteiro, ela morava só com a mãe também mas diferente de mim, chegou a conhecer o pai e ainda tem contato com ele. Kels morava com os dois, sortuda!

(.....)

O sol brilhava forte em WhaleVille. Estávamos todos do lado de fora da escola, sentados nas mesas de piquenique e esperando o ônibus que nos levaria, como eu disse para minha mãe, deu pouca gente da nossa sala e não teve aula. Eu estava quase dormindo com a cabeça no colo da Kels quando algo ''tapa'' o sol.

–Ai meu Deus, só faltava um eclipse mesmo!

–Abre os olhos amiga! -falou a Kels.

–Vítor??? Não sabia que você ia também! -falei me levantando.

–Deve ser destino, eu também não sabia que você ia Safira!

Rolei os olhos. Claro que ele sabia. Vítor era um amigo meu, mas ele não queria só amizade, já havia dito que me amava desde a primeira vez que colocou os olhos em mim mas eu só o via como amigo, sinto muito. Foi difícil ele entender isso e de vez em quando ainda me dá umas cantadas, me chama para sair ou faz de tudo para estar no mesmo lugar que eu. Minha mãe acha que eu devia dar uma chance para ele, mas Vítor apesar de ser gentil, inteligente, capitão do time de natação e muito bonito, tinha um gênio explosivo, ele se irritava fácil e eu não gostava disso, sei lá se ele podia ser perigoso durante esses ataques! Ele não gostou muito quando soube que eu só queria a amizade dele mas em vez de ficar irritado e explodir, ele ficou chato e insistindo por um bom tempo.

Claro que você não sabia Vítor! -falei irônica.

–Hey, acha que sou seu fã para ficar seguindo cada passo seu mocinha? Eu tenho vida! -ele deu uma risadinha.

–Não foi o que você fez durante vários meses?

–Águas passadas Safira, claro que....você sabe que ainda gosto muito de você, mas paciência....

Dei uma risadinha irônica, paciência era o que ele não tinha, ou se tinha era pouca. O ônibus chegou e nos direcionamos para ele. Lá dentro, aquela sensação de ansiedade tomou conta de mim, mas que droga, era só uma ida até Volterra, domingo mesmo eu fui lá e não fiquei assim. O que era isso?

(.........)

–Não devíamos ter nos afastado do grupo meninas! -falei.

–Ah vai acontecer nada não Safira! Uau, nunca tinha vindo nessa parte de Volterra! É linda e tão.....antiga...-Kelsey estava abismada.

–Sim! -concordei maravilhada também.

–Ei vamos olhar ali? Tem gente lá dentro!

Eu e Kelsey olhamos na direção que Olívia apontava e vimos as portas da torre do relógio abertas. Kelsey concordou na hora, mas a agitação no estômago voltou, eu achei até que ia passar mal, meu estômago se revirou e o coração acelerou. Kelsey pegou minha mão -provavelmente trêmula- e me arrastou com ela e Olívia. Assim que entramos, eu vi a coisa mais perfeita do mundo!

Ele era alto, acho que alguns centímetros mais alto que eu, estava com um uniforme bege e provavelmente trabalhava por lá. Sua pose era absolutamente elegante, com as mãos cruzadas nas costas e os pés bem juntos, parecia um príncipe ou uma estátua considerando sua imobilidade e perfeição, podia jurar que nem respirando ele estava, bom, EU não estava respirando enquanto olhava absolutamente maravilhada para ele. Seu cabelo era curto e metade ondulado e metade liso e oscilava entre o loiro e o castanho claro. Os olhos eram grandes, lindos e cor de mel. Eu estava completamente hipnotizada, ele olhava para frente e parecia nem ter percebido nossa entrada. Olívia e Kelsey estavam olhando para ele tão bobas como eu, mas não tanto como eu.

–Gente olha que pedaço de mal caminho! -cochichou a Kels.

–Que gracinha! Como nunca vimos ele antes por aqui? -Olívia falou.

Eu estava abobada demais para falar algo, senti um monte de borboletas no estômago e meu coração foi às alturas, fiquei até com medo de que ele escutasse. Todas as mulheres lá dentro olhavam para ele, umas disfarçando -como a Olívia e a Kelsey-, outras nem tanto -como EU- e outras iam perguntar algo para ele e não duvido nada de que fosse só conversa para se aproximar dele. Um sentimento estranho de raiva tomou conta de mim quando vi a loira decotada e perua brincando com o cabelo, mordendo os lábios e mostrando algo em uma folha de papel para ele.

–Ah sim senhorita! É só descer essa rua da frente e seguir direto, vai encontrar uma placa enorme com o nome do hotel! -ele disse.

Meu queixo foi no chão! E eu achando que não dava para uma lindeza daquelas ficar mais perfeito. MAS QUE VOZ SEXY E AVELUDADA ERA AQUELA? Meu coração começou a pular feito louco mais uma vez, principalmente quando ele se virou para nossa direção na hora de apontar para a porta aberta atrás de nós. Seu olhar encontrou o meu e ele ficou me olhando com os lindos olhos cor de mel até que eu senti minhas bochechas vermelhas e virei a cabeça, absolutamente constrangida. Pelo canto do olho vi que ele suspirou e virou a cabeça para frente de novo. Ele parecia entediado e irritado enquanto a mulher loira e perua tentava puxar assunto com ele.

–Olha senhorita, me desculpe mas eu tenho mais o que fazer certo? Estou de vigia aqui e tenho que ficar alerta, agradeceria se compreendesse e me deixasse em paz! -ele falou de novo na voz sexy.

A perua loira e decotada olhou para ele maravilhada, assim como eu olhava. Ainda estava com o rosto virado mas acompanhava a cena pelo canto dos olhos, eu simplesmente não conseguia desgrudar os olhos dele. A mulher saiu de perto dele ainda o olhando até onde deu. Ela me lançou um olhar de desprezo e eu quase mostrei a língua para ela. O estanho e maravilhosamente lindo homem não olhou mais para mim e eu suspirei. O que uma beldade daquelas iria querer comigo?

–Ah achei vocês.....nós já vamos e o que vocês tanto olham? -falou Vítor entrando.

Ele olhou para o deus grego e arregalou os olhos mas logo depois fez uma careta. Olívia e Kelsey estavam tão sem reação como eu, estávamos parecendo umas bobas.

–Ah não acredito, deixem de ser bobas, ele não está nem aí para vocês! Vamos logo! Safira!!! -ele me chamou.

Minhas pernas se recusavam a se moverem para longe daquele deus grego, como alguém podia ser lindo, charmoso, elegante e misterioso assim? Provavelmente ele não olhava para ninguém porque já tinha namorada. Suspirei. Meu coração pesou no peito e lancei um último olhar para ele. Já estava na porta -ainda o olhando- quando uma ventania fortíssima jogou meu cabelo todo na cara e me fez derrubar uns papéis de propaganda que eu segurava. Me assustei e fui me abaixar para pegar, mas antes notei que ele estava diferente. Estava com o corpo todo rígido e visivelmente prendendo a respiração, seus olhos estavam em mim e eram uma mistura de raiva com repreensão. Confesso que me assustei, pareciam os olhos daqueles assassinos de filme de terror e a impressão que eu tive era que ele queria me matar só com os olhos. Eu hein? Mas isso só me deixou mais curiosa, quem sabe era uma oportunidade de ouvir aquela voz maravilhosa uma última vez? E se eu fosse perguntar para ele? Bom, apesar de sua expressão, ele não me mataria nem nada. Eu quase ia fazendo isso mas um homem extremamente alto, elegante e bonito apareceu e tocou o ombro dele.

–Demetri! -ouvi o enorme homem falar.

Aquele era o nome dele? Quase sorri! Que nome perfeito, lindo como ele. Ele relaxou mais um pouco com o toque e voz de advertência do outro homem, ele suspirou pesadamente e se endireitou -ele estava em uma postura de ataque não me perguntem porque- mas ainda me encarava com raiva. O outro homem de repente franziu a testa e me olhou abismado. Nesse momento ouvi a voz apressada de Vítor -que provavelmente estava se roendo de ciúmes por eu estar babando naquele deus- gritando meu nome.

–SAFIRAAAAAAA!!!!!!!!!!! -ouvi o gritão.

–ESTOU INDO!!!! -gritei de volta.

Com o rosto vermelho, olhei para ele de novo e ele ainda me encarava com raiva, mas parecia mais tenso do que antes. O homem atrás dele também estava tenso e me encarando aparentemente com raiva também. Eu hein? Corri até meus amigos.

–Amiga você saiu da terra né? -brincou a Kelsey já dentro do ônibus.

–Talvez! -dei de ombros.

–Vocês mulheres são tão bobas, ele não estava nem aí para vocês e muito menos para você Safira! -Vítor estava visivelmente irritado.

Ah ele estava ''aí'' para mim sim, senão não ficaria me encarando daquele jeito. O que será que eu fiz? Será que ele percebeu e se irritou por eu estar feito tonta encarando ele sem parar? E o amigo dele? Só quis mostrar solidariedade ao amigo? Ou será que era verdade que eu atraía os homens? Se fosse isso eu seria a menina mais feliz do mundo, mesmo eles ''me ameaçando'' de morte com os olhos. Demetri...o nome dele ainda estava fresco nos meus ouvidos e eu dei um sorrisinho olhando pela janela. Ouvi o rosnado irritado de Vítor.

(.....)

–E então filha? Como foi o passeio com os coleguinhas hoje em Volterra? -perguntou minha mãe na hora do jantar.

–Lindo...perfeito.....maravilhoso....charmoso....misterioso.....elegante....-eu estava boba ainda.

–Hmmmm para quem não queria ir nesse passeio, ele foi cheio de.....qualidades! -minha mãe me lançou seu olhar ''te peguei''- Achou o príncipe ou o cavalinho?

–Mãe!!!! Aquilo era um rei! Um rei! -repeti completamente extasiada.

–Bom saber, não disse para você que ia encontrar algo por lá?

–Sim, minha mãe tem premonições agora....escuta mãe...estou cansada, já vou! Boa noite!

–Boa noite meu amor, sonhe com o anjo quer dizer...com os anjos!

Revirei os olhos, dei um beijo nela e voei pro meu quarto. Me deitei na cama e fiquei abraçada no travesseiro, com o coração à mil ainda pensando nele, naqueles olhos, naquele charme, naquele olhar assassino que me fascinou e assustou....naquele nome que era tão suave.....Demetri! Logo adormeci, com um leve sorriso no rosto.


Notas Finais


Os olhos cor de mel eram lentes de contato viu gente?
Little bites :*


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