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História Laços (VKook - Taekook) (ChanBaek) - Não é o que pensamos


Escrita por: SkyColor

Notas do Autor


Heeeeeeeeeeey minhas nuvenzinhas!!! (fugindo dos tiros e pedras, por causa da demora)
>> Desculpa mesmo pela demora, mas essa semana foi horrivel para escrever qualquer coisa.... T^T
>> Eu vou responder todos os cometários do capítulo anterior, não se preocupem... T^T 💜💜💜
>> Obrigada pelos 681 favoritos, de verdade 💜💜
>> Espero que gostem do capítulo 💜💜

Capítulo 10 - Não é o que pensamos


(Quatro dias depois)

(Jungkook POV)

Eu estava com o Yoongi na minha casa, sentado no sofá da sala apenas esperando o tempo passar. Nós havíamos saído mais cedo da escola e a melhor notícia é que hoje era o último dia de aula antes do recesso escolar. Ter um mês de férias era tudo o que eu queria. Eu poderia usar o meu tempo para conseguir completar meu objetivo. Fazer o Taehyung se entregar a mim, coisa que não estava sendo nada fácil.

- Como vai seu avanço com o Taehyung? – Yoongi perguntou divertido. Eu o olhei surpreso tentando adivinhar quando meu amigo começou a ter a capacidade de adivinhar o que eu estava pensando. - Durante um mês e pouco tudo que você conseguiu foi se tornar amigo dele. – falou divertido. – Confesso que esperava mais de você. – falou rindo por fim, o que me fez bufar.

Yoongi estava certo, tudo que havia conseguido com o Taehyung foi me aproximar dele e conseguir ganhar a sua amizade, isso se eu não for apenas um colega para ele. Todas as minhas investidas para tentar conquistar o ômega nunca davam cem por cento certo, o que era completamente frustrante.

Flashback On

(duas semanas atrás)

Eu estava voltando com o Yoongi da escola e no caminho para casa resolvi parar em uma bomboniere bastante reconhecida e comprei uma caixa dos melhores bombons do local. Voltamos a fazer o percurso até a minha casa e chegando a mesma eu chamei o Taehyung até o meu quarto, o mesmo não demorou em atender meu pedido.

- Você quer alguma coisa, Jungkook? – ele perguntou calmo, assim que adentrou no cômodo.

- Na verdade sim. – eu falei sorrindo. – Eu quero te entregar isso. – falei, estendendo a caixa para ele. Eu vi os olhos do Taehyung brilharem.

- Obrigado Jungkook eles devem ser ótimos. – ele falou de forma agradecida. Taehyung pegou a caixa e foi em direção ao sofá, se sentando no mesmo e comendo um dos bombons de forma prazerosa.

- Eu não ganho nada em troca? – perguntei me fazendo de triste, porém me arrependi de ter o feito. Taehyung me encarou incrédulo e se levantou em um gesto rápido e começou a vir em minha direção. Sua expressão parecia irritada.

- Jungkook se quiser me dar coisas com segundas intenções... – ele falou me entregando a caixa de bombom. – É melhor não me dar nada. – falou por fim, saindo do quarto irritado. Eu fiquei encarando a porta, estático, enquanto o Yoongi, que estava no quarto o tempo inteiro, ria descontroladamente. Eu joguei a caixa de bombom no meu amigo e a única reação do alfa foi pegar a mesma e comer o que tinha dentro. Conquistar o Taehyung seria uma tarefa mais complicada do que pensei.

Flashback Off

Depois daquele dia eu cheguei à conclusão de que Taehyung poderia estar suspeitando de alguma coisa e se eu quisesse conseguir algo com ele, eu teria que usar alguma tática diferente. De repente algo me chamou a atenção, ou melhor, alguém. Baekhyun apareceu na sala e parecia estar procurando por alguém. Seus olhos estavam avermelhados e sua expressão era de quem estava irritado.

- Baekhyun, você pode pedir para o Taehyung ir ao meu quarto? – perguntei sorrindo. O ômega me olhou serio.

- Jungkook, qualquer coisa que você queira pedir para o Taehyung você poder falar diretamente comigo, está bem? – ele perguntou.

- Por quê? – perguntei confuso. O ômega apenas ficou quieto me encarando de forma contrariada, sendo o suficiente para eu saber o que havia acontecido.

Eu me levantei do sofá e comecei a ir em direção ao quarto dos dois ômegas. Baekhyun não fez menção de vir atrás de mim, o que serviu apenas para aumentar ainda mais as minhas suspeitas e isso estava me deixando irritado. Assim que cheguei ao cômodo abri a porta do mesmo e adentrei no local. O som do chuveiro ligado se fez presente e eu fui em direção a porta do banheiro, que estava fechada, e bati na mesma.

- Taehyung. – chamei pelo ômega.

- J-Jungkook? – a voz vacilante do ômega soou dentro do outro cômodo. – O-o que está fazendo aqui? – perguntou.

- Eu quero ver você. – falei firme. – Não demore para sair, ficarei te esperando aqui no quarto mesmo. – falei por fim e o ômega não respondeu nada.

- O que foi? – Yoongi me perguntou.

- Se eu estiver certo. – comecei a dizer. – Por mais que ele implore para não fazer nada, eu vou até a escola dele. – falei por fim me sentando na cama e encarando a porta.

Depois de alguns minutos o som da porta sendo destrancada e aberta se fez presente. Taehyung estava usando um conjunto de moletom azul claro e branco, a blusa com um desenho de cachorro. Eu poderia dizer que ele estava adorável naquela roupa se não estivesse ocupado tentando conter meu ódio ao ver o rosto do ômega machucado. Diferente da ultima vez, onde ele tinha um grande hematoma no rosto, nele agora havia alguns machucados, mas nada muito grave e ainda assim, eu sentia meu corpo tremer com a raiva.

- Jungkook. – ele me chamou. – Por favor-. – não o deixei terminar a frase.

- Taehyung eu não vou aceitar isso. – falei irritado. – É a segunda vez que você chega machucado em casa! – esbravejei por fim.

- Não é tão grave como da ultima vez. – ele respondeu calmo. – Jimin e Namjoon me defenderam. – continuou. – Não precisa se estressar com isso. – falou por fim.

- Por que eles podem te defender e eu não? – perguntei irritado, sentindo que logo perderia o controle.

- Jungkook, se eu pudesse escolher, ninguém se machucaria por minha causa. – ele falou em um tom um pouco mais firme, porém ainda soava de forma doce.

- Não é essa a questão Taehyung. – eu falei entre dentes. Nesse momento Baekhyun entrou no quarto. Ele segurava um kit de primeiros socorros, o que me fez pensar que ele deveria ter ido atrás da mama para pegar os remédios. – Me dê. – eu falei esticando a mão para o ômega.

- Pra quê? – ele perguntou com o tom de voz duro, o que me fez respirar fundo para não perder o restante de paciência que me restava.

- Eu ainda tenho que conversar com o Taehyung. – respondi. – Então eu vou o ajudar com os curativos. – continuei. Baekhyun hesitou por alguns segundos antes de me entregar a caixa. – Vamos. – falei e comecei a ir em direção ao meu quarto sendo acompanhado pelo Taehyung e Yoongi.

Durante todo o percurso Taehyung não disse uma única palavra. Chegando ao meu quarto, eu fui em direção ao sofá e me sentei no mesmo. Yoongi foi em direção ao amontoado de almofadas que eu usava para cobrir o chão quando alguém vinha ver filme aqui comigo, já que não deixava ninguém encostar na minha cama. Taehyung ficou em pé no meio do quarto me encarando.

- Senta aqui. – eu pedi e assim o ômega fez. – Eu vou na sua escola, você querendo ou não. – falei abrindo a maleta de primeiros socorros e pegando um remédio e algodão.

- Não vai adiantar. – ele falou baixo.

- Vamos ver se não. – falei irritado começando a fazer curativos.

- Não tem como ir lá agora. – ele falou fechando os olhos quando eu toquei em um dos machucados com o algodão. Deveria estar ardendo. – Hoje foi o ultimo dia de aula antes do recesso. – falou por fim.

- Você sempre arruma um jeito de dizer que eu não posso te defender. – falei irritado e ele me encarou de forma seria.

- Jungkook, você realmente se importa ou só está dizendo isso da boca pra fora? – perguntou. Eu o fuzilei com olhos e parei tudo que eu estava fazendo.

- Taehyung, eu realmente não sei o que você pensa de mim e realmente não quero saber. – comecei a dizer com o tom de voz frio e com isso vi o ômega se encolher. – Mas desde a primeira vez que você apanhou eu me preocupei com você. – continuei ainda no mesmo tom. – Saber que você apanha de alfas na sua escola sempre me incomodou e eu sempre demonstrei isso. – falei ficando ainda mais irritado. – Mas claro que deve ter algo por trás da minha preocupação, não é mesmo? – perguntei debochado. – Afinal, sou o tipo de pessoa que não se importa, como todos dizem. – falei por fim o fuzilando.

- J-Jungkook. – ele me chamou. – Me desculpa. – continuou. – É que às vezes você faz coisas esperando que eu retribua de alguma forma e isso me deixou um pouco incerto sobre suas ações. – falou com o tom de voz receoso. – Você realmente se preocupou comigo antes, me desculpa por dizer isso. – falou triste por fim.

- Eu aceito suas desculpas com uma condição. – falei suavizando minha expressão e vi o ômega me olhar desconfiado. – Você sai comigo hoje e eu te mostro que posso ser alguém agradável. – falei simples. Taehyung me olhou e suspirou.

- Jungkook, eu não posso sair com o rosto machucado assim. – ele falou calmo.

- Nada que uma maquiagem não resolva. – respondi simples. – E você ainda continua bonito. – eu falei apertado as bochechas dele na forma em que um bico fofo se formou em seus lábios.

- Jungkook está machucado e está doendo. – ele falou manhoso. Apesar de querer mostrar a ele que eu não sou alguém que faz as coisas com segundas intenções, eu não consegui evitar ter uma pequena ideia para esse momento.

- Quando eu era menor a mama sempre beijava meus machucados para fazer parar de doer. – falei simples. Apesar de eu sempre ter sido uma criança forte e nunca fui de chorar fácil, a mama sempre me tratou como se eu fosse feito de vidro. – Então... Onde está doendo? – eu perguntei sorrindo ladino e ele me olhou cético.

- Aqui. – ele falou apontando para a própria bochecha onde tinha um rastro fino avermelhado.

 Eu depositei um beijo singelo no local e depois me direcionei para o machucado próximo ao olho dele e o beijei, fazendo com que ele fechasse os olhos. Eu beijei todos os machucados do rosto dele e deixei por último o que ficava em seus lábios.  Eu selei nossos lábios de forma simples, gentil e rápida. Quando separei os mesmos Taehyung abriu os olhos devagar e, assim que me encarou, começou a corar.

- Melhor? – perguntei e ele acenou positivamente. – Agora vá se arrumar para sairmos. – falei simples. O ômega se levantou e começou a andar em direção à porta calmamente, porém parou no meio do caminho e me encarou.

- Eu aceito ir com uma condição. – ele disse acanhado.

- Qual? – perguntei.

- Que não vai tentar fazer nada. – ele respondeu. – Nada mesmo. – falou por fim.

- Tudo bem. – respondi simples. Ele sorriu pequeno e saiu do quarto, me deixando sozinho com o Yoongi. Por alguns instantes eu esqueci que o alfa estava no local, de tão quieto que o mesmo estava.

- Vai levar ele pra sair e realmente não vai tentar nada? – Yoongi perguntou divertido.

- Tenho que achar novas formas de fazer ele ceder, já que nada que eu fiz pareceu dar certo. – respondi simples.

- Então vai começar a fazer o que ele pede? – ele perguntou.

- Ele também suspeitaria. – respondi. – Eu tenho que descobrir o que fazer para conseguir ficar com ele. – falei por fim.

- Deixando esse assunto um pouco de lado. – o alfa falou sério. – O que vai fazer em relação aos alfas que batem nele? – perguntou.

- Eu vou na escola dele assim que as férias terminarem. – respondi. Eu realmente iria fazer algo em relação a esse assunto.

Yoongi e eu ficamos conversando durante mais um tempo até que o alfa falou que iria para casa, afinal eu teria um “encontro” com o Taehyung. Eu ri do seu comentário e me despedi do mesmo, logo depois indo para o banheiro tomar um banho relaxante. O toque da água quente no meu corpo fazia o mesmo relaxar por completo. Eu fique cerca de meia hora aproveitando essa sensação e fazendo minha higiene corporal. De repente, o som de porta se abrindo se fez presente e logo depois a voz do Taehyung ecoou.

- Jungkook. – ele me chamou. – Já estou pronto. – falou simples.

- Já vou sair. – respondi terminando meu banho e saindo do box, me cobrindo com o roupão e saindo do banheiro.

Taehyung estava sentado no sofá e seu olhar veio em direção a mim. Ele estava maquiado, usava uma blusa de manga longa, preta, um pouco caída nos ombros, uma calça rasgada do joelho da mesma cor e um all star combinando com a roupa, destacando por conta de alguns detalhes brancos. Ele estava lindo. Eu andei até o meu guarda-roupa e abri a gaveta onde eu guardava minhas box, pegando uma peça de cor azul marinho.

- Quer que eu saia para você se arrumar? – Taehyung perguntou e eu sorri ladino, mesmo que o mesmo não visse por eu estar de costas.

- Não precisa. – falei me virando em sua direção e tirando o roupão logo em seguida. Taehyung arregalou os olhos e eu vi seu olhar descer do meu peito, ao meu abdômen e parar em meu membro. Vi o ômega morder o lábio inferior de um jeito “discreto” e eu não podia me sentir mais satisfeito com isso. Taehyung voltou a olhar meu corpo inteiro até encarar meus olhos. Vi o ômega corar ainda mais e tampar os olhos.

- JUNGKOOK. – ele gritou manhoso. – Por que fez isso? – perguntou.

- Não precisa agir assim. – eu falei calmo enquanto vestia a minha box. – Nós temos o corpo igual. – falei por fim.

- Não temos não. – ele respondeu. – Você tem o corpo perfeitamente definido e bonito, eu não tenho nada disso. – falou por fim. Eu fui em direção ao mesmo e parei a sua frente.

- Você sempre usa roupas mais folgadas em casa, porém quando sai, as calças que escolhe são mais justas. – falei analisando as coxas do ômega. Segurei ele pelos braços e o puxei, fazendo o mesmo ficar em pé e automaticamente tirar as mãos do rosto para me encarar. – Você deve ter pernas lindas e... – falei passando a pontas dos dedos por suas coxas, subindo até chegar em sua bunda e apertar a mesma fazendo o ômega arfar em surpresa. – Tem partes do corpo muito bem definidas. – falei sorrindo pervertido.

- Jungkook se você não parar com isso eu não vou mais. – ele falou emburrado, o que me fez rir.

- Ok. – eu falei o soltando e indo em direção ao meu closet.

Eu coloquei uma calça jeans em tom claro, uma blusa vermelha e um tênis qualquer para combinar com o que eu estava vestindo. Voltei para o meu quarto e penteei meu cabelo e passei um dos meus perfumes favoritos. Peguei minha carteira e meu celular e encarei o ômega que parecia distraído de mais com os próprios dedos.

- Vamos. – falei chamando a atenção do mesmo e o vi levantar e vir em minha direção.

Nós dois saímos do quarto e começamos a ir em direção a garagem. Nos encontramos com Baekhyun e Chanyeol no meio do caminho, mas os dois estavam ocupados demais com a presença um do outro para notar a nossa.  Eles às vezes parecem entrar em um mundo só deles e que nada mais existe. Eu até poderia dizer que eles estão começando a gostar um do outro, mas não sei se é o certo, afinal meu irmão disse que eles estão apenas apostando.

Chegando a garagem, eu peguei a chave de um dos meus carros e entramos no mesmo. Deixei Taehyung colocar as músicas que ele queria durante todo o percurso até o shopping. Ele parecia feliz em apenas fazer isso e ver a animação do mesmo fez um sorriso sincero surgir em meus lábios.

Quando chegamos ao nosso destino, estacionei o carro, saímos do mesmo e entramos no shopping. Ele era enorme e luxuoso, havia uma variedade imensa de lojas e uma praça de alimentação que, na minha opinião, era a melhor entre todos os lugares que costumo ir.

Entrelacei meus dedos aos do Taehyung, fazendo o ômega se surpreender um pouco, e comecei a andar com ele rumo ao cinema. Chegando ao mesmo vi a fila enorme e isso não me agradou nem um pouco. Porém, para o meu alivio, a fila para comprar o ingresso com o cartão de crédito e sem o auxilio do atendente era menor. Segui com Taehyung até a mesma e ficamos esperando por pouco tempo. Chegando a nossa vez eu comecei a fazer todo o procedimento e no momento de escolher um filme eu encarei o ômega.

- Qual você quer ver? – perguntei.

- O de comédia. – ele falou apontando para um dos cartazes e eu concordei com a cabeça, logo comprando nossos ingressos.

- Temos três horas antes do filme começar. – comecei a dizer. – Vamos ficar andando enquanto isso. – falei por fim e ele concordou.

Começamos a andar pelo shopping e o primeiro lugar em que paramos foi em uma livraria. Taehyung me parecia encantado com tudo a sua volta e não pude deixar de notar os olhos do loiro brilharem ao encontrar um box com seis livros de uma saga que eu desconhecia.

- Você quer? – eu perguntei.

- Eu posso pedir para o Baek ou Luhan comprarem pra mim. – respondeu simples, eu o encarei cético antes de pegar o box e ir em direção ao caixa. – J-Jungkook, o que está fazendo? – ele perguntou quando eu coloquei o mesmo no balcão e peguei meu dinheiro, logo o pagando.

- Comprando isso. – respondi simples, peguei a sacola com a compra e o entreguei. – Se você queria era só ter me dito. – falei por fim. Ele ficou me encarando por alguns segundos e depois pegou a sacola.

- Obrigado. – agradeceu.

- De nada. – respondi e entrelacei meus dedos ao dele, para continuarmos a andar pelo shopping.

Nós paramos em uma loja de roupas onde eu comprei algumas peças que me agradavam e outras peças que Taehyung observava por mais de dez segundos, já que o mesmo não teria coragem de me pedir. Passamos em diversos lugares e quando restava uma hora e meia eu resolvi que iriamos ao fliperama. Chegando ao mesmo a primeira coisa que vimos foram maquinas de bichos de pelúcia e entre elas uma com pelúcias do Pokémon, maiores do que as que eu já havia dado ao ômega.

- Jungkook. – ele me chamou manhoso. – A gente pode tentar? – perguntou apontando pra máquina. Era a primeira vez que ele me pedia algo diretamente.

- Claro. – respondi sorrindo. Fui em direção ao caixa e comprei as fichas e seguimos em direção a máquina. – Pega, pode começar. – falei estendendo as fichas para o ômega assim que paramos em frente a maquina.

- Eu sou péssimo nisso. – ele falou formando um bico com os lábios. – Se eu tentar eu vou perder. – disse por fim.

- Então quando você perguntou se a gente podia tentar estava se referindo apenas a mim? – eu perguntei com uma das sobrancelhas levantas e ele sorriu de forma doce em minha direção.

- Por favor. – pediu manhoso e fazendo uma expressão fofa. Eu ri da situação e me posicionei em frente a maquina.

- Chantagista. – falei começando a “jogar”.

Depois de alguns minutos nós dois saímos do fliperama com o Taehyung carregando três bichos de pelúcia, um que parecia uma tartaruga, outro um gato e o ultimo um animal com uma chama na ponta da calda; enquanto eu carregava todas as nossas sacolas. Fomos rapidamente para o meu carro no intuito de guardar as coisas. Eu coloquei todas as sacolas no porta-malas, enquanto Taehyung colocava as pelúcias no banco traseiro do carro.

- Por que está colocando o sinto neles? – eu perguntei assim que me aproximei do ômega e vi o que ele estava fazendo.

- Não quero que eles fiquem rolando pelo carro. – ele respondeu simples.

Assim que terminamos, nós dois voltamos para o fliperama e passamos o restante do tempo jogando juntos. Quando faltava apenas meia hora para o filme começar, nó dois fomos para o cinema. Taehyung se negou a escolher algo para comer e por isso eu acabei escolhendo o maior balde de pipoca e dois refrigerantes, junto com alguns chocolates. Na hora de entrarmos na sala, como eu estava segurando meu refrigerante e a nossa pipoca Taehyung que teve que pegar os ingressos no meu bolso. O rosto do ômega ficou totalmente corado durante o ato. Nós entramos na sala e nos sentamos em nossos devidos lugares.

O filme era realmente interessante e engraçado. Taehyung às vezes se engasgava com o que estava comendo na hora que ria de alguma cena, o que me fazia rir dele e como consequência levar um tapa do ômega emburrado. Depois do filme, eu levei Taehyung até a praça de alimentação e usei a desculpa de que eu já havia escolhido o que comer no cinema e por isso era a vez dele, para que o ômega decidisse onde comeríamos, o que resultou em uma ida ao Mcdonalds.

Despois de comermos nós dois voltamos para casa. Durante todo o caminho, Taehyung falava sobre o filme e suas partes favoritas do mesmo, e eu o respondia sempre que ele me perguntava alguma coisa. Assim que chegamos em casa, o ômega pegou seus bichos de pelúcia enquanto eu pegava todas as sacolas. Nós entramos na casa e, antes mesmo de chegarmos ao quarto do ômega, nós fomos parados pelo Baekhyun.

- Onde você estava? – ele perguntou preocupado ao irmão.

- Eu saí com o Jungkook. – Taehyung respondeu simples.

- E como eu não vi você ir? E por que não veio falar comigo? – perguntou irritado.

- Na verdade a gente passou ao seu lado. – eu respondi. – Mas você e o Chanyeol estavam tão ocupados um com o outro que não perceberam. – falei por fim e vi o ômega corar. Baekhyun direcionou o olhar para as pelúcias que estavam com o Taehyung.

- Você comprou eles? – Baekhyun perguntou ao meu ômega.

- Jungkook ganhou eles pra mim. – Taehyung respondeu simples e Baekhyun o olhou desconfiado. – Eu juro que não pedi para ele comprar nada. – o loiro falou rápido.

- Deixa ele em paz. – eu falei revirando os olhos. – Tudo que eu dei a ele hoje foi porque eu quis. – continuei. – Agora, se nos der licença, temos que guardar tudo. – falei por fim. Baekhyun suspirou e nos deixou a sós. Taehyung e eu fomos em direção ao seu quarto e, assim que chegamos ao mesmo, eu deixei todas as sacolas na cama e separei minhas coisas das dele. – Pronto. – falei satisfeito. – Se divertiu hoje? – perguntei.

- Sim. – ele respondeu sorrindo.

- Que bom. – falei retribuindo o gesto, o ômega ficou me encarando por alguns segundos de forma desconfiada. – O que foi? – perguntei.

- É só isso, certo? – ele perguntou e eu acenei positivamente. Como eu havia prometido eu não faria nada. Taehyung sorriu abertamente e veio em minha direção, me abraçando. Eu me assustei momentaneamente, mas retribui o gesto. – Obrigado por hoje. – ele agradeceu.

- Não tem de que. – falei sorrindo e o encarando, desfazendo nosso abraço. Baguncei os cabelos do ômega com minha mão e o mesmo sorriu. – A gente pode sair mais vezes se você quiser. – falei terno e ele acenou positivamente. – Qualquer coisa eu te chamo, você deve estar cansado. – falei simples. – Até logo. – falei por fim e sai do quarto do ômega.

Comecei a fazer o percurso até o meu quarto com um sorriso satisfeito no rosto. Com a nossa saída de hoje eu finalmente entendi como as coisas funcionavam com o Taehyung. Eu teria que fazer tudo sem esperar nada em troca, teria que fazer tudo com inocência, teria que ser paciente e o conquistar com gestos sinceros. Dessa forma eu com certeza iria ter o que eu quero.

(Três dias depois)

(Baekhyun POV)

Eu estava no meu quarto pegando algumas peças de roupa minhas e do Taehyung, o suficiente para três dias, e as colocando dentro de uma mochila e falando com o Luhan ao telefone. Eu iria precisar ficar alguns dias fora, por conta do cio do meu irmão. A parte mais difícil seria convencer o Chanyeol a me deixar ir, mas a boa noticia era que Jungkook havia ido passar um tempo na casa dos amigos e só chegaria amanhã.

- Baek, você já falou com ele? – Luhan perguntou impaciente do outro lado da linha.

- Eu já pedi para o Taehyung chamar ele. – respondi. Nós tínhamos que ser rápidos, já que seria hoje o provável dia que o Tae entraria no cio. Desde quando ele se descobriu um ômega ele tem seus cios em datas certas, sendo todos no mesmo dia, a cada seis meses.

- Ok. – o ômega respondeu. – Eu vou terminar de arrumas as coisas aqui e já chego ai para buscar vocês. – falou por fim.

- Está bem, até logo. – falei e desliguei.

Continuei a pegar tudo que precisávamos e assim que terminei, depois de alguns minutos, respirei aliviado. Nesse momento, a porta foi aberta e Chanyeol e Taehyung entraram no quarto. O alfa me encarou e sorriu ladino vindo em minha direção.

- Pronto, eu estou aqui. – Chanyeol falou abrindo os braços. – Pode matar a saudade. – disse divertido por fim.

- Não seja idiota. – falei rindo. – Eu tenho que te dizer algo sério. – falei o encarando. Chanyeol me olhou surpreso e se sentou na cama, apoiando a cabeça nas mãos.

- Pode dizer. – falou. – É agora que vai se declarar e dizer que perdeu? – perguntou. Eu o encarei cético e fui na direção da cama, logo pegando uma das pelúcias do meu irmão e joguei no alfa.

- Baek. – Tae me chamou manhoso. – Não envolva meus bichinhos nas brigas de vocês. – falou de forma fofa, apesar de que com certeza queria passar a sensação de estar bravo. – Eu vou falar com a dona Heejin enquanto você fala com o Chany. – disse por fim e eu acenei positivamente, vendo o ômega sair do cômodo.

- É realmente serio ao ponto de terem que falar com a Heejin? – Chanyeol perguntou curioso.

- Chanyeol. – eu o chamei ao que me sentava na sua frente, na cama. – Eu vou precisar ficar fora por três dias. – falei simples e o alfa riu nasalmente.

- Não. – respondeu simples.

- Eu realmente preciso ir, Chanyeol, e o Tae vai comigo. – falei o encarando de forma seria. – É algo urgente. – concluí minha frase.

- E o que seria de tanta urgência ao ponto de terem que sair? – ele perguntou me encarando serio. Ele parecia não estar gostando nem um pouco da ideia.

- O cio do meu irmão. – respondi calmo e vi o alfa me olhar surpreso.

- É, realmente isso é um problema. – ele falou. – Jungkook e eu não somos atados assim como alguns dos seguranças. – falou por fim.

- Por isso eu preciso ir. – eu falei me aproximando. – Seu irmão não está aqui para avisar a ele, então preciso que diga já que vamos hoje. – continuei. – Tudo bem? – perguntei.

- Claro. – ele respondeu. – Onde vocês vão ficar? – perguntou.

- Na casa do Luhan. – respondi.

- Isso era obvio já que ele é seu melhor amigo. – ele falou sorrindo de forma estranha ao falar a palavra “amigo”. – Mas por que você tem que ir? – perguntou.

- Eu não vou deixar meu irmão lá e voltar Chanyeol. – respondi incrédulo. – Eu tenho que cuidar do Tae. – eu disse por fim.

- Você está certo. – o alfa falou suspirando pesadamente o que me fez rir.

- Não precisa ficar assim, eu volto em três dias. – falei brincalhão. – Até lá você vai conseguir suportar a saudade. – falei por fim, sorrindo ladino.

- Acho que quem vai ficar com saudades é você e não eu. – ele respondeu no mesmo tom que eu. – Não me ligue de madrugada por conta disso, por favor. – disse rindo por fim.

- Não teria como eu fazer isso, porque eu não tenho seu número. – falei sorrindo.

- Isso é uma forma de pedir meu número Baek? – ele perguntou. – Me de seu celular. – falou estendendo a mão.

- Não. – respondi rindo.

- É uma ordem. – ele falou sorrindo ladino e eu bufei o entregando o aparelho. – Destrave. – falou me entregando o celular de volta e eu revirei os olhos o pegando, destravando e devolvendo ao alfa. Chanyeol ficou com ele por alguns minutos e sorria divertido, depois ligou do meu celular para o dele e me entregou o meu aparelho. – Pronto. – falou sorrindo de forma divertida. Eu peguei o celular e encarei a tela que mostrava o contato do alfa salvo e ri incrédulo.

- “My love”. É serio? – perguntei me referindo ao nome que estava salvo. O alfa riu e me mostrou o própria celular, que tinha o meu número já salvo. – “Meu fã”, você é o meu amor e eu sou seu fã? – perguntei cético.

- Isso mesmo. – ele respondeu rindo.

- Você é um ridículo. – falei negando com a cabeça.

- Tenho certeza que só está dizendo isso da boca pra fora. – ele falou rindo. – Você me adora, assim como tudo que eu faço. – continuou. – Meus abraços, meus beijos... – disse sorrindo ladino e ri do que foi dito.

- Só nos beijamos uma vez e foi a força, Chanyeol. – respondi. – E eu sequer me lembro desse beijo. – concluí minha frase.

Em um gesto rápido, Chanyeol veio em minha direção e jogou o corpo contra o meu, me fazendo deitar na cama com ele por cima de mim, se posicionando entre minhas pernas. Meu coração acelerou por conta do susto e eu encarei o alfa. Ele tinha o olhar penetrante focado em mim e a boca entreaberta.

- Acho que eu deveria te beijar. – ele falou com o tom de voz rouco, que me fez arrepiar. Eu não o respondi.

Chanyeol começou a aproximar nossos rostos e tudo que eu fazia era intercalar o olhar entre a boca e os olhos do mesmo. O toque dos lábios do alfa se fez presente nos meus e com isso uma onde de calor percorreu meu corpo. O beijou começou como apenas um toque calmo, até que Chanyeol aprofundou um pouco mais, me pedindo passagem com a língua e eu a cedi. Levei uma das minhas mãos até a nuca do alfa e a outra eu entrelacei nos fios negros do mesmo. O beijo foi calmo do início ao fim, nossas línguas agiam em perfeita harmonia. Quando nos separamos voltamos a encarar um ao outro.

- Eu... – ele começou a dizer enquanto corava, porém eu não o deixei terminar, o puxando para um novo beijo.

Dessa vez o beijo já começou um pouco mais intenso. Chanyeol começou a passar a mão pelo meu corpo e eu arranhava as costas do alfa enquanto puxava o cabelo do mesmo, com cuidado para não o machucar. Nossas ereções começaram a se formar e friccionar uma na outra, arrancando gemidos baixos da parte de ambos. Meu corpo queimava, eu só procurava ter mais contato com o alfa e eu sentia que ele fazia a mesma coisa - a cada aperto que dava em minhas coxas e nádegas, puxando meu corpo mais para si.

- Baek eu chegue-. – a voz do Luhan se fez presente no cômodo, o que foi o suficiente para fazer com que Chanyeol e eu parecemos o beijo e olhássemos para a porta. Eu vi o Luhan e o Tae parados na porta, nos encarando. Luhan parecia surpreso e Taehyung tinha um largo sorriso rosto.

- Luhan não é o que está pensando. – falei sentindo meu rosto corar e vi o ômega sorrir ladino.

- Claro que não é o que estou pensando. – ele começou a dizer. – É o que eu estou vendo. – continuou. – Pensar e ver são coisas totalmente diferentes. – falou divertido por fim, porém seu olhar ainda fuzilava o alfa que estava por cima de mim.

- Não é exatamente o que está vendo também. – contestei. – É que... – eu não sabia o que dizer.

- Estávamos vendo quem sede primeiro. – Chanyeol respondeu e eu suspirei aliviado.

- Pela cena que eu vi e pelo estado em que vocês provavelmente estão, eu diria que isso foi um empate. – Luhan falou simples. – Baekhyun, você pediu a ele? – ele perguntou.

- Pedi o que? – perguntei atordoado e senti meu corpo tremer pelo olhar fuzilante que Luhan me lançou.

- Sobre irmos pra minha casa, Baekhyun. – ele respondeu irritado.

- Ah sim, claro, já falei. – respondi, encarei o alfa e corei ainda mais por perceber que estávamos na mesma posição. – Chanyeol, você pode sair de cima de mim? – perguntei e o alfa corou se levantando. – Nós estamos indo, está bem? – perguntei.

- Claro. – ele respondeu simples e encarou meu irmão. – Boa sorte com isso. – falou e o Tae acenou positivamente.

Eu peguei a mochila que eu havia preparado e nos despedimos no Chanyeol, exceto o Luhan. Saímos da casa e entramos no carro do meu amigo, que tinha a expressão irritada no rosto. Entramos no veículo e começamos a fazer o percurso até a casa do ômega.

- Luhan, está tudo bem? – perguntei.

- Não acredito que você estava se agarrando com o Chanyeol. – ele falou de forma incrédula.

- Não é nada de mais. – respondi simples.

- Sua ereção não me parece ser nada de mais. – ele rebateu. – Não acredito que você está cedendo a aquele idiota. – falou irritado por fim e eu o encarei.

- O que o Chanyeol te fez, Luhan? – perguntei curioso assim que paramos em um sinal vermelho.

- Não quero falar sobre meu passado agora. – respondeu.

- Pensei que contássemos tudo um ao outro. – eu falei o olhando cético.

- Nós contamos tudo um ao outro. Só que agora não é o momento, porque estou dirigindo. – respondeu. – E eu não quero bater meu carro precioso e nos matar. – falou por fim

- Então quando será o momento? – perguntei.

- Em casa, ok? – respondeu.

- Está bem. – falei simples. – E não pense que-. – não terminei minha frase por conta de um gemido que ecoou do banco de trás do carro. Luhan e eu olhamos para trás e vimos o Tae gemendo e acariciado a própria ereção por cima dos panos de suas roupas.

- Meu deus. – Luhan falou assustado.

- Anda logo Luge. – falei o encarando e o ômega voltou a olhar pra frente e a bater a mão no volante implorando para o sinal abrir logo. Eu olhei em volta e vi um alfa com os olhos negros farejando o ar e assim que o mesmo encarou o carro em que estávamos, começou a vir em nossa direção eu senti meu coração parar. – Luhan! – exclamei.

Para a nossa sorte o sinal abriu antes do alfa chegar ao carro. O de cabelos verde acelerou o carro e começou a fazer o percurso para sua casa o mais rápido possível. Chegando a mesma, Luhan pediu a um dos seus seguranças para que nos ajudassem com o Taehyung. Todos os alfas que trabalhavam na casa eram atados pelo fato que Luhan era um ômega, então aquele era o lugar perfeito para os nossos cios. O ômega deu ordens para que nenhum alfa que não fosse atado pisasse dentro dos limites da casa, principalmente o Jungkook. Nós subimos até o quarto de hóspedes que o Luhan preparou e levamos meu irmão para o banheiro, onde tinha uma banheira já com água e alguns inibidores dissolvidos - que fariam a agonia do meu irmão passar o cio sem um alfa ser um pouco mais suportável. O alfa se retirou e Luhan e eu despimos meu irmão, logo o colocando na banheira.

- Vamos ficar do lado de fora. – eu falei simples. – Qualquer coisa chama. – falei por fim e saímos do cômodo. Luhan foi em direção a cama, deitou na mesma e eu o acompanhei.

- Quando ele sair do banho a gente o trás pra cá e colocamos os filmes eróticos pra ele. – Luhan falou.

- Ok. – eu respondi e o encarei. – Podemos ter a conversa agora? – perguntei e vi o ômega suspirar.

- Realmente quer falar sobre isso? – perguntou e eu acenei positivamente. – Você se lembra como nos conhecemos, certo? – ele perguntou e eu sorri.

- Claro que me lembro. – respondi. – Você e eu tínhamos doze anos e você foi transferido para minha escola na volta as aulas, despois do recesso. – falei por fim.

- Exatamente. – ele respondeu. – E com isso nos aproximamos rápido e de forma intensa. – continuou. – Eu te disse que você seria meu novo melhor amigo e eu realmente estava certo. – falou sorrindo na minha direção e eu concordei. – Mas antes disso eu tinha outro melhor amigo. – ele falou encarando o teto.

- Quem? – perguntei.

- O Chanyeol. – respondeu rindo e eu o encarei surpreso. – Nossas famílias são próximas desde muito tempo e por causa disso Chanyeol e eu crescemos juntos. – continuou. – Desde pequenos, pequenos mesmo, nós ficávamos juntos e brincávamos juntos e por conta disso viramos melhores amigos. – falou sorrindo. – Era uma amizade intensa e reciproca. – falou por fim.

- O que aconteceu? – eu perguntei.

- Os amigos idiotas do Chanyeol surgiram. – ele respondeu frio e eu o encarei confuso. – Vou te contar tudo. – ele falou me encarando. – Chanyeol e eu éramos muito apegados um ao outro, nós fazíamos muitas coisas juntos e sempre procuramos ficar lado a lado. – ele continuou. – E tudo estava perfeito, até que alguém entrou em nossas vidas. – fez uma pausa e franziu o cenho.

- Quem? – perguntei.

- Oh Sehun. – respondeu. – Ele era o aluno novo da escola, ele entrou na nossa turma no inicio do ano, e como ele era novo, não tinha amigos. – continuou a dizer. – E adivinha quem foi falar com ele para fazê-lo se sentir melhor? – disse sorrindo.

- O Chanyeol. – respondi.

- Não, foi eu. – Luhan falou e riu debochado. – Eu o recebi de braços abertos e o fiz ficar comigo e com o Chanyeol. – suspirou. – No início, Chanyeol parecia um pouco tímido para falar com o Sehun, mas com o tempo ele foi se soltando e ambos descobriram ter muito gostos em comum, gostos que eu não compartilhava e isso fez com que Sehun ficasse mais próximo dele do que de mim, porém eu não me importei com isso. – fez uma pausa para respirar fundo. – O tempo foi passando e os dois foram ficando cada vez mais próximos... Você se lembra que eu fazia aula de piano, certo? – ele perguntou e eu acenei positivamente. – Era no mesmo lugar em que o Chanyeol fazia aula de violão, nós dois tínhamos aulas nos mesmos dias, mas em horários diferentes. Eu entrava meia hora depois e saia meia hora depois dele. – ele brincava com os próprios dedos enquanto falava. – Mas mesmo assim Chanyeol me esperava para irmos embora, só que quando o Sehun apareceu, depois de um tempo ele parou de me esperar e sempre ia se divertir com aquele ômega. – falou irritado. – E eu fui começando a ser deixado de lado às vezes. – falou de forma entristecida. – Chanyeol, como um quase bom amigo, me pedia desculpas e dizia que iria ficar comigo, mas isso significava ficar comigo e com o Sehun. Parecia que eu era o amigo novo e o Sehun o amigo de longa data. – disse por fim.

- Você parou de falar com eles por causa disso? – eu perguntei e ele negou com a cabeça. – Então, por quê? – perguntei e ele suspirou.

- Isso tudo aconteceu um ano antes de nos conhecermos. Agora vou falar o que aconteceu que me levou a mudar de escola. – falou simples. – Bom... Sehun sempre foi um ômega muito bonito e isso chamava a atenção de várias pessoas e ele gostava disso. – continuou. – O problema é que chamou a atenção de duas pessoas que eu odiava, porque eles faziam bullying com quem era menos afortunado que eles, com quem era mais inteligente... Na verdade com qualquer pessoas que eles estivessem com vontade de humilhar. – continuou a dizer irritado. – Zitao e Yifan, mas essas babaquices que faziam não impedia o fato de serem os mais populares da escola. – falou em tom incrédulo. – E esse fato chamou a atenção do Sehun, que queria ser popular, então começou a andar com eles, levando o Chanyeol junto. – continuou. – Chanyeol queria que eu me juntasse também e dizia que, se eu deixasse o fato de que eles implicavam com os outros de lado, eu veria como eles são pessoas divertidas e legais, mas eu não queria isso e por esse motivo nós dois brigávamos direto. Eu dizia que o melhor pra ele era se afastar e ele dizia que eu estava errado em relação aos meninos e que eu era um idiota por julgá-los. – falou mordendo o lábio.

- E o que aconteceu? – eu perguntei afagando os cabelos dele.

- Eu passei a ficar sozinho e a me negar a falar com todos eles. – ele respondeu. – E foi nesse momento em que eu conheci uma pessoa, que também era amigo deles, mas era diferente. – falou sorrindo terno e eu já sabia de quem ele estava falando. – O Minseok, por ver que eu havia sido deixado de lado, passou a andar comigo e a conversar comigo. Ele sempre dizia que não achava certa as atitudes do Zitao e do Yifan e que até os repreendia, coisa que eu já o vi fazer, mas que nada adiantava. – falou simples. – Ele se tornou a única pessoa a ficar ao meu lado e com isso eu achei nada podia piorar, mas eu estava errado. – falou abaixando o olhar e respirando fundo. – Teve um dia que o Chanyeol e eu brigamos muito feio na frente dos amiguinhos dele e eu falei tudo que eu pensava sobre tudo, em um surto de raiva, e depois fui embora. – falou estalando a língua antes de continuar. – No dia seguinte, eu cheguei chateado na escola e vi o Chanyeol sozinho vindo em minha direção com um largo sorriso no rosto. Ele me abraçou e disse que os amigos dele queriam falar comigo e conversar sobre tudo, disse que eles queriam se desculpar e que queriam a minha amizade. – ele falou rindo friamente. – Então eu deixei o Chanyeol me puxar e me levar para o ginásio onde tinham vários alunos, não sei dizer se eram todos da escola, mas era muitos alunos. – continuou. – Chegando ao lugar, o Sehun pegou o Chanyeol e o afastou de mim, me deixando sozinho e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, alguém derramou tinta preta em mim. – disse triste e eu arregalei os olhos. – Foi muita tinta Baek, eu fiquei todo coberto, e como se não fosse o bastante, começaram a jogar farinha. – os olhos dele marejaram e eu comecei a acariciar o rosto do mesmo. – Todos começaram a rir, Sehun, Yifan, Zitao e os alunos presentes, mas o que mais doeu foi ver o Chanyeol parado me encarando.  – ele falou com o tom de voz falho. – Eu me senti humilhado e envergonhado. – continuou e respirou fundo. – Eu saí correndo pro vestiário que ficava na quadra, me tranquei em uma das cabines e fiquei chorando... Eu não sei quando tempo fiquei lá, mas depois de longos minutos eu ouvi alguém bater na porta da cabine... Era o Minseok. – o sorriso brilhante foi estampado no rosto dele. – Ele disse que estava me procurando pela escola toda e tinha roupa de educação física na mão... Ele pediu para que eu tomasse um banho e me trocasse, então foi o que eu fiz, depois ele ficou ao meu lado me consolando, já que eu não conseguia parar de chorar. Ele ainda ficou do meu lado quando eu liguei para o meu pai e pedi pra ele ir me buscar. – falou sorrindo satisfeito.

- Seu amor à primeira vista? – eu perguntei terno.

- À primeira vista, ao primeiro gesto de carinho ao primeiro tudo. – ele respondeu. Minseok apesar de não ter sido o primeiro do Luhan, ele, de acordo com o ômega, foi o primeiro dono do seu coração o que faz ele ser primeiro em tudo. – Quando cheguei em casa eu implorei para o meu pai me mudar de escola e me deixar faltar aula até o ultimo dia antes do recesso, que pra minha sorte era uma semana depois daquilo tudo. – ele falou mais calmo. – Meu pai tentou contestar e perguntava o que aconteceu, mas acabou cedendo, mesmo comigo não dizendo nada. – falou por fim.

- Seu pai nunca soube? – perguntei.

- Não. – ele respondeu. – E nem sei se acreditaria em mim, já que pra ele Chanyeol é o afilhado perfeito. – falou irritado. – Depois disso tudo, Chanyeol tentou falar comigo, me ligava, vinha aqui em casa, mas eu me negava a olhar na cara dele e a falar com ele. – continuou. – E quando eu era obrigado a ficar no mesmo lugar que ele eu o evitava a todo custo, até eu ter idade pra dizer ao meu pai que não queria mais ir a esses eventos, só para não olhar para cara do Chanyeol. – falou simples. – Eu criei mágoa e raiva dele e isso nunca mudou desde então, pelo contrário, só vem crescendo. – disse suspirando. – Essa é a minha historia de vida com eles. – falou sorrindo pequeno e eu não sabia o que dizer. Eu só o abracei e senti o mesmo se aconchegar em mim, ele podia dizer que sentia raiva, mas era obvio que a mágoa era bem maior, ou que era apenas ela que estava ali.

- Baek... Luge. – a voz manhosa do meu irmão nos tirou do nosso momento.

 Nós dois nos levantamos e fomos até o banheiro. Tiramos Taehyung da banheira e o deitamos na cama bem na hora que o mesmo voltou a gemer sôfrego. Luhan foi colocar os filmes e eu apenas o encarava. Tudo que ele me falou martelava na minha cabeça. Saber o que fizeram com ele me deixava triste, e o pior era saber que Chanyeol fez parte disso. Pensar que ele não é a pessoa que mostrou ser me deixava, por algum motivo, magoado.


Notas Finais


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