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História Laços Inaceitáveis - Caos Hereditário - Desconfiança


Escrita por: SweetOro

Capítulo 4 - Desconfiança


Já fazia cinco anos desde que Konohamaru foi intitulado o Oitavo Hokage e, infelizmente, as circunstâncias não foram das melhores. Naruto havia perdido seu posto que tanto sonhou por conta de uma tragédia e, consequentemente, Konohamaru também; por mais que ele não fosse a vítima da situação, ele alcançou seu objetivo de tornar-se Hokage recorrente a essa situação horrível.

Por mais que ninguém o pressionasse e sempre elogiasse sua performance no posto, ainda assim ele não conseguia se sentir satisfeito. Desde que ele se entende por gente, sua maior inspiração era e sempre seria Naruto Uzumaki; desde que eles são crianças, sempre foi assim. Ele queria ser um Hokage tão bom quanto ele foi e, para isso, ele teria que encontrar os ninjas da Seita das Máscaras e acabar com eles.

Enquanto ele lia e relia os documentos de contratos, recados de outras vilas, dentre tantas outras coisas que não envolviam o ataque da Seita, Konohamaru ouviu a porta batendo:


- Entre! - Ele elevou o tom de voz, afim de fazer com que quem quer que fosse atrás da porta, ouvisse seu chamado.


Cautelosamente, abriu a porta o Shikamaru Nara, segurando uma pasta de documentos em suas mãos. Assim como ele, Shikamaru também estava com olheiras profundas e evidentes abaixo de seus olhos. Sem dizer nada, logo depois que entrou, ele fechou a porta.


- E aí? - Konohamaru se ajeitou na cadeira, apoiando as costas no encosto de forma desleixada e jogada. - Alguma novidade?


- O que você acha? - Shikamaru respondeu, se aproximando e jogando a pasta de documentos sobre a mesa. Ele viu Konohamaru revirando os olhos e bufando, enquanto passava de forma brusca as palmas das mãos sobre sua face, puxando suas bochechas para baixo e revelando a parte interior de suas órbitas - Isso aqui são só mais documentos sobre a fabricação de bandanas para as crianças da academia.


- Ah... - Desanimado, Konohamaru pegou aqueles papéis de dentro da pasta de Shikamaru e começou a folhear, percebendo que era apenas aquilo mesmo que ele havia dito. - É impressionante... Mesmo após cinco anos, com uma equipe gigantesca nos ajudando, a gente não conseguiu progredir NADA! - Konohamaru se exaltou, batendo forte na mesa com seu punho fechado. - NÓS TEMOS O SAI, O IBIKI, A INO, A SAKURA E O SASUKE AJUDANDO! - Ao ouvir esse último nome da boca de Konohamaru, Shikamaru engoliu em seco. - E MESMO ASSIM, NÃO TEMOS NADA!


Konohamaru se acalmou, se encostando de forma desleixada na cadeira, permitindo que sua coluna ficasse em uma posição desconfortável. Um silêncio sepulcral se instalou naquele escritório entre os dois.

 Shikamaru estava com seus dois punhos fechados ao lado de seu corpo. Por dentro, ele mordia suas bochechas. Há cinco anos ele guarda para si, jamais comentou com ninguém sobre sua desconfiança. Isso seria uma acusação -extremamente- grave e ele não tinha prova alguma de que aquilo poderia ser realmente verdade. Ele sabia que não comentar com ninguém, nem mesmo com sua esposa, faria mal ao seu psicológico e, em algum momento, ele iria explidir... Esse momento chegou.


Shikamaru abriu a boca, mas nenhum som saiu. Ele hesitou em pronunciar qualquer palavra. Ele lubrificou seus lábios em um gesto pacificador e suspirou fundo. Seu coração começou a acelerar.


- Konohamaru...


Ele o chamou e ele o encarou.


- Diga.


Konohamaru viu Shikamaru suspirando fundo. Ele não conseguia olhar diretamente em seus olhos. A cor da pele dele estava empalidecendo. Parecia que ele estava passando mal.


- Você sabe... que eu confio em você, né? - Shikamaru perguntou.


- Sim...? - Konohamaru ficou confuso.


- Isso porque, tanto eu como você, queremos vingar Naruto e acabar com esses desgraçados, certo?


- Shikamaru, onde você quer chegar? - Konohamaru ficou impaciente. - Se tem algo a me dizer, diga logo!


Mais uma vez, Shikamaru abriu a boca e nenhum som saiu. Por um momento, ele se arrependeu de ter tomado aquela atitude, ele não tinha certeza se deveria dizer isso, ou não... Mas era tarde demais. Konohamaru insistiria até ele ceder e desembuchar, de uma vez, o que estava instalado em sua garganta.


- Eu desconfio que o Sasuke possa ser um infiltrado da Seita das Máscaras.


Ele falou, simplismente. De uma vez.


Parecia que Shikamaru havia vomitado ou cuspido algo que estava intalado dentro de sua garganta o sufocando e o matando aos poucos. Impressionantemente, Shikamaru sentiu seu corpo mais leve, como se fosse algo físico o peso que lhe foi tirado das costas.


A feição de Konohamaru que, antes, estava confusa e ao mesmo tempo nervosa, se converteu para uma expressão surpresas. Ele abriu a boca levemente, assim como arqueou as sobrancelhas e encarou fixamente Shikamaru, no fundo de seus olhos.


- Como é que é? - Konohamaru perguntou e viu ele engolindo em seco. - Shikamaru, essa é uma acusação extremamente grave.- Ele viu Shikamaru acenando com a cabeça. - Você tem provas?


- Não. - Respondeu. - É tudo baseado em achismo meu.


- Você só pode estar de brincadeira com a minha...


- Konohamaru, me escuta! - Shikamaru o interrompeu e ele o encarou. - Nunca na minha vida eu diria isso em voz alta se isso não estivesse me matando por dentro... Eu guardo isso já faz cinco anos!


- Guarda o que? - Konohamaru se levantou da cadeira e caminhou até a parte da frente da mesa e se apoiou nela, enquanto cruzava os braços.


- Minhas desconfianças. - Shikamaru repsondeu, deixando Konohamaru com dor de cabeça física. - Escuta... Há cinco anos, eu e o Sasuke tivemos uma conversa: Eu estava interrogando ele e houve um momento em que ele demonstrou zero empatia com o Naruto. - Neste momento, Konohamaru pareceu intrigado. - Eu disse que ele não devia ter deixado que Ray cometesse suicídio, ele deveria capturá-lo vivo para que nós obtivessemos mais informações. E ele disse: "Por que só cobra isso de mim? O Naruto espancou o Mutsuma até a morte por vingança pessoal". - Shikamaru se aproximou de Konohamaru e colocou uma de suas mãos sobre o ombro dele. - Konohamaru, ele não conseguiu olhar nos meus olhos quando eu ameacei ele e disse que, se ele estivesse escondendo algo de mim, eu acabaria com ele.


Um silêncio sepulcral, mais uma vez, se instalou entre os dois, pois Shikamaru apenas esperou Konohamaru dizer algo que, por sua vez, desviou o olhar e negou levemente com a cabeça.


- Shikamaru, ele está ajudando a gente nas Investigações. - Konohamaru deu de ombros. 


- Você não acha que, com um infiltrado entre nós, não possa ser mais fácil para o inimigos atrapalhar as nossas investigações? - Ao ouvir isso da boca de Shikamaru, Konohamaru arregalou os olhos e arqueou as sobrancelhas. Por mais que não houvessem provas concretas contra Sasuke, ele confiava mais em Shikamaru do que nele, levando em conta o passado sombrio do Uchiha. - Konohamaru, já fazem cinco anos... É uma equipe de ninjas extremamente experimentes... você não acha isso estranho? Cinco anos sem progresso algum?


- Ta... - Konohamaru deu de ombros e se desvincilhou da mão de Shikamaru, que o segurava. - E o que a gente faz quanto a essa sua desconfiança? E-eu não sei o que fazer...


- Eu vou pensar em um plano, Konohamaru. - Shikamaru apoiou-se com as mãos na mesa. - Fique tranquilo.








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