História Lady Mukami - (Extra) Antes De Tudo -- Parte 2 (final)

(Inicie a música 2) 

*2 anos depois* 

No meio da noite, ouvi vários barulhos fora de casa. Desci as escadas, abri a porta e sai para ver, já que meu pai estava bebendo novamente. 

Ouvi outro barulho e, logo, senti uma dor imensa em meu ombro. Sangue escorria pelo buraco, doía muito. Barulhos de passos ficavam mais altos. Chegaram alguns senhores, com armas e facas. 

P.O.V Mizumi Off 

Gritos e risadas eram ouvidos, em meio ao barulho das folhas das árvores ao vento. Pétalas roxas voavam, secas. O céu havia ficado escuro e uma chuva havia começado. O sangue do pequeno grisalho já havia tornado tudo a sua volta vermelho. Os homens entraram na mansão, com sangue em suas roupas. Se dirigiram a cozinha, onde Johnnatan esperava-os com uma arma. 

-Está feito, senhor. Ele está machucado, provavelmente não sobreviverá até amanhã. - Disse um dos senhores na porta. 

-Ótimo. - Ao dizer, atirou, matando um por vez. Sorriu e voltou a beber. - Finalmente me livrarei das pestes. 

P.O.V Mizumi On (de novo) 

Minha visão estava vermelha. Eu estava fraco. Mas me lembrei de Keiko. Tinha de levantar, prometi a minha mãe protege-la. Me levantei com dificuldade, comecei a andar até nossa casa. Ao olhar para trás, havia um rastro de sangue. O meu sangue. 

Cheguei em casa, meu pai estava na cozinha. Subi direto, ele não pode me ver, vai tentar me matar de novo. Ele anda fazendo muito isso desde que a Mamãe morreu. 

Peguei a Keiko do berço. Ela estava suja de sangue, agora. 

-Desculpe, maninha... Eu não posso te proteger por mais tempo. Tenho que te levar a casa da Bisa... - Quase tombei para o lado, mas me apoiei no berço de Keiko. 

Ao descer, vi os senhores que tentaram me matar mortos, na entrada da cozinha. Mas isso não me importa agora, não tenho tempo. 

Comecei a andar pela floresta. Conseguia ouvir lobos, não é um bom sinal. Comecei a andar mais rápido, não iria durar muito. 

No meio do caminho, tropecei. Protegi Keiko, mas acho que ela acordou. 

-Shhh, Keiko... Volte a dormir... - Comecei a cantarolar uma música que a mamãe sempre cantava para nós. Quando ela dormiu, voltei a andar. 

Tropecei várias vezes, estava muito fraco, mas a casa da Bisa estava perto. Não desistiria agora. 

Ao chegar, ela não estava em casa. Entrei, deixei Keiko em um sofá, preparei um pouco de leite quente e um cobertor e a deixei ali. 

-Boa sorte, maninha. - Sorri e sai da casa. 

P.O.V Mizumi Off 

No dia seguinte, longe dali, seu corpo foi encontrado por aventureiros, que contataram a polícia. Eles não conseguiu resolver, já que não tinham testemunhas. 

*12 anos depois* 

P.O.V Keiko Yoshida 

Voltei para a casa do meu Pai. Pelo que a minha Bisavó disse antes de falecer, posso usar meus poderes para me proteger e proteger a quem amo. 

Meu pai disse que queria me levar a um passeio, para comemorar a minha volta. Coisa que era estranha, minha Bisavó disse que ele nunca se importou comigo. 

Estávamos andando pela floresta, até que olhei para trás e não o vi mais. 

(Musica 3) 

-Pai? - O chamei, mas só recebi o som da minha voz como resposta. Repeti o chamado, começando a andar tentando achar a saída. 

-Pai? Cadê você? - Comecei a me desesperar, já estava de noite 

*Dias depois, ainda andando pela floresta* 

Continuei o procurando. Estava sem forças. Não consigo sair dessa floresta, não achei um caminho. 

Estava de noite, eu tinha medo delas. Nada de bom vinha acontecendo ali à noite. 

Eu ouvi rosnados perto de mim e, tentei correr. Não adiantou muito. Ao olhar para trás, vários lobos me perseguiam. 

Enfim, como resultado, tive machucados nas pernas, braços e barriga. Me escondi em cima de uma árvore e esperei eles irem em bora. Estava com medo. Aquilo doía. 

Ao conseguir descer da árvore, continuei caminhando, mancando, a procura de uma saída. 

Encontrei uma casa. Era enorme. Pessoas saíram dela. Os olhos, vermelhos, passavam pelo meu corpo, como se me analisassem. Ficaram me observando, decidi me aproximar. 

-Ahn... Olá...? - Falei para as pessoas em pé em minha frente. 

Eles não responderam de imediato, mas o loiro falou algo com eles e todos me deram um "oi". 

Conheci Azusa, que me deu algumas faixas para cobrir meus machucados. Ele é estranho, gosta de ver sofrimento e sofrer, mas é uma boa pessoa, olhando por certo lado. 

Depois conheci Yuma, que me ofereceu alguns tipos diferentes de comida, provavelmente ele as fez. Ele é um pouco rude de vez em quando, mas também é uma pessoa boa. 

Conheci, também, Ruki, que me perguntou o que eu fazia ali e se gostaria de ficar por lá até poder andar direito. Ele é frio e grosso, mas uma ótima pessoa. 

E, o meu Sol. Kou, ele foi o mais simpático, que tinha pedido a eles para serem legais comigo. Ele é sociável e carinhoso, na maior parte do tempo. 

Eu chorei novamente... Aah, quantas vezes isso já aconteceu? Não queria chorar, muito menos na frente deles... Mas uma flor não floresce sem sol, água e cuidados, não é? 

Depois de dias, eles me contaram sobre serem vampiros. Não sei por que não me mataram de uma vez quando cheguei lá, mas decidi não perguntar, eles devem ter seus motivos. Eles me acolheram, isso já é o suficiente para mim. 

A partir desse dia, comecei a amar os MEUS meninos. Ninguém pode faze-los mal comigo aqui. 

Eu vou faze-los feliz, não importa o que aconteça, ou quando.