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História Laços (Des)feitos - Parte VI - Amor e Ódio


Escrita por: Tayh-chan

Notas do Autor


"NOSSA TAYH-CHAN VOCÊ AQUI DE NOVO TÃO CEDO" Pois é gente, culpa do Brasil, já que ele ganhou e eu prometi lá no @Fanfics_EXO que eu atualizaria todas as minhas fics nesse final de semana. Eu e minhas promessas né, sorte e azar de vocês, porque nesse capítulo dá pra infartar legal -q

Enfim, como promessa é divida, parte dela eu já estou cumprindo, agora eu tenho mais 24 horas de prazo pra att Amor Colegial, é.

Boa leitura!

Capítulo 6 - Parte VI - Amor e Ódio


“É diferente.” – Chanyeol respondeu. Seus olhos não me encararam em nenhum instante. “Eu sempre vou te amar, mas agora é diferente...”

Doeu. E eu nunca saberia se a dor de um “eu não te amo mais” doeria mais do que esse amor diferente do qual ele falava, afinal eu recebi um “eu sempre vou ter amar.”

“Saia daqui.” – pedi com a voz firme, olhando para a parede. Eu não iria chorar, também não iria me mostrar todo derretido por aquelas palavras, e nem mesmo mostrar tristeza. Eu fiquei apático.

“Baek...”

“Chanyeol, só suma, suma da minha vida. Eu ainda não sei porque você insiste em me ver.”

Chanyeol suspirou, suas mãos foram para seus joelhos, ele se apoiou ali e depois se levantou da cadeira. Soltou murmuro baixo parecendo estar reclamando da posição desconfortável em que estava antes.

Ele se virou de costas e segredou a resposta:

“Porque quando eu estava com você, eu vivi sua vida, seus amigos se tornaram os meus e agora eu não tenho nada além dele. Eu não tenho um amigo pra confessar do quanto as coisas estão se tornando difíceis... E nosso divórcio não o faz deixar de ser a pessoa que mais me entende nesse mundo.”

“Chanyeol...”

“Aliás” – ele me cortou. “Luhan e Sehun não param de me ligar, eles estão ficando loucos achando que o Chen sequestrou você. Ligue para eles.”

Não houve mais nenhuma palavra, nem da minha parte nem da dele. Nenhum aceno, nenhum “até logo”, nada, simplesmente o silêncio. O silêncio externo e a bagunça interna.

Então ele foi embora e eu não tinha mais certeza de quando o veria de novo.

~O~

“Obrigado.” Eu disse a Chen quando ele entrou na sala em silêncio. Eu não precisei especificar o meu obrigado, ele sabia que isso se referia a ele ter respeitado a minha decisão e a mantido em segredo.

“Eu não posso me meter na sua vida, Baek, por mais que eu queira eu não posso. Essa decisão é só sua.”

Confirmei de cabeça baixa, Chen estava certo, absolutamente certo. Mas isso não me tirava da cabeça que aquela frase era só mais uma pressão sobre as minhas costas. O que quer que acontecesse depois, qualquer consequência, a culpa seria minha.

“Você sabe onde colocaram a minha jaqueta? Eu preciso ligar pra alguém.”

“Ah, eu acho que ficou no meu carro. Você pode usar meu celular.”

Chen me alcançou seu celular e eu fiquei um tempo pensando para que número eu deveria ligar, Luhan ou Sehun. Eu tinha certeza que os dois estavam juntos, no entanto era bem capaz de eles começarem a ter uma discussão por motivos de “Baekhyun ligou para o meu celular e não para o seu, ele gosta mais de mim” e etc. Eles brigavam por qualquer motivo bobo, acreditem.

Liguei para Luhan, pois certamente ele faria um bico maior que o namorado caso eu fizesse ao contrário, mesmo sendo mais velho.

“Quem é?”

Sorri ao ver que era Sehun atendendo ao número desconhecido que ligava para o seu namorado.

“Sou eu Hunnie, o Baek.”

Então começou algumas comemorações e gritos, Luhan e Sehun brigando pela posse do celular, uma discussão alta comigo por tê-los deixado sem notícias sendo que eu prometi ligar do banheiro no meio do encontro, essas coisas.

“Desculpe, houve um contratempo.” – respondi.

“Como o que, ein? Que tipo de contratempo foi tão importante a ponto de deixar seus amigos sem notícias?” - era Luhan que falava agora.

“Do tipo cair da escada do restaurante.” – respondi direto, me controlando para não rir. Sim, é um assunto sério, eu poderia ter matado meu filho, Luhan poderia morrer do coração, mas mesmo sua reação era sempre uma graça.

“O QUE? COMO ASSIM? VOCÊ TÁ FICANDO LOUCO? EXPLICA ISSO DIREITO! COMO TÁ O NOSSO SOBRINHO?”

Ri novamente e pedi para que ele fizesse uma pergunta de cada vez, então ele preferiu perguntar como eu estava primeiro, respondi que estava bem e já fui emendando uma coisa na outra. Falei sobre a escada, sobre Kyungsoo e Chanyeol lá em cima, sobre o acidente, sobre Chen e sobre Chanyeol no hospital.

“Eu liguei para aquele filho da puta e ele não me explicou nada disso.”

“Acho que ele não queria preocupar você.”

A linha ficou muda por um instante, não era algo que aconteceria com frequência, não com Luhan e Sehun do outro lado.

“O que ele disse quando estava com você?”

Suspirei baixo, me afundando no travesseiro e conseguindo ver Chen a minha frente, sentado há poucos metros de mim.

“Ele disse que ficou preocupado.”

“O que mais?”

“Que seu coração doeu quando me viu cair lá de cima.”

“Ah, Baek...” – Luhan suspirou triste.

“Eu perguntei a ele se ainda me amava.”

“E o que ele respondeu?”

Olhei para Chen novamente, ele me encarava, repreensível, seus olhos então me deixaram e encararam a parede dessa vez.

“Ele disse que ainda me ama, mas é diferente.” – respondi o mais baixo que pude.

Luhan poderia ficar calado, pensar no que eu disse e se manter calado, mas é óbvio que ele não fez isso.

“Chanyeol ‘tá precisando de uns bons socos naquela cara isso sim, se eu encontrar aquele orelhudo na rua eu mesmo faço isso.”

Eu ri pra não chorar, era incrível como Luhan conseguia me fazer rir mesmo em momentos difíceis como aquele.

“Eu vou desligar agora, passem na minha casa amanhã, está bem?”

“Está bem, até mais. Se cuida."

"Cuida do nosso Peter!" - Sehun gritou, me fazendo rir.

Minha mão caiu sobre o colo com o celular na mão, toquei na tela para encerar a ligação e depois olhei para Chen em meio aquele silêncio perturbador. Seus olhos não me repreendiam mais, a expressão era suave e seus lábios eram puxados minimamente de ambos os lados. Chen estava sorrindo para mim.

~O~

3º mês

“EU NÃO ACREDITO QUE SÃO GÊMEOS!!! BAEKHYUN, GÊMEOS!” – Luhan pulava de alegria em cima do sofá com o meus papéis do ultrassom na mão, não sei o que ele estava achando de bom naquilo tudo que estava tão feliz. Eu teria DOIS, DOIS bebês para cuidar, dois bebês para ouvir o choro, dois bebês para dar comida, limpar a bunda e etc.

“Você tem mesmo uma puta sorte, por que não joga na loteria?” – Sehun ironizou, mas apenas eu entendi o tamanho daquela ironia.

“Não é?” – Luhan indagou num sorriso para o namorado. “Dois bebês, imagina que alegria Hunnie. O médico não conseguiu ver os sexos ainda?”

Meu amigo sentou mais calmo no sofá dessa vez, seu namorado se manteve atrás de si com as pernas uma de cada lado do seu corpo. Eu achava fofo o jeito como Sehun mexia em seu cabelo, sempre cuidadoso.

“Não, por causa da posição ainda não foi possível ver.”

Luhan fez um biquinho fofo, abraçou o namorado e voltou a rir de felicidade, sempre repetindo “gêmeos, gêmeos, gêmeos.” Eu sinceramente não sei ainda como isso pôde acontecer, não havia nenhum caso de gêmeos na minha família que eu soubesse, se minha mãe estivesse viva eu perguntaria a ela. Talvez na família de Chanyeol, mas eu não perguntaria a ele, claro.

“Eu vou ficar louco, vocês vão ver.” – reclamei, me jogando de costas sobre os meus amigos.

~O~

Chen e eu tivemos um encontro digno três dias depois da tentativa falha do primeiro encontro, ele foi muito querido e não me forçou a nada, no segundo encontro rolou dois beijos, no terceiro outros beijos mais intensos. Ele se tornou um bom amigo e um bom companheiro, mas no fim eu era muito injusto com ele. Eu não parava de procurar meu ex-marido em outra pessoa, ah, isso era tão injusto. Chanyeol e Chen eram tão diferentes.

Eu gostava dele, gostava do seu sorriso, da sua sinceridade, da maturidade muito maior que a de Chanyeol, e olha, mais uma vez eu uso uma comparação. É tão inevitável, tentar mudar já é algo cansativo a se fazer. Pois por mais que o tempo passe, você nunca vai esquecer as marcas do seu primeiro amor.

Quando eu contei sobre os gêmeos, Chen fico sem saber como reagir igual a mim, mesmo assim sorriu e me beijou. Não sei explicar a vocês o que se passava na cabeça dele, pois ele só era transparente quando queria. No fundo eu sentia um pouco de receio da parte dele. Compreensível, afinal eu estava esperando dois filhos de outro homem.

Eu não vi Chanyeol depois do hospital, mas ele me mandou uma mensagem no celular com os seguintes dizeres:

“Desculpe por sempre complicar sua vida, fico pensando e não consigo achar um momento em que fui bom para você. Mas deve ter algum, se tiver você ainda deve se lembrar, então eu só peço que esqueça. Eu não quero mais fazer parte da sua dor, mesmo que você faça parte da minha. Você sempre foi tão perfeito, desculpe por ser um cretino.

Estarei longe de Seul por alguns meses, será mais fácil para você assim, não é? Quando eu voltar não terás que se preocupar tanto, permanecerei longe.

Se não fosse doloroso para você eu sussurraria milhões de desculpas, mesmo que eu saiba que isso nunca será o suficiente.

Desculpe meu egoísmo, eu sei que vai doer quando você ler tudo isso, mas será a última vez que eu farei você sentir dor por minha causa. Pois você vai prometer parar de pensar no passado, não é? Você tem que prometer me esquecer, ou melhor, me odeie, me odeie com todas as forças. Eu vou tentar suportar seu ódio, assim como você tenta suportar todos os dias todas as dores que eu te causei.”

 

Quando eu terminei de ler a mensagem a primeira coisa que eu pensei foi no quão errado Chanyeol foi ao me pedir para odiá-lo. O ódio é um sentimento tão forte quanto o amor, você odeia e você ama, ambos são sentimentos que permanecem fortes dentro de você, o ódio e o amor escorre por todos os poros do seu corpo a cada instante. Há níveis e níveis, e se tratando de Chanyeol, amá-lo ou odiá-lo sempre seria no nível máximo. Pena que eu nunca fui do tipo oito ou oitenta. Eu já o amava e o odiava em níveis iguais.

Segunda coisa que eu parei para pensar foi no quanto tempo ele deve ser ficado em frente ao seu aparelho celular, pensando e digitando palavra por palavra. Talvez ele tivesse mandado algo ali que se arrependeu depois, Chanyeol nunca pensava muito no que fazia, ele era impulsivo e as consequências sempre o atingiam com força depois. Chanyeol não sabia lhe dar com as consequências, ele se afundava até não poder mais.

E quando eu tentei ler a mensagem uma segunda vez parei no primeiro parágrafo, pensando nas coisas boas que ele já havia feito para mim. E nossa, havia tantas pensando bem. É fácil em momentos de ódio esquecer tudo de bom que alguém já fez para você, um ato ruim e todo o resto é apagado. Porém eu era certo em colocar as coisas numa balança, e as coisas ruins pesavam mais. Não no sentido numérico, claro, se fosse contar todas as coisas ruins e boas que Chanyeol já havia feito para mim, o lado bom pesaria muito mais. Pena que nem tudo é uma questão de números. O que Chanyeol havia feito no final eram sim o suficiente para apagar todo o resto que ficou de bom, só que não o suficiente para apagar o amor.

Conclusão: Eu sempre iria amar e odiar Park Chanyeol.

~O~

4º mês

“Sua barriga já está bem grande para quatro meses, não acha?” – indagou Chen enquanto alisava a mesma por cima da minha camisa.

“Deve ser porque são gêmeos, não acha?”

Chen riu, murmurando algo como “É verdade”, não ouvi direito já que sua cabeça estava abaixada encostando na minha barriga. Achei tão fofo que me obriguei a passar a mão pelos seus cabelos, não foi tão difícil. Eu começava a aceitar Chen, aos poucos ele preenchia o vazio que Chanyeol tinha deixado em mim.

Mas no fim eu sabia que de uma maneira ou de outra Chen cairia na real, ele já mostrava isso aos poucos. A minha barriga iria crescer até meus filhos virem ao mundo, quando eu os tivesse, se Chen ainda estivesse comigo, as minhas crianças também fariam parte da vida dele. Era algo delicado demais, tanto eu quanto ele jamais tocamos nesse assunto, era como se fosse um acordo mútuo adiar o máximo que pudéssemos.

Ele levantou minha camisa pela barra até ela parar no meu peito e permanecer ali, depois ele começou a distribuir beijo por todas as partes da minha barriga. Vez ou outra ele colocava a língua para fora e arrastava formando uma trilha de saliva, fazendo-me cócegas.

Ele estava ali, dando total atenção a minha barriga e meus bebês e então logo depois sua boca encontrava a minha. As língua se roçavam de leve, até iniciarem uma briga acirrada. Sua mão tocou meu peito por baixo da camisa e foi subindo para o meu pescoço, depois voltou para o peito e depois tocou minha barriga, ele foi fazendo esse movimento de vai e volta de toques por vários minutos, enquanto dava atenção ao meus lábios e beijos singelos na bochecha.

Sua outra mão alcançou meu zíper e antes de abrir ele parou o beijou por um instante, sem descolar os lábios, e olhou nos meus olhos como se esperasse alguma reprovação. Não veio nenhuma, nem mesmo quando ele afastou um pouco mais o rosto, para continuar me encarando melhor, e começou a descer lentamente o zíper. Eu só podia ouvir minha respiração e a dele em sintonia, assim como o barulho do zíper andando até travar. Aquele barulho me arrepiou. O primeiro e o segundo botão da minha calça jeans foram abertos (jeans com elástico no cós da parte traseira, já que eu não parava de engordar e comprar muitas roupas novas não era uma opção inteligente.)

Chen sorriu para mim, me beijou novamente e sua mão entrou em minha cueca.

~O~

“Para, para, por favor.” Pedi a meu marido enquanto ele distribuía beijos pelo meu corpo e forçava dois dedos na minha entrada.

“Por... Por que?” – ele indagou num fiapo, a voz entrecortada e os lábios partidos em busca de ar. Os olhos de Chanyeol estavam mais negros do que nunca, o único brilho que tinha ali era de excitação. Ele parecia sentir ódio, ele estava frio. Não era amor, era sexo.

“Porque você não é assim, você está sendo frio.” – pedi, minhas mãos em seu peito tentando lhe afastar.

“Não tem nada de errado comigo.” – ele insistiu, os dedos se movendo dentro de mim, seu corpo tocando o meu e indo para cima e para baixo como se ele já estivesse estocando sua intimidade dentro de mim.

“Tem sim...” – virei meu rosto quando ele tentou beijar meus lábios.

Não sei se aquilo o irritou, só sei que seus dedos me deixaram, acreditei que ele me deixaria em paz, mas ele apenas substituiu seus dedos pelo seu pênis. O falo grande entrou dentro de mim sem mais de longas, meu interior já o abrigara tantas vezes que não tinha nenhuma dificuldade em entrar. Isso não quer dizer que não doeu, porque doeu sim.

“E você não pode suportar isso? Eu suportei sua frieza durante tanto tempo.” – Chanyeol se moveu, quase saiu do meu interior e voltou de novo, um gemido rouco escapou de seus lábios. “Quantas vezes você fez sexo comigo sem vontade, apenas para me satisfazer. Você acha que eu não sei? Quando você não quer e mesmo assim se força, acha que eu não noto?”

Fechei os olhos com a dor física e emocional que me atingiu, eu nunca imaginei que Chanyeol percebia quando eu fazia sexo sem vontade. Eu apenas não queria negá-lo, não queria ferir seu orgulho dizendo que o sexo às vezes era chato e doloroso. Não que eu não gostasse, mas Chanyeol era praticamente um ninfomaníaco.

“Eu só não queria negar... Ah... Negar você.” – respondi com dificuldade, os gemidos saíam dos meus lábios e não havia nada que eu pudesse fazer para impedi-los.

“Não queria, mas negava.” – ele entrou mais fundo, atingindo um ponto sensível e quase me fazendo gritar. “Negava com seu corpo, com suas ações, eu... Eu podia sentir, Baek.”

As estocadas aumentaram, sua cabeça estava escondida no meu ombro, eu olhava para o teto. Meu corpo balançava para cima e para baixo junto com o dele, a cama acompanhava nossos ritmos. Meus lábios partidos buscavam ar com dificuldade, enquanto ele se enterrava cada vez mais fundo dentro de mim.

“E sabe...” – ele continuou. “Sempre que eu sentia isso eu me esforçava mais e mais para te dar prazer, eu me senti um lixo todas as vezes que você não gozou e eu sim.”

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu agradeci por ele estava com a cabeça afundada no meu ombro e não estar vendo nada. Eu só não podia saber também, que ele chorava igual a mim, e estar afundado ali era um propósito de esconder a mesma coisa que eu derramava.

“Eu quero...” – ele murmurou, entrando forte outra vez. Eu podia sentir sua respiração diferente, ele estava quase lá. “Quero que seja justo... Que que você tenha o mesmo ápice que eu todas as vezes, quero caminhar junto.”

Duas estocadas e meu interior foi preenchido por a sua semente, e mais uma vez e não cheguei lá, mais uma vez eu estava decepcionando Chanyeol. Ele saiu de cima de mim, ele sabia que mais uma vez eu não tinha atingido o ápice com ele. Ele se ajoelhou perto dos meus pés, no meio da minhas pernas e inclinou seu corpo até chegar ao meu membro e colocá-lo na boca.

“Não...” – eu pedi choroso, enxergando seus olhos marejados por um minuto. “Você não precisa fazer isso... Ah... Channie, não... Ah.”

Enquanto eu gemia, sentindo meu membro penetrar sua boca molhada e a língua macia rolar pela minha extensão, eu repetia mentalmente: “Para, não, você não precisa, para de se culpar, para.”

Mas ele insistiu, ele insistiu até minha visão escurecer, minhas costas deixaram de tocar a cama, e com um jato forte eu preenchi a boca dele. Ele levantou, seus olhos me fitaram e eu comecei a chorar. Horrível, aquilo havia sido horrível.

“Meu Deus...” – ele murmurou. “E-eu, eu sou horrível.” – os ombros de Chanyeol começaram a tremer e sua visão embaçou como a minha.

Ele chorou como uma criancinha, enquanto eu apenas derramei lágrimas silenciosas. Obriguei-me a ir até ele e o abraçar, acariciei suas costas e disse que tudo ficaria bem. Eu não sabia naquela época que parte daquele choro era culpa, que a consciência dele pesava.

“Você não é horrível. Tudo vai ficar bem, isso deve acontecer em todo casamento, a gente vai ficar bem.” – murmurei diversas vezes em seu ouvido, enquanto ele chorava mais e mais.

“E-eu não q-quero, não q-quero isso acontecendo.” – ele dizia em meio aos soluços.

Eu sabia que eu tinha minha parcela de culpa, eu era orgulhoso e frio muitas vezes. Não só no sexo, mas várias atitudes minhas se mostravam extremamente orgulhosas e frias. Chanyeol era apaixonado, romântico muitas vezes, mas ele também era impulsivo e orgulhoso. Ele explodia vez ou outra em pura raiva e refletia em ações maldosas, e então ele se arrependia.

“Eu também não, tudo vai melhorar.”

Naquela época eu também não sabia que eu estava completamente enganado.

~O~

“Para.” – Pedi. E foi como se Chen congelasse, pois ele parou qualquer tipo de movimento e ainda assim continuou na mesma posição. “Não pode ser assim sem eu saber, Chen.”

“Do que... Do que está falando?”

Ele se afastou um pouco, o corpo ainda parado na minha frente, me encarando, me encarando tão de perto. Eu queria que ele fosse capaz de ler os meus pensamentos e assim eu não precisasse dizer tudo que estava ali entalado, acumulando.

“Esses bebês vão nascer e então o que vai acontecer?” – indaguei, e novamente seu corpo congelou, provavelmente sua língua também, pois quase um minuto se passou e nenhuma palavra foi dita. O pomo de adão dele subiu e desceu.

“Baek, a gente não precisa falar isso agora.”

Eu ri fraco e sem vontade, afastando seu corpo minimamente para que eu pudesse sair do sofá. Andei até um ponto da sala e permaneci de costas para ele, um suspiro escapou dos meus lábios enquanto eu abaixava minha camisa e levantava o zíper.

“E quando você quer falar disso? Quando eu já estiver envolvido demais para deixar você ir?”

Novamente não veio resposta nenhuma. Eu sabia que eu estava sendo duro com ele, porém não via outro modo além daquele, eu não podia ficar mais machucado do que já estava.

“Você está se alterando, eu não disse que iria deixá-lo.” – pelo roçar alto do couro do sofá e da roupa de Chen eu pude perceber que ele se levantava. Ouvi seus passos se aproximando e me virei.

“Então você está pronto para assumir duas crianças que não são suas? Porque se a gente ficar juntos, isso vai ser inevitável.”

A campainha tocou, e eu quase pude ouvir um suspiro de alívio vindo de Chen, mas foi um engano, seu corpo estava tenso apenas. Olhei para ele uma última vez antes de ir até a porta, esperando que Luhan ou Sehun tivessem um bom motivo para atrapalhar aquele tipo de conversa importante. Eu não sabia quando juntaria coragem de novo para perguntar algo como aquilo outra vez.

Abri a porta com rapidez e minhas pernas ficaram fracas imediatamente, já que eu não tinha me preparado psicologicamente para encarar um Chanyeol encharcado pela chuva. Aquela cena era nostálgica e ao mesmo tempo não era.

Foi só quando seus olhos desceram para minha barriga, que eu compreendi o tamanho do problema que eu tinha acabado de me meter ao abrir aquela porta sem olhar através do olho mágico.

CONTINUA...


Notas Finais


TCHARÃMMMMMMMMMM
Mais uma vez a sorte de Baek o ataca, e surpresaaaaaaa você terá gêmeos o/ (Meu bebê tendo outros dois bebês i.i meus feels)
E POHA, A SORTE DESSE PUTO NÃO ACABOU POR AI, ELA CHEGOU NOVAMENTE E AINDA BATEU NA PORTA! POHA MOLEQUE
Os flash backs terão durante grande parte da fanfic, já que eu não narrei o relacionamento deles antes do divórcio eu acho importante contar como foi, pelo menos algumas cenas e ahhh <3

A SehunDiva fez um poster da fic, olhem que lindo http://thehundiva.tumblr.com/post/90155284204/fic-brasileira-de-exo-poster-lacos-des-feitos
Agora no próximo capítulo tem muita treta, já aviso!


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