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História Lar das Ninfas - Capitulo Único


Escrita por: TsukiHime0713

Notas do Autor


Escrevi essa história para um concurso do fórum, cujo tema era "meio ambiente".
Na capa da história temos o antes e o depois da Wiha.
A elfa presente aqui, é a Zelani.
Espero que apreciem (e reflitam se for o caso) cada palavra presente nessa curta história.



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Capítulo 1 - Capitulo Único


Fanfic / Fanfiction Lar das Ninfas - Capitulo Único

Lar das Ninfas

 

Zelani era uma elfa aventureira. E um pouco nômade também.

Um dia, suas viagens a levaram para um verdadeiro paraíso escondido no coração de um dos maiores desertos de Eldarya.

Era uma pequena floresta formada quase toda por arvores de hamadríades, das mais variadas cores e formas.

Cortando essa floresta, havia um rio de aguas tão límpidas e cristalinas, que nem parecia haver matéria dentro daquele leito.

Nesse mesmo rio, que era lar de várias náiades, tinha em seu começo a mais incrível e exuberante cachoeira que Zelani já havia visto em toda a sua vida.

Outros tipos de ninfas, como napéias e oréades, também podiam ser encontradas vivendo naquele lugar. Sem mencionar as dezenas de mascotes e criaturas que desfrutavam daquele recanto fresco e verde em meio ao deserto.

Zelani não deve dificuldades em fazer amizade com as ninfas que ali viviam, e prometeu a si mesma que sempre retornaria para aquele lugar uma vez a cada cinco anos. Não importando o qual difícil era atravessar o deserto para se chegar naquele pedaço de verde que ela resolveu chamar de “Lar das ninfas”.

Assim Zelani fez. A cada cinco anos, sem falta, ela dava um jeito de visitar suas amigas ninfas. Mas... Um dia...

Aquela deveria ser a sua décima visita mais ou menos. Zelani já havia conseguido perder as contas de quantas visitas já fizera ao Lar das ninfas, mas o que ela viu, trocou toda a sua alegria por estar indo visitar aquele lugar, por confusão, tristeza e medo.

Não havia floresta. Não havia sequer verde! O rio estava seco, com o seu leito até mesmo rachado. A belíssima cachoeira, não passava de uma parede de pedras empoeiras agora.

Por mais que Zelani procurasse, ela não conseguia achar ninguém. Nenhum sinal de vida em toda a área.

Ela estava quase se desesperando com a situação, sem entender o que tinha acontecido com aquele lugar, quando um canto triste e melancólico começou a soar pelo lugar.

Tentando encontrar a fonte daquele som deprimente, Zelani avistou alguém sentado no topo do que já havia sido uma cachoeira. Decidida a obter respostas o mais rápido possível, ela escalou as rochas até a dona da melodia que ouvia. Escorregando uma vez ou outra por causa da areia desértica que tomava tudo aos poucos.

Alcançado o topo finalmente, tudo o que ela encontrou foi uma mulher, ou melhor, um espirito em forma de mulher. A criatura fazia Zelani imaginar que se tratava de algum tipo de ninfa da morte de tão pálida, estática, e aparentemente privada de vida que aquela mulher era.

– O quê aconteceu aqui? Para onde foi todo mundo? E como que esse lugar, que era tão verde e cheio de vida, ficou assim? – perguntava Zelani, interrompendo o canto da ninfa que só agora notava a presença de Zelani.

– Zelani?...

– Eu mesma. Você pode me explicar? E... Quem é você?

– Oh Zelani... Não te julgo por não me reconhecer. Sou eu, a Wiha.

Zelani ficou chocada. Nunca em sua vida que ela diria que as mais bela e vivaz náiade que já conhecera na vida, pudesse se tornar algo tão oposto ao que ela era daquele jeito.

– Wiha. O quê que... – tentava outra vez Zelani obter respostas, mas com um imenso medo delas.

– Já faz tempo Zelani... Tudo começou um mês depois de sua partida. Um grupo de humanos que buscavam por um lugar para viverem, acabou por chegar nestas terras. No começo, não nos importamos em dividir nossas dádivas com eles, na verdade, até nos escondíamos deles. Mas eles, para construírem os seus lares, começaram a matar as hamadríades, derrubando suas arvores. Claro, fomos obrigadas a nos apresentar a eles e lhes revelar o que estavam fazendo, mas a maior parte deles não quis acreditar em nós. Acusavam-nos de estarmos inventando historias para tomarmos aquelas terras deles, sendo que eram eles os invasores! Eles derrubaram bem dizer tudo. Fosse para construir suas casas, fosse para abrir terreno para eles plantarem. Foi horrível.

– Mas, vocês não lutaram por seus direitos? Por suas casas e vidas?

– Lutamos. Mas eles usavam de fogo para nos combater. Extinguindo ainda mais o verde destas terras.

– E o rio? O que houve com a cachoeira?!

– Sem as arvores, as aguas não tinham chance contra o calor do sol. Aqueles humanos destruíram o escudo das aguas, e pior! Além deles ficarem desviando as aguas até as suas plantações, eles também a envenenavam ao jogar todo tipo de sujeira nas aguas. Muitas náiades adoeceram por conta disso. E aos poucos... As aguas secaram.

– Mas isso é um desastre! – se indignava Zelani – Esses humanos eram cegos por acaso!?

– Os poucos que acreditavam em nossos avisos, eram ignorados pelos demais. E se insistiam em convencer os outros de parar com o que faziam, eram perseguidos sob a acusação de quererem tomar essas terras toda para si.

– E onde que estão esses humanos idiotas?! – pedia Zelani, furiosa.

– Já se foram.

– Se... Foram? – Zelani ficava consternada.

– Quando os humanos finalmente se deram conta das consequências de seus atos, partiram destas terras. Após quase três anos de sua chegada.

– E... E quanto às ninfas? – Zelani voltava a ficar com medo do que escutaria.

– As poucas que sobreviveram, começarem a tentar reviver estas terras. Mas o mal já havia sido feito. O estrago já era irreversível. E pouco a pouco, todas foram morrendo. E sem a nossa proteção, o deserto começou a engolir este lugar. Sou a última ninfa que restou deste lugar. A última testemunha do que aconteceu.

Wiha voltou a cantar o seu lamento, com Zelani derramando inúmeras lagrimas amargas por conta de tudo o que ouvira da náiade. Mas o que mais impressionou Zelani, foi quando ela notou que, com Wiha ainda cantando, o corpo dela se desfazia! Como agua que se evapora, Wiha desaparecia, e junto, o seu canto.

Quando Zelani passou a ser, agora sim, a única criatura viva daquele lugar, ela decidiu ir embora. Não se esquecendo nunca da historia que ouvira, e nem dos humanos tolos e egoístas que rezava para nunca os encontrar em seu caminho.

 

 

 


Notas Finais


P.S.= Para aqueles que não tiverem notado, eu modifiquei a capa.
Ainda consta o antes e depois de Wiha, mas de forma mais nítida no que se refere aos acontecimentos deste pequeno conto.


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