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História Lágrimas na neve - 2 Starting to decay


Escrita por: yunigaze

Capítulo 2 - 2 Starting to decay




Como era de se esperar acordei atrasado, com minha mãe batendo loucamente em minha porta me mandando levantar.

Tomei o café depressa e fui para a escola. Taka já estava lá e para minha surpresa agia normalmente como se nada houvesse acontecido ontem, o que me deixava confuso.

Era sexta feira, dia de campeonato de futebol entre duas salas. Minha sala iria jogar contra a sala de Ruki. Ele era o melhor jogador de sua sala, me arriscaria a dizer que ele era o melhor jogador da escola, por isso eu estava um pouco receoso, pois não queria perder para ele.

Quando estávamos jogando, algo estranho aconteceu. Takanori caiu pela primeira vez na quadra esportiva e machucou os joelhos e a palma das mãos.

Preocupado, eu não consegui mais me concentrar na partida e por conta disso me tiraram do jogo. Aproveitei que estava livre e fui visitar o garoto na enfermaria.

- Taka, posso entrar? - perguntei quando o vi deitado em uma maca, descansando. Ele aparentemente estava bem apesar de chateado. - Como está?

- Bem... acho. - e me mostrou a palma das mãos e os joelhos ralados - Olha isso. Não sei como aconteceu.

- Você não tropeçou nos próprios pés?

- Não! Aki, você sabe que eu jogo bem... isso nunca aconteceu comigo antes. Eu senti como se não tivesse força nas pernas por alguns instantes.

- Não foi queda de pressão?

- A enfermeira disse que minha pressão está normal...

- Fraqueza? E você precisa descansar mais, baixinho - o repreendi de leve e alisei um pouco sua testa - Você quase não dorme, parece que fica ligado na tomada 24 horas. Vai chegar uma hora que seu corpo vai pedir um descanso.

- É né? deve ser isso mesmo. Eu preciso dormir mais.

- Fique tranquilo - Dei um beijo de leve em sua bochecha - Não é nada demais.

A enfermeira apareceu e me mandou voltar para a quadra. Contrariando minha vontade tive que deixar meu amigo ali.

Estava distraído olhando os garotos jogarem quando senti alguém tocar meu ombro, fiquei feliz em ver que era Takanori.

- Te liberaram?

- Hm. A enfermeira disse que não tem nada demais comigo e que eu só preciso descansar um pouco. O mais engraçado é que eu não me sinto cansado.

- Acho que ela tem razão. Hoje quando você voltar é melhor ficar deitado e dormir bem, pelo menos por alguns dias.

- Sim, vou fazer isso.

O sinal tocando avisando que era intervalo. Como era dia de campeonato, as três primeiras aulas eram suspensas para que os alunos pudessem assistir os jogos.

Enquanto Taka lanchava tranquilamente os outros garotos perguntavam se estava tudo bem com ele. Sem gostar de dar muitas explicações, o pequeno apenas balançando a cabeça.

Kai, muito preocupado tocou a testa de Ruki e tomou seu pulso.

- Sem febre, pulsação normal... o que pode ter acontecido?

- Estou bem doutor Yutaka, acho que tropecei, só isso.

- Mas você nunca tropeçou! Você é um jogador excelente... não entendo.

- Não tem nada que entender! - Yuu se intrometeu - Ele já disse que tropeçou.

- Isso não é normal - disse tocando o queixo com ar extremamente preocupado.

- Você se preocupa demais - disse Aoi puxando Kai pelo braço tirando-o de perto de nós - Deixa o Suzuki conversar com ele.

No fundo eu sabia que Aoi já estava ciente em relação a meus sentimentos para com Ruki. Apesar de ser um pouco mais 'frio' em relação a meus demais amigos, Shiroyama era o tipo de cara que captava as coisas com facilidade e tentava ajudar à sua maneira.

Ao fim do intervalo, voltamos às salas e felizmente as horas não demoraram para passar. Acompanhei Ruki até sua casa e antes de me despedir ficamos combinados que íriamos juntos até a casa de Kai no domingo a tarde.

Meu sábado foi como qualquer outro, passei em casa jogando game com minha irmã e saí um pouco a tarde para fazer compras. A noite fui comer fora com meus pais e fui dormir por volta das 0:00 horas.

Domingo de manhã fui andar de bicicleta com minhas irmãs no parque, voltei , fiz os deveres escolares, almocei, tirei um breve cochilo e acordei por volta das 2. Só tomei um banho e fui até a casa de Ruki conforme havíamos combinado.

Toquei duas vezes a campainha e seu pai atendeu. Disse que seu filho estava um pouco indisposto e não tinha saído da cama desde que havia acordado.

Fui até seu quarto ver como ele estava e me deparei com uma cena um tanto quanto 'bonitinha'. Takanori sentado na cama de pijamas, emburrado e com os cabelos despenteados.

- O que está fazendo aqui?

- Vim te ver, senhor mal criado. - sentei na beirada de sua cama.

- Me desculpe- riu sem jeito - Acordei me sentindo um pouco mal...

- É - toquei seu rosto e senti sua pele quente - está com febre ne?

- Acho que foi praga, não pode ser... Primeiro eu caí na frente de todo mundo, agora essa febre... o que vem depois?

- Não deve ser nada de grave, você vai ver.

- Pelo menos já estou bem descansado.

- Isso é verdade - levantei- Agora preciso ir, senão vou me atrasar.

- E o Kai vai ficar bravo - completou. - Peça desculpas de minha parte por favor.

- Está bem, mas antes de sair eu gostaria de te fazer uma pergunta.

- Pode fazer.

- Você já se apaixonou por alguém ou está apaixonado?

O garoto arregalou os olhos e me pareceu ter ficado sem ar por alguns instantes. Com o rosto rubro não sei se pela febre ou pela pergunta repentina me respondeu:

- Vá embora! - olhei espantado pois não era essa a resposta que eu queria - Você vai se atrasar e já sabe como o Kai fica irritado com pessoas atrasadas né?

- E minha pergunta?

- Outra hora conversamos com mais calma. Estou doente, com febre, dor de barriga, dor nas costas, dor de cabeça, dor de garganta, não posso ficar conversando. Preciso dormir. 'Goodbye'.

Saí de lá um pouco triste, pois não imaginava que ele iria me tratar daquela forma, eu sabia que Ruki podia ser um pouco grosso as vezes, mas ele foi gentil comigo...

Caminhei cabisbaixo e pensativo até a casa de Kai onde expliquei que o estado de Takanori, Kai compreendeu e fizemos nossa pequena reunião.

Confesso que enquanto os garotos conversavam eu estava distraído demais pensando em Ruki, de como eu gostaria de beijá-lo , segurar suas mãos e poder acaricía-lo sem medo.

Mesmo em segredo eu o amava tanto... Não era fácil para mim estar tão perto e tão distante dele todos os dias.

- No que está pensando? - Miyavi perguntou - Hoje você está tão quieto.

- Não está vendo que ele está preocupado com o Taka? - Uke respondeu por mim

- Ah é isso... mas não fique preocupado amanhã ele já vai estar aí correndo atrás das bolas como sempre.

- Sim, Takanori é forte - Uruha também disse - Deve ser apenas um mal estar, todo mundo fica doente Akira.

- É normal ele se preocupar - mais uma vez Kai tomou a palavra - Afinal ele é apaixonado pelo Taka há tanto tempo.

Todos os rapazes ficaram em silêncio e meu queixo caiu no chão.

- O que está dizendo? - falei tentando negar

- O que todo mundo já sabe, que você é apaixonado por nosso pequeno amigo.

Olhei no rosto de cada um dos rapazes ali presentes e cada um deles acenou concordando com o que Kai acabara de dizer.

- É tão óbvio assim? - perguntei ainda sem acreditar no que estava acontecendo naquela cozinha.

- Tão óbvio quanto o fato de que Takanori também é apaixonado por você. - Yuu geralmente não falava muito, mas quando o fazia...

- Está falando sério?

- Só você que ainda não percebeu? Ele nunca namora com ninguém, sempre fica com você no intervalo da escola e sempre dá um jeito de arrumar confusão com qualquer garoto ou garota que tenta se aproximar de você com algum tipo de intenção. Se você nunca notou como os olhos dele brilham quando ele está com você é que você é muito bobo. - Yuu disse enquanto tentava acender um cigarro, mas foi repreendido por Kai e mudou de idéia.

Fiquei quieto enquanto pensava no que ele havia acabado de me contar. E sim, era verdade que Ruki sempre brigava com as pessoas que queriam se aproximar de mim. Eu sempre fui tão inseguro que jamais poderia imaginar que aquela criatura perfeita poderia ter algum tipo de sentimento por mim, mas agora depois do que ele havia me dito meu coração havia se enchido de esperanças.

Voltei para casa feliz, imaginando um jeito de poder me abrir para Ruki e contar que eu o amava pois agora eu tinha esperanças de que jamais ele iria me dar um fora. Finalmente eu poderia dar todo o carinho que sempre quis oferecer.

No dia seguinte, na escola Ruki parecia estar melhor e bem animado. Passamos o intervalo juntos como todos os dias e conversamos bastante.

Depois da aula, como sempre estávamos voltando para casa e Ruki segurava uma garrafa de chá enquanto conversava normalmente comigo e eu tentava encontrava um jeito de dizer que o amava quando algo inusitado aconteceu.

Ao atravessar uma avenida movimentada, não sei explicar como aconteceu, mas ouvi a buzina de um caminhão e vi Ruki caído na rua


Notas Finais


uno más ^^


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