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História Lady Swan - Confronto de gigantes


Escrita por: Ester-Malfoy

Capítulo 2 - Confronto de gigantes


Fanfic / Fanfiction Lady Swan - Confronto de gigantes

Estavamos no aeroporto da cidade sendo cercada de pessoas porque meu pai quer garantir minha segurança acima de todos. Rose está parada ao meu lado com sua mão sempre alerta caso necessário seja sacar sua arma, meu pai deu ordens específicas para que ela mantenha sua guarda sempre fechada para poder evitar transtornos. Minha mãe e Phill conseguiram sair a tempo da casa e meu pai não teve oportunidade de como ele diz acertar as contas com ela. 

__ Pai podemos comprar alguma coisa para eu comer? __ Eu me virei para meu pai que estava falando com o comissário de bordo que faz parte da equipe que iria nos levar.

Ele se voltou em minha direção completamente chocado ao me ver, meu pai acenou me chamando com sua mão para que eu me aproxima-se dele para falar.

__ O que você quer comer minha querida? __ Ele me questionou com cuidado e atenção, eu somente dou de ombros sem saber exatamente o que comer afinal de contas nunca fui disso.

Quando passei a viver unicamente com minha mãe a vida era mais apertada, eu podia comer somente o que tivesse e se quisesse afinal ela me deixaria passando fome até a próxima refeição na qual ela insistia em servir a mesma coisa que na outra que eu recusei. Nessa cheguei a passar quase dois dias sem comer absolutamente nada. 

__ O que tem para comer? __ Eu questiono minha opções para dentre elas escolher.

__ Pode pedir o que você quiser meu amor, qualquer coisa que desejar eu consigo para você? __ Ele falou tocando meus cabelos com as pontas dos seus dedos e eu suspiro.

__ Eu não sei, minha mãe sempre escolhia o que me dar para comer e vestir, acho que não sei o que quero __ Eu falei incomodada com a situação e todos se voltaram para minha direção.

__ Eu tenho muita coisa para acertar com essa mulher e cada dia tenho mais, mas fique tranquila amor, pode escolher qualquer coisa e pedir __ Ele falou caminhando comigo até a parte da lanchonete onde estamos.

Quando chegamos no local eu olhei para a prateleira completamente lotada dos vários tipos de comida, eu olhei para cada uma das opções em seguida me virei para meu pai.

__ Torta de limão? __ Eu perguntei para ele em uma forma de ouvir se eu posso ou não ter a torta.

__ É o que você quer? __ Ele me questionou e eu balanço a cabeça confirmando e ele caminhou até o local.

Segundos depois meu pai tinha dois pratos de comida a minha frente, ele se sentou ao meu lado na mesa e colocou um prato a minha frente e um para ele.

__ Eu tenho medo de perguntar, mas sua mãe deixava você passar fome amor? __ Ele me questionou e eu sorrio sem graça por sua pergunta.

__ Ela dizia ter métodos eficazes de disciplina, se eu fizesse birra para não comer ela me deixava sem comer __ Eu falei antes de pegar um pouco da torta para levar aos lábios.

__ Qual a frequência que ela te oferecia algo que você não gostava? __ Ele me questionou seriamente e eu simplesmente solto o garfo sobre o prato.

__ Todos os dias até eu ceder ou desmaiar __ Eu falei para ele que me olhou com os olhos azuis brilhando em uma completa fúria.

__ Até desmaiar? __ Ele questionou e eu confirmo com a cabeça sobre isso.

__ Ela não me oferecia outra comida, se ela services uma coisa e eu não quisesse ela brigava até eu aceitar porque na visão dela era o certo a ser feito, ela me dizia que pobre não tem escolha __ Eu falei para ele que me olhou contraindo os lábios em uma careta de raiva.

__ Por que você desmaiava? __ Ele tornou a me questionar e eu olhei para frente.

__ Eu tenho alergia a orégano e ela jogava na comida para assim poder economizar com menos uma pessoa __ Eu comentei cruzando minhas pernas para poder ter força de falar tudo que eu passava __ Certa vez ela jogou isso em todas as refeições por um mês, a única coisa que eu consegui comer foi meu amigo que morava na casa ao lado que me deu, passei uma semana no hospital por desnutrição e desidratação.

Meu pai apertou sua mão em torno da mesa como se pudesse dobrar a mesma de tanto ódio que seu rosto reflete, eu suspirei voltando a comer porque ultimamente só estava tomando o suco por causa dos calmantes e nem isso porque cuspia.

Minha mãe chegava ao ponto de me deixar passar fome somente para me obrigar a tomar o suco com os calmante para poder dormir.

__ Eu irei matar Renée isso todos podem ter certeza e vai ser um morte lenta e dolorosa __ Meu pai falou me olhando antes de virar seu prato em minha direção, eu o olho sem entender coisa alguma __ Pode comer amor, vou verificar se temos comida o suficiente no avião para caso o vôo atrase.

Eu fique para poder comer a comida que estava a minha frente, tinha um silêncio constrangedor em volta do meu corpo com os seguranças me olhando atentamente e Rose corou levemente quando meu pai olhou para ela de modo indicativo. Se ela recebeu mesmo sua recompensa isso significa que ela está corada por causa disso.

__ Vamos Bella, o avião já vai decolar __ Rose falou me olhando com cuidado e com carinho.

Eu termino minha última colher de torta antes de me levantar do lugar caminhando pelo pátio, várias pessoas me olharam com cuidado e atenção, todos esperando para me ajudar de qualquer forma. Sei que meu pai pediu para que eu fosse tratada como uma princesa, mas as vezes é desconfortável.

Eu caminho até a plataforma de embarque, quando cheguei na mesma e ela estava pedindo meus documentos eu ofereço os meus e meu pai os dele confirmando que somos pai e filha. A porta foi aberta em um instante revelando o corredor.

__ As vezes esqueço que ainda sou menor de idade __ Comentei para meu pai puxando meu casaco e ele suspirou.

__ Está tudo bem amor da minha vida, você está segura agora e eu vou daria minha vida para te ver bem amor __ Ele falou deixando beijos em meu rosto com cuidado.

__ O senhor nesses últimos anos não teve outro filho? __ Eu questiono ele que se virou para minha direção quando entramos dentro do avião.

__ Não, na verdade pouco tempo após seu nascimento eu descobri que tinha infelizmente um problema de saúde decorrente de um acidente de carro, os remédios pesados que tive que tomar acabou causando esterilidade __ Ele falou se sentando na poltrona do corredor e e eu na da janela.

__ Então sou sua única filha? __ Eu questionei porque no fundo sempre tive esperança de que pelo menos meu pai tivesse me dado irmãos.

__ Sim, você é minha única filha __ Ele falou com um tom de voz bem potente, eu me esforço para parecer menos frustada.

__ Eu sempre quis ter uma família de verdade, minha mãe nunca foi um exemplo de boa mãe __ Eu falei para ele que começou a alisar meus cabelos com cuidado.

__ Renée nunca foi boa em nada na vida dela, sempre insatisfeita com sua própria vida é o caos mesmo __ Ele falou me observando com todo carinho que poderia ser colocado em cima de minha estadia aqui.

Eu tinha que concordar que minha mãe nunca foi exemplo de nada na vida dela, como filha era chata e insistente e como mãe ela é maluca e obsecada. Minha avó me contou a história de como meus pais se conheceram foi estranho e muito emocionante, apesar de termos ficado somente um mês para nós restabelecer em sua casa ela foi carinhosa e amorosa. Renée nasceu em Downey, Califórnia. Seus pais se divorciaram quando ela ainda era criança e ela nunca teve muito contato com o pai. Minha avó, Marie, era uma mulher difícil e amarga, mas também trabalhadora e leal. Minha mãe tinha uma personalidade muito diferente: divertida, criativa e artística, mas volúvel e inconsistente. Ela não foi bem na escola, apesar de ter feito bons testes. Durante a adolescência, ela não conseguiu manter um emprego por muito tempo, embora sempre se saísse muito bem nas entrevistas. No primeiro ano após o colegial, Renée, que não aguentava mais morar com sua mãe pessimista, foi morar com uma amiga que tinha espaço disponível em seu pequeno apartamento, trabalhando em vários empregos temporários para pagar por isso. No verão seguinte, uma de suas amigas decidiu tirar um mês de folga e viajar por toda a costa do Pacífico, acampando pelo caminho. Esse era exatamente o tipo de aventura que ela adorava. Ela fez a viagem com algumas outras meninas, sem saber onde moraria quando voltasse, caso a colega de quarto alugasse o espaço para outra pessoa.

Na Primeira Praia, Renée conheceu Charlie Swan . Ela se sentiu instantaneamente atraída por ele por causa de sua diferença em relação aos ex-namorados: sério e responsável, mas engraçado e gentil. Eles passaram alguns dias juntos antes de ela partir, mas não antes de prometer a Charlie que os visitaria na volta. Renée sentiu falta de Charlie pelo resto da viagem, e quando ela voltou para Forks, ela foi facilmente convencida a ficar um pouco mais. Renée adorava estar apaixonada e adorava se sentir vivendo uma aventura. Quando Charlie a pediu em casamento, casar parecia o final perfeito para o romance turbulento. Eles foram casados ​​por um juiz de paz, com apenas os pais de Charlie e três melhores amigos presentes. Renée enviou à mãe uma foto do casamento, mas ela não respondeu. Pouco tempo depois meu pai cresceu como uma das pessoas que faziam coisas ilícitas, cresceu ao ponto de ser dono de uma das maiores facções da máfia, Swan Black, o nome da corporação de acordo com minha mãe. Ambos me tiveram no auge do poder do meu pai e eu fui sua melhor conquista. Depois veio as brigas e discussões e ela se separou me levando embora.

__ Enquanto estávamos fugindo minha mãe parou na casa da vovó e ela me contou sobre como minha mãe sempre foi complicada __ Comentei com ele que sorriu deixando beijos em minha testa.

__ Ela me disse que estavam lá, daquela vez fiquei por cerca de meia hora atrás, eu poderia ter tido a rapidez para te buscar __ Ele falou de modo tranquilo e eu pude me sentir melhor e com a segurança o sono.

__ Essas cadeiras são tão desconfortaveis, eu queria poder dormir um pouco __ Falei torcendo um pouco o pescoço porque ele ficou dolorido após a minha fuga.

Ele me puxou para que minha cabeça pudesse ficar em seu colo e assim pude lentamente pegar no sono, era complicado dormir, após tudo que aconteceu fechar os olhos e sonhar era algo que me amedrontava. 

Sinto uma mão balançar suavemente meus ombros me forçando a abrir meus olhos, quando encarei meu pai que estava me acordando.

__ Chegamos meu amor, vamos para casa __ Ele falou me ajudando a me erguer ainda bêbada de sono.

__ Já chegamos, quantas horas eu dormi? __ Me espreguiço de forma dolorosa, amei de verdade poder me espichar.

__ Você dormiu por dez horas seguidas, parecia bem cansada __ Ele falou me ajudando a me erguer e me manter de pé após isso.

__ Ultimamente não estava dormindo bem, estava com medo do meu padrasto me entregar para Marcus quando estava dormindo __ Eu falei me arrepiando completamente com o pensamento de estar nas mãos desse maluco.

__ Eu sei que passou por muitas merdas querida, por isso mesmo vou contratar uma psicóloga para você, acho importante cuidar da mente amor __ Ee falou e eu olhei para ele agradecida por ele se preocupar comigo.

Sempre tive medo de me expor demais porque tinha medo que as pessoas achassem que eu sou delirante por falar das inúmeras coisas que passei nas mãos de minha mãe e não tenho como sair de lá. Mas agora sei que posso ter ajuda para entender tudo que se passou e ainda se passa dentro de mim.

__ Eu acho que vai ser bom, uma coisa boa poder falar os meus sentimentos controversos no peito __ Eu falei para ele que concordou me ajudando a descer pelas escadas do lugar.

Pisar novamente em minha terra me da uma sensação de que estou de volta a onde sempre pertence.

__ Ainda gosta de dançar e cantar músicas? __ Meu pai falou me olhando e eu sorri para ele porque quando eu era pequena gostava de rimar palavras.

Com cinco anos eu murmurava canções de ninar para minhas bonecas, eu sorrio para ele que me olhou sem entender, me lembro de um música em específico que ouvi a tempos atrás e me identifiquei com ela fortemente, ainda era uma forma de sumir da realidade verdadeira.

__ Na verdade só voltei a cantar muito tempo depois do sequestro, e essa música eu compus quando estava sozinha no meu aniversário de 15 anos porque dava no aniversário de namoro da minha mãe com o Phill __ Eu falei cruzando os braços olhando para frente.

__ Por que não canta para mim? Eu realmente gostaria de entender o que se passou com você amor __ Meu pai falou atraindo minha atenção para seu olhar carinhoso.

__ Eu não cometerei os mesmos erros que você cometeu, eu não me permitirei causar tanto sofrimento ao meu coração, eu não desmoronarei do jeito que você desmoronou, você caiu com tanta força, aprendi da maneira difícil a nunca deixar chegar tão longe __ Eu resolvi me exibir um pouco porque sempre tive uma voz excelente, além do mais mostraria um pouco do que eu passei __ Por sua causa nunca ando muito longe da calçada, por sua causa aprendi a ser cautelosa para que eu não me machuque, por sua causa acho difícil confiar não apenas em mim, mas em todos ao meu redor por sua causa tenho medo.

Meu pai me segurou contra seu corpo quando falei que tinha medo, porque isso resumia minha vida com ela, medo de tudo e de todos.

__ Eu cometo um erro e você não demora a apontar isso, não posso chorar, porque sei que, aos seus olhos, isso é fraqueza, sou forçada a fingir um sorriso, uma risada, todos os dias da minha vida, meu coração não pode se partir quando nem sequer estava inteiro para início de conversa.

Essa parte transmite uma parte de minha infância que eu tenho completamente marcada, todas as punições que sofri por causa do meu jeito, por perguntar pelo meu pai, por ter medo e precisar dela. Sua filha imperfeita que dá mais trabalho do que tudo. Eu cando o refrão novamente para transmitir como senti medo e pavor durante esses anos.

__ Eu te vi morrer, eu ouvi você chorar todas as noites enquanto dormia, eu era tão jovem, você deveria saber que não podia se apoiar em mim, você nunca pensou em ninguém, você nunca me viu, você só enxergava a sua própria dor e agora eu choro no meio da noite, pelo mesmo maldito motivo __ Eu falei sentido a emoção que tinha dentro do meu peito naquele momento com a clara lembrança do inferno que foi aquela noite.

Ser deixada para trás para comemorar o aniversário mensal de namoro deles mesmo após anos juntos, esquecendo do meu aniversário.

__Por sua causa, tenho vergonha da minha vida, porque ela é vazia, por sua causa tenho medo, por sua causa não me sinto eu mesma a tanto tempo, por sua causa só incapaz de amar até mesmo a mim, por sua causa eu sou assim.

Ele segurou meu rosto deixando um beijo em minha testa com todo carinho do mundo, respiro fundo duas vezes antes de olhar para frente. 

__ Comigo ao seu lado não precisa ter medo de nada, eu estarei aqui do nascer ao por do sol e em todos os momentos e apoiando todos os seus sonhos __ Ele falou enquanto me ajuda a chegar na parte reservada do local para pegarmos uma carona. 

__ Eu sempre tive que ser desconfiada de todos que se aproximavam de me, por causa dela, que mandava eles me vigiarem para me manter como ela diz na linha, então nunca confiei que poderia sair de lá __ Eu comentei para ele que me abraçou mais firme.

Após isso foi um momento mais de consolo físico do que pela voz, seja em qualquer instante sei que meu pai tenta entender o que eu passei e me ajudar. Acho que ter ajuda médica vai me fazer bem para entender a confusão que é minha mente, tudo embaraçado, mas me sinto feliz porque sei que ele não vai me tratar com menos amor por ter um problema a ser resolvido.

Me recordo de todos os momentos em que explodi e as punições, eu toco a cicatriz que tenho em minha perna com cuidado, me recordo de como ela veio parar em minha pele.

Estava brincando no quintal, tinha uma árvore grande e minha mãe sempre dizia para não subir, mas um dia quando ela estava em casa e como criança apronta eu subi nela, me machuquei na queda que levei, fiz um pequeno corte na perna que era fininho. Mas minha mãe ao chegar e ver o mesmo pegou a faca de mesa e fez um corte mais profundo, no dizer dela que se eu queria me machucar que fosse profundo para deixar marcado que eu sou desobediente. Então eu tenho uma cicatriz que dá o tamanho da minha palma de mão aberta agora que sou adulta na minha perna. 

Mas naquela época eu tinha somente oito anos então ela literalmente rasgou quase toda minha coxa. Eu sempre toco ela quando preciso lembrar que eu sou forte para caramba, começou uma música pelo rádio do carro, eu começo a me balançar ao som, por reconhecer. Stronger, era uma das minhas músicas favorita pois falava de que somos fortes e não precisamos nos humilhar por nada.

__ O que não te mata, te deixa mais forte, te faz ficar mais alto, não significa que estou solitária quando estou sozinha, o que não te mata, te faz um mais forte, deixa os passos mais leves, não significa que estou acabada, porque você foi embora __ Eu cantei sentindo um misto de emoção dento, porque era uma coisa que eu amo fazer, amo cantar elas passam uma emoção única dentro de nossos peitos _O que não te mata, te deixa mais forte, apenas eu, eu e eu mesma, o que não te mata, te deixa mais forte, te faz ficar mais alto, não significa que estou solitária quando estou sozinha.

Meu pai apertou meu braço com cuidado me puxando para ele com carinho, eu continuei cantando junto com a mulher do rádio e em alguns segundo a voz de Rose soava junto com a minha, ela está na parte do motorista. Acho que sei o motivo dela cantar, Royce ficou marcado nela como uma de suas maiores dores assim como a minha mãe.

Quando paramos de frente a uma casa saltei pela porta vendo Rose fazer o mesmo eu fui até ela segurei sua mão com cuidado e começamos a cantar e dançar junta, ela ria alto quando estava cantando e eu ria quando era ela. Pareciamos coreografadas de uma forma impressionante. Nós gritavamos e cantávamos enquanto nossos corpos se mexem. 

__ Stronger __ Eu berramos uma na direção da outra rindo, antes de nós abraçar rindo.

Rose riu me olhando carinhosamente, ela deve ser somente de três a quatro anos mais velha do que eu, ainda tem essa essência e nesse pouco tempo tivemos muito tempo juntas. Ela me ouviu reclamar de várias coisas e eu a ouvia falar de sua família.

Ela tocou meus cabelos carinhosamente antes de me virar dentro dos seus braços, eu olhei para casa onde nasci, eu segurei um choro entalado no meu peito, era tudo da forma que me lembrava de ter.

A casa era uma mistura de mansão contemporânea e antiga, seu formato era quadrado com várias varandas com plantas e isso era encantador, o balcão de Julieta como alguns diziam.

Ela era totalmente azul e encantadora, eu me aproximo do jardim onde costumava a ficar minha roseira favorita.

__ Venha Rose, você vai ver minha parte favorita na casa __ Eu falei para ela caminhando até uma parte reservada da casa. 

No fundo a esperança dela ainda estar como eu deixei, alguns seguranças estava logo atrás, eu tirei meu salto para fazer da mesma forma de quando era criança, corri até a parte onde fica um portão trancando, eu toquei a fechadura sendo reconhecida pela minha digital e o portão se abriu mostrando minhas flores.

Minhas rosas que eu era apaixonada quando criança, era um enorme viverio de rosas de todas as cores.

__ Então era isso que ficava atrás da porta? __ Uma voz masculina surgiu do lado de fora e eu me virei.

Jasper tem 1,80m de altura e cabelo loiro mel que cai logo acima do colarinho. Ele é musculoso, mas magro, ao contrário de seu amigo Emmett, como sombras roxas sob seus olhos, que aparecem gradualmente conforme sua aparencia fica mais cansada. Ele tem olhos dourados, como todos dois potes de ouro no final do arco iris, que ficam mais escuros, eventualmente se tornando mais densos quando apresenta raiva como ontem quando foi buscar informações de minha mãe. 

__ Essa porta era um mistério para vocês? __ Eu questiono os mesmo que balançam a cabeça Esme também.

Apesar de ter sido minha babá ela não vinha para cá, era onde eu ficava para me esconder.

__ Após seu sumiço eu tranquei a porta e somente eu venho aqui para cuidar delas __ Meu pai falou e eu olhei para as rosas e o perfume contaminou meu pulmão.

__ Agora sim estou em casa, agora sim estou verdadeiramente na minha casa __ Eu falei tocando minhas rosas com cuidado, sentindo como se eu fosse parte delas.

__ Bella sempre amou rosas e o perfume delas, quando tinha dois anos chorou durante meia hora porque a mãe dela não quis comprar uma rosa para ela, eu comprei um viveiro de rosas depois para a consolar __ Meu pai comentou apontando para o ambiente e alguns seguranças soltaram uma risada.

__ Charlie Swan mimando a filha? Total de zero novidade __ Rose falou antes de receber um olhar mortal dele, rindo em seguida.

Eu olhei para as imensas fileiras de rosas que estavam guardadas aqui, eu suspirei com cuidado olhando para os lados.

__ Eu queria tanto ter minhas rosas comigo quando fui embora, mas minha mãe dizia que isso lembrava como meu pai era obcecado em me mimar e a esqueceu __ Eu falei antes de me virar para ficar de frente a ele que fechou a cara.

__ Renée sempre foi obcecada em ser a mulher perfeita e amorosa de sempre, eu quis chutar ela por isso simplesmente concordo com ela, te mimar sempre vai ser minha prioridade __ Ele falou me olhando com seu sorriso encantador e eu sorrio de volta.

__ Podemos deixar aberto para as borboletas voltarem a ficar aqui? __ Questiono meu pai que concorda com a cabeça.

__ Eu mantive fechado porque a dona delas não estava aqui, não queria que ninguém tocasse a única coisa que eu tinha que me lembrava você __ Meu pai comentou antes de me chamar com sua mão, eu sorrio para isso e caminho com ele.

Meu pai caminhou ao meu lado até nossa casa, no caminho posso notar algumas mudanças suitis mais que ficaram marcadas em minha vida, quando saímos de casa era uma noite chuvosa e ela me carregou abraçada com seu corpo.

Ele fez um pequeno tuor pela casa me apontando todos os novos ambiente e quando chegamos de frente a porta do meu antigo quarto uma emoção desconfortável começou a surgir, a tristeza que venho carregando dentro do meu corpo, eu puxei completamente desesperada a maçaneta abrindo o ambiente.

O quarto tinha muitas coisa de quando o deixei, a cama era maior agora de casal, a parede estava com o mesmo designer de quando era pequena, uma parede azul escura com estrelas douradas e meu nome brilhando na mesma. A cama de casal no meio com meus antigos ursos de pelúcia e um closet cheio de roupas adulta.

__ Meu quarto, como ele foi mantido assim, pensei que iria querer mudar tudo __ Eu comentei com ele que simplesmente negou.

__ Eu vinha aqui quando precisava sentir que estava bem, era como se aqui eu pudesse ter você para mim por alguns instantes __ Meu pai comentou quando se aproximou e eu sorrio para ele.

__ Eu sinto como se nada tivesse mudado, mas tudo mudou __ Eu falei tocando a cama que estava maior porque a minha era infantil __ Eu não sou mais a Bellinha e também não sou Isabella.

__ Você é a Bells __ Uma voz masculina surgiu no ambiente e eu me virei.

__ Jacob Black? __ Eu questionei antes de levar as mãos aos meus lábios em completo choque.

__ Isabella Swan __ Ele respondeu em completo choque porque eu estou mesmo de volta.

Ele parecia ter quatorze anos, talvez quinze, e tinha longos cabelos pretos brilhantes puxados para trás com um elástico na nuca. Sua pele era linda, sedosa e avermelhada; seus olhos eram escuros, bem acima das maçãs do rosto. Ele ainda tinha apenas um toque de arredondamento infantil em volta do queixo. Ao todo, um rosto muito bonito, tinha a mesma feição doce de quando criança.

Eu corro até ele o abraçando carinhosamente, Jacob é filho do segurança do meu pai Billy e da minha governanta, crescemos juntos até o momento em que tive que partir, ele ficou. Eu aperto ele em meus braços que me ergue do chão.

__ Baixinha __ Ele falou deixando um beijo em minha testa.

__ Grandão __ Eu falei para ele que me soltou no chão enquanto rimos um para o outro.

__ Jake como você cresceu rapaz __ Eu falei tocando sei ombro e ele soltou uma risada.

__ Não fui eu que tive air bag no tempo que fiquei fora __ Ele brincou sobre o fato de eu ter crescido e ter seios agora.

__ Inveja mata, saiba disso amor __ Eu falei para ele antes de subir na minha cama olhando para a janela que fica em cima dela __ Fiquei mais alta querido.

Eu pulei sobre a cama causando a risada nas pessoas, me sinto uma criança novamente que acaba de voltar da escola e só quer brincar. Eu pulei sobre o colchão macio que me impulsiona para cima novamente.

__ Senhor temos uma localização de onde estará Phill __ Um dos seguranças se aproximou dele e eu olhei para o mesmo.

__ Deixe que eu adivinhe, Lá Plus? __ Eu questiono e ambos se viram em minha direção __ Perda de tempo, eles já saíram de lá a muito tempo.

__ Como sabe disso? __ O seguranca questionou me olhando.

Acho que falaram que seu nome é Harry, ou algo assim.

__ Por que fui eu que mandei ele para lá, comprei uma passagem na rodoviária e coloquei meu celular no banco e deixei, assim teria tempo para poder chegar até meu pai sem eles me pegarem, meu celular tem rastreador desde que tentei fugir quando tinha dez anos __ Eu falei dando de ombros para essa questão.

Meu pai parecia ter crescido de orgulho de minha sagacidade, minha mãe sempre me disse que eu puxei a parte podre da família de meu pai, talvez seja por causa disso.

__ Ela muda muito rápido de pose infantil para pose adulta __ Esme falou me olhando eu saltei da cama olhando para ela.

__ Eu só estava feliz, quando estou feliz pareço bastante espalhafatosa, mas em geral sou bem adulta e responsável __ Eu falei me jogando de bunda na cama para poder sair da mesma __ Tive que aprender a cozinha com seis anos, sou a melhor aluna que minha professora domiciliar já teve.

Esme parecia bastante espantada com minha colocação sobre a sua fala, afinal apesar de ter somente 15 anos já passei por mais merda do que seria normal uma pessoa passar, tortura psicológica a física mantendo minha mente sempre centrada a e simplesmente concordando com tudo. Eu aprendi a dobrar minha mãe com o tempo, sempre pegava dinheiro e assim pude garantir que poderia fugir.

__ Fico feliz que apesar de todas as coisas que teve que passar na vida ainda saiba como ser feliz __ Meu pai falou me olhando com cuidado paternal mesmo e eu somente confirmo com a cabeça.

Voltar para casa era como voltar a ser a pessoa que eu sempre fui, mas na segurança de pertencer a um lugar. Sempre soube que ser quem eu era com minha mãe ao lado nunca era uma opção porque ela ficava extremamente irritada comigo, causava castigos abusivos e sinceramente uma forma de tortura, ela odiava o fato de eu constantemente lembrar a ela que eu sou filha de Charlie Swan seja pela aparência ou pela personalidade.

__ Uma voz minha professora me disse que a melhor forma de resistência a minha mãe era ser alegre, mesmo que ela tentasse todos os dias me deixar triste, então lutei todos os meus dias para ser alegre __ Eu falei calmamente para todos que me olhavam carinhosamente.

Meu sou deixou um beijo em minha testa me abraçando de forma carinhosa, ele apontou para o lugar onde ficava meu banheiro.

__ Venha querida, tome um banho que o jantar já vai ser servido e seus avós estão loucos para te rever __ Meu pai falou e eu confirmo com a cabeça antes de entrar no provador.

Eu posso sentir a tensão de todos no ambiente quando Charlie, não meu pai, o homem poderoso olha para Esme e fala de forma fria.

__ Provoque minha filha novamente dessa forma e vai se arrepender, ninguém chama minha filha de infantil por ela ser quem ela é entendeu? __ Ele falou olhando seriamente em seus olhos e eu fingi não ouvir.

__ Eu não quis fazer isso, desculpe __ Esme falou antes de seguir meu pai que não se deu ao trabalho de ouvir ela.

Sempre tive uma pele muito pálida com cabelos longos, lisos e castanhos escuros, bico de viúva, olhos azuis na cor do céu sem nuvens únicos e um rosto em forma de coração com uma testa larga. Meus olhos são grandes e amplamente espaçados. Meu nariz é fino e minhas maçãs do rosto são proeminentes. Meus lábios são um pouco cheios demais para seu queixo fino. E minhas sobrancelhas são mais escuras que o cabelo e mais retas do que arqueadas. Mesmo com todos os contras em minha aparência e mesmo antes de se tornar uma uma mulher de verdade pude herdar a beleza divina de meu pai, eu sempre me modéstia parte fui bastante bonita, e minha mãe sempre disse que mesmo involuntariamente atraia a atenção de vários meninos no bairro, não apenas de quem queria, no caso Marcus.

Minha mãe sempre preferou que eu usasse camisas, jeans e tênis em todos os lugares que vai, pois não se interessa por me mostrar como uma menina bonita.

Agora tenho a chance de me liberatar de anos presas em um esteriótipo maluco, sinto meu estômago doer com minhas lembranças. Mas agora eu posso realmente me arrumar e libertar uma Bella vaidosa que sempre existiu.

Eu poderia ser descrita como sendo excepcionalmente desajeitada, caindo e tropeçando em tudo à vista, e por isso é facilmente descrita como a criança mais frágil do mundo, no entanto, isso muda quando ela se transforma em adolescente, minha mãe temia que eu pudesse atrair demais Phill e me escondia.

Eu pego um vestido azul dentro do guarda roupa com um tecido mais pesado parecendo com o do terno e um blazer para colocar em cima, saltos na lateral e as coisas para me arrumar. Posso notar um silêncio no local parecia que eu não tinha mais companhia após a saída de meu pai.

Eu saio do closet com minhas coisas e olho para o ambiente vazio, vou até a caixa de som que tem instalada na parede para colocar uma música no ambiente e tomar banho.

Foi um banho rápido consideravelmente, lavei meus cabelos e relaxei um pouco, mas nada comparado aos que tomava em casa para fugir de minha mãe. Quando fui sair do boxe do banheiro noto que não tem toalha na lateral onde deveria estar.

__ Claro Isabella seu pai não deixava ninguém entrar em seu quarto, porque teria toalhas aqui __ Eu falei passando o pé pela porta do boxe para caminhar até o quarto onde sei que podem ter toalhas.

Quando passei pela porta que conecta o banheiro o quarto um som de espanto vindo de alguém soo no ambiente e eu me virei vendo que Jasper tinha se virado de costas rapidamente.

__ O que está fazendo aqui? __ Eu questionei puxando um roupão de dormir em minha direção o colocando.

__ Me desculpe Lady Swan, eu vim entregar um celular para senhora __ Ele falou erguendo uma caixa de telefone em suas mãos e eu soltei uma risada.

A situação é constrangedora de fato, mas sinceramente não posso negar que estou demasiadamente relaxada em casa, eu caminho em sua direção ainda rindo. Peguei delicadamente a caixa de sua mão e o mesmo se virou em minha direção aliviado por estar coberta.

Ele era loiro, como o primeiro homem que eu vi aqui, mas mais alto e mais magro. Sua pele estava absolutamente coberta de cicatrizes, espaçadas mais densamente juntas em seu pescoço e mandíbula. Algumas pequenas marcas em seu braço eram recentes, mas o resto não parecia ser recente. Ele esteve em mais lutas do que eu poderia imaginar e nunca perdeu certamente. Seus olhos dourados brilhavam e sua postura exalava a violência mal contida de um leão zangado.

__ Jasper não é mesmo? __ Eu falei olhando mais para ele que sorriu de uma forma encantadora.

__ Sim, Jasper Hale a sua disposição __ Ele falou me olhando e eu sinto aquele frio na barriga por ter sua atenção.

Jasper é facilmente um dos homens mais bonitos que já tive o prazer de conhecer, principalmente sorrindo para mim.

__ Se me permite a indiscrição, o senhor é irmão de Rose? __ Eu questionei por notar uma clara semelhança entre eles e o mesmo confirmou.

__ Sou seu irmão mais novo, mas como sabe disso, creio que ninguém tenha lhe contado __ Jasper falou quando me viu sentar sobre a cama e parou ficando no meu campo de visão.

__ Achei vocês parecidos, quero dizer a cor dos cabelos, sotaque ao falar e a também me lembram levemente no rosto __ Eu sorrio para ele que me olhou como se eu tivesse sido completamente delirante.

Eu peguei o telefone abrindo o mesmo vendo que tratava de um iPhone 14 última geração, eu olhei espantada com isso por saber que extremamente caro isso.

__ Nossa meu pai realmente é multimilionário __ Eu falei levando o celular na altura de meus olhos.

__ Chefe Swan tem uma vida estável como ele gosta de falar, mas mesmo se não tivesse ele lutaria para te dar o mundo __ Ele falou antes de olhar seu celular que brilhou a tela __ Estarei a sua espera do lado de fora da porta, leve o tempo que precisar.

Ele falou antes de se retirar do cômodo me deixando para trás, eu suspiro olhando para a porta antes de deixar o celular na cama para me arrumar.

Coloquei uma lingerie preta pode me arrumar, estava sentada na cadeira da penteadeira me arrumando quando a porta foi aberta e Rose entrou para dentro com seu vestido já pronto e bem arrumada.

__ Vejo que ainda não terminou de se arrumar, seus avós já chegaram __ Rose falou me olhando e eu confirmei para ela terminando de aplicar o pó para dar mais cor ao meu rosto.

__ Só falta o vestido, terminei de me maquiar e meu cabelo já está pronto __ Comentei para ela que confirmou vendo o look.

__ Muito sério para um jantar em família não? __ Ela falou do blazer e eu confirmei com a cabeça. 

__ Eu sei, mas nada ali parece mais casual, meu pai me deu um guarda roupas de princesa __ Eu comentei abrindo o closet cheio de vestido bufantes.

Rose virou os olhos acha que vendo exagero do meu pai, foi até uma parte mais longe pegando um conjunto basicamente maravilhoso e me mostrando.

__ O short combinado com o kimono vai ficar maravilhoso e mais descontraído __ Ela comentou colocando a roupa ao meu lado, eu sorrio por sua escolha.

Ela continuou na proposta da paleta de cor azul que eu quero, vai realçar meus olhos. Me vesti rapidinho como diria minha colega de janela. Nós duas tínhamos janelas viradas um para a outra e sempre nos falamos, já que eu quase vivia em cárcere privado.

Quando terminei de me vestir de forma adequada pude finamente me virar para minha segurança particular, ela sorriu me olhando.

__ Está linda, parecendo uma princesa mesmo __ Ela falou me entregando meu novo celular e eu sorrio para isso.

Eu olhei para ela que estava já ao meu lado e sorrio.

__ Seu irmão é comprometido? __ Eu questionei bem baixinho perto do ouvido dela que se virou em minha direção.

__ Não, fala de Jasper não é mesmo? __Ela falou apontando para a porta e eu confirmo com a cabeça __ Desde que sua namorada foi morta pela facção de Aro Volturi, ele nunca mais se relacionou com ninguém.

Eu baixo a cabeça sabendo que deve ter sido a verdade tortura saber que sua namorada foi assassinada de forma tão cruel, eu passo pela porta.

__Como ela se chamava? __ Eu questionei ela que abaixou a cabeça antes de sussurrar.

__ Maria, ela era uma doce menina __ Ela falou antes da porta ser aberta e Jasper aparecer.

Ele parece ter sofrido bastante com a vida, mas sinto como se isso não fosse o suficiente para o amargurar, mesmo sabendo que teria me amargurado, porém, a verdade é que ele é uma pessoa muito gentil, educado, galante e simplesmente boa. Eu o descreveria como 'um bom cavalheiro sulista'. Ele é um estudioso natural e leitor ávido, e tem uma mente perspicaz em negócios e táticas de batalha, posso reparar isso ao o ver segurando um livro parada na porta do ambiente.

__ Obrigada por me esperar, estava um pouco indecisa __ Comentei para Jasper que me olhou confirmando.

__ Eu sou acostumado com o ritmo de Rose, a milady foi até rápida __ Ele falou antes de estender a mão para que eu segura-se.

Eu passo minhas mãos para dentro da sua, Rose fez a mesma coisa com a outra mão e nós duas caminhamos juntamente com ele até as escadas, eu suspirei só ver o salão quase todo tomado por pessoas que a maioria reconheço sendo parte de minha família.

__ Isabella Marie Swan __ Jasper anúnciou para todos que se viraram em minha direção completamente chocado.

Eu me solto de seu braço e olho para todos que estavam me olhando, todos pareciam me olhar como e eu fosse um extraterrestre completamente deslocado. Me sinto assim na verdade, tantos rostos e pessoas confiantes, pessoas poderosas e eu jamais seria metade disso. Eu me afastei das escadas correndo para meu quarto, quando entrei dentro do mesmo passei a chave na porta e corro para o banheiro.

Meu pulmão parecia que iria sufocar meu corpo inteiro e meu coração está na minha carganta. Sinto meu corpo tremer do pés a cabeça como se estivesse com febre ou fome. Eu estava sentindo tantas coisas dentro do meu corpo que era impossível de reagir.

Era como ouvir os gritos da minha mãe ao fundo falando que eu nunca iria pertencer a um lugar, meu lugar não era com ela e não era com meu pai. O mundo deles são diferentes. Eu fui um desastre para eles, nada parecida com o que deveria, Esme até falou que eu sou mais infantil do que se espera para alguém da minha idade, talvez esse seja o motivo pela qual minha mãe não gosta de mim. Eu sinto meu estômago embrulhar e minha mente rodar em volta de tantas coisas negativas.

Foi quando um estrondo surgiu no ambiente e eu entrei em completo pânico me coloquei contra a porta do banheiro impedindo ele de entrar.

__ Vai embora Phill __ Eu gritei me fechado dentro de meu próprio corpo quase como se eu pudesse sentir ele tentando me pegar a força para me levar embora.

Tantas vezes que eu fugi de casa e ele me achou porque agora seria diferente? 

__ Bella, amor sou eu seu pai, filha abre a porta para o papai __ Uma voz queria me chamar atenção mais quase não reconheço a voz no meio de tanta camada de pânico.

Eu me levanto do lugar indo em direção a porta da varanda que tem no banheiro e passo para ela olhando o quintal escuro e silencioso como sempre. Eu fechei a porta da varanda olhando a escada de emergência.

Dessa vez não, eu passo meus pés pela escada de emergência descendo até a terra do jardim, dessa vez não volto para a casa com eles. Minha mente fica cada vez mais confusa enquanto tento correr o mais rápido o possível para longe. Foi quando o jardim me chamou atenção.

Uma borboleta passou perto do meu corpo indo em direção a estufa, eu olhei para a mesma entrando dentro do ambiente vendo as minhas rosas e as borboletas. Respirei fundo duas vezes antes de me envolver entre os painéis de cultivo olhando para a porta.

Eu estava presa naquele loop eterno de vozes na minha mente até uma mão tocar minha pele, eu gritei me espernenado tentando fugir de seu agarre.

__ Lady Swan, olhe para mim __ A voz insistente me chama atenção e eu tento escapar __ Bella olhe para mim.

Eu firmo meu olhar sobre aqueles olhos dourados, sinto uma mão tocar minha coluna e fazer movimentos circulares.

__ Respire fundo e solte lentamente __ Ele falou me olhando com uma voz calma e foi o que fiz.

Aos poucos fui ganhando novamente o senso de realidade, me recordando de onde estou e como eu estou, toquei minha roupa lentamente me recordando das pessoas me vendo.

__ O que aconteceu? __ Eu questionei Jasper que esta me ajudando a ficar calma.

__ Você estava em uma crise de pânico que aos poucos foi aliviando, você passou por muita coisa e isso é normal __ Ele falou me olhando com atenção e cuidado e eu confirmo com a cabeça.

__ Meu pai? __ Eu questionei ele que me ajudou a levantar mesmo minhas pernas estando completamente mole.

__ Senhor Swan deve ainda está tentando te convencer a abrir a porta do banheiro, Emmett teve que arrebentar a do seu quarto no impulso __ Jasper comentou com a voz calma e com zero julgamento.

Eu olhei para a movimentação dentro da casa que parecia ser assustadora, ele segurou meu corpo contra o dele com carinho.

__ Não está acostumada com multidão? __ Ele me questionou ainda fazendo os movimentos em minhas costas.

__ Minha mãe sempre me manteve em casa, nunca tive com que me preocupar __ Eu falei olhando para ele que me olhou com carinho.

__ Entendo querida, vamos entrar pelas portas dos fundos assim você evita as multidões __ Ele falou me ajudando a contornar a casa com cuidado para não sermos vistos.

Quando entramos pela porta a cozinha estava lotada de pessoas e comida, ele me sentou em um banco e pegou água para me ajudar a me acalmar.

__ Chame o senhor Swan, diga que Lady Swan está bem e que está aqui __ Jasper falou para uma empregada que confirmou saindo.

Ele me entregou um copo de água que me fez ficar mais calma, eu respiro fundo enquanto tomo a água cuidadosamente.

__ Obrigada, eu nem sei como isso aconteceu, mas você me ajudou __ Eu falei para ele que me olhou e enquanto puxou uma pulseira de seu braço.

__ Essa pulseira ajuda quando estamos nervosos, meu presente de boas vindas __ Ele falou colocando a pulseira em volta do meu pulso e posso ver nela a inicial de sua ex namorada.

Isso deve ter um grande apelo sentimental para ele e o mesmo abriu mão por mim, eu olhei para ele deixando meu corpo me levar mesmo que sem desejar. Meus lábios em um instante estavam sobre os dele.

Quando meus lábios se fecharam em torno dos dele, sua mão foi de automático para minha nuca enquanto nossos lábios se mexem com velocidade querendo provar um do outro com desespero, eu deixei vários beijos em seus lábios antes dele se afastar bruscamente.

__ Eu não deveria me aproveitar de seu momento de fragilidade, volte a beber sua água __ Ele falou rapidamente após soltarmos os lábios um do outro.

__ Mas você não... __ Quando estava falando que ele não tinha se aproveitado e que eu tinha desejado, meu pai entrou.

Eu tive somente meio segundo antes de ter meu pai me segurando contra ele, eu suspiro ao notar que suas bochechas estavam molhadas.

__ O que aconteceu meu amor? __ Ele me questionou eu somente me virei para ele suspirando.

__ Aquelas pessoas, elas não gostam de mim __ Eu falei limpando minhas lágrimas, ele segurou minhas mãos.

__ Quem disse que eles não gostam de você? Aquela é a sua família, seus primos e meus pais __ Ele falou me olhando e eu neguei com a cabeça.

__ Eu sou uma desconhecida para eles, não sou ninguém __ Eu falei limpando novas lágrimas.

__ Você é minha filha, eles sabem disso, sabem como lutei para te encontrar e vieram comemorar sua volta __ Ele falou lentamente e Jasper se virou.

__ Senhor, ela teve um ataque de ansiedade, é normal pela forma na qual ela viveu anos, escondida e com medo de ser castigada __ Jasper falou me observando e meu pai suspiro confirmando.

__ Você tem razão, ligue para Alice que eu quero que as consultas e terapias dela comecem logo, daqui para frente quero que fale comigo __ Meu sou falou deixando um beijo em meu rosto.

__ Jasper me ajudou, ele foi legal comigo, obrigada por tudo, por tudo mesmo __ Eu falei antes de me levantar do banco onde estou com o copo de água na mão.

Meu pai abraçou meu corpo carinhosamente, nós passamos pela porta que dava no salão onde todos estavam, vários rostos se voltaram em minha direção.

__ Minha filha ficou um pouco ansiosa e teve que tomar um ar, mas já está tudo bem __ Meu pai falou a multidão que compõem nossa família.

Aos poucos nossos primos foram se aproximando lentamente querendo de alguma forma ver Isabella Swan filho do grande magnata de negócios de Wall Street.

__ Isabella essa é sua prima Alice Cullen __ Meu pai falou apresentando a menina a minha frente.

Alice é uma pessoa muito bonita, pequena, a mais baixa que se espera para nossa família com 1,47 de altura, ela é muito magra parecia detestar comids, com traços pequenos de "duende". Ela tem olhos grandes e longos, sobrancelhas delicadas. Seu cabelo é cortado curto, espetado e preto em um corte bem moderno. Sua cor de olhos castanhos escuros. Ela se move com muita graça, continuamente citada como dançando, com uma carruagem que "quebraria o coração de qualquer bailarina".

__ Então finalmente resolveu voltar para casa __ Alice falou me olhando e eu fechei a expressão para ela.

__ Finalmente voltar? Fala como se tivesse sido um escolha minha __ Eu falei cruzando minhas mãos com cuidado.

__ Bom, quando realmente quis voltou com facilidade, não seja porque não ter feito antes __ Ela falou aproveitando que meu pai tinha ido cumprimentar o pai dela.

__ Espere um instante acha mesmo que eu poderia simplesmente ter fugido? O quanto você é idiota por pensa isso __ Eu falei cruzando meus braços novamente para dar efeito de contraridade.

__ Não sou tola Bella, sei muito bem que poderia sim ter fugido como fez ontem, ninguém mantém ninguém presa, como você mesma provou __ Ela falou apontando para meu corpo, eu fechei meus olhos respirando fundo __ O que teve medo de perder a herança?

Eu perco minha paciência e ergo minha mão estralando no rosto dela com toda intensidade que eu tenho no meu rosto.

__ Fora da minha casa, pessoas como você não são bem vindas aqui __ Eu falei em um grito alto por não conseguir me controlar.

__ O que esta acontecendo aqui? __ Meu pai falou se aproximando e eu olhei para Jasper.

__ Tire essa mulher imediatamente da minha casa, tire ela da minha frente __ Eu falei sendo segurada por meu pai pois minha vontade era de dar na cara dela.

Jasper me olhou me puxando para um canto enquanto todos me encaram.

__ O que eu fiz? Não entendo __ Ela se fez de vítima para meu pai que me olhou.

__ Não ouse a se fazer de desentendida sua vadia, você não sabe o que eu passei, o que eu sofri para falar como se eu tivesse escolha __ Eu falei tentando avançar para descer outro tapa __ Não sabe de metade do que eu passei, dos castigos e punições que eu tive por tentar fugir, como pode dizer que era escolha minha.

Eu me debato em seus braços e meu pai me olhou completamente chocado com minha colocação, ela me olhou sem entender.

__ O que poderia ser feito, desistiu de lutar porque ficou trancada no seu quarto por algumas horas __ Ela me questionou completamente debochada e eu me debato contra ele.

Eu puxei o meu casaco para baixo, me virando para que todos pudessem ver.

__ Isso é um castigo amigável da minha mãe, ela me batia até que eu perdesse os sentidos então não, eu não podia sair quando eu desejasse, sua riquinha mimada do cacete, agora saia da minha casa e se tiver a mínima descencia em sua cara nunca mais volte aqui __ Eu falei antes de puxar o casaco de volta para meu corpo.

Em minhas costas tem duas cicatrizes que tomam toda as minhas costas porque uma vez ela bateu nela com cinto que fez o corte com a fivela. Ela sempre me batia com toalha molhada para meu corpo ficar dolorido, mas sem sinais de violência doméstica.

Eu me afastei do grupo de pessoas indo para o canto, meu pai olhou para o primo dele que entendeu o recado saindo para o lado, ele segurou o braço de sua filha com força e a puxou. Eu seguro o choro novamente em uma raiva tremenda.

No fim era isso que temia as pessoas pensassem sobre minha volta. Eu respiro fundo duas vezes antes de olhar para todos no ambiente.

__ Mais alguém aqui compartilhar da opinião de Alice? Pois se sim, podem se considerar desconvidados de minha festa __ Meu pai falou apontando para a porta e todos ficaram em silêncio __ Não convidei ninguém para ter opinião de vocês e sim para ter o mínimo de festa.

Jasper me abraçou por notar que ainda estava frágil com o que aconteceu.

__ Alice deve ter surtado porque viu nosso beijo, ela é meio obcecada por mim, mas agora acho que ela entendeu __ Jasper falou perto de meu ouvido, eu suspirei por saber que muitos aqui compartilham de sua opinião sobre o assunto __ Eu lamento por isso.

Eu respiro olhando para ele que me encara com toda dedicação.

__ Não temos culpa das ações de outras pessoas, só espero que não tenha que ver ela mais __ Falei para ele que me segurou mais apertado.

__ Não terá, pelo menos aqui em casa ela não é mais bem vinda __ Meu pai falou me puxando em sua direção sorrindo querendo me consolar.



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