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História Laranja Fugaz - Desconfianças


Escrita por: captainlevie

Notas do Autor


Por favor meus amores: peço encarecidamente para que se lembrem de comentar no final do capítulo. Parece bobagem, mas um comentário faz toda a diferença para um autor.
Comentários salvam vidaskkk

Capítulo 17 - Desconfianças


Fanfic / Fanfiction Laranja Fugaz - Desconfianças

JIMIN

— O que esse bosta faz aqui? — o garoto que me acompanhava soltou, bufando — Que saco! Todo lugar que vamos juntos ele aparece... — apertou os dígitos em minha pélvis, quase me perfurando a pele.

Já que estávamos lá e havíamos nos topados, Jeon não pode disfarçar e simplesmente sair fugindo. Ele teve de vir até nós, ainda conversando com a Park e sorrindo para ela. Provavelmente indicando a si quem nós éramos.

— Olá, ruivo. — o moreno fez um gesto sutil com sua cabeça para mim, e logo virou em direção ao hyung — Ah, oi Yoongi. — rolou os olhos disfarçadamente, já que não se suportavam.

— Oi. — resmunguei, sussurrado. Meu olhar não saia de sua faceta, era penetrante, estava tentando entender o que acontecia.

— Esses dois são meus hyung’s, Kathe. Achei que gostaria de conhecê-los. — Lá estava ele a chamando de “Kathe” outra vez; Pelo jeito a intimidade rolava solta ali.

— Muito prazer em conhecê-los. — depois que o tirano nos apresentou de jeito formal e disse nossos nomes, a moça soltou aquela fala em tom sutil.

— Quer dizer que temos mais uma Park por aqui, huh? É legal saber que temos o mesmo sobrenome. — eu estava puxando assunto forçadamente, eu já sabia o nome da garota até mesmo de trás para frente. 

Não estava ali para ter um encontro com Jungkook, por hoje, eu iria curtir o dia sem ele.

— Oh, meu deus, você é Park também? — ela levou a mão até a boca, cobrindo-a em um risinho fofo. — Que ótimo.

— Eu também acho isso adorável! — sorri para a moça, e logo espreitei meus olhos para o Jeon ao seu lado — então, “Kathe” pode ser usado por qualquer um ou é só para os íntimos? — meu riso fajuto continuou em meus lábios, mas era claro que eu estava forçando agora. Estava insinuando coisas.

— Qualquer um pode me chamar assim. Por favor, fique à vontade. — ela sorriu gentilmente, levantando as mãos e fez uma pequena reverência a nós, logo passou os braços sobre os de Jungkook, ficando agarrada a ele.

Olhei ao moço dos pés a cabeça. Jeon vestia uma blusa moletom preta, era fechada e o tecido mole, de forma que ficava largo em seu corpo. Usava um boné da mesma tonalidade, fazendo que os fios de seu cabelo não caíssem sobre sua testa. 

Nas orelhas, ele usava pequenas argolas. Parece que no fim, ele se arrumou muito para estar aqui hoje. Até mesmo estava de brincos.

— Quantos anos você tem? — Yoongi-hyung me tirou de meus devaneios, puxando assunto com a garota também, enquanto praticamente ignorava a Jungkook.

— Vinte e três. Portanto, se forem mais novos do que eu, podem me chamar de noona também. — um riso escapou dos lábios tão carnudos, quase como os meus.

— Não acredito! Parece que nós temos muitas coisas em comum mesmo! — arqueei a sobrancelha esquerda, sugerindo algo para Jeon.

Talvez dissesse que ela estava perdendo tempo com ele, afinal, eu ainda era melhor.

— De que mês você é? — animada, ela perguntou. Assim, mesmo que fosse por apenas alguns dias de diferença, nós poderíamos usar os honoríficos certos um com o outro.

— Outubro. Na verdade, nasci em treze de outubro.

— Eu sou de quinze de março. Sou mais velha por sete meses, então acho que venci nessa. — Sorrimos um para o outro, quase ignorando aos outros dois que estavam conosco.

— Tudo bem. — inspirei fundo, abrindo mais um sorriso imenso, olhando ao moreno de soslaio. — Kathe-noona… realmente não será ruim chamá-la assim. — minha fala saiu manhosa e arrastada. Eu sempre me esgueirava assim com pessoas mais velhas, agindo como se fosse um bebezinho manhoso. Adorava fazer o mesmo com Yoongi.

— Então, o que fazem aqui? — o tirano finalmente disse algo, encarando ao Min que ainda mantinha suas mãos em minha cintura 

— O que vocês fazem aqui? — coloquei um olhar mortal sobre meus lumes, fazendo a ele a mesma pergunta, enquanto segurava as mãos do loirinho e me afastava do mesmo.

Dei um passo à frente, ficando cara a cara com Jungkook, o que fez o clima ficar pesado no mesmo instante, pois todos perceberam que minha fala sairá mais aguçada.

— Achei que você estava em casa. — concluí, remexendo nos bolsos de minha jaqueta e peguei ao maço de cigarro que sempre levava comigo.

Puxei duas cigarrilhas para cima, oferecia aos que ali estavam vendo a todos negarem. Estava zangado, por isso, sabia que não fumaria apenas um. Com meus dígitos, coloquei um deles atrás da orelha, enquanto o outro, já entre meus dentes, ascendia com um pequeno isqueiro.

— Eu quis trazer Katherine para almoçar, já que fazia muito tempo que não nos víamos, queria ao menos pagar uma refeição como agradecimento. — Jungkook, vendo que eu não falaria nada para ele sem ouvir sua explicação primeiro, começou a falar — e você? Por que está com Yoongi?

— Não é da sua conta! — virei às costas para ele, agarrando ao braço do hyung, assim como a Park fazia com ele. — vamos, Yoongi, SeokJin e Hoseok podem estar nos procurando agora. 

— Será que eles já estão na área de alimentação? — o hyung soltou a pergunta, acabando por revelar que saímos juntos para almoçar

— Espera aí. — Jeon soltou-se de Katherine, quando viu que agora ignorávamos a eles para bater papo e decidir o que faríamos — todos vocês estão aqui para comer juntos? Por que não se juntam a nós?

— É verdade. Seria ótimo conhecer mais colegas do Jungkookie-ah. — Park Katherine deu um sorrisinho contido. Aquela era a forma que eu chamava ao moreno, não gostei de ouvir mais alguém falando daquele jeito com ele.

— Ah, não precisam se preocupar, nós não queremos atrapalhar vocês. — fui formal, retribuindo cada ato que a garota fazia para mim.

— Vocês não iriam atrapalhar de forma alguma, Jimin-ah. Por favor, venham conosco, adoraríamos isso. — como a boa noona que era, ela estava tentando ser amigável com todos. Desse modo, não faria ninguém se sentir de fora da conversa ou do passeio.

— Argh, eu realmente não quero comer com o Jungkook, mas tudo bem. O que acha, Ji? — O loiro aguado sussurrou as palavras para mim, esperando minha decisão. Afinal, era eu quem mais o detestava antes.

— Por mim, tudo bem. Vamos almoçar juntos! — traguei ao cigarro com força, virando o rosto em direção ao moreno e assoprei a fumaça em sua direção.

Eu adorava provocá-lo com aquilo, já que normalmente ele não gostava de cigarros e nem do cheiro da fumaça deles.

Partimos em direção ao refeitório, onde pouco tempo depois, SeokJin chegou, trazendo consigo a Hoseok.

Eles explicaram sua demora com a simples desculpa de que o Jung não estava encontrando sua carteira em lugar nenhum. Todavia, não era como se eu não acreditasse neles, apenas estava impaciente demais por sua demora para dar relevância ao assunto.

Jeon, durante aquele almoço, dava algumas olhadinhas para mim, porém eu, por outro lado, procurava ignorar a tudo. Não sei bem, só estava sem paciência demais para aquilo.

Estava talvez, no mínimo, irritadiço porque ele havia mentido. Disse a mim que ficaria em casa, quando não necessitava disso. Poderia ser sincero e ter dito que tinha planos como sair com Katherine além de estudar. 

Não é como se eu me importasse com o que ele faz ou deixa de fazer. Só odiava aquele tipo de coisa. Odiava quando não eram sinceros comigo, por mais que eu próprio fosse o maior mentiroso de toda a humanidade e o maior enganador.

— Jungkook-ah, é bom vê-lo por aqui. Gostei de almoçar com vocês hoje. — SeokJin disse, enquanto andávamos juntos até o estacionamento do shopping. 

Jeon tinha que estudar com ela ainda e nós apenas planejamos comer juntos, depois, iríamos ver o que faríamos 

— É mesmo! Katherine Park também é bem amigável! — eu disse, trocando a ordem de seu nome, pois achei que combinava assim também. — uma noona excelente, eu diria.

— Ah, obrigada, Jimin Park — fez o mesmo, e eu acabei rindo alto com sua fala, sendo seguido por ela — Você também é muito gentil. Sua personalidade é encantadora. — ah, ela nem imaginava o quão encantador eu poderia ser.

Tenho certeza de que Jungkook já disse algo parecido, enquanto eu atolava seu pau na minha goela.

— Foi um prazer, mas nós temos que ir agora. — o louco do moreno sorriu para mim e logo encarou aos outros. Despediu-se e destravou sua Mercedes, logo entrando nela.

— É, parece que ele já achou alguém para te substituir. — Guinho suspirou, dando alguns toques em meus ombros, enquanto Jeon Jungkook tocava o carro para longe.

— Eu nunca fui dele, para começar. — retruquei, colocando meu capacete sem dar muita atenção ao assunto. — vamos passar um dia na sua casa, só para que você aprenda a lição. — os outros dois atrás de nós riram com minha fala.

Afinal, eu não queria fazer muita coisa hoje a não ser passar uma tarde com meus amigos.

O loirinho acabou por escolher ir dirigindo a seu carro velho. Quando chegamos ao seu apartamento, não fizemos realmente muita coisa a não ser jogar conversa fora.

Agora, SeokJin e Yoongi estavam sentados sobre o tapete do chão de seu quarto, enquanto jogavam em seu console um jogo de luta.

Eu estava na cama, de pernas para o alto, encostadas na parede e com a espalda sobre o acolchoado. Mexia em meu celular sem muito interesse, até que o mesmo começou a tocar.

Eu sabia quem era, já que tinha o número da pessoa adicionado em meus contatos. Era Jungkook, mas o que ele queria?

— Alô? — disse preguiçoso, levando o aparelho até o ouvido assim que atendi.

— Oi, hyung, sou eu. — como se eu não soubesse que fosse ele. Sua voz estava fraca, como se estivesse tímido — eu terminei meus estudos agora a pouco, você quer sair? Posso ir te buscar, se aceitar. — o sopro de um riso sem graça se fez presente. Ah, então ele queria me ver depois de já ter concluído seu “serviço”?

— Não. — Respondi preguiçoso, provavelmente com uma feição esnobe em minha faceta. Meu estômago revirava só de pensar em passar aquele dia seguindo uma rotina idiota. 

Se for para passar o dia trancado dentro do quarto de alguém, prefiro fazer isso com os hyung’s.

— Onde você está? Insisto em ir buscá-lo. Está em casa? — rolei os olhos para cima, mantendo o aparelho apoiado entre meu ouvido e meu ombro direito, ainda preguiçoso. 

— Não quero sair e o meu paradeiro não é da sua conta. — foi tudo que disse, desligando na cara do indivíduo quando o Min, que antes jogava, virou sua cabeça para trás, olhando para mim.

— Era o Jungkook? — antes que ele pudesse dizer algo, SeokJin interferiu, fazendo a pergunta que provavelmente todos queriam saber a resposta.

— E daí se for?

— E daí que eu acho que você não deveria fazer isso com ele. — suspirou, retirando um travesseiro do meu lado e ergueu o corpo para cima, a fim de se sentar na cama comigo — você foi grosso com ele. Já estou acostumado a ver vocês dois discutindo, mas nesses últimos dias, vocês passaram a maioria do tempo no campus abraçado um com o outro. Então, não entendo essa sua mudança drástica de humor. 

Jin, como o responsável que era e sempre procurava apaziguar-nos, tinha uma feição preocupada. Provável que em sua cabeça já se passava uma cena onde eu e o moreno brigávamos a socos.

Talvez, ele imaginasse que isso havia acontecido. Mas não era verdade, eu só estava aborrecido.

Eu tinha meus próprios problemas, a maioria dos dias da semana, eu acordava de mau humor. Esses aos quais tentava deixar de lado para poder não acabar brigando com qualquer um ou até mesmo com Jungkook, já que geralmente ele era a primeira pessoa e última que eu via no meu dia.

A minha mente estava uma confusão que só. Tinha o assunto do nosso trato rondando para lá e para cá, ressoando alto. Também havia sua mãe e os meus pais, que implicavam comigo simplesmente por eu ser capaz de existir.

Eu não estava tão afetado por isso, pois sempre fui acostumado com coisas desse tipo. Jeon Jungkook não era o primeiro peguete que eu tinha que a mãe não gostava de mim.

Eu era assim como Yoongi costumava ser. Não tinha boa fama. Meus casos não passavam de sexo casual.

Mas como já disse, teve vezes de eu repetir a dose, então acabava por ficar mais próximo de alguém. Muitas mães brigavam com os próprios filhos só por descobrirem que nós éramos “próximos”. Esse era o caso de Jungkook e ponto. Não passava disso.

Porém, de repente, tudo pareceu estar interligando-se para me deixar mais frágil naquele dia. Parecia que do nada, todos esses problemas se tornaram monstros gigantes.

Depois do que Yoongi-hyung me disse, depois de Jungkook e Katherine, depois de tudo... eu me sentia um grande bosta inútil. A insuficiência se fez presente.

— Você quer falar sobre alguma coisa? — visto que eu não respondia nada e apenas continuava a encarar a ele de forma séria, o Kim prosseguiu no assunto — aconteceu algo entre vocês? Jihye te encheu o saco de novo?

— Não, Jinie. Não foi nada.. — suspirei, sentando-me corretamente e encarei ao teto — eu estou bem, não se preocupe. Eu só quero ficar no meu canto aqui com vocês — forcei um mini sorriso para o mais velho, que retribuiu e deu um apertão doloroso em minha bochecha

— Gosto de como você e Jungkook estão agora. Sabe? Eu já estava meio cansando de ficar entrando no meio de suas brigas. — a sua risada contagiante estava de volta. O riso de Jin era confortável, por isso acabei por segui-lo, agora em um sorriso menos falso. — O que é? Você não pode ao menos fingir estar emocionado agora?

Como o seu tom sairá melancólico por sua declaração, como se estivesse emocionado por eu e o Jeon não estarmos mais brigando tanto ultimamente, ele disse aquela frase.

— Você sabe que eu não sou desses. — segurei a mão alheia, mantendo-a perto da minha — eu não me emocionaria nem mesmo se você dissesse que me ama! — dei-lhe a língua, agindo como um completo mimadinho.

— Ah, não? Olha como fala garoto. O mundo gira, daqui alguns dias será você que estará se humilhando aos meus pés chorando e dizendo me amar. Vai dizer que não é capaz de viver sem mim. Mas aí, Jimin, aí já será tarde demais. 

O dramático o disse. SeokJin era o tipo de cara que tinha uma imaginação fértil. O tipo que, se você permitisse, do nada começaria a fazer cenas melancólicas de uma novela mexicana. Diria frases impactantes, tudo isso devido ao seu bom humor.

Eu adorava isso nele, juntamente as gargalhadas que ele me presenteava. O típico riso que se parece a um cavalo relinchando.

Não posso dizer muito, já que, era raro eu sorrir de tal forma, mas fazia igual quando ele decidia bancar o louco do role.

— Tão exagerado... — rolei os olhos. SeokJin conseguiu melhorar meu humor ao menos um pouco, que bom. 

— Hoseok-ah, eu estou com fome. Pegue alguns aperitivos para mim e Jimin, pode ser? — ignorando minha fala, ele se virou em direção ao Jung, que estava esse tempo todo mexendo em seu próprio celular, deitado no chão puro, quase cochilando.

— Aigo. A casa é do Yoongi, peça para ele fazer isso. — e como o esperado, ele não moveu um músculo. Apenas apagou a tela do celular e fechou os olhos, como se fosse mesmo tirar uma soneca.

Em momentos assim, Hoseok até mesmo se parece um pouco ao loiro aguado.

— Eu não, pega você! — sendo o único jogando agora, Yoongi levava aquilo a sério. Estava concentrado demais para sair daquele quarto.

Com sua fala e visto que Jin não o deixaria em paz um só segundo, Jung Hoseok, ou melhor, nosso Hope, preferiu se levantar de uma vez e ir logo até a cozinha ver o que encontrava de bom.

Ele voltou segundos mais tardes com um pequeno pote de sorvete e duas colheres nas mãos e entregou-nos. 

— Você não quer? — os olhos de Seok brilharam ao pegar o doce, encarando a Hoseok como se o questionasse por ter pego apenas duas colheres. 

Era óbvio que ele ficou feliz quando o próprio negou e voltou para seu lugar, a fim de descansar.

Como Yoongi-hyung estava jogando, tão focado a ponto de morder os próprios lábios e até mesmo mexer o controle que tinha em mãos para todos os lados, nós não oferecemos para si e começamos a comer do que havia dentro do pote. 

Era um sorvete com um gostinho mixuruca de morango, mas não era tão ruim assim, afinal.

— Hyung, você quer um pouco? — peguei uma boa quantia na colher que eu tinha em mãos, oferecendo a ele assim que a partida terminou e ele se sentou ao meu lado na cama.

Não me importava em dividir o mesmo utensílio com ele, todavia, trocamos saliva muitas vezes. Não era uma situação que ele e eu sentiríamos nojo de dividir uma colher.

Como resposta, Guinho apenas abriu a boca e esperou por mim. Então, com cuidado, levei o objeto metálico até seus lábios, depositando-o ali, onde ele engoliu ao doce gelado com precisão.

Estava tão entretido em seu celular, que acabou por deixar que algumas gotículas de sorvete ficassem acima de seu lábio fino, como se lhe formasse um bigode.

Yoonie passou a língua por ali, agora me encarando de forma séria. Poderia ser um simples ato para se limpar mais rápido, mas eu acho que estava tão na seca que deduzi isso de outra forma. Foi sexy.

Tanto, que fiquei hipnotizado por alguns segundos olhando a sua linguinha sapeca estalar no céu da boca, enquanto ele fazia uma careta.

Foder a boca do hyung. 

Essas palavras me davam desejo e saudade daqueles dias onde o moreno e eu ainda não tínhamos um trato.

— Eca, é morango. Eu odeio sorvete de morango, Jimin. — após um tempinho pensando no sabor daquilo e me encarando, o loiro finalmente soltou o que pensava.

— Então, por que comprou? Isso aqui estava na sua geladeira, hyung. Não me culpe. — dei de ombros, pegando mais um pouco do melado e levando até minha boca.

— Ora, por que mais se não para você? — Hobe, que até então fingia dormir, soltou a fala em um tom, como se já fosse óbvio. — ele comprou para quando você vem aqui. Tenho certeza!

— Isso é sério, Yoon? Que fofo. — debochei, vendo o Min revirar os olhos, mas não negou. 

— Quando você costumava vir aqui, sempre era você quem pagava por nosso almoço, então... eu pensei que talvez estava na hora de retribuir. — abaixou o olhar para seu celular outra vez, o ciliares pesados.

Talvez estivesse chateado porque, no fim de tudo, eu não voltei ali há muito tempo. Culpa de Jungkook!

Logo desisti de tomar ao sorvete e deixei o resto só para Jin, me deitando na cama, colocando a cabeça sobre as coxas do loiro.

Guinho não disse nada, apenas me encarou por alguns segundos e vidrou-se em seu smartphone.

Ninguém agora falava nada, afinal, Hoseok finalmente parecia ter dormido e Seok estava concentrado demais em terminar de tomar o doce. Suspirei pesado e consequentemente, busquei pela mão do loirinho, pegando a seu telefone.

Ele fez uma careta, resmungando, mas se contentou quando entrelacei meus dedos aos seus. Se fosse Jungkook ali em seu lugar, certamente estaríamos nos beijando agora. Mas não era! Ali estava meu hyung e meu melhor amigo ao qual a amizade era bem colorida antes.

Yoongi abaixou-se em direção a meu rosto, fazendo-me sentir a sua respiração bater contra minhas bochechas e, seus lumes encaravam aos meus sem vergonha alguma.

Meu olhar estendeu para seus lábios finos, que estavam fechados e eram definitivamente a coisa mais sexy do mundo para mim agora.

Não era “traição” o meu corpo desejar outra pessoa, isso era normal. Todavia, apesar de ajudar ao moreno com seus problemas, eu não me tocava há muito tempo. Mas mesmo querendo, eu não permiti a eu mesmo ficar excitado com tão pouca coisa.

Digo, eram só dois rostos próximos, não havia nada demais ali.

Ainda segurando sua mão e de dedos entrelaçados, eu subi com minha destra até a nuca do hyung, onde afaguei aos fios alourados. Impensadamente, puxando-o mais para mim, a fim de que nossos lábios se tocassem.

Ele não negou, nem se afastou, deixou que eu fizesse o que quisesse e, quando isso estava acontecendo, ouvimos batidas tremendas na porta do AP. 

Tão altas, que todos ouviram, mesmo estando no quarto. Até mesmo o Jung acordou com isso, e acredito que ate mesmo Taehyung, o garoto que morava na casa ao lado e de fios azuis, também poderia ter ouvido.

— Mas que porra! — Yoonie se manteve longe sem muita vontade, logo, levantando para ir atender.

Obviamente eu o segui, afinal, queria ver quem era, pois estava curioso por pensar que talvez ele houvesse convidado mais algum de seus amiguinhos para estar ali. E bem, caso fosse engano, eu aproveitaria a chance para provocá-lo um pouquinho na sala, já que nosso beijo fora interrompido.

O hyung logo destravou a porta do apartamento, suspirando alto comigo atrás de si e abriu-a, revelando a um Jungkook com uma carranca nada boa em seu rosto.

Os punhos estavam fechados e um pouco vermelhos, todavia ele não havia apenas tocado a porta, se não, dado murros contra ela.

— O que você faz aqui? — o loiro disse, sem muito interesse e cruzando os braços, apoiando-se ao batente do limiar.

— Eu... — Jungkook respirava fundo, ofegante. 

Parecia não ter me visto ali ainda, porém quando eu passei os braços na cintura de Yoongi e coloquei meu queixo na curvatura de seu pescoço, como se estivesse usando seu corpo como escoro para olhar o lado de fora, seu olhar finalmente caiu sobre mim.

Era pesado, o clima estava tenso. Porém, eu não ousei me afastar e sim, continuei imóvel, agarrado ao loirinho apertadamente.

Abruptamente, o moreno não disse mais nada, apenas esticou a mão até meu pulso, apertando com certa força e de forma cruel, me arrastando para fora do prédio.

Eu não disse nada, Jeon parecia nervoso demais para que eu pudesse rebater consigo. As mãos não saíram de mim até o lado de fora, o seu aperto era firme, não tinha intenções de me largar.

— Jungkook! — soltei para ele quando o mesmo abriu a porta do carro e me lançou para dentro. 

— Não fala nada, Jimin. — ele se enfiou ali também e sem sequer passar o cinto de segurança começou a dirigir

— Você não tem esse direito. 

— Eu tenho! — ah, ele só poderia estar brincando! Como ele poderia fazer aquilo comigo?

— Não, você não tem. — minha voz saiu mais alta, quase em um grito. — você está me levando sem sequer me dizer para onde estamos indo, não me deixou nem mesmo escolher ficar aqui. — suspirei, erguendo a minha perna destra e a encostei sobre o banco, ficando agarrado a ela.. — você acha que manda em mim? Você acha que pode fazer o que quiser comigo? Desde quando você passou de meu peguete para se tornar meu pai?

Depois de algum tempo conduzindo, Jeon encostou o carro em um bairro solitário da cidade, parecia até mesmo um sítio. Não havia muita coisa a nossa volta além de mato agora.

— O que está fazendo? Por que estamos aqui?

— Porque sei que vamos brigar, ruivo. E como nossos pais são uns cuzões, nós não temos lugar nenhum para fazer isso se não aqui. — engoli em seco com suas palavras, enquanto o moço cravava as unhas no volante de couro do auto.

Ele deveria estão bem nervoso mesmo para agir daquela forma. Nem mesmo quando sua mãe fez a babaquice de me bater ele falou daquele jeito sobre ela.

— Vá à merda! — resmunguei, as bolinhas de meus olhos rolaram para cima — não temos nada que conversar, nem mesmo para brigar ou discutir aqui. 

— Ah, não, Park? Tem certeza disso? Então, como você explica o fato de estar na casa de Yoongi e abraçado a ele? — Jungkook soltou a peça do carro, virando seu corpo em direção a mim.

— O que tem para explicar? Você viu muito bem com seus olhos!

— Sim, eu vi, Jimin. Você acha isso correto? O que é? Correu para foder com ele depois de ter desligado na minha cara hoje? — o xinguei mentalmente diversas vezes. Tudo bem que eu estava a fim de fazer coisas inapropriadas com o hyung, mas eu não iria exceder meus limites.

Na verdade, não quando estava disposto a continuar, insistentemente, com nosso acordo.

— Vai se foder, Jungkook. Você não pode dizer como se não tivesse feito diferente! — agora, voltando minha canela para seu lugar, eu passei os dedos sobre meus fios laranja. Vendo o cerejinha ajeitar o boné que ainda usava em sua cabeça 

— O que?

— Ah, qual é? Você acha que me engana? Você e Katherine têm intimidade o suficiente para transarem juntos e continuarem com uma boa amizade. — não havíamos apenas eu e Yoongi-hyung com uma amizade colorida, muitas pessoas preferem transar com seus amigos.

— Eu não sou como você, Jimin, sabe muito bem disso. — ah, ele não era? Não foi isso que pareceu. — e por que você está falando sobre Katherine no meio disso? Está com ciúme?

— E você, huh? Tem ciúme do loiro aguado ou o que? — obviamente eu não estava com ciúme. Eu não nutria sentimentos românticos por ninguém, Jungkook é um tolo por pensar assim.

Eu só estava com muita raiva por ele estar me julgando, quando na verdade, fazia e pensava o mesmo.

Veja bem, quando sou eu quem está bravo por ele ter saído com Katherine naquela manhã sem ter me dito isso, é ciúme. Mas quando é ele quem, todas às vezes, insiste em me separar daquele Min, é normal?

— Não, ruivo. Você é quem está metendo Katherine nisso de repente. — suspirou e com sua hipocrisia, eu não consegui mais ficar ali.

Fui obrigado a abrir a porta e descer, a fim de tomar um ar. Era eu quem estava falando de Katherine? Bem, ele colocou ao Guinho no meio disso há muito tempo. Antes mesmo que eu dissesse algo sobre a garota.

Como se não bastasse e a fim de continuar, Jeon me seguiu e parou há poucos passos longe de mim.

— O que estava fazendo lá, Park? Você sabe muito bem o tipo de gente que Min Yoongi é e mesmo assim foi para sua casa, depois de ter saído para almoçar com ele. Onde, sem vergonha alguma, ele tocava sua cintura e agora, você tocava a dele. — Jungkook lembrou-se de mais cedo. Era verdade, Yoongi estava andando agarrado a mim, mas isso não lhe dava o direito de achar que poderia mandar em mim.

— E você não fez o mesmo, huh? Se me lembro bem, Katherine estava agarrada ao seu braço, não estava? Vocês estavam andando juntos também. — aquela noona estava agarrada a ele de forma tão infantil, que fazia até mesmo parecer que Jeon era seu oppa. — você gemeu pra ela coisas como; “Yah, Noona, você chupa meu cacete tão bem. Só não supera ao Jimin-hyung!”?

Disse aquelas frases insinuando que o garoto havia fodido com a boca da Park, assim como fez comigo. Imitava sua voz entre gemidos, vendo-o me fuzilar com seu olhar. 

Eu já disse, odiava dividir meus brinquedinhos com garotas. E bem, o moço estava fazendo aquilo agora. Então, o que seria melhor além de provocá-lo com esse fato?

— Você está louco, Jimin. Eu não fiz isso. Já disse para não colocar Kathe no meio disso tudo! — A voz saiu gritada, os punhos tornaram a se fechar, seu eu não o conhecesse, diria que ele pretendia me surrar, mas se segurava. — ela não é uma qualquer como... — estava tão zangado outra vez, que ao que parece, não havia se dado conta do que estava dizendo.

Não, até eu erguer meu olhar para ele. Subitamente, muito desapontado, pois sabia o que ele queria dizer. Porém, zangado demais para pensar nisso tudo. 

Ele estava defendendo Katherine, mas se eu fizesse isso com Yoongi, certamente ele diria que eu estava dando a ele motivos para desconfiar de mim.

Parece que Jungkook não entende que, tudo isso, só me faz pensar que ele realmente mentiu sobre tudo e que não estudou coisa alguma.

— Esquece. — Jeon abaixou a cabeça. A voz já mais calma, segredou sua última palavra.

Esquecer? Ele fala tudo o que quer e depois simplesmente quer fingir que nada aconteceu? Ele também iria me ouvir.

Com uma paz incomum, eu puxei a cartela de cigarros e levei um até os lábios, pleno. Com o acendedor, finalmente vi a pontinha do mesmo avermelhar-se, pouco a pouco, como se incendiasse. 

Traguei fundo, segurando a cigarrilha entre o indicador e dedo do meio, suspirando alto 

— Fala, Jungkook... fala o que você quer. Diz pra mim que você é só mais um mimadinho idiota que, no fim, não pensa diferente de qualquer outra pessoa no mundo. — com paciência, me encostei à lataria da Mercedes, olhando-o — Diz que eu sou um puto, diz que eu não presto. Fala qualquer coisa! Invente algo novo, me xingue de uma forma diferente. De um jeito que ninguém jamais fez. Quero ver se isso é possível.

Já me chamavam de descarado, duas caras, putinha, depósito de porra. Mas ao mesmo tempo, de gostoso, o melhor na cama.

No fim, nem um e nem o outro. Nem bom e nem ruim, a nenhum eu dava ouvidos.

— Jimin, eu... eu não queria falar isso. — arrependido, ele tentou, mas eu fiz sinal para que se calasse. Era minha vez de brincar agora.

— Você pensa que eu me importo? Dizendo coisas sobre ciúmes, você acha que eu dou a mínima para você e sua vadia? Foda quantas bundas ou vaginas quiser, Jeon, eu não ligo! — elevei a mão, sorvendo ao fumo. — você fode com minha boca duas únicas vezes, e já se acha tão importante assim ou o que? Só por que eu te considero um homem sexy, pensa que é o único ao qual imagino trepando comigo? Você é ridículo. Um orgulhoso babaca! 

Sem querer, um sorriso cheio de zombaria se apoderou de minha face, enquanto em meio aos meus lábios, eu prendia ao cigarro 

Que exibido. O moreno se acha cheio de intimidade, acha que é importante para mim, só por conta de poucos beijos e por conta de poucas palavras bobas que trocamos?

Achava que só porque eu deixei de discutir consigo, era porque eu estava apaixonado? É só isso mesmo que faltava para minha vida dar errado em todos os quesitos.

— Porra, você não se toca mesmo... — as provocações continuavam, o riso se tornou alto, quase como uma gargalhada.

Não era ele quem disse que eu deveria rir mais vezes? Pois bem, estava fazendo isso rindo de sua cara, que agora, parecia uma confusão de tão perturbado que ele estava.

— Eu... estive pensando nisso há algum tempo já. Acho melhor desfazermos o acordo — ditei sério, jogando a cigarrilha no chão e abaixei o olhar. Não queria vê-lo. — eu quero voltar para minha antiga vida.

— O que? — seu tom de voz agora soava um pouco abalado, como se ele jamais esperasse por isso em toda a sua vida. 

— Você ouviu bem!

— Não, Jimin, isso não. — Isso não? O que ele queria? Eu tinha ao menos o direito de mandar no meu próprio nariz ainda.

Antes que eu ouvisse mais alguma vez a sua voz, Jeon já estava em cima do meu corpo, fazendo minhas costas bater na lataria do capô do carro, enquanto apertava aos meus pulsos, quase deitado por cima de mim.

— Voltar para sua antiga vida é algo que com certeza você não irá fazer agora, ruivo. Aguarde um pouco mais. — os mirantes acastanhados não saíam dos meus e, embora eu me debatesse abaixo de si para me soltar, eu estava gostando de ver, pela primeira vez, Jungkook ter atitude e tomar a iniciativa.

Segundos mais tarde, ele já estava selando nossos lábios e forçando sua língua para dentro de minha boca. Onde com êxito, eu cedi-lhe a passagem e um beijo tenebroso começou.

O ósculo era gostoso, a maldita química estava de volta, junto a nossa pegação. Era estranho porque em um momento estávamos brigando e em outro, nos beijando.

Jungkook prendia meus dois braços acima de minha cabeça agora, com uma única mão. Os seus dígitos apertavam aos meus, dolorosamente e de forma prazerosa.

— Jungkookie... — suspirei sôfrego, arfando com os beijos que ele dava-me e também pelas marcas que deixou em meu pescoço — por que de repente está me beijando? Eu estou bravo com você.

— Eu não gosto quando você fica bravo. — respondeu sutil, finalmente ele parecera ter voltado ao moreno de sempre. — Eu quero beijar você. Não posso?

A fala do garoto indicava que tudo estava bem, deveríamos deixar aquilo de lado. Apesar de eu ainda estar chateado, não era como se eu realmente devesse me importar no fim.

— Oh, você não liga por eu ser um qualquer? — um sorriso ladino se apoderou em meus lábios. Todavia, não era como se eu não pudesse provocá-lo.

— Você sabe que eu realmente não penso assim sobre você, Jimin. Disse aquilo na hora da raiva, assim como você sugeriu que eu tivesse transado com Katherine. — o tirano ainda continuava acima de mim, apertando a meus pulsos enquanto com a mão esquerda ele tocava ao meu rosto.

Era confuso! Em uma de suas mãos ele demonstrava brutalidade, era rude. E com a outra, acariciava a meu rosto com calma.

— Você é um idiota! — meu riso agora saíra nasalado — você também disse coisas como se eu tivesse transado com o loirinho.

— Desculpe, eu não pude evitar. A forma que vocês se tocaram hoje me fez pensar coisas erradas. — o aperto em suas mãos diminuiu. Meus braços finalmente ficaram livres.

Dei uma mordidinha em meu inferior, lançando as mãos por seu pescoço, como se realmente o abraçasse. 

— Você fez com ele? — Jungkook desceu as mãos por meu corpo, parando em minhas coxas, acertando um tapa forte e apalpou o lugar em seguida.

— Você não muda mesmo, não é? — o selar nos lábios finos do outro fora curto, momentâneo. Estava o provocando apenas para ver sua reação. Eu não diria a ele o que o moço queria ouvir…

Jeon pode ser surpreende quando está sendo posto a prova. Quero ver o que ele fará enquanto ainda pensa que transei com outro homem. Depois que ele me castigar por isso, direi a verdade.

— Responda, ruivo! — puxou-me um pouco para baixo, fazendo que meu quadril se encontrasse com o seu.

— O que acontecerá se eu não disser? — desci meus dígitos por seus braços musculosos, me segurando nele para não acabar caindo. 

O tecido do pano de sua blusa moletom e ainda preta era macio, a ponto de eu sentir vontade de apertá-lo ainda mais.

— O que acontece? Vejamos... — inspirou, pensando um pouco e virou-me contra o capô com brutalidade. Agora, ele segurou meus braços atrás de minhas costas, como se estivesse prestes a me algemar — irei torturá-lo, senhor Park. — e espalmou minhas nádegas tão forte, que minha pele ardeu e provavelmente ficou vermelha 

Jungkook encaixou seu quadril no meio delas, se esfregando ali e forjando uma estocada firme. Estava realmente me incentivando a ficar duro, quando nem sequer tinha intenção de fazer algo.

— Eu já disse, odeio essas calças apertadas que você usa. Deixe de usar roupas de couro, Jimin. — o tronco curvou-se para frente, e não deixando de se roçar contra mim, ele deixou uma fungada em minha nuca, aos cabelos laranja.

— Não. — remexi-me abaixo de si, queria mais dele. Muito mais.

— Eu estou mandando, não solicitei sua opinião e nem mesmo indaguei! — O tom de voz era rude. Parece que Jungkook realmente é capaz de fazer coisas indecentes quando está zangado.

— Jungkookie... — lamuriei. 

Ele havia simulado uma estocada ainda mais bruta. Mesmo ainda estando vestido, o seu caralho agora estava tão duro, que eu fui capaz de senti-lo.

Meu pau raspava levemente contra a sua Mercedes, estava me excitando de verdade com aquilo.

— Ah, Jungkookie-ah... Pare de provocar quando eu sei que você não irá fazer nada de mais comigo além disso. — pegando ao moço de surpresa, eu me virei de volta para si, fazendo nossos cacetes se tocarem assim.

O moreno nada disse, apenas segurou-me entre seus braços e me beijou outra vez. As bocas mexiam-se para todos os lados naquele ósculo santo. Ele afundava sua língua, brincava com ela, parecia querer comer aos meus lábios. Era bruto, rude, excitante e cheio de luxúria. Estava deixando-me cheio de tesão a cada segundo mais.

— Meu pau está doendo. — reclamei, à medida que a ardência se tornou incômoda. Estava muito duro e as roupas o apertavam. Acredito que era o mesmo para ele. — por que você não tira minhas roupas, huh?

— Não, ruivo... eu estou ansiando meter em você, mas eu sei que devo me controlar por agora. — disse entre suspiros, a cada beijo que eu deixei em seu pescoço, marcando sua pele branca.

— Por que não? Você pode colocar dentro de mim quando quiser Jungkook, é só querer. Eu estou pronto, podemos pular as preliminares hoje também. — passei as pernas por sua cintura, impedindo que ele se afastasse de mim, o que fez nossos caralhos se esfregar de novo. — me alivie pelo menos.

— Foguinho, foguinho... você está passando dos limites. — Jungkook desceu o olhar de minha face até minha cintura, também passeou com suas mãos grandes por todo meu corpo. — eu posso chupar para você?

A mão, finalmente pousou a ereção que eu já levava no meio das pernas. Mas que caralhos de pergunta?! Era óbvio que ele poderia! Jungkook realmente sempre dizia que poderia me aliviar se eu quisesse, pois isso poderia me ajudar a aguentar mais um pouco sua enrolação em transar comigo.

Eu não aceitava isso, pois eu queria que as coisas fossem mesmo até o fim ao menos uma vez. Mas hoje... Hoje eu estava frágil demais para isso. Eu necessitava!

E além do mais, ainda estava puto com Katherine. Não seria má ideia se ele, o cara que mais cedo saíra com uma garota, fizesse sexo oral em outro cara agora.

— Pois bem. — sorri largamente, ao senti-lo rodear todos os dedos por meu falo ainda coberto — Fique à vontade. — coloquei-me em pé corretamente, afastando ao moço um pouco.

Abri os botões da calça e desci ao zíper para baixo, puxei ao elástico da cueca que vestia um pouco para baixo, e deixei toda minha intimidade a mostra para ele.

Como estávamos no meio de um campo, e mesmo que o local fosse vazio, ainda sim era uma estrada. Se algo acontecesse, ficar com as roupas em meu corpo era a melhor opção. A ideia de foder em lugares abertos como esse me excitava ainda mais.

— Eu iria mesmo pedir isso a você. — toquei-me um pouco, sugando aos lábios do Jeon em mais um beijinho e com a mão livre, apertei seu ombro esquerdo, forçando-o a ficar de joelhos — Bom proveito! 

Quase gargalhei alto, pegando a mão do garoto e colocando em meu pênis. Estava substituindo a minha pela dele agora.

Jungkook segurou ao caralho, rodeando os seus dígitos finos em volta do mesmo, apertando o quanto queria a todos os músculos que já pulsavam.

Masturbou-me brevemente por alguns segundos, apenas saboreando do gosto de minha glande. Passava a língua afiada por ali algumas vezes, preparando-se.

— Vamos logo com isso, Jungkook. — exigi, segurando a ponta de seu maxilar e o fazendo olhar para mim. Queria seu olho no meu, não o deixaria desviá-los um só segundo.

O cerejinha já era lindo normalmente, um tremendo gostoso, mas me chupando... era a coisa mais linda do mundo. 

Era arte.

Ele enfiou ao meu caralho todo em sua goela de uma única vez. Punhetava-me, puxando a pele de meu prepúcio pra baixo, quando meu comprimento saía e voltava para fora de sua cavidade bucal.

— Ahn, Jeon... Caralho! — minha boca estava aberta em surpresa, que eu nem sequer conseguia falar nada.

Quando o moço começou uma garganta profunda, eu estava tão necessitado que não conseguia fazer mais nada. Apenas deixei-me lamuriar, os sons e gemidos roucos começaram a sair com mais frequência. Mais altos e sôfregos, pedia por mais.

— Jungkook! — clamei por ele alto. Prendendo ao músculo na fenda, os barulhos melosos não pararam e ele babava em todo o contorno de minha glande. 

Segurei seus fios com pressa, entalando-me ao fundo de seus lábios finos sem pudor; dava-o rude. Estoquei ali diversas vezes, os olhos revirando em prazer. Fazia-se cerca de semanas que eu nem mesmo me tocava.

Deixei de penetrar a boca do maldito em seguida, gemendo e arfando baixinho, fiz uma mera masturbação rápida em mim mesmo. O cacete pulsava e a cabecinha tornou-se ainda mais avermelhada. 

Sensível e sentindo ao baixo ventre queimar como se estivesse sendo consumido por chamas, meu dedão escorregou para baixo e para cima uma última vez, depositando toda minha porra na face alheia.

— Ah, Jungkookie-ah... — rolei os olhos para cima, em minhas últimas súplicas, porém tornei a colocar meus mirantes de volta em si, esfregando o membro ainda pulsante por toda a região de seus lábios, o manchando ainda mais com meu gozo. — você é mesmo incrível!

Acariciei sua face com meus dígitos e com o indicador, limpei um pouco do esperma que sujara sua pele. Como se fosse um recheio feito de glacê de bolo, eu levei o dedo méleo até a boca do mais novo.

Jungkook olhou-me outra vez e vendo que o sorriso perverso não saía de meu rosto, deixou-me enfiar aquele único dedo em sua cavidade bucal, o chupando e embolando-lhe à textura áspera e ao mesmo tempo macia de sua língua.

Ele sorveu aquele dedo como se realmente ainda estivesse fazendo isso em meu pênis. Jungkook sabia mesmo fazer coisas insanas, isso já era um fato.

— Então, quer algo em troca? — sugeri, segurando sua mão e o ajudando a se levantar. Ele poderia me pedir qualquer coisa que quisesse. Se pedisse minha bunda, eu o daria.

Se pedisse todos os meus órgãos em troca, eu faria aquilo por ele.

— Não, você já me ajudou com isso ontem. Por hora, vamos apenas voltar para casa. — suspirou pesado — Merda, você sujou todo meu rosto — ajeitou ao maldito boné na cabeleira escura mais uma vez. 

— Você pode limpar na minha jaqueta se quiser. — soltei um riso nasalado, vendo ao garoto abrir a porta do carro com pressa e retirar do porta-luvas uma toalha de papel. — bem, vejo que isso não será necessário então. — ajeitei minhas roupas também, fechando aos botões da calça — Vamos, precisamos voltar. Você praticamente me raptou da casa do Gi, tenho que ir para lá.

— Não, você não vai. Irá para minha casa, Jimin. — O que? Ele estava louco? Que caralhos se passava pela cabeça dele?

— Você já se esqueceu que, pelo que me disse, obviamente seus pais estão em casa agora? E eu também tenho que buscar a Medusa, você irá me levar para o lugar que me buscou. Não aceito ir a outro destino se não para lá. — cruzei os braços acima do peito, arqueando a sobrancelha esquerda em mais um sorriso totalmente zombeteiro.

— Tudo bem, tudo bem. Mas você não fará nada lá a não ser buscar sua moto. Depois disso, iremos juntos para algum lugar. 

 "Tsc, patético". Foi o que eu pensei sobre ele. Porém, todavia ainda sabia que tínhamos coisas a resolver, então aceitei aquilo de bom grado e deixei que Jeon dirigisse de volta para a cidade.

— Continua —


Notas Finais


O que vocês acharam desse capítulo? Ele ficou com mais de 7k de palavras, então deu para mostrar bastante coisas para vocês.

Jimin entrou em um tensão sexual forte com o Yoongi, mas isso certamente foi na tentativa de esfriar a cabeça e de se desconcentrar do Jungkook.

Jungkook e Kathe juntos no shopping obviamente mexeu (e como) com a cabeça do Jimin kk
No fim, os Jikook tiveram mais uma discussão e se acertaram de novo de forma quente, mas já da para ver que tem mais coisas vindo por aí.
Afinal, eles vão voltar para a casa do Yoongi e o Jeon está mais desconfiado que nunca dos dois.

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wattpad: https://www.wattpad.com/story/269230906-laranja-fugaz-%F0%9F%8D%8A%F0%9F%8D%92 #CerejinhaDoce

Arrivederci!


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