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História Laços. - Primeiro dia de aula.


Escrita por: moongirly_

Notas do Autor


🎀Quero agradecer a todos os favoritos e comentários que recebi; muito obrigada a todos <3
🎀Tenham uma boa leitura :)

Capítulo 3 - Primeiro dia de aula.


Fanfic / Fanfiction Laços. - Primeiro dia de aula.

01\04\2017  06h:00m  segunda-feira. 

 

O dia começou cedo para família Baker, Todd e Geórgia que haviam saído para trabalhar muitas horas atrás, deixando paras as filhas a missão de acordarem sozinhas para irem a escola. Primeiro dia, não será fácil, mas elas aguentaram.  

Alana foi a primeira a levantar, acordou faltando 5 minutos para o despertador soar. Ela tomou banho, fez o café da manhã e acordou sua irmã Alexa, que se recusava a levantar para ir à escola. Lana finalmente convenceu Alex 5 minutos depois, deixando apenas 45 minutos para a garota se arrumar e ir tomar café. Alana é pontual, ficou apressando a irmã para ela ir logo, quer chegar à escola primeiro, ver a movimentação. Alexa acha isso uma idiotice, mas acabou sendo levada pelo desejo da irmã. Elas saíram de casa faltando dez minutos para a primeira aula começar e chegaram à escola com dez minutos sobrando, já que elas só precisam virar a rua e atravessar a mesma.  

Foram direto para a diretoria, claro que acabaram por atrair olhares, não é todo dia que a escola tenha a honra de ter gêmeas como alunas.  

– Alexa Baker e Alana Baker, estou certa? – Perguntou Sra Geller, a diretora da escola. – É um prazer, meu nome é Ella. – As irmãs apertaram a mão da moça na frente das mesmas. – Sentem, por favor. – Pediu e elas se sentaram em duas cadeiras estofadas na frente de uma mesa de escritório marrom escura. Sra Geller deu a volta na mesa e sentou na cadeira atrás dela. – Sei que já ouviram muito isso, mas gostaria de saber quem é Alana e quem é Alexa. Desculpe-me, é que vocês duas são muito iguais. 

– Tudo bem. – Alana disse sorrindo. – Eu sou Alana e ela Alexa. – Apontou para sua direita, onde sua irmã se encontrava.  

– Vocês sempre se vestem igual assim? – Ambas as irmãs vestiam calça jeans preta cintura alta, uma regata cinza e um cardigã por cima, pois estava frio. Elas estão exatamente iguais, da cabeça aos pés, estão calçando um all-star vermelho, exceto o cardigã, de Alexa é marrom e de Alana branco, é assim que farão para as pessoas não as confundirem, mesmo sabendo que irá, essa é a graça de ser gêmea. 

– Na maioria das vezes. – Elas se entreolharam e voltaram prestar atenção na mulher. – Não tem problema, não é? 

– Não, quero que não, mas isso vai confundir a todos, claro que não restringimos o uso de roupas iguais, toda via, seria bom se vocês virem diferentes. Quer saber? Esqueça. – Riu. – Não tem problema, podem vir iguais, já que estarão em salas separadas.  

– Estaremos? – O coração de Alana disparou, ela não se sente muito confortável em ficar longe da irmã, mesmo sabendo que é o certo.  

– Não se preocupe; se não der certo colocamos vocês duas na mesma sala, está bem?  – Assentiram. – Aqui está. – Entregou as meninas um papel cada uma. – Ai tem o horário de suas aulas, do intervalo, nome dos professores, número da sala e senha do armário de ambas, por sorte consegui coloca-las uma do lado da outra. 

– Obrigada, Sra Geller. – Alana sorriu simpática para a diretora.  

– Gostariam de conhecer a escola?  

– Acho que não. – Alexa cortou a fala da irmã. – Gostamos de explorar as coisas sozinhas, se puder, é claro. 

– Podem sim, só não se atrasem para primeira aula, ela começara em 5 minutos.  

As três se despediram e as meninas seguiram juntas até os armários, elas passaram por eles ao entrarem na escola, então já sabem onde ficam.  

– Não se preocupe; okay? – Alexa exclamou ao fechar o armário e olhou para a irmã. – Nos encontramos aqui na hora do intervalo para irmos juntas até o refeitório, sobreviva tá lá. 

– Alex. – Alana reclamou e a irmã riu. – Nossa sala é tão longe uma da outra. 

– Alana, para com isso, não é porque nascemos juntas, que temos que ficar juntas sempre.  

– Eu sei, mas não conhecemos ninguém aqui. 

– Então faça amigos, de preferência legais. – Alex suspirou. – Nos vemos depois. – Elas se abraçaram. – E não se esqueça de confundir as pessoas, será divertido.  

– Até mais.  

Elas se separaram e cada um tomou um rumo no enorme corredor. 

Alana Baker narrando. 

 

Olhei novamente o papel em minha mão para confirmar se estou na frente da sala de aula certa. 3-c, estão estou certa; presumiu. Entrei na sala e avistei poucas pessoas presentes no local, elas sentavam no fundo e conversavam entre si, nem ao menos me deram bola. As aulas já começaram nessa escola, então quer dizer que todos já tem seus lugares escolhidos, cabe a mim pensar em um lugar que talvez ninguém tenha escolhido. Alexa sempre diz que os nerds sentam na frente, eu sou uma, mas segundo ela: eu não devo parecer uma; lá no fundo quem senta é o povo bagunceiro, então sobra o meio. Sente-me no terceiro lugar da fileira próxima a mesa do professor Palacio, que ensina literatura, pelo menos é o que o papel dado pela diretora, diz.  

Tirei meu material de dentro da bolsa e fiquei observando meus colegas entrando e se sentando, nenhum pediu que eu levantasse ainda, então devo ter escolhido o lugar certo para sentar. Alguns me cumprimentaram, foi legal da parte deles, acho que isso significa que terei amigos e Alexa se livrará de mim, mas não serei tão otimista assim, um ato de simpatia as vezes não significa nada.  

O professor adentrou na sala de aula, trajando uma roupa casual, blusa vermelha de manga curta, calça jeans e tênis; trazia consigo uma bolsa de lado. Ele colocou a mesma sobre sua mesa, dando bom dia a todos. Sentou em seu lugar, pegou uma pasta azul - deduzi ser a chamada - e em seguida começou a dizer os nomes dos alunos para preencher a presença de todos que vieram. Esperei ele terminar antes de ir falar com ele, mas não precisei fazer isso, assim que acabou de chamar a todos, Sra Geller adentrou no local chamando por ele. 

– Diretora. – O homem sorriu e se levantou. – O que deseja? 

– Vim apresentar sua nova aluna. – Apontou para mim e me levantei em seguida, ficando ao lado da carteira. – Seu nome é Alana Baker e ela veio de NY. – Dei uma rápida olhada em volta e percebi que todos me olhavam, totalmente constrangedor. – Alana. – Me virei para diretora. – Se precisar de alguma coisa pergunte e eu ou para o professor Palacio. – Assenti com a cabeça.  – Tenha uma boa aula.  

– Obrigada. – Agradeci e ela saiu da sala. Voltei a sentar. 

– Alana, com certeza a sala gostaria de ouvir mais um pouco sobre você. – Sr Palacio exclamou voltando a se sentar também.  

– Bom, não tenho muito o que dizer. Meu nome é Alana, tenho 17 anos, vim de Nova York e me mudei semana passada, mas essa não é a primeira vez na cidade, vinha passear aqui quando era mais nova, e tenho que dizer, ela não mudou quase nada. – Todos concordaram.  

– Fico feliz que esteja de volta, agora para ficar. – Deu um sorriso sincero. – Bom, vamos começar logo essa aula.  

Tirei meus materiais da bolsa e acompanhei a explicação da matéria sem problema ao algum. 

*** 

Guardei meu material assim que o sinal do termino de aula tocou e segui para meu armário, onde havia combinado com Alexa de nos encontrarmos para irmos juntas para o refeitório. Muitas pessoas passaram por mim olhando-me com curiosidade, odeio quando fazem isso, eu me sinto presa em um zoo igual os animais. Pobres coitados.  

Fui emburrada contra os armários de ferro e meus lábios foram tomados com urgência. Não, isso não está acontecendo. Meus olhos arregalaram ao ver um menino me beijando. Fiquei congelada, não tive força para empurra-lo. Ele logo se afastou ao perceber que eu não estava retribuindo como ele esperava. Ouvimos uma risada e olhamos para o lado, avistei Alexa gargalhando. Claro que tinha o dedo dela nisso.  

Uou! – O menino gritou se afastando de mim. – Duas? Meus Deus, diz que beijei a pessoa certa.  

– Não, mas como somos iguais, não faz diferença. – Alex respondeu chorando de rir. – Se manda, garoto. – Mandou balançando a mão para ir embora. O menino ainda muito assustado, saiu andando perdido. 

– Alexa. – A chamei baixinho e ela me olhou. – Ele me beijou. 

– Não foi seu primeiro, foi? – Me fitou e neguei. – Então tudo bem. 

– Quem era ele, Alex? – Abracei minha bolsa, meu coração estava disparado.  

– Um menino da minha sala, ele foi super educado comigo e combinamos de ficar, mas acho que ele foi precipitado. – Passou um braço por meus ombros e me arrastou até o refeitório.  

– Me desculpe. – Pedi, fiquei com o menino que ela queria, que vergonha.  

– Te desculpar? Pelo que? – Ela não parecia ligar pelo ocorrido. 

– Beijei o menino que você queria ficar. – Respondi. 

– Ah, não tem problema. – Da de ombros. – Ele beija bem? 

– Alexa! – Resmunguei e ouvi uma risadinha vindo dela. 

Adentramos no refeitório e ele não estava tão cheio como pensávamos que estaria, a maioria das pessoas estão no jardim lá fora. Ótima escolha, está um lindo sol lá fora. Tiramos nossos casacos, pois Alexa queria continuar confundindo as pessoas, e amarramos na cintura. Pegamos a pequena fila para pegarmos nosso almoço: pizza; nada saudável, mas peguei mesmo assim. Sentamos em uma mesa afastado de todos, mas ainda sim, conseguimos atrair olhares de todos presentes no local. Por que as pessoas acham gêmeas tão fascinantes?  

Passamos a comer enquanto conversávamos sobre as nossas aulas. Três no primeiro tempo e três no segundo, por fim iriamos embora. Depois do que aconteceu no corredor, não vejo a hora de ir embora. Alexa fica me devendo essa, ela sabia que o menino ia acabar nos confundindo, essa não é a primeira vez que isso acontece. Mas francamente, que garoto burro, ele não viu Alex saindo da sala deles?  

– O que está pensando? – Questionou-me tomando um pouco do meu suco, o dela já havia terminado. – No beijo?  

– Não exatamente no beijo, só na burrice do menino. – Rimos. – Como ele não percebeu? Passou mais de uma hora contigo. 

– Garotos Alana, não tenho mais do que dizer. – Concordei. – Eles não são muito detalhistas, mas se fossem, perceberia que nossas blusas de frio são diferentes.  

– Como conseguiu arranjar alguém para beijar no primeiro dia?  

– É o meu charme, que aliás, você também tem, só não sabe usa-lo. – Sorriu vitoriosa. – Francamente, Alana, isso te surpreende mesmo?  

– Na verdade não, mas por favor, não cometa os mesmos erros que cometeu em NY. – Alertei minha irmã. 

– Não comece com isso, Alana, você sabe que eu não vou cometer os meus erros! – Ela irritou-se.  

– Sei que não, mas te conheço, você é impulsiva, Alexa, sempre foi desse jeito. 

– Se continuar com isso, vou te deixar aqui sozinha. – Deu-me um te mato. 

– Tudo bem, tudo bem. – Levantei a mão em forma de rendição. – Não esta mais aqui, quem falou. 

Embora não concorde com a força que minha irmã está agindo – igual quando morávamos em NY –, preciso respeitar a decisão dela e estarei aqui para apoia-la caso sofra novamente.  

Não gosto nem de pensar no que houve em Nova York, Alexa ficou devastada, eu achei que ia acabar cometendo suicídio, mas eu agi de pressa, ajudei minha irmã se recuperar o máximo que pude e quando meus pais anunciaram que iríamos nos mudar para o bem de todos, a esperança de uma vida nova para nós 4 se acendeu.  

Vou deixar as coisas fluírem para ver o que acontece, mas em hipótese alguma, deixarei que as coisas voltem a ser como antes. Espero que Alexa pense o mesmo.


Notas Finais


Você me deixou muito emocionada por ter chegado ate aqui embaixo, então faça um comentário se for possível, isso é muito importante para mim :)
Amo vocês <3
Nanyxx


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