História Last Chance To Love - Fourteen

 Now this is out our hands. Our love is here to stay. So get used to me checking in All day. Get used to me falling through, Just to see your face. There ain't a moment, I won't need your brace. Get used to me touching you. Get used to me loving you... - Get Used To It, Justin bieber.

JUSTIN

Cleveland, Ohio - EUA. 01 de março de 2017. 09h08min.

Bieber's House.

A mesa do café está divinamente preenchida pelos meus pratos favoritos dessa hora do dia. Morgan terminava de fritar os bacons, Jazmyn cuidava de Hannah e Jaxon e Ana faziam a cobertura de um bolo branco.

— Ano passado vocês foram rápidos em preparar tudo antes de eu acordar — chamo a atenção, recebendo um olhar surpreso e uma risada de Hannah. — Bom dia.

— Droga, eu disse que ele ia acordar cedo — Jazmyn resmunga, mas se aproxima primeiro para me dar um beijo e um abraço. — Feliz aniversário, irmãozinho.

— Obrigada, Jazzy — beijo seu cabelo, pegando minha filha em seguida. — Como minha princesa dormiu hoje?

— Papá, bolooo — ri, acompanhando suas palminhas.

— A modelete deixou essa sacola mais cedo, não me pergunte o que é — o cozinheiro apontou para o canto da cozinha, onde a sacola estava. Deixei para olhar depois. Primeiro, queria desfrutar do meu café com minha família.

Hannah fazia caras e bocas o tempo todo, como se fosse sua maneira de me fazer rir nesse dia especial. A mesma não saiu um minuto do meu colo, resmungava se tentassem a tirar. Depois que ela aprendeu o significado de não usa até que as pessoas se cansem de tentar. Logo, minha curiosidade me atinge e sou pego levando a sacola com o logo da Prada para o andar de cima, abrindo a mesma em seguida.

Tinha um bilhete e, embaixo, uma caixa preta. Peguei primeiro o bilhete.

"Desculpe por não poder está aí no café da manhã com Bruce, meu primeiro dia no trabalho me impede. Portanto, decidi lhe dar um presente adiantado.

Com amor, Hailey.

Ps; use-o no jantar"

Sorri, animado. E também orgulhoso. A loira iria finalmente começar a trabalhar na clínica infantil mais renomada de toda Cleveland. No começo, Hailey negou quando eu a informei sobre uma vaga em uma clínica de um amigo meu, mas logo mudara de ideia ao ouvir o nome do local.

— Quer saber? Dane-se o mérito próprio, é a Dan Brown Psychiatric Clinic! Onde eu assino? — ela exclamou, feliz e frenética.

Claro que, com uma certa ligação aqui e ali, minha garota ganhou sua própria sala, junto a sua própria assistente. E quer saber? Não me importo nenhum pouco de dizer que fui o responsável por dar início a carreira de minha namorada. Apenas dei o pontapé, o resto ela mesma mostra do que é capaz.

O blazer era negro, seus botões 3/4 deixavam um ar refinado. Nada como uma boa costura e tecido lã. Era um charme. Deixo-o pendurado no closet, ao lado dos sapatos que o acompanharão mais tarde. Desci as escadas num pulo ao perceber que estava muito atrasado para a conferência com os engenheiros da noca filial que abririamos em dois meses na Inglaterra. A Bieber Adv. está nos seus melhores anos, crescendo cada vez mais no ramo.

E eu me orgulho de dizer que fui o responsável por dobrar nossa renda e fama.

Bran é o primeiro que vejo assim que piso na sala, me olhando como se pudesse me matar. O negro era impaciente e, segundo ele, arquitetura não era seu forte. Me sento na cadeira na ponta e logo a reunião é iniciada. Os engenheiros mostram o designer da nova filial, comentando os ajustes e ideias para deixar o ambiente mais mordeno e familiar. Além do arquiteto deixar sua marca no esboço, ao debater com os colegas sobre certos acertos. No fim, entramos num acordo harmonioso.

Quando percebo, passamos a manhã inteira na reunião. Portanto, passo o almoço trancado dentro de minha sala, avaliando os casos que terei esse mês. São poucos, mas bem complexos. Nada com que eu não saiba lidar. Na parte da tarde, tenho uma seção com o juiz; obviamente meu cliente saiu no lucro. Uma indenização de quase o dobro do normal: 80 mil dólares há mais na conta de Jeon Vasquez, um comerciante que fora enganado por um de seus fornecedores, recebendo carne vencida em seus comércios.

Quando chego em casa, estou cansado. Mas ver Hannah brincando na sala com o irmão curou toda minha canseira. Ambos estavam no carpete, vários ursos e brinquedos educativos em sua volta e uma Ana com livro na mão no sofá, os observando.

— Que horas ele chegou?

— Faz uns dez minutos, a dona Nay veio o deixar aqui. Disse que Bear e o pai foram para um programa de pai e filho e ele resolveu deixar o seu para curtir o teu aniversário. E a dona Hailey ligou, instruindo para lhe dizer que a ligasse assim que chegasse — pisco, processando as palavras rápidas da ruiva.

— Certo então — digo por fim. Largo a bendita pasta no canto e me aproximo dos bebês, que sorriem quando me vêem. Beijo Hannah primeiro, pegando meu garoto no colo e cheirando seu pescoço, ouvindo sua gargalhada.

Bruce estava enorme e seus olhos everdeados já eram quase definidos.

— Ele é tão lindo, não é? — digo para Ana, que ri.

— A cara da mãe dele — bufo levemente. Eu não me importo dele ser a cópia masculina da mãe, mas poxa, eu dei a porra e ela que sai com tudo? Ela já carregou ele por quase 9 meses, Bruce deveria ter nascido minha cara!

— O próximo sai a minha cara, você vai ver — resmungo, pondo o moleque no chão de novo.

— Sei — a ruiva ri pelo nariz, voltando sua atenção para o livro.

Me despeço rapidamente dos três, subindo as escadas para tomar um banho e logo pondo o blazer que Hails me deu. Eu fiquei muito gostoso nessa roupa. Ajeito os fios loiros curtos, havia raspado-os há algum tempo e agora eles cresciam timidamente. Em outras palavras, os da minha namorada; eu estava ainda mais sexy.

— Uau, chefinho! A modelete vai ficar de pernas bambas quando te ver — Morgan sorri malicioso assim que apareço na cozinha, vendo-o preparar uma massa de biscoitos.

— Obrigado, Morg.

— Estou fazendo os biscoitos nutritivos da Hannah e a papinha do Bruce está na bancada, se quiser dar ele antes de sair — aponta para a vasilha do Flash.

— Infelizmente não posso correr o risco de sujar a roupa, ou a mãe dele me mata — rimos.

— De qualquer maneira, te desejo boa sorte.

Agradeço e logo ligo para Hailey, como a mesma havia pedido, enquanto me delicio com as frutas cortadas que Morgan separou para mim.

— Oi, amor.

— Oi, babe, feliz aniversário! — diz assim que atende.

— Obrigado, Hails — sorrio, não escondendo meu contento ao ver que ela parece bem agitada. — E o trabalho?

— Acabei de sair, minha última seção foi com um filho de um jogador de basquete muito famoso! Ele é extretamente sensível — ela conta —, parece que a fama do pai afeta ele demais.

— Uma pena.

— Sim, uma pena.

— Está dirigindo?

— Deixando o estacionamento — ouço o barulho de buzina. — Acredita que recebemos centenas de ligações hoje?

— Jura?

— Sim. Ao que parece, o Hollywood Life postou uma matéria falando sobre meu primeiro dia de trabalho na Dan, logo o TMZ confirmou que você havia conseguido esse emprego para mim — explica, com certo pesar.

— Você fez o quê? Recusou?

— Não sou tão antiprofissinal assim. Aceitei todos os que não pediam pela "namorada do Bieber" ou "mulher do Advogado das Kardashian-Jenner" — ri pelo nariz. — Aliás, como é que um simples advogado como você tem fama desse jeito?

— Amor, eu sou um advogado gostoso, com renome no mundo judiciário e amigo de infância de vários social influencers — ri nasalado. — Das Kardashian-Jenner até Marco Reus, sou bem famoso por isso.

— É advogado do Marcinho?! Por que nunca me disse isso? — ela exclama, indignada. Franzo o cenho.

— Ajudei na defesa com o lance da direção sem carteira.

— Minha nossa, Bieber. Te amo cada vez mais sabia?

— És fã do alemão?

— Desde que vi ele na Copa do Mundo de dois mil e quatorze! Uma pena ele ter se machucado, seria legal ver ele fazer o oitavo gol no Brasil — zomba. Rimos.

— Eu sou bem mais bonito que ele, se quer saber.

— Eu já sei disso, mas ele continua sendo meu crush alemão do futebol e ninguém muda isso.

— Ninguém?

— Nem mesmo você, desculpa.

...

— Você me disse que era um restaurante simples, mentiroso — ri, apertando a cintura da loira que olha tudo com um sorriso bobo. Nos sentamos na mesa perto da janela, com visão privilegiada da noite luminosa de Cleveland.

— Mas é um dos mais simples, só que continua sendo chique — dou de ombros.

— Sei...

— Já disse o quanto te amo hoje? — digo olhando-a, tendo seus sorriso em resposta. O mesmo sorriso que me tira o ar todas as vezes.

— Sim, e olha que o aniversário nem é meu — rimos.

— "O aniversário, mas o presente é seu" esse ditado nunca fez tanto sentido — penso em voz alta. Hailey concorda.

— Sim, no entanto... Dessa vez o presente é meu sim — a loira logo estende uma caixinha, empurrando-na em minha direção. — Feliz aniversário, meu amor.

— Meu Deus, loira!

O conteúdo da caixa me deixou extasiado. Os dois pares de ingressos VIPs para a abertura da Copa Do Mundo da FIFA estavam envoltos em passes dourados, e ao lado um anel dourado masculino.

— Eu sei que, desde que te conheci, tenho vivido os melhores anos da minha vida. Você me deu vida, amor, carinho, amizade e Bruce e Hannah. Me deu uma nova família, me ajudou a chegar onde estou. Se sou essa mulher hoje, foi porque eu te tive no passado. E quero continuar tendo agora e no futuro que nos espera — a voz da loira está emocionada, assim como nossos sorrisos. — Me disse uma vez que não pediria em namoro, e eu não vou te dar esse luxo de me ver pedir.

— Hailey...

— Por isso, vou pular o que nós já vivemos de forma não oficial hoje — me corta. — Justin, aceita se casar com uma simples psicóloga infantil? A mesma garota que foi contrada para cuidar de sua filha e acabou lhe dando outro bebê? Aceita ser o esposo de alguém aue te deu todos os motivos do mundo para odiar? Quer ser meu homem em todas as noites frias e quentes que estão por vir? Quer casar com alguém que está tentando aproveitar sua última chance para amar?

Meu coração estava disparado e não sentia minhas mãos. Meu peito inflou, as células em meu corpo borbulhavam e mal sentia a respiração sair.

— Depois desse pedido, seria muita falta de educação dizer não — brinco, recebendo uma risada da loira. — É claro que eu aceito, meu amor!

— Eu te amo tanto, babe — sou surpreendido quando Hailey praticamente pula para meu colo, agarrando meu pescoço enquanto nossas bocas se conectam.

— O que acha de irmos para Las Vegas? Sempre quis casar de Elvis Presley.

— E então eu serei sua Marilyn Monroe — encosto nossos narizes.

— Eu também te amo como um caralho, loira.

...

Las Vegas, Nevada - EUA. 04 de março de 2017. 19h09min.

Capela.

— E nesse momento, se o noivo assim quiser, pode fazer seus votos — o juiz de paz logo fala, ajeitando a borda de sua fantasia de Michael Jackson.

— Não sabia na época em que nos conhecemos, mas foi naquele instante, que você sorriu, que tu havia se tornado bem mais do que a babá da minha filha — comecei. — Lembra quando me pediu para te chamar apenas pelo seu nome? Eu não tinha ideia do que senti naquele tempo, no entanto iria descobrir que aquilo foi a terceira faísca da imensidão de chamas que você acendeu no meu coração. E Deus, eu já estava queimando quando o descobri — ri pelo nariz. — Sabia que, de alguma forma, você iria me mostrar com toda sua garra que também era uma boa mãe. Só não imaginava que junto à esse papel de mãe, também se incluiria o de minha mulher. E porra, como eu agradeço todos os dias Hailey, por você ter me mostrado que estava certa sobre mim. Queria saber qual foi seu feitiço, magia; chame do que for. Tudo em você me puxa para mais perto, encanta. Então me diga, o que você usou em mim?

Tenho que fazer uma pausa, para limpar as lágrimas de minha futura esposa.

— Pois eu acho que de algum modo, posso ter usado em você também, certo? E quando tudo pareceu desmoronar; doeu, como um inferno aquilo doeu. Saber que você iria me deixar abriu meu peito com um facada bruta. Nada doeria mais que saber, por seu olhar, que nada a faria dizer não — ela nega, mas logo para, ao perceber que eu ainda não tinha acabado. — Naquela noite, você me prometeu amor, paixão e eternas lembranças. Eu te disse que jamais iria deixar de amar-te. Não menti. Nunca deixei, não fui capaz. Nada no mundo me fez ficar com as mãos frias, causave-me borboletas no estômago ou nervosismo, ou insegurança. Nada e nem ninguém me causou nada disso, porque eles não eram e nunca serão você.

— Amor...

— Eu te amo como nunca pensei ser capaz de amar alguém. Te agradeço pelos nossos filhos e te agradeço por ficar do meu lado, sempre — beijo sua mão carinhosamente.

— Agora, é a vez da noiva proferir seus votos, se quiser — o juiz se pronuncia. Munha garota concorda, respirando fundo antes de começar.

— Deixa eu te contar um segredo baby; me viciei nos seus lábios desde a primeira vez que os provei. Te disse que me apaixonei por você no dia que te conheci? Então, Justin, foi quando você me olhou com o seu segundo olhar; o que me avalia como se estivesse sem roupas. E o seu sorriso foi o complemento para você invadir meu coração, fazendo com que eu, silenciosamente, houvesse me apaixonado pela primeira vez na minha vida. A primeira e última vez — sorrimos, não evitando mais as lágrimas. — Depois da nossa noite de amor, no meu aniversário, Morgan me disse para deixar rolar de forma natural. E quem diria que seria o conselho de Morgan que mudaria nossas vidas? Nos juntaria de modo que nem o destino fosse capaz de separar. De um jeito tão bom, louco e até isano se preferir, nós cruzamos um caminho sem volta — entrelaçou seus dedos nos meus, fazendo um carinho entre os nós. — E yeah, não vou mentir; senti sua falta quando fui embora. Senti saudades de estar entre seus braços, beijar seus lábios e assistir seus jogos na tv. Foram meses longe, não ouvindo sua risada nem vendo seu sorrissinho de lado que tanto adoro.

Não evitei a risada, lembrando das nossas brigas para decidir qual partida ver pela Champions League.

— E ver você, depois de tanto tempo, mexeu com cada partícula minha. Entretanto, logo o inevitável bateu a nossa porta e agora é a nossa hora, ela veio e junto; nossas certezas. A tempestade pode durar anos, o inverno décadas; mas eles sempre vão dar lugar ao sol. E nós somos com o sol, brilharemos sempre depois da noite escura.

— Pelo poder em mim investido, pelo estado de Nevada e Texas, eu os declaro marido e mulher — puxei minha loira para bem perto, encostando nossos narizes. — Pode beijar a noiva.

Não esperei por mais nada, apenas tomei o que é oficialmente meu. E Hailey logo invadiu o que pertence a ela agora. Nós somos um, nós nos tornamos casados e de agora em diante, espero poder gritar sempre que puder o quão fodidamente feliz eu sou.

Porque, nada nesse mundo, vale mais que o amor da minha mulher e filhos.

Nada.

Quero que nunca deixe de lembrar; somos eternos de agora em diante.