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História Laços Inquebráveis - Azul


Escrita por: Beikiss

Notas do Autor


Olá olá olá! Demorou bastante esse capítulo a sair (aposto até que esqueceram de mim hehehe) devido aos problemas anteriores, mas agora está tudo certo porque estou com meu computador de volta e cheia de energia pra continuar a escrever pra vocês! Então, desculpem mais uma vez a demora.
O capítulo ficou um pouco grande, eu como sempre só notei depois de um tempo akjadsjdsajk acabei não colocando um momento importante... Mas deixa pro próximo! ;D
Aproveitem o capítulo <3

Capítulo 15 - Azul


Na caminhada em direção à casa de Minho, a estranheza entre o mesmo com Teresa era mais que evidente. Era além de desconfortável, era provavelmente perturbador. Agora Newt entendia com clareza o que Thomas quis dizer sobre quando Teresa e Minho brigavam. Era realmente, como uma Guerra Fria. O silêncio dos dois praticamente obrigava Thomas e Newt a não falarem nada, de tão intenso. O louro pensou em como Thomas lidava com essas situações... Certamente não devia ser fácil e também bem cansativo, mas com certeza ele estava lidando com mais naturalidade que Newt, pela cara de despreocupado que estava fazendo. Na verdade, estava tão despreocupado que estava quase pateta.

– É bem desconfortável ficar entre vocês desse jeito. – Newt falou em meio ao silêncio. Minho e Teresa que estavam cada um em uma ponta, olharam para o louro fazendo uma careta um pouco surpresa. Thomas por outro lado riu, achando graça do comentário súbito do louro.

Teresa e Minho desviaram o olhar de Newt, obviamente os dois sem graça.

– Desculpe. – Minho e Teresa pediram ao mesmo tempo.

Thomas acaba rindo novamente. Ele pensava em todas as vezes que Minho e Teresa ficaram sem se falar por causa de brigas muitas vezes estúpidas e que ele nunca teve jeito pra dizer isso para os dois. Porque era realmente estressante. Ele pensava que se o fizesse, Teresa e Minho iriam gritar com ele, e muito provavelmente era o que aconteceria na realidade, porém Thomas já tinha percebido que Newt fazia um efeito diferente nos dois.

– Não tem problema. – Newt falou sorrindo. – Seja lá o que aconteceu, voltem a se falar logo. Quando não falam fica menos divertido. – Newt terminou com as mãos no bolso da jaqueta.

Teresa e Minho nem responderam. Eles estavam tão sem graça que não conseguiam nem falar.

Quando começaram a caminhar, o céu já se encontrava misturado de laranja, azul e amarelo, mas agora o céu já estava bem azul escuro, característico daquele horário.

– A rua da minha casa é praquele lado Newt. – Teresa falou apontando. Newt olhou. – Minho mora numa rua comercial, já eu moro numa rua lateral dessa.

– Não é muito longe então né? – Newt sorriu para a morena de olhos claros.

– Não, é bem perto.

– Umas duas quadras depois. – Thomas completou e Teresa concordou com a cabeça.

Como já estavam na rua em que Minho morava, depois daquela conversa foi somente mais alguns passos para chegarem.

– É aqui. – Minho falou. – Ali é a loja dos meus pais. Eu tomo conta às vezes.

Newt não sabia com o que ficar mais impressionado, com a casa ou com a loja da família de Minho. Ele ficou até perdido sem saber para onde olhar mais tempo.

A loja ficava bem ao lado da casa de Minho, mas parecia totalmente à parte da casa dele. A loja tinha dois andares com o lado de fora de paredes brancas. Tinha um toldo na frente na cor azul, que dava sombra para frente da loja. A frente do primeiro andar tinha as janelas de vidro, de modo que quem passasse por ali poderia ver todo o colorido que a loja proporcionava por dentro, com todos os doces, balas, chocolates e algumas mesas – pelo menos era o que Newt conseguia ver daquele ângulo. Isso lembrou Newt das cafeterias, restaurantes e bares de Londres. O logo da loja estava bem colorido no vidro que estava escrito Blue Yeun Sweet-Shop. Também estava escrito no segundo andar da loja, que tinha um pirulito caracol colorido em tons de azul ao lado do nome.

– Blue Yeun é seu sobrenome Minho? – Newt perguntou olhando para o garoto.

– Ah... Não. É Minho Yeun. Blue é pra caracterizar a loja. – Minho respondeu. Newt andou para mais perto da loja, mas Teresa e Thomas o seguraram antes que chegasse mais perto.

– Você ainda não está pronto. – Thomas falou quando Newt olhou para os dois sem entender nada.

– É preciso uma preparação psicológica para entrar aí. – Teresa alertou. Newt olhou para Minho, para checar se eles estavam fazendo piada com ele. Minho apenas deu de ombros com suas mãos nos bolsos.

Sem esperar mais alguma reação de Newt, Teresa e Thomas carregaram o louro para longe da loja.

– Que injustiça... – Newt reclamou baixinho. Os outros três riram.

– Vem, vamos conhecer a minha irmã. – Minho disse dando-lhe um sorriso.

Newt quase se esqueceu daquilo. O motivo de estarem lá era a irmã de Minho, que queria ver Teresa. O louro se animou. Talvez conhecesse os pais de Minho também, não é? Será que Minho tinha pais asiáticos como ele ou era mestiço? Ou talvez fosse adotado?

Nem mesmo Newt havia entendido porquê ficou tão animado pra conhecer um pouco mais de Minho. Porém era provavelmente por isso. Newt conhecia pouco de Minho. Quero dizer, considerando o tempo que ficara com eles não conhecia muito de nenhum deles. Mas Minho não falava muito de si, diferente de Teresa e Thomas que sempre respondiam a Newt não importa o que fosse.

Newt sorriu ao pensar naquilo.

Ele não esperava que de todos, Minho seria o mais reservado deles.

Newt não entendia muito de casas americanas. Na verdade, Newt não entendia nada de casas em geral. Afinal, ele nunca teve nenhuma para se espelhar.

Ele já havia visto por fora que a casa de Minho era grande. Devia dar umas três casas do Thomas – ou mais. E o louro achava a casa de Thomas bem aconchegante, mesmo que ele achasse pequena. Bom, talvez fosse pequena para os americanos, mas ele se lembrava de ficar num estúdio, que mesmo ali agora ele não entendia como cabia um colchão de casal que abrigava três pessoas. Então, quando entrou na casa de Minho, ele sentiu que estava em outro mundo.

Ao menos, um mundo muito diferente do dele.

Sabe aqueles salões grandes de entrada que só se via em filmes ou coisas do tipo? A casa de Minho era igual. Talvez um pouco menor, mas era idêntico. Também tinha escada que fazia curva para o segundo andar. A sua direita Newt conseguia ver a sala, enorme. TV de tela plana na parede de sei lá quantas polegadas, sofás grandes, longos e Newt julgava que até somente pelos olhos, pareciam bem confortáveis. Atrás da escada em curva, Newt conseguiu ver muito pouco a área da cozinha, também exageradamente enorme, com uma bancada, banquinhos e algumas panelas coloridas à mostra. À sua esquerda, Newt conseguiu ver somente um longo corredor e nada mais.

– Estou em casa! – Minho anunciou sua chegada, colocando sua mochila no cabideiro dali perto. – Song-Jae! Adivinha quem veio te ver? – Minho gritou bem alto.

Logo, todos ouviram passos do segundo andar bem altos e logo depois, uma menina asiática apareceu no corrimão do segundo andar.

Seus olhos focaram o andar de baixo e, não só seus olhos brilharam, mas também seu sorriso se iluminou ao ver Teresa ali, sorrindo pra ela de volta.

A garotinha desceu a escada praticamente pulando de tão rápida e não fez cerimônia nenhuma ao pular em cima de Teresa para um abraço de urso.

– Teresa! Você veio! – ela apertava a morena de olhos claros com toda a força que podia. – Eu estava esperando você!

– E eu vim, viu? Como o prometido. – Teresa disse e colocou a garota no chão.

Newt olhou as feições da menina.

Ela tinha o cabelo preto e liso que Minho tinha, mas são olhos eram um pouco mais claros do que os dele. Seus narizes eram iguais, mas os olhos e boca da menina eram claramente mais suaves do que os de Minho.

A garota vestia meias diferentes em cada pé e usava um vestido verde claro. Ela também estava com algumas presilhas no cabelo.

– E quem é o lourinho? – Song-Jae perguntou olhando Newt cautelosamente, apertando a roupa de Teresa e de Minho ao mesmo tempo.

Newt sorriu para a menina.

– Sou Newt. – Newt responde sorrindo e se abaixa, estendendo a mão. Song-Jae sorri para ele, enquanto aperta-lhe a mão.

– Mamãe! Minho trouxe amigos novos! – ela gritou, mas sem parar de olhar para Newt. – E ele é mais bonito que o meu irmão!

Todos riram, mas Newt como de costume ficou sem graça, ficando vermelho.

– Song-Jae! Olha os modos! – Newt ouviu a voz de uma mulher. O louro logo ficou de pé.

Ela era obviamente a mãe de Song-Jae e Minho, que também tinha traços asiáticos. Seu cabelo ao contrário dos filhos era de um castanho escuro. Ela não parecia nova, diferente da mãe de Thomas que mais parecia ter uns trinta anos.

– Mãe, esse é o Newt. Newton Graraham. – Minho apresentou o louro. – Essa é a minha mãe, Kimmi Yeun. – a mulher se curvou um pouco, então sorriu para o louro. Newt sorriu também, curvando-se como ela fez.

– Muito prazer, Newt.

– Igualmente. – Newt respondeu sorrindo.

– Ei Newtie! – Song-Jae puxou a jaqueta de Newt. – Você gosta de doces?

– Claro que gosto. – Song-Jae sorriu.

– Então vem cá! Vou te dar alguns! – a menina puxou Newt pela camisa, enquanto com a outra mão carregava Teresa que segurava a mão da menina.

– Ow!

– Calma Song!

– Song-Jae, o que eu te disse sobre os modos? – a mãe disse ao ver a garota levar os visitantes para dentro do corredor, mas a garota fingiu que nem ouviu. – Thomas, fique à vontade. – Thomas só balançou a cabeça em afirmação. – Minho, eu estou trabalhando. Vê se cuida da sua irmã e os seus amigos, por favor?

– Ta bom.

– Não é “ta bom”.

– Desculpe. Sim, senhora.

– Muito bem. – então a mulher saiu, sumindo no corredor.

– Droga, pra onde Song-Jae levou os dois? – Minho se questionou.

– A loja está fechada?

– Está.

– Então só pode que ela foi pro salão dos fundos. – Minho começou a andar, mas Thomas o segurou pelo braço.

– O que foi? – Minho olhou para Thomas, que estava bem sério.

– Você ainda está chateado com Teresa? – o amigo pergunta ao asiático.

– Eu não sei... – Minho desvia do olhar de Thomas. – Teresa sempre fala esse tipo de coisa de Lynn... Mas eu nunca entendi bem o por quê.

– Bom... A Teresa namorou o irmão dela, né?

– Mas ainda é estranho. Parece ser demais, não acha?

– Com certeza é, mas... É assunto delas, eu acho.

– Não importa... – Minho falou amargurado. – Seja lá qual fosse o problema... Teresa me contaria. – Minho se virou para seguir no corredor, mas Thomas o parou novamente.

– Só não fique estranho com ela, ok? – Minho deu um suspiro, lembrando-se de Song-Jae.

– Já sei disso. – Minho respondeu, pensando.

– Você já perguntou pra ela? – Thomas perguntou, então Minho olhou pra ele com uma sobrancelha levantada sem entender do que o outro estava falando. – Sobre isso, da Lynn?

Minho encarou Thomas por um tempo.

– Talvez ela não quer que você saiba, por isso não contou. – Thomas prosseguiu e Minho continuou o encarando. – Você sabe que ela sempre tem um motivo pra tudo.

Minho olhou pra baixo por um tempo e por fim, balançou a cabeça, seguindo novamente pelo corredor.

 

– Newt, Newt! Olha isso aqui também! – Song-Jae carregava Newt para todo o lado, mostrando tudo para ele. – Olha, esse aqui é o meu papai. Ele que faz os doces! – ela sorriu para Newt, apontando a foto do homem asiático de cabelos pretos, que estava ao lado da mulher na foto. – Você quer vê-lo? – ela perguntou animada.

– Seu pai não está trabalhando Song-Jae? – Teresa perguntou seguindo-os.

Depois de Song-Jae ter dado várias balas e chicletes para Teresa e Newt, ela pegou jujubas coloridas açucaradas e ficou colocando-as na boca de Newt para ele acertar o sabor. Ele estava tendo um bom momento e com certeza, havia feito um enorme sucesso com Song-Jae. Teresa já imaginava que ele iria se dar bem com ela, afinal, Newt era legal com todo mundo. Ele tinha sim muitos segredos, mas não era uma pessoa ruim. E crianças, mais do que qualquer outra idade, tinham facilidade em olhar através das pessoas.

– Não sei... – a menina parou de repente, olhando pra Teresa com o dedo indicador no queixo. – Acho que a gente vai ter que descobrir né? – ela correu segurando a mão de Newt, fazendo o garoto quase tropeçar nos próprios pés.

– Wow, wow! – Newt exclamou, acompanhando-a. – Calminha Song-Jae. – Newt puxou um pouco a menina, dando-a um sorriso quando ela olhou pra ele. – Ah não ser que seu pai esteja brincando de esconde-esconde com a gente, ele não deve ter sumido. Vamos com calma aí ninguém se machuca, ta bom?

Song-Jae olhou pro chão e depois para Newt novamente, mas agora suas bochechas estavam rosadas de vergonha.

– Tudo bem. Vamos andando como pessoas civilizadas. – ela disse com um tom sério, sem olhar para Newt. O louro sorria para ela e resolveu ignorar o fato de ela ter ficado sem graça. – Mas ainda quer conhecer meu papai, não é? – Newt deu uma risada.

– É claro.

Então Newt pegou a mão de Song-Jae mais uma vez, desta vez ele carregando-a pelos corredores da tão elegante e vasta casa de Minho, com um passo de cada vez.

Teresa sorriu para aquilo. Teresa nunca havia conseguido fazer a menina asiática se acalmar. Devia ser pelo fato que era agitada como ela então não tinha como dar um exemplo digno para a garotinha.

– Ei, Teresa! Anda se não vamos de deixar para trá-as! – Song-Jae cantarolou olhando um tempo para trás e seguindo seu caminho com Newt a seu lado.

Teresa já estava bem afastada dos dois, então parou perto de uma das portas. Ela sabia que cômodo era aquele sem nem precisar olhar dentro. E não, não era o quarto de Minho, já que este ficava no andar de cima. Era uma pequena sala – em relação a todas as outras – com grandes janelas, em que ela, Minho e Thomas ficavam quando vinham à casa de Minho. Era como dizem, uma sala de descanso. Só que devido ao tempo que aquele trio se conhecia, a sala não estava somente com mesa, cadeiras e sofás super confortáveis como normalmente cômodos assim eram. Lá os três colocavam seus livros favoritos, seus troféus de esporte, fotos pregadas em tudo quanto é lugar, seus CDs favoritos... Era como se fosse um canto só deles, cheio de lembranças e coisas preciosas, em que eles podiam compartilhar um com o outro o quanto quisessem.

Teresa abriu a porta do cômodo notando que era obviamente um lugar que a mãe de Minho não se dava o trabalho de cuidar, já que os três passavam o tempo regularmente ali. Porém, já fazia um bom período que eles não relaxavam naquela sala. Teresa não entendia bem porquê, mas devia ser por uma série de coisas, como trabalhos e exercícios do colégio, compromissos com clubes, etc. Ela não sabia ao certo.

A morena de olhos azuis muito claros sentou em seu lugar favorito de todo o espaço: a cama de balanço.

Era um lugar que Teresa, Thomas e Minho fizeram sozinhos e que por causa disso, era o que caracterizava o cômodo como deles.

– Ah! Teresa está aqui! – Teresa ouviu a voz de Thomas. Logo, ele entrou na sala, seguido de Minho. – Ué, cadê Newt e Song-Jae?

– A Song quis que ele conhecesse o senhor Yeun. – Teresa respondeu, balançando-se de leve na cama de balanço.

– Eu sabia... Minha mãe acabou de avisar que meu pai estava na cozinha da loja, então acho melhor eu ir buscá-la antes que ela se machuque... – Minho disse, virando-se para a porta, mas Thomas o ultrapassou, parando-o pelo peito.

– Eu vou. – Thomas falou, praticamente ordenando que Minho ficasse ali, dando aquele olhar que raramente dava e saindo do cômodo.

Então, Minho olhou para Teresa. Ele não precisou nem falar com ela pra perceber que ela ignorando-o, visto que ela tinha começado a fazer aquela coisa com os olhos, olhando pra qualquer lugar e piscando toda vez que mudava o ponto.

Minho segurou a vontade de suspirar e foi até uma das gavetas da estante.

Quando ele voltou, pegou a mão de Teresa sem pedir licença.

– O que está fazendo Minho?

O asiático não respondeu. Teresa tentou olhar, mas sem sucesso.

– O que é isso? – Teresa tentava olhar. – Ei, me mostre!

– Cala a boca... Estou tentando te pedir desculpas. – ele terminou, olhando nos olhos dela.

Os dois se encararam sem ela falar coisa alguma, então ela levantou as sobrancelhas e olhou para baixo.

Em seu dedo anelar da mão esquerda, tinha um fita azul de doce de alcaçuz, amarrado no dedo de Teresa com um nó.

– Eu odeio esse sabor. – ela falou olhando para ele, mas Minho não se alterou.

– Eu sei.

– Se é pra pedir desculpas, por que não me dá um sabor que eu goste?

– Porque eu gosto desse. – Minho respondeu apontando com a cabeça.

– Isso não faz sentido. – ela falou, mas ele deu de ombros. – Por que um anel?

– Porque ia demorar muito pra fazer um colar.

Teresa o olhou por um momento.

– O pedido de desculpas não é por você. – Minho falou e Teresa abriu os olhos, levantando as sobrancelhas. – É por Song-Jae. Pra ela não achar que estamos brigando ou algo assim. Ela não gosta, você sabe.

Teresa abriu a boca pra falar algo, mas acabou fechando.

Quando se tratava de Song-Jae, Minho era muito protetor. Ele provavelmente era o tipo de irmão que não iria gostar de nenhum dos namorados que Song-Jae com certa idade eventualmente poderia ter, dando-lhes caras feias de todo modo e fazendo de tudo para eles se envergonharem na frente da garota.

Teresa sentia pena da garota já agora, sabendo que Minho provavelmente teria sucesso nessas tentativas de assustar os namorados da menina.

– Sabe, acho que a Song nem iria notar... Ela só quer saber do Newt... Mesmo que eu tenha vindo especialmente para ela.

Minho a olhou indiferente.

– Então não vai precisar do anel. – Minho pegou a mão de Teresa novamente, tentando puxar o anel feito, mas ela não deixou.

– Nada disso, ele é meu! – Teresa protestou.

– Você não precisa de desculpas já que ela não vai notar. – ele falou e tentou pegar novamente, mas ela deitou com os braços pra cima, fazendo a cama balançar um pouco.

Teresa levantou um pouco a cabeça pra olhar Minho que a encarava. A morena levou o dedo na boca, quando Minho ameaçou pegar novamente, então mordeu o doce de seu dedo. Ainda mastigando o alcaçuz com gosto de baunilha e laranja, o favorito de Minho, Teresa disse:

– Pronto. – ela engoliu em seguida. – Desculpa engolida com sucesso.

Minho revirou os olhos e Teresa riu.

– Idiota. – ele disse, sentando-se ao lado dela na cama de balanço.

– Hey, Minho... – Teresa sentou-se novamente.

– Hum?

– Você decidiu... Sobre aquilo?

– Aquilo o que? – ele franziu a testa.

– Seu futuro.

– Hum. – Minho respondeu, pensando. Ele deitou na cama de balanço com os braços cruzados atrás das costas. – Não se preocupa com isso.

Teresa fez bico irritando-se, então deu um soco na barriga de Minho.

– Ai! – ele reclamou e tossiu. Teresa era um tanto forte apesar da magreza. – O que foi?

– Claro que me preocupo! – ela falou alto, irritada. – É o seu futuro! É uma decisão importante! Se você precisar de pontos extras pra entrar na faculdade não vai conseguir se não se decidir agora!

– Tsc.

Ela deu outro soco nele.

– AI! Que merda Teresa! – ele reclamou, mas não deu a devida atenção que a garota queria para o tópico, fechando os olhos. O sangue subiu na cabeça de Teresa enquanto ela o encarava. Ela ficou morrendo de vontade de socá-lo mais, mas se segurou enquanto virava o rosto para frente com uma cara emburrada.

Enquanto um ovo fritava na cabeça de Teresa, Minho deu uma olhada na garota, mas fechou os olhos novamente.

– Por que você se importa? Não tem nada a ver com você.

– Afe, cala a boca.

– Ué, você não perguntou?

– Eu queria saber antes. Agora já é depois.

– Aham... – Minho respondeu debochado. – Eu ainda não me decidi.

– Eu falei que não quero mais saber!

– Meu pai vai apoiar seja lá o que eu decidir. Mas a minha mãe já deu a resposta dela...

– Rum. – Teresa murmurou emburrada.

– Ela quer que eu faça Direito de qualquer jeito. – ele continuou. – E você sabe muito bem como ela é. Por mais que eu tente não vou conseguir a fazer mudar de ideia... Às vezes eu não entendo porque ela casou com um confeiteiro.

Teresa ainda estava irritada, mas já tinha percebido o quão Minho estava aflito ao ouvir suas palavras, e pensando no que ele disse, ela também não entendia como os pais de Minho ficaram juntos.

– E você, o que decidiu? – Teresa ouviu a pergunta despreocupada de Minho.

– Já te disse meus planos. Tanto pra você quanto pra Thomas.

– Estou falando de outra coisa. – Minho falou, sentando-se novamente. Teresa o olhou e os dois se encararam.

– O que foi? – Teresa continuava com seu tom irritado. – Fala de uma vez! Até parece o Thomas, dando voltas e voltas até falar o que quer. – Minho apenas a continuou encarando. – Fala droga!

Mas Minho não disse nada, só ficou em silêncio e depois de um tempo deu seu sorriso debochado. Teresa tinha certeza que Minho era a pessoa que a mais a irritava na face da Terra e não existiria outra jamais.

Enquanto ela pensava na possibilidade de dar mais um soco no estômago do garoto, Minho mudou de assunto.

– Quando Taurus volta? – ele perguntou. Teresa amenizou o rosto um pouco.

– Ah, minha tia disse que essa semana ainda... Por que, ta com saudade? – Teresa deu uma risadinha.

– Claro. – Minho fez uma pausa olhando para Teresa. – Você me avisa quando ele voltar?

– Aviso no mesmo dia! – Teresa respondeu animada. – Ele também deve estar morrendo de vontade de ver! Mas é claro, deve estar mais animado ainda por mim. – Teresa fez biquinho e Minho balançou a cabeça.

– Aquele cachorro me ama demais pra você conseguir entender. – ele respondeu debochado.

Teresa que olhava Minho franziu os lábios e desviou o olhar do dele.

– Todos os animais te amam logo a primeira vista, não sei por que, já que a sua personalidade é péssima... – ela alfinetou.

– Felizmente os animais enxergam uma coisa mais pura, chamada alma. – Minho respondeu, cheio de deboche.

Teresa deu uma risada.

– Alma pura... A sua? – ela continuou a rir.

– Cala a boca.

Teresa continuou rindo de Minho, mas parou quando ouviu uma agitação do lado de fora. Então, Song-Jae apareceu para eles, junto de Thomas e Newt.

Os dois rapazes estavam sem fôlego, arfando de modo que pareciam que tinham acabado de disputar uma maratona.

– Teresa, o que aconteceu? Você tá bem? – Song-Jae chegou perto de Teresa, colocando a mão em seu braço.

Teresa fez um bico fingido.

– Sim! Estou magoada porque você só quer saber de Newt! – Teresa reclamou fingidamente. Song-Jae pulou nas pernas de Teresa subindo em cima dela e a fazendo deitar.

– Desculpa Teresa! – Song pediu abraçando a garota.

– Até seu irmão tava com ciúmes sabia? – Song olhou o irmão.

– É sério. – Minho falou com sua cara indiferente.

– Irmãaaao! – ela se arrastou na cama até agarrar Minho pelo pescoço, abraçando-o por trás enquanto os outros três riam da situação e da imensa fofura de Song-Jae. – Desculpem. – ela pediu outra vez ainda agarrada ao irmão. – Mas o meu preferido agora é Newt.

– Hãaaa? – o trio, Thomas, Minho e Teresa disseram ao mesmo tempo fazendo Song-Jae rir de todos, inclusive Newt que estava agora corado como um pimentão, sorrindo torto e se sentindo cheio, só não sabia explicar do que.


Notas Finais


E aí, gostaram? Acharam que teve pouca ação e muita melação? kdsajkdasha Paciência é uma virtude! Prometo que o próximo será mais agitado... Sério.
E o que acharam da Song-Jae? akjdadslkjaslk Alguém aí na torcida pra Minho e Teresa? :D
Se puderem deixem suas opiniões sobre a fic até agora e também suas reclamações etc, hehe.
Pois é, a fic já está quase no meio... O que acham disso? Eu não sei o que pensar, ainda to confusa. Em fim! Espero que tenha agradado a vocês! Beijos mil.


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