1. Spirit Fanfics >
  2. Last Hope (A.C.E) >
  3. Fagulha

História Last Hope (A.C.E) - Fagulha


Escrita por: MoaneFics

Capítulo 51 - Fagulha


Fanfic / Fanfiction Last Hope (A.C.E) - Fagulha

Dentro do banheiro [F/N] baixou a temperatura de seu corpo com água fria da torneira e já estando encharcada ela foi pra dentro da banheira se esconder e se acalmar. Ela se sentou na banheira vazia e pensou que talvez isso fosse passageiro, ela quase morreu e ainda estava ali, não seria algo tão banal quanto sua aparência que a afetaria, pelo menos era o que dizia a si mesmo tentando esvaziar os sentimentos negativos de dentro de si.


Vocês estavam meios nervosos com o silêncio que vinha de dentro do banheiro.

— Acha que eu devia entrar lá? – Chan perguntou a Jun e ele mordeu os lábios pensativo.

— Acho melhor eu tentar, eu sou médico, sei lidar com “diagnósticos ruins”.

— Mas ela precisa de um ombro amigo, não um médico! - ele se virou pra você – Não acha [S/N]?

— Ela precisa cuidar dos ferimentos nos braços novamente, é melhor deixar o Jun ir na frente. – na verdade você não se sentia tão confiante para cuidar de [F/N] agora, você ia acabar dizendo algo errado ou chorando, afinal também estava sensível no momento por todo o estresse que passou.

Chan então concordou e Jun foi até a porta.

— [F/N]?! Será que eu posso entrar? – Ele disse com um tom suave e pacifico, mas ela não queria ver ninguém no momento. Sem resposta ele bateu de leve na porta – Me deixa pelo menos cuidar dos seus braços.

Ela não respondeu novamente e com isso ela não disse que podia... Mas também não disse que não podia.

...

Ele abriu a porta devagar e entrou sendo cauteloso e amigável, seguindo gotas de sangue pelo chão do banheiro a encontrou encolhida dentro da banheira, o coração de Jun estava em paz porque não importava o quão difícil estivesse, ela ainda estava ali.

— Eu não quero que olhe pra mim. – ela se virou para a parede e Jun se aproximou.

— Posso pelo menos olhar seus braços? Me deixa cuidar de você e eu vou embora. – ele negociou, então escondendo o rosto com o cabelo molhado ela se virou um pouco pra ele deixando seus braços ao alcance.

Jun pegou a toalha de rosto que estava estendida no bainheiro e levou até a pia, umedeceu e trouxe até [F/N] onde se sentou na beirada da banheira e começou a limpar o ferimento.

— Não faça mais isso... – ele disse enquanto cuidava dela – Não nos afaste nos momentos difíceis, nós somos um grupo... Melhor, somos uma família e estamos aqui por você.

[F/N] sabia que ele estava certo, mas seus sentimentos também estavam mais fortes.

— Eu só não queria que me vissem como um deles, um infectado. – ela se ajeitou para ficar mais próxima de Jun e facilitar o trabalho dele – Mas acho que não adiantou muito. – ela falou sobre sua aparência atual.

Jun ficou em silêncio por um minuto, então se levantou para lavar a toalha e limpar o outro braço dela.

— Sabe, ontem foi o pior dia da minha vida... – ele disse parado em frente a pia torcendo a toalha para tirar o excesso de água e voltou para [F/N] – Porque eu achei que ia perder você. – ele a olhou com ternura e deu um pequeno sorriso - Mas hoje, é o mais feliz, porque você ainda está aqui.

As palavras de Jun faziam o coração de [F/N] bater mais rápido e seus olhos caíram sobre os lábios dele, ela lembrou daquele beijo que ele lhe deu, de tudo que disse... Aquilo foi só uma despedida, um ato desesperado, tudo podia ter mudado, ela imaginou qual sabor aquele beijo teria agora. Antes que se aprofundasse em tais pensamentos, ela desviou o olhar e ele continuou o que estava fazendo, mas o problema não estava só no encarar ele, ainda tinha seu cheiro, seu toque e a brisa suave de sua voz.

— Acho que era somente resíduos superficiais da infecção. – Jun disse voltando ao assunto principal que era os braços de [F/N], ele não queria a pressionar a nada – A pele por baixo, apesar de um pouco escura, me parece bem fechada, duvido que vá sangrar novamente. – ele terminou de limpar a ferida e ficou segurando a mão dela, [F/N] olhou os braços e ainda não estava contente, mas realmente parecia melhor agora. – Porque não aproveita e toma um banho, vai se sentir melhor quando vestir algo limpo. – ele sugeriu acariciando de leve a mão dela e ela retribuiu com carinho. – Eu vou buscar uma muda de roupa limpa e deixar em cima da cama, está bem? – ele disse se levantando e ela concordou.

Então Jun deixou o banheiro.


Você e Chan esperavam impacientes.

— falou com ela? – Vocês dois perguntaram praticamente juntos.

— Ela já esta mais calma, vai tomar um banho e creio que vá se sentir melhor depois disso.

— Vem Chan, vamos dar privacidade a ela. – você pegou o braço dele e todos deixaram o quarto.

— Gente, eu juro que não foi minha intenção... – Yong foi logo dizendo assim que saíram no corredor.

— Relaxa, a gente sabe disso. – você a confortou – Mas cedo ou mais tarde ela se veria no espelho e acabaria acontecendo do mesmo jeito.

— Ela vai ficar bem? – Dong questionou e você sorriu esperançosa.

— Ta brincando?! [S/N] e [F/N] são uma dupla imbatível! – você sorriu já conseguindo brincar, se sentia um tanto mais leve agora.

Donghun e Chan sorriram concordando.



Jun deixou vocês e foi até o antigo quarto de [F/N] pegar roupas limpas, no caminho encontrou a moça da enfermaria, ela veio até ele assim que o avistou no corredor.

— JUN, Eu sinto muito, nem imagino como você deve estar se sentindo. – ela já deu seus pêsames pela perda da garota que ele gostava e Jun a fitou com desprezo no olhar.

— Escuta! – ele disse de forma curta e grossa - Eu não quero que fale comigo, não quero que olhe pra mim e se puder nem estar no mesmo ambiente que eu, eu agradeceria muito! – ele ia continuar seu caminho, mas ela entrou na frente.

— Nossa! Porque ta me tratando assim? – ela questionou e Jun arqueou a sobrancelha.

— Você ainda pergunta? – ele não sabia se ela era sonsa ou só estava se fazendo de desentendida – Você espalhou pra todo mundo que a [F/N] estava infectada, colocou todos contra ela, contra NÓS! – ele “desenhou” para que ela conseguisse entender bem – Se não fosse pelo poder que o Wow tem, ela estaria morta agora!

Ela estava meio chocada com a atitude rude dele, mas foi essa última parte que a intrigou.

— Espera, “estaria morta agora”? Quer dizer que ela... ainda está viva?

De tudo que ele disse foi só essa parte que ela ouviu? Jun entendeu que estava apenas perdendo tempo em tentar dialogar com ela então a empurrou para o lado e seguiu seu caminho.

Ela ficou parada um minuto pensando nisso e não se sentiu satisfeita, então foi indo até perto das escadas onde Wow se encontrava observando seu pessoal que estava andar de baixo protegendo a entrada. 

— Hey, Wow! – ela o chamou antes mesmo de chegar perto dele.

Vendo que ele não ouviu ou a ignorou ela foi até ele e o catucou, Wow apenas estava concentrado em seus guardas e por isso não a ouviu.

— Hum?! – ele se virou com o catucão e se deparou com ela visivelmente insatisfeita com algo.

— Você disse que a infectada estava morta! – ela foi bem direto ao ponto.

— Eu disse? – ele em momento algum disse que ela estava “Morta”, apenas deu a entender o que ia da interpretação de cada um.

— VOCÊ disse que ela “SE FOI”! Mentiu pra gente!

— Vocês não tem que se preocupar com ela. Está tudo sobre controle. – ele tentou manter a calma, mas ela não parecia querer o mesmo.

— Sobre controle?! Nossos homens estão lá fora arriscando suas vidas pela nossa casa e você está fazendo o que? Criando um novo mascote? – ela ainda não tinha engolido o fato de ter um infectado todo esse tempo naquele laboratório bem embaixo do nariz de todos... E se não fosse essa [F/N] a ter se machucado? E se fosse ela?! – Nós confiamos em você!

A discussão já estava chamando mais atenção do que deveria, ela falava como se Wow fosse um moleque imprudente e Vocês que estava do lado de fora do quarto se aproximaram pra ver o que estava acontecendo, vocês não eram os únicos curiosos.

— Se confiassem em mim, não questionariam cada passo que eu dou! – ele respondeu seco.

Ela não gostou do tom que ele usou e balançou a cabeça.

— Eu vejo que você claramente não é o líder que achávamos que fosse. – ela disse com todas as letras e vocês olharam para Wow que engoliu aquilo a seco.

— E EU VEJO que vocês claramente nunca me seguiram pela minha capacidade de liderança e sim somente pelos benefícios que ela trazia!

Muitas das coisas que a W conseguiu era por conta da conexão que Wow tinha com os “Padrinhos”, ele era o único que se comunicava com eles ou que sabia onde eles ficavam e sempre voltava com itens importantes a cada visita, muito de Wonderland se deve a isso.

— I-isso não é verdade. – ela tentou dizer e Wow só ficou ainda mais bravo.

— Se fossemos votar em um líder AGORA, nesse EXATO momento... Eu ainda seria o Chefe no final do dia??? - ela ficou em caladaz pensando na melhor resposta e ele retrucou – Foi o que eu pensei. - ele desviou dela e olhou para as outras pessoas que estavam de olho na discussão, ele se sentia traído por seu próprio povo e isso doía.

Wow pensou em deixar o ambiente, queria se afastar dali. Vendo o olhar baixo dele você não pode se conter então deixou o lado de Dong e foi até o meio do corredor onde todos estavam concentrados.

— Eu me candidato pra ser a nova líder da W. – Você disse levantando a mão enquanto ia pra lá passando por Wow e ele a olhou sem entender o que era isso. – É isso mesmo que ouviram – você parou em meio a eles, bem de frente com a moça da enfermaria. – Você devia se candidatar também, e porque não você? – você apontou pra qualquer um deles então expôs seu ponto de vista – Ué, vocês não acham que ser o líder é fácil? Estão sempre ai reclamando sem fazer NADA, então porque não tomam o lugar de Wow? Se estão insatisfeitos deviam apontar um novo Líder... alguém topa?

O borburico foi geral, seus amigos entenderam aonde queria chegar, Donghun balançou a cabeça concordando, ele sempre se admirava com suas atitudes, mesmo que no caso ela favorecesse Wow, acho que ele já tinha superado isso. Sehyoon por sua vez estava ali parado, os olhos dele estavam presos a você e aqueles olhos brilhavam enquanto aquela pequena chama queimava em seu peito.

— Quem é você pra se meter nisso? – a moça da enfermaria a sua frente manteve a pose, ela se sentia confiante estando cercada por seus amigos e familiares. – Boa parte de todos os nossos desentendimentos se deve a você e esse seu grupo.

— Eles nem mesmo se consideram da W não vejo porque ainda estão aqui... – outra pessoa aleatória completou.

— Olhe pra vocês, se colocando contra o homem que me disse uma vez “Meu destino é a W, é o futuro”... – “com ou sem você” essa parte você apenas completou mentalmente, você ainda guardava essas palavras dentro de si – E ainda se questionam porque não quero fazer parte disso? Ele podia ter simplesmente corrido pra casa quando aquele muro veio a baixo, mas não, ele ficou por vocês! Pra impedir que aquele Gritador causasse mais danos, quase ficou surdo por conta disso... Onde vocês estavam quando ele precisou? Aqui, pensando em si próprios! – você estava colocando pra fora tudo que tinha ficado entalado em sua garganta – Quem ficou por ele? Donghun! MEU PESSOAL. Quem o trouxe pra casa? EU! – você bateu no próprio peito deixando claro – Então me digam, acham mesmo que NÓS somos o problema???

Todos se olharam meio balançados, nesse momento as opiniões se dividiam.

— O que está rolando lá em cima? – Um dos guardas que estava protegendo a frente da mansão com BK perguntou vendo o falatório.

— Eu vou dar uma olhada, mantenham a posição que eu já volto. – Byeongkwan disse se foi ver o que se passava.

Ele subiu as escadas e encontrou a bagunça nos corredores, Wow estava de canto olhando pra você, de um lado os membros da W, do outro seus amigos.

— Não deixe ela distorcer as coisas! – a moça chamou a atenção de todos, você continuou a encarando – A questão aqui é UMA só. Temos um infectado entre nós, cujo qual vocês insistem em dizer “não se preocupem”, mas é de nossa segurança que estamos falando, acha que devíamos só sentar e apreciar a viagem porque vocês não são capazes de por um fim nisso?

— Vocês ainda estão discutindo isso? – uma voz surgiu do fim do corredor e todos se viraram para ver quem estava falando.

[F/N] estava ali, seus cabelos úmidos do banho ainda tapava a metade de seu rosto, a camisa de botão manga longa escondia seus braços, todos ficaram confusos ao vê-la.


Ela começou a andar na direção deles e muitos já foram se afastando sutilmente.

Chan deu um passo pensando que se expor assim não seria bom pra ela, mas Jun o segurou para ficar onde estava.

— O que foi pessoal? A Infectada não é o assunto principal aqui? – [F/N] disse cínica parando ao seu lado – Pois bem, eu estou aqui.

Você sorriu ao ver sua amiga ao seu lado, com certeza estavam prontas pra enfrentar o mundo novamente. A moça até perdeu a fala, ela não entendia como [F/N] ainda podia estar ali. 

— C-como isso é possível, você tinha todos os sintomas... – ela a olhava incrédula, então notou algo estranho, mesmo com os cabelos escondendo seu rosto, pra quem estava tão perto quanto ela ainda se podia ver mais ou menos. – Não, eu não me enganei... – ela deu um passo pra trás – Você está sim infectada. Eu só não entendo como ainda está sã?!

— Você é a médica aqui... não tem nenhum palpite ? – [F/N] disse dando um passo a frente pra se manter perto dela a intimidando.

O clima estava tenso como um rastilho de pólvora esperando só uma fagulha para se incendiar. 

[...]

 


Notas Finais


Não sei vocês mas eu já teria mandado a w pro ar kkk eles meio q tão numa situação ruim então ta valendo🤣


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...