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JIMIN
Sou Park Jimin, um grande garoto estudioso.
Dou-me bem na faculdade e sou rodeado por pessoas que mesmo que não gostem de mim, fazem o máximo para participarem de minha vida.
O campus sempre fora uma das minhas partes preferidas na faculdade. Eu cursava engenharia civil, totalmente obrigado e contra meu próprio gosto.
Meu padrasto, que era quem me sustentava até ali, era um saco. Minha mãe, totalmente submissa ao marido. Meu pai verdadeiro, nunca deu uma chance para me conhecer de verdade e a nova perua que ele namorava era uma verdadeira puta.
Ambos, padrasto e pai, tinham muito dinheiro. Apesar de toda a minha família nunca se dar realmente muito bem, todos pareceram concordar com o fato de que eu deveria matar meus próprios sonhos e seguir os deles.
Então, é aqui que eu estou, pulando duas aulas seguidas com o meus amados amiguinhos. Falando sobre sexo, bebidas, cigarros e qualquer coisa que viesse a mente.
O único problema, além do fato de minha família ser uma grande e bela bosta e os meus amigos ser as únicas pessoas com quem eu me sinto bem de verdade, era Jeon Jungkook.
O garoto mais desprezível de toda a história da humanidade.
Jungkook era filhinho de papai, tinha uma grande e bela Mercedes classe C. Basicamente, trocava de carro todos os anos.
Assim como eu, Jungkook era rodeado por pessoas, mas por ser ainda mais rico, todos se aproximavam dele apenas por interesse — ou isso era o que os boatos diziam. O que realmente não é algo para que eu me preocupe, pois eu era o maior torcedor para que ele fracassasse e muito nessa sua vidinha de merda.
Com um par de All Star cano alto na cor amarela e infantil, uma guitarra azul pendurada em seu pescoço e cabelos jogados ao vento em fios loiros, ele caminhava em direção a nós.
Que, por infelicidade ou uma peça do destino, dividíamos alguns amigos em comum, como Jung Hoseok e Kim SeokJin. Que além de amigos, eram nossos sunbae’s.
— Ora, ora… quem disse que o diabo e deus não se misturam? — sorriu o maldito cujo, beijando a mão do Kim e me lançando um olhar ladino e sarcástico, totalmente provocador.
— Ninguém disse isso, babe. — revirei os olhos, vendo-o dar um beijinho na mão de Hoseok também.
Ele cumprimentava-os sempre dessa forma, apenas para me pirraçar. Já que com eles demonstrava total respeito e comigo, bem, muita falta dele.
— Bom dia, Park. — suspirou, passando por mim como se eu não fosse nada. Apenas me cumprimentou para não ser tão esnobe.
— Bom dia, tirano. — assim que ele sentou-se ao meu lado, a fim de ficar entre Hoseok e eu, acabei por me levantar.
Para ser sincero, o detestava.
— De qualquer forma, parece que o diabo não pode ficar mesmo nem por um segundo perto de deus.
Ele me chamou de capiroto, apenas para provocar. O que é isso? Desde quando ele se acha um deus? Bem, estou disposto a deixar essa passar e lhe responder de forma que não pareça que eu me afligia por suas palavras.
— O diabo também é um deus, Jungkook. — sorri-o o mais irônico possível. Um sorriso que fazia meus lábios carnudos curvarem-se para cima. Sinal de deboche, sarcasmo puro, assim como o diabo.
— Oh, é mesmo… deus do inferno. — simplório e tão irônico quanto eu. Foi à resposta que recebi de sua parte.
— Vá se ferrar, loiro aguado! — revirei os olhos outra vez. No fim, era impossível não perder minha doce paciência com alguém tão irritante quanto Jungkook
Eu odiava seus cabelos loiros, odiava o par de tênis que ele usava para combinar consigo. Odiava a calça agarrada que ele vestia apenas para que suas coxas ficassem muito bem a mostra. Detestava aquela guitarra azul idiota.
Tudo nele era... era tão colorido que me dava raiva!
— Não fala do meu cabelo, o cabeça de fogo. — levantou-se irritado, enquanto nossos hyung’s apenas riam por presenciar mais uma discussão infantilizada entre nós dois.
— E você nem ouse falar do meu! — também me levantei irritadiço, segurando-o pela gola do camisete azul e social, que cobria muito bem seu corpo.
— Jin-hyung, o Jimin está querendo me bater de novo.
Jungkook nunca se enfatizou com o fato de que eu sempre queria brigar e bater nele. Ele sempre começava a briga, mas parecia nunca querer ir até o final. Parece que tem medo de apanhar, por isso sempre dava atenção a outra pessoa ou pedia arrego.
— Jimin, Jimin… não bata no Kook. Isso vai estragar o penteado dele. — antes que Jin pudesse dizer algo, um dos meus melhores amigos apareceu na cena, abraçando-me e me fez largar ao aloirado.
— Disse o outro loiro aguado — Dessa vez fora Jungkook quem revirou os olhos, lançando uma faceta horrível para Min Yoongi, que acabara de chegar na cena.
— Haha, muito engraçado Jeon. — Yoon não lhe deu atenção.
Diferente dos outros, Yoongi era apenas meu amigo. Eu poderia dizer que ele detestava o Jeon tanto quanto eu. Conhecíamos-nos há um bom tempo.
Desde o momento que comecei a me tornar um rebelde apenas para pirraçar minha família, Yoongi parecia ter gostado. Afinal, ele sempre foi bem misterioso e reservado. Gostou do jeito que eu estava me vestindo ultimamente.
Eu simplesmente tinha jeito ‘pra coisa.
— Bem que eu notei mesmo que estava faltando algo ou alguém aqui — Jungkook sorriu ladino, olhando-nos do pé a cabeça — era o seu cachorrinho tão obediente, certo Jimin?
Aproximou-se um pouco, analisando quando as mãos do Min pairaram sobre minha cintura, me puxando um pouco para trás.
— Ou é você que é o cachorrinho dele? — tocou meu pescoço e olhou para Yoongi — oh, não estou vendo sua coleira. Esqueceu-a em casa, foi?
Um tom de deboche e totalmente irritante foi usado para aquilo. Enquanto ele parecia rondar todo meu pescoço, Yoongi já mordia os lábios em raiva pelo modo que ele falava e me tocava.
Fora por isso que, cerca de dois segundos mais tarde, tínhamos um Jungkook outra vez sendo pego pela gola de sua camisa e sendo ameaçado. Dessa vez, fora pelo louro baixinho ao meu lado ao qual eu chamava de amigo.
— Aish, já basta vocês três. — Jin levantou-se, suspirando e se aproximando de nós, o que de imediato fez Yoongi soltar ao outro loiro
— Fala sério, como pode ficar ainda ao lado desse mala sem alça, Seok? — apontou para Jungkook e em seguida para Jin. Yoongi estava muito indignado.
Afinal, Hoseok e o mais velho eram ótimas pessoas. Ótimas demais para andarem como alguém como Jungkook.
— Da mesma forma que ele consegue suportar vocês — Jeon não poderia deixar de fazer tal comentário para encher o saco de Yoongi. Tudo que fazíamos, ele sempre tinha que contrariar.
— Enfim, seus porra, nós não estamos aqui para brigar. — Hoseok suspirou pesado. Puxou Yoongi e Jungkook e fez a cabeça deles ficar uma apoiada na outra — somos amigos e, por hora, aprendam a se controlar.
Amigos, sim, claro que éramos. Éramos amigos sim, mas não de Jungkook e se ter que dividir minhas amizades com ele já era difícil, quem dera ter que tolerar o mesmo como meu amigo? Deus me livre e guarde desse mal.
— Bem, eu já vou indo. — anunciei, puxando Yoongi juntamente a mim — tenho hora marcada no estúdio de tatuagens.
— O que? Você vai fazer uma tatuagem? — Jeon olhou-me incrédulo — não acredito que um garoto tão mimadinho como você poderia fazer algo assim.
— Pois então continue sem acreditar. — sorri sarcástico, dando apenas um aceno sutil com a cabeça para ele.
Afinal, eu tinha duas tatuagens espalhadas pelo corpo há muito tempo. Apenas Jungkook não sabia sobre isso.
Tinha uma tatuagem perto das costelas, outra em meu ombro esquerdo. Minha família não sabia, pois sempre eu encobria-as com minhas roupas. Mas hoje, talvez algo mude.
— Nos vemos amanhã. — Yoongi riu, passando seus braços outra vez por minha cintura e subimos juntos em minha moto Suzuki GSX de cor preta e bem polida.
Iríamos passar no estúdio de tatuagens que havia no centro da cidade e de lá, quem sabe tirar o resto da tarde juntos comendo besteiras e gorduras que não faria nada mais além de, talvez, nos dar uma morte mais rápida.
Bem, essa é a vida de Park Jimin. Seja Bem-vindo.
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