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História Laços - O Tempo Cura, Ou não.


Escrita por: Saychan_

Capítulo 27 - O Tempo Cura, Ou não.


Fanfic / Fanfiction Laços - O Tempo Cura, Ou não.

(Sasuke on)

- EUTANÁSIA!? Você está louco!? - gritei, ao ouvir o que o Itachi disse para mim.

- Sim. Eu ja me decidi. A Konan já falou com os médicos, eles deram permissão. - respondeu ele, na maior tranquilidade.

- Depois te todo o esforço que fizemos para te manter vivo Itachi!? Eu vivi minha vida toda sem você, achando que você estava morto. Nós temos ainda muita coisa pela frente. VOCÊ É O MEU IRMÃO! E eu te amo. Eu te amo então você não pode desistir. Não é assim que os Uchihas fazem. - gritei, tentando segurar a minha raiva. 

- Exatamente por me amar você deveria me deixar partir. Você acha que isso é viver Sasuke? Acha que só porque respiro, porque meu cérebro ainda funciona quer dizer que estou vivo!? Você acha que eu quero passar a vida inteira em uma cama? EU ESTOU TETRAPLÉGICO. Você sabe o significado disso!? Eu só tenho movimentos da cabeça para cima. Eu era médico do quartel, o melhor de todos. General Itachi. Salvei milhares de vidas aqui na Síria. Eu tinha uma vida, agora isso que eu tenho agora... desculpa, eu não quero viver assim. Não quero viver dependendo dos outros para tomar um banho. Não quero que minha sobrinha ou as pessoas olhem para mim e sinta dó. Tudo que vi até agora, já está bom. Minha vida foi maravilhosa. Tive amigos, amei, reencontrei o meu irmão, já conheci minha sobrinha. Se eu decidir continuar, eu só vou estraga-la daqui pra frente. Eu entendo, eu também te amo, mas se fosse você no meu lugar, eu deixaria você partir. Ou você realmente acha, que o estado que estou agora, isso é viver? - disse ele, derrubando sua primeira lágrima desde que reencontrei ele. Da ultima vez que ele chorou, foi na morte dos nossos pais.

- .... não precisa ser hoje. Da um tempo, vamos voltar para o Japão. Vamos fazer isso lá. - respondi, tentando aceitar aquela ideia que doía muito no meu peito. 

- Não vou aguentar uma viagem de tantas horas. E eu não preciso voltar para la, para ver o sofrimento da Sakura, do Naruto. Vai ser aqui, e vai ser agora. - insistiu ele, firme.

- Com licença... - disse a Konan, entrando no quarto após bater na porta.

- O que é!? - respondi, olhando para ela.

- A injeção já esta pronta. Os médicos disseram que quando você estiver preparado... já pode acontecer. - respondeu ela, olhando para o Itachi.

- Eu estou pronto. - respondeu o Itachi, sorrindo. Então ela saiu novamente, para chamar os médicos.

- ... nós deveríamos ter morrido naquele dia. Com a nossa família. - respondi, sentando ao seu lado na cama.

- Não. Se estivéssemos morridos, quantas crianças da Síria estariam mortos? Quem seria o pai da Sarada? Quem salvaria o mundo? Esse era o meu sonho Sasuke. Por isso entrei no exercício. Salvar crianças, pais, mães , irmão. Nunca deixa-las passar por aquilo que eu e você passamos. Nunca serem órfãos, nunca precisarem estar sozinhos nesse mundo repleto do mal. E eu posso dizer que eu o realizei. Fico feliz de estar morrendo desse jeito. Enquanto pessoas morrem bêbadas em estradas, eu morro salvando vidas. Nós somos os heróis. Os bonzinhos. Não existiria o Batman se ele estivesse morrido aquela noite com os seus pais. - disse ele, rindo.

- .... você é um idiota. - respondi, rindo, mas ao mesmo tempo, as lágrimas escorriam no meu rosto.

- Pronto. - disse a Konan, entrando com um médico desconhecido.

- Doutor, se me permite, eu quero aplicar a injeção no meu irmão. - falei, me aproximando do Doutor.

- Familiares não podem fazer isso, não importa se você é médico, e você sabe disso rapaz. - respondeu ele. 

- Nós estamos na Síria Doutor, não existem leis aqui. - respondi. 

- Doutor, por favor. - disse a Konan, segurando o Kit com a injeção.

- ... estarei esperando na porta. - disse o Doutor, após respirar fundo. Então saiu.

- Eu também estarei. - disse a Konan, me entregando a injeção e saindo junto com ele.

- Você não precisa fazer isso. - disse o Itachi, assim que sentei ao lado dele.

- Você é o meu irmão. Eu devo fazer isso. - respondi, preparando seu braço. Mas cada movimento que eu fazia, sentia uma facada no meu coração. Minha mão tremia, e eu não conseguia parar de chorar. Eu.... nunca chorei tanto.

- Sasuke. - disse ele, assim que encostei a agulha no seu braço.

- Espera. É a minha vez de falar. Eu aceito essa sua decisão. E você tem razão, ninguém merece viver assim. Eu não desejo isso a você. E, fique tranquilo. Eu vou ficar bem, vou cuidar da Sakura e do idiota do Naruto. Vou contar a minha filha o quão incrível o Tio dela era. Que você salvava vidas, como o Batman. Haha. Então, esta tudo bem. Você vai ficar bem, nós vamos ficar bem. - falei, olhando no fundo dos seus olhos.

- Sasuke, eu te amo. - disse ele, sorrindo, encostando sua testa na minha. Então eu fechei os olhos, e apertei a injeção... segundos depois, seu corpo caiu frio nos meus braços, e ele havia partido.  Sua face, estava serena, como se ele não estivesse mais sentindo dor, como se estivesse aliviado, como se estivesse em paz. 

- Eu também te amo, Irmão... 

... dois dias depois...

(Sakura on)

- Sakura-chan!! - disse o Naruto, entrando no meu quarto. Eu ainda estava morando em sua casa, afinal, não só fiz uma cesariana mas também operei minha perna, e ainda estava em repouso. A Hinata e o Naruto estão me ajudando muito com a minha filha, assim como me ajudaram muito esses últimos meses. 

- Oi Naruto! - respondi, enquanto  fazia a Sarada dormir no meu colo.

- Esta tudo bem? Você está com uma cara estranha. - disse ele, sentando ao meu lado da cama.

- Eu não sei... estou com uma má impressão. - respondi, olhando para o rostinho lindo da minha filha.

- Fez uma semana que a Sarada nasceu. Eu mandei uma carta para o Sasuke, ele não respondeu né? - disse ele, preocupado. Na mesma hora, meu telefone que estava na escrivaninha tocou. Era o Sasuke ligando pelo Skype! Então como eu estava com a bebê no colo o Naruto atendeu. 

- SASUKE! - disse ele, sorrindo. 

- Oi. - respondeu o Sasuke, seco.

- Deixe-me ve-lo! - falei, pedindo para o Naruto me dar o celular.  Então ele segurou o celular para mim, na minha frente.

- S-Sakura.. - disse o Sasuke, me olhando com uma expressão triste. 

- Ele se foi... não é? - falei, percebendo na hora.

- .... nossa filha é linda. - disse ele, mudando de assunto.

- SASUKE! O Itachi, cade o Itachi!?!? - insisti. Na mesma hora a Sarada acordou chorando.

- Me da ela, eu vou faze-la dormir de novo. - disse o Naruto, deixando o celular comigo e pegando a Sarada. Então ele ficou balançando-a para la e para ca no quarto, enquanto ouvia a conversa.

- Me responde Sasuke. - perguntei novamente.

- Eutanásia. Ele decidiu morrer, pois disse que o jeito que ele estava, o jeito que ele ia levar a vida daqui para a frente não era viver. - respondeu ele, frio.

- ... eu sinto muito. - falei, fechando os olhos, deixando uma lágrima escorrer. O Itachi era uma pessoa muito importante para mim. Ele não era só o irmão do meu marido. Ele era MEU amigo, meu companheiro de todas as horas. Esteve comigo e com o Naruto desde a faculdade. 

- Todos nós sentimos Sasuke. - disse o Naruto, de onde estava.

 - Volta. Volta para cá. Eu comprei uma casa, nós temos a nossa filha. Volta Sasuke. - falei, respirando fundo.

- ... eu, eu não vou voltar agora. - respondeu ele, desviando o olhar.

- Por que!? - perguntei, surpresa.

- Ainda há muitas vidas para salvar. Esse era o desejo do Itachi. Eu pretendo ficar aqui até o exercito conseguir recuperar a maioria das cidades. Vão ter muitos feridos, crianças, mulheres. Ninguém mais quer vir para cá, eles precisam de mim. Eu prometi para mim mesmo que faria isso pelo Itachi. Porque é o que ele estaria fazendo se estivesse vivo. Salvando a vida dessas pessoas inocentes. - Respondeu ele, firme sobre sua decisão.

- E a sua filha? - perguntei.

- Isso não é justo Sasuke! Não é justo com a Sakura, não é justo com ela! - disse o Naruto, entrando na conversa.

- Vocês vão ficar bem. Eu prometo voltar. Só por favor, eu quero que você me entenda Sakura. - disse ele, olhando no fundo dos meus olhos.

- Faça o que você achar melhor, Sasuke. - respondi forçando um sorriso, então logo em seguida a ligação caiu.

- Faça o que você achar melhor!? Você está louca Sakura-chan!?!? - disse o Naruto, colocando a Sarada no berço e depois sentou na minha frente.

- Ele está em luto, deixa ele. - respondi. 

- Mas Sakura, até quando!? Você vai ficar sozinha!? Isso não é culpa sua. E vai acabar sobrando pra você! E se ele não superar? Ele vai ficar para sempre lá? - disse ele, indignado. 

- Se eu morresse, você superaria? - perguntei, olhando no fundo dos seus olhos.

- .... eu não sei. - respondeu ele, abaixando a cabeça.

- Era o irmão dele. Assim como sou sua irmã. A melhor coisa é deixar o tempo resolver isso. Como ele mesmo disse, eu vou ficar bem. Você mais do que ninguém sabe o quanto sou forte. Eu esperei por ele durante tantos anos, mais alguns não fará diferença. - respondi, segurando sua mão.

- Pra você não, mas e para sua filha? - disse ele, levantando bravo, saindo do meu quarto.. 
 

.... 5 anos depois....

(Sakura on)

- Tcharan!!! Olha filha, o seu bolo de aniversário esta pronto! - falei, mostrando para a Sarada o bolo que sofri muito para fazer.

- Mamãe! Ele não está muito bonito mas... tudo bem! Vai estar gostoso! - disse ela, forçando um sorriso.

- Sarada! - falei, surpresa com a resposta dela.

- É que mamãe... você não cozinha muito bem... he..he! - disse ela, sorrindo sem graça.

 - Até você filha!? Bom, mas não deixa de ser verdade... seu pai que é bom na cozinha! - falei, colocando o bolo na mesa do parabéns. Iamos fazer uma festa! Tudo já estava pronto, só faltava os convidados chegarem.

 - Mamãe, o papai vai vir no meu aniversário? - perguntou ela, sentando no meu colo.

- ... Sarada, ja conversamos sobre isso! Papai está salvando vidas na Siria! - respondi, sorrindo.

- Queria que ele viesse no meu aniversário. Queria que ele fizesse meu bolo. Queria que o meu papai fosse igual o papai do Boruto e da Himawari.  - disse ela, abaixando a cabeça. 

- Quem sabe ano que vem, ok? - respondi, respirando fundo. Afinal, não era fácil ter uma conversa dessas com ela.

- Com licença!! - disse o Sasori, abrindo a porta de casa e entrando.

- Tio Sasori!!! - disse a Sarada, correndo até ele e pulando no seu colo. Ela o adorava!

- Quem está fazendo aniversário hoje!?!? Ouvi dizer que é uma tal princesa Sarada! - disse ele, entregando um presente para ela. Então ela desceu do seu colo e abriu. Era uma coroa.

- É uma coroa de princesa!!!! Eu adorei Tio Sasori! Muito, muito obrigada! - disse ela, colocando a coroa, toda feliz.

- De nada princesa! - respondeu ele, sorrindo.

- Mamãe, o Tio Sasori pode ser meu papai? Só hoje! - perguntou a Sarada, me deixando muito, muito sem graça.

- F-Filha!!! Pai você só tem um! E o seu esta trabalhando longe, eu ja disse! - respondi, não sabendo onde enfiar a cara.

- Ok... olha! O Boruto e a Himawari chegaram!!! - disse ela, vendo pela janela o Naruto estacionar o carro. Então ela foi correndo la fora recebe-los. 

- Cuidado com a rua! - gritei.

- Viu, eu disse que eu seria um bom padrasto. - disse o Sasori, se aproximando, com um sorriso safado no rosto. 

- Engraçadinho! - falei, empurrando ele, rindo. Afinal, eu sabia que era uma brincadeira.

- Sakura-chan! - disse o Naruto, entrando na frente. Logo em seguida a Hinata e as crianças entraram.

- Ainda bem que você chegou Naruto! Vem cá na cozinha me ajudar!! Ah, Oi Hinata! - falei, puxando-o para cozinha. 

- O que foi?  - perguntou ele.

- Você chegou na hora certa! Me salvou de uma saia justa. - respondi, secando meu suor do rosto.

- Hahaha o Sasori né? Estou ligado Sakura-chan! Estou ligado! - disse ele, me cutucando.

- Para de ser idiota! - falei batendo no seu ombro.

- Ai ow! Mas .. e o Sasuke, ele ligou?  - perguntou ele, mudando de assunto.

- Faz 2 anos e meio que ele não me liga. Eu tentava todos os dias, mas agora... deixa pra la. Mas, esta tudo bem. Hoje é dia de festa! Vamos comemorar. - respondi, sorrindo.

- ... Ok magrela! Mas, eu estou aqui viu. Sempre estou aqui. - disse ele, me dando um beijo na testa.

- Obrigada. - respondi, abraçando-o. 
 



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