História Lamore è la legge - Sei

Pov. Harry

Eu tinha que admitir não foi tão ruim assim. Claro, eu estava sem minha família, sem minha casa, sem grande parte das coisas da minha vida, mas não estava assim tão ruim. Jay a mãe de Louis me tratou com tanto carinho e com tanta atenção que por um momento pensei que ela me conhecia a mais tempo. O lugar onde eu iria ficar também ajudava, era uma casa grande, um ambiente agradável. Eu realmente estava me sentindo mais ou menos em casa. Mas a grande surpresa do dia foi Louis Tomlinson, meu noivo. Eu pensei em mil e uma possibilidades para como ele seria, mas não esperava que fosse tão... adorável. Ele era bonito, bonito não, lindo. Era dono dos olhos azuis mais adoráveis que eu já conhecia e tinha o rosto parecendo que foi esculpido por deuses, o corpo era de estatura menor que o meu, mas não deixava de mostrar ser forte na medida certa mesmo por baixo das roupas. Desde quando eu fico reparando em outros homens de forma tão descarada assim? Tá eu reparava, mas era discretamente sem... muito interesse, mas Louis Tomlinson, meu noivo despertou meu interesse. Afinal ele era meu noivo, eu poderia ficar secando ele sem motivo aparente. Eu tive que rir sozinho enquanto me preparava para descer, meu segundo dia ali e não fazia ideia de como agir com tudo isso. Desci observando a casa com mais atenção. Realmente era tudo de muito bom gosto. Nem Louis, nem Jay estava na sala de jantar, os empregados me serviram e resisti a curiosidade de perguntar onde estavam os dois donos da casa. Sorri agradecido a me ver sozinho na espaçosa sala de jantar.

- Nossa, você acorda cedo – ouvi a voz de Louis e sorri sem graça para ele que se aproximou se sentando na cadeira ao meu lado na mesa

– Bom dia – ele disse me oferecendo um sorriso preguiçoso e acabei sorrindo de volta para ele, minha bochechas coraram ao reparar que ele estava vestido apenas com uma calça de moletom azul clara e um regata larga branca. Os braços trabalhados a mostra. Porra, ele era realmente gostoso.

- Bom dia – respondi sem jeito e ele se acomodou melhor franzindo o lábios em desaprovação.

- Café? Serio? – assenti e ele franziu o nariz de uma maneira fofa.

– Prefiro chá – girei os olhos rindo.

- Pronto, já começamos a achar os defeitos do outro – eu disse ele se inclinou me fitando mais atentamente.

- Não tem como ser perfeito afinal – eu dei uma risada negando com a cabeça.

- Realmente – concordei e ele sorriu satisfeito.

- Deveríamos conversar sabe, descobrir mais sobre o outro, afinal vamos nos casar em breve e bom seria estranho me casar com um completo estranho – sugeriu dando de ombros e mordi o lábio inferior indeciso. Eu tinha medo de descobrir que ele não era tão perfeito como parecia. Tinha medo de descobrir que por trás daquela beleza existia uma pessoa desprezível e que eu teria que aturar dividindo tudo pelo resto da minha vida.

- Eu... Bem também acho – meu constrangimento era quase palpável, além do medo de descobrir mais sobre ele havia o medo dele descobrir que no fundo, eu nem tinha uma historia direito. Minha vida foi cheia de idas e vindas sem graça, não tinha emoção ou sequer uma historia engraçada. Era tudo muito simples. Nasci, cresci, fugi de mais casamentos que posso contar e terminei aqui sentando em uma mesa conversando com um estranho que seria meu marido pelo resto da vida. Ou seja, nada de útil em todos esses anos de vida.

- Então vamos lá, coisas simples de responder. Seu estilo de música, sua cor favorita, seu time de futebol, um sonho, qual lugar do mundo gostaria de conhecer, um plano para o futuro, seu livro favorito, seu esporte favorito, sua banda ou cantor favorito... Sei lá essas coisas – ele disparou falando tudo tão rapidamente que senti meio perdido e acabei rindo.

- Meu Deus... – eu disse em meio a risadas e ele me acompanhou.

- Desculpa, falar é um dos meus dons – eu concordei com a cabeça. Na nossa breve conversa no dia anterior eu já havia percebido isso. ele era extrovertido e gostava de falar. No começo ele estava um pouco sem graça, mas quando embalou me contou tanta coisa que não conseguia me lembrar de que rumo tomou a conversa, ele também era metido a engraçado, apesar da maioria das suas piadas não ter graça ele conseguia me fazer rir. Isso foi tudo que descobri em menos de meia hora de conversa imagina se tivesse nos conhecido a mais tempo.

- Percebi – respondi bebericando meu café quente, suspirei tentando me lembrar todas as respostas para suas perguntas.

– Rock, mas escuto de tudo um pouco, acho que preto ou azul, acho que o Manchester, ajudar o meu pai, Amsterdã ou Paris, acho que quero aprender a dirigir ou a cozinhar, Orgulho e preconceito, futebol, mas não sei jogar, Ramones. Bem acho que respondi tudo – ele assoviou no final dando uma risadinha. Ele bagunçou os cabelos já bagunçados e sorriu piscando lentamente.

- Você usou muitos acho, uma pessoa indecisa, mas determinada. Isso é confuso Harry Styles – eu acabei rindo da sua observação. De tanta coisa que falei ele prestou atenção nisso?

– Orgulho e Preconceito? Uma pessoa culta você, eu no máximo li Harry Potter e olhe lá se li direito – eu acabei rindo e ele negou com a cabeça.

– Gosto da sua risada – constatou e senti minhas bochechas corarem.

– Oh ficou com vergonha foi? Que coisa fofa meu Deus – eu neguei com a cabeça pensando em como desvia-lo do assunto.

- Então porque não me responde suas perguntas? Você sabe meus gostos quero saber os seus – ele deu um sorriso calmo enquanto se servia com o chá recém colocando a mesa pela empregada.

- Sou uma pessoa sem mistério, gosto de todo tipo de música, mas minha banda favorita é o The Fray sem sombra de duvidas, me zoe sobre isso e conhecera a morte – ameaçou de maneira divertida e só pude rir.

- Nem sei que banda é essa – ele girou os olhos.

- Sem cultura. Vou lhe mostrar o que é música depois – ele batucou os dedos na xícara e olhou um ponto fixo no vento.

– Meu sonho é fazer tudo que sempre tive vontade e ter alguém pra me acompanhar nessas minhas loucuras, meu plano para o futuro fazer com que tudo dê certo, gostaria de conhecer a Índia, torço para o Doncaster Rovers e meu livro favorito é... Harry Potter – eu dei uma risada na ultima frase e ele negou com a cabeça.

- Você é decidido, mas excêntrico, tem um jeito de... adolescente sonhador – eu disse levemente encantado e ele sorriu convencido.

- Temos que nos permitir sonhar oras. – ele ia dizer mais alguma coisa, mas foi interrompido pelo toque do seu celular. Ele sorriu sem graça para mim e saiu da mesa indo atender em particular.
Levando em consideração o que ele disse ele pretendia fazer esse casamento dar certo. E bom, eu não poderia simplesmente ser um egoísta imaturo e por a vontade ele a perder. Se ele queria que desse certo eu poderia me esforçar para fazer dar certo.

- Então... Que tal conhecer meus amigos? – Ele sugeriu e sorri amarelo para ele. E que começasse a tortura...