8. Deixa que eu cuido de você
Estava no céu. Tenten contou mentalmente, perdeu o rumo da contagem. Irracionalmente sua bochechas tornaram-se vermelhas e para que Neji não percebesse, olhou para a maçaneta da porta e depois para ele de novo.
- Olá, posso ajudá-la? E-Espera... Eu te conheço, não é?
- Ah, s-sim! " Sorriu nervosa." - Eu vim aqui para lhe entregar isto. "Tenten entregou a Neji sua carteira. Ele a encarou agradecido e com um sorriso gentil nos lábios.". - Você a esqueceu no balcão da loja onde trabalho. Não notou ela ter desaparecido?
- Minha nossa! " Esbravejou aliviado.". - Eu estava feito um louco procurando por ela! Virei a casa de cabeça para baixo! Mas por trabalhar tanto não pude ceder muito do meu tempo para procura-la. Nossa... Eu nem sei... Obrigado! Como posso retribuir este gesto tão gentil?
“– Eu estou pensando em um monte de formas de você me agradecer... Pervertida!” A Mitsashi repreendia-se...
- E então? Posso saber pelo menos o nome da minha heroína?
- É-É.... Tenten. Tenten Mitsashi. "Ela sorriu amarelo."
- Neji Hyuga.
- Ah! Bom, eu sei. É que... Eu tomei a liberdade de abrir a sua carteira. É que eu precisava saber onde você morava.
- Tudo bem. Não tem problema. " Sorriu gentil, fitando-a elegante.".
- Neji, filho! Quem está aí?
A voz cansada ecoou pelos corredores, e estava tornando-se próxima.
- É só uma conhecida, vovó!
A velhinha veio caminhando vagarosamente e colocou os óculos, encarando bem a moça que estava parada na porta da casa de seu neto.
- Vovó! " Repreendeu Neji. Que estava corado.".
- Ora, não é todo dia que meu netinho recebe uma moça tão bonita como você!
- O-Obrigada. " Agradeceu com as bochechas corando, e corando mais e mais."
- E quem é você?
- Ah, é... Eu só vim aqui para entregar a carteira dele. É que Neji a esqueceu na loja onde eu tra...
- É a florista?! Minha nossa! Prazer em conhecê-la! Chiyo Hyuga. Ele fala de você de cinco em cinco minutos! Ele vive me contando a história do quanto foi gentil em ter aberto a loja para que ele me trouxesse aquelas flores maravilhosas!
- Vovó! "Repreendia Neji, agora corado."
- Ahh! " Ela se dirigia a Tenten de uma forma muito carinhosa." - Mas foi muita bondade sua, minha filha, ter separado o seu tempo para entregar algo tão importante assim! Ele ficou desesperado! Você não quer ficar para almoçar? Preparei uma comida deliciosa! Modesta parte, eu cozinho muito bem!
- Bem, érr... O-Obrigada, mas não quero incomodar. Eu só vim trazer a carteira mesmo.
- Não, imagina! Eu não aceito não como resposta! Vamos, minha filha, aceite. É uma forma de Neji e eu agradecermos.
- Desculpe, mas não quero se um incô....
- Não vai! " A voz dele interrompeu sua fala." - Olha, é o mínimo que eu posso fazer para te agradecer. Aceite, por favor.
Pedia ele, com olhar de cachorro pidão. O que fez com que Tenten aceitasse o convite. Eles já iam entrando....
- Neji, meu filho, você deveria chamá-la para sair!
- Vovó!
- Ai, mas que nervoso! Eu só falei! " Resmungou ajeitando o chale.".
...
Longe dali.... Mais precisamente em uma farmácia... Estava Uzumaki Naruto. Com cara de poucos amigos, sentia dores e estava com alguns cortes e escoriações, mais hematomas.
- Oi, v-você tem um algum gel anti-inflamatório para inchaço e dor com algas suaves? " Pedia ao farmacêutico. Proferia palavras desordenadas, pois ainda estava sentindo dores.".
- Vou dar uma olhadinha. Você espera um minutinho?
- Sim... Claro!
O farmacêutico foi entrando para procurar o medicamento. Naruto ficou esperando na recepção quando avistou em uma estante de livros próxima a máquina de refrigerantes a nova edição de seu livro favorito, Itcha Itcha Paradise. Saiu saltitando de encontro a estante.
- He he! Nem posso acreditar que saiu! " Falou malicioso, esfregando as mãos uma na outra, e sorrindo safado." - Parece que o Ero-senin deixou a preguiça de lado e publicou o livro afinal!
Naruto estava super animado, até olhar o preço.
- Minha nossa! Assim eu vou a falência! Espero que tenha colocado cenas mais quentes, Ero-Senin. Só pelo preço salgado, eu espero.
Pegou sua carteira de sapo e contou seu dinheiro. Sua aflição foi logo embora quando viu que tinha dinheiro suficiente para levar seu livro. Levantou-se com um pouco de esforço e foi andando de volta à recepção, para sua surpresa deu de cara com Hinata.
- H-Hinata? " Chocou-se ao vê-la ali. Como o mundo era pequeno!".
- N-Naruto-kun! " Olhou-o, virando o rosto um pouco e com isso suas bochechas ganhavam uma leve coloração avermelhada.". - O-O que houve com o seu olho direito?
- Ah, isso? N-Não é nada de mais! Acidente de trabalho, he he. " Sorriu coçando a cabeleira.".
As palavras foram escassas por alguns minutos, até que ela tomou a iniciativa.
- Parece um pouco inflamado! " Olhou-o preocupada.". - Posso ver?
Hinata aproximou-se do colega de trabalho e levou sua mão até a face para observar melhor o ferimento. Colocou sua mão também no ombro de Naruto, que gemeu.
- Ai! D-Desculpe, Hinata. " Pediu inconformado.".
- Você está todo machucado! " Exclamou, sua preocupação era perceptível." - O que aconteceu? Você trabalha em quê mesmo?
- Ah... Eu sou....
Ele não respondeu porque o farmacêutico chegou com o medicamento em mãos.
- Aqui, senhor. Como pediu.
- N-Naruto-kun! Este medicamento é utilizado para lesões graves! Tem alguma coisa que eu possa fazer pra te ajudar? V-Você parece bastante dolorido!
- S-Sabe o que é, Hinata. É que eu... " Engoliu seco, tornou-se relutante ao falar.". - Se eu pedir a você o que quero, vou me sentir como um folgado.
- Não, tudo bem! Se estiver em meu alcance terei o prazer em te ajudar! " Ela sorriu, recebendo outro sorriso de volta do Uzumaki.".
- É que... Tem um lugar nas minhas costas que eu não consigo alcançar e parece estar muito machucado, porque dói muito. Minha nossa... Eu... " Coçou a cabeleira nervoso.". - Eu me sinto tão constrangido em te pedir isso. Mas se... Se você puder aplicar o gel para mim, serei muito grato.
- Tudo bem. É claro que eu te ajudo! Tem algum lugar onde eu possa aplicar o remédio nele? " Perguntou ela ao farmacêutico.".
- Nós temos uma sala aqui nos fundos, onde aplicamos injeções. Vocês podem utilizá-la. Ficarão mais à vontade lá.
- Obrigado. "Ele pagou pelos produtos escolhidos.". - Vamos lá?
Entraram na sala. Naruto sentou-se no sofá e Hinata arrastou um banquinho, ficando de frente para o Uzumaki. Retirou o medicamento da sacola e despejou o produto nas mãos, esfregando-as para espalhar o medicamento nas mesmas.
Naruto retirou sua camisa, o que provocou uma sensação estranha em Hinata. Ela travava uma batalha interna entre olhar para os ferimentos e hematomas de Naruto ou estudar cada parte de seu corpo em forma. Corou um pouco e ele percebeu sua reação.
- O-Olha, se quiser eu posso colocar a camisa de volta. Tudo bem?
- N-Não precisa ficar constrangido, eu não posso passar o remédio em você se estiver de camisa! " Tentou confortá-lo.".
Ele então suspirou e rendeu-se.
- Mas se quiser…
- Tudo bem, Naruto-kun. " Apenas tentava aliviá-lo.".
Hinata então aproximou as mãos até o peitoral do rapaz, tocando-o. Naruto fechou os olhos e sorriu sentindo uma boa sensação de alívio. O medicamento tocando sua pele aliviava a dor que sentia. Mas não era só por isso, afinal, Hinata era uma excelente massagista!
Ela espalhava o gel pelo peitoral do rapaz e depois desceu até o abdômen onde havia alguns hematomas. Colocou mais gel nas mãos e caminhou para a parte de trás do sofá, até as costas do Uzumaki.
Estava tremendo... Espalhou o gel pelas costas de Naruto, e viu que as suspeitas do rapaz eram concretas. Um vermelhidão meio roxo formou-se em sua coluna.
O deslizar de suas mãos levava Naruto às alturas. Subiu suas macias mãos e as desceu novamente para o peitoral como se estivesse abraçando- o por trás. Porém parou, pois sentia as batidas do coração dele.
- V-Você está ofegante! " Gaguejou ao falar." - Está se sentindo bem? Seu coração está batendo tão rápido. " A última frase saiu um pouco baixa.".
Num movimento inesperado ele a puxou trazendo-a até seu colo e a tomando em seus braços. Ela o encarava imóvel e ele a fitava bem nos olhos. Tentava dizer palavras que justificassem sua atitude.
- O-O que está fazendo? "Perguntou ela, ora assustada, ora constrangida, ora medrosa e com as bochechas ficando listradas em um vermelho bem perceptível.".
- É loucura minha ou seu coração está batendo rápido também? Porque é como se eu pudesse ouvir suas batidas. " Engoliu seco, até perceber o que havia feito." - H-Hinata, eu...
- V-Você o quê? " Olhava-o enigmática.".
- É melhor pararmos por aqui, antes que eu cometa uma loucura. "Olhava bem nos olhos de Hinata, e por um instante desviou-os para não cometer algum erro para com ela.".
Ela respirou fundo e corou absurdamente, respondendo direta.
- E-Eu também.
Levantou-se comportadamente. Estava muito vermelha e ele também. Naruto colocou sua camisa de volta e agradeceu.
Estavam em frente à farmácia.
- Hinata, desculpe-me pelo o que... " Tentava falar, estava sentindo-se culpado.". - Você sabe.
- Não precisa se desculpar por tudo, Naruto-kun. Não aconteceu nada. Eu apenas te ajudei, só isso! " Sorriu tímida." .
Ele suspirou em alívio.
- P-Pensei que estivesse brava comigo. Não quis ser grosseiro ou desrespeitoso com você.
- Não foi! Pelo contrário. Foi muito gentil. "Encararam-se por um longo minuto." - Olha, um táxi!
Hinata acenou chamando o automóvel. Ele estacionou e Naruto abriu a porta do carro para ela.
- A gente se vê por aí? "Perguntou ele sorrindo.".
- Claro que sim. Na segunda, tudo bem?
- Ah sim, he, já ia me esquecendo. Vou me cuidar para ficar melhor para a aula! " Sorriu, e era aquele sorriso de sempre.".
- Tchau, Naruto-kun! " Despediu-se gentil.".
- Tchau.
O táxi ia desaparecendo na esquina.
Ele levou as mãos até a cabeça, bagunçando os cabelos loiros e sorrindo inocente.
- Nossa, eu quase perdi as estribeiras!
E riu novamente.
Hinata pensava no momento entre ela e o rapaz de olhos azuis naquela saleta da farmácia. Lembrava-se de cada parte do corpo e das batidas do coração dele.
- Meu Deus... O quê que foi aquilo?!
Questionava a si mesma e esboçou um sorriso. Sentiu que o cheiro do gel ainda estava em suas mãos. Mas não era somente o cheiro do medicamento, mas o cheiro do perfume do corpo dele, que estava impregnado em suas roupas e mãos.
Em uma atitude inconsciente levou suas mãos até o nariz aspirando o cheiro. E sorriu...
- O-O que está acontecendo comigo? " Indagou-se cômica.".
Continua...
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