História Laila e eu - Alpha

 “1967, ano do maior massacre dentro de nossas cidades, mais de mil aeronaves inimigas vieram pelos céus azuis, e eles trouxeram as bombas nucleares. Ninguém restou vivo, um mundo de caos e de constantes crises se instaurou, sem dúvidas muitas vidas foram perdidas em apenas poucos minutos, essas mortes só demonstram que nada desse mundo vale à pena, afinal, não difícil matar milhares de inocentes em uma guerra.”

- O que esta fazendo Leila? – Perguntou um homem alto e musculoso.

- Eu estava anotando no meu diário sobre o grande dia. – Disse uma garotinha de aparência frágil e de cabelo louro.

- Leila, pare de pensar sobre aquele dia, afinal, as coisas já ocorreram, não podemos fazer nada para reverter, a não ser reformar a sociedade.

- Ta bem Morgan, mas eu não acho que dá para reforma a sociedade.

- Talvez agora você tenha razão, porém, você nunca deve desistir de seus sonhos, afinal, ninguém irá lutar para que eles sejam reais.

- Tirou essa frase motivacional genérica de onde?  

 Morgan levantou-se e ergueu a mão para menina, que logo segurou e foi para as costas de Morgan. O lugar em que eles estavam não era nada bonito, era um galpão velho e caindo aos pedaços, mas era melhor do que nada. Ambos foram seguindo por uma cidade deserta, em que apenas plantas habitavam o lugar, era um cenário assustadoramente agradável e assustador ao mesmo tempo, principalmente se pensar que algum dia aqueles prédios já tiveram uso. Indo mais à frente nas ruas rachadas e tortas, Morgan avista uma ambulância velha, ambos adentram na ambulância, procurando por suprimentos.

- Seu velho maldito! Sai logo daí que isso é nosso! – Três homens com canos metálicos como arma apareceram, todos vestiam vestes que deixavam o peitoral à mostra, logo mostrando sujeira, tinta e músculos. Os homens vestiam capacetes de motocicletas, e estavam indo em direção à ambulância. – O que pensa que esta fazendo? Esqueceu que esse é o nosso território?

- Seu? Uma cidade vazia e sem comando, não tem como haver separação de territórios, por isso vão embora. – Morgan escondia Leila dentro da ambulância, não deixando que os homens a veja.

- Olha só, ele esta dando uma de durão – Um deles vai em direção à Morgan infligir um ataque com intuito de matá-lo. – Quero ver se é durão depois de uma lição!

 Morgan segura o cano com apenas uma mão e quebra o braço do agressor. Todos ficaram impressionados, porém, raivosos.

- Vamos todos de uma vez logo! Esse cara não é nada, já pegamos caras bem maiores e mais estranhos. – Um dos homens vai pela frente e é empurrado. – Ué? Não vai nós atacar não?

- Infelizmente não, não quero sujar minhas mãos com pessoas podres como vocês. Vão embora, antes que eu mude de idéia. – Enquanto Morgan dizia isso Laila saiu para ver o que estava acontecendo, mas sem perceber o homem com o braço quebrado a segurou.

- Acha que vai embora sem antes eu pelo menos me vingar? Não! Essa garotinha vai ser uma lição para você. Grandalhão.  - Morgan fica quieto por um tempo e todos ficam tensos. – Que foi? Ficou com medo?

- Solte-a...

- Não! E nem comece a falar devagar pra dar “medinho” – Logo após esta fala o homem começa a rir incessantemente, parecia uma hiena.

- Eu tentei dar a vocês uma chance, mas pelo que vejo vocês não a aproveitaram bem. - Morgan tira seu pano que cobria seu rosto e demonstra um rosto que em grandes partes tinha cicatrizes. Um rosto sério, e que parecia que a luz nem adentrava em seus olhos, dando uma aparência intimidadora.

- Tem certeza que vai nos enfrentar sozinho? Nós somos dois, e temos um refém, o que você faria? – Morgan vai em direção ao homem que segurava a Leila, e deu a ele um soco na cara tão forte que saiu sangue de sua cara, parecia um porrete atingindo carne humana. Os outros dois vieram pra acima, mas Morgan deu um soco em um e logo após isso pegou o cano e enfiou no estomago do outro. O homem tentou revidar o soco, mas levou um soco na nuca.

- Laila, você esta bem?

- Morgan, eu pensei que você não demoraria tanto pra me salvar.

 - Bem, pegue suas coisas, temos que ir à Cidadela.

Ambos partem para Cidadela juntos, esperando ter muitos confrontos no caminho.