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História Last Memory - WooSan - Capítulo 42


Escrita por: RafaAlves_PK e baladeuva_

Notas do Autor


Postei com um dia de atraso, mas postei. Espero que gostem.
Aliás, LM está quase acabando, se preparem.

Capítulo 42 - Capítulo 42


Fanfic / Fanfiction Last Memory - WooSan - Capítulo 42

Wooyoung tirou seu jaleco e o jogou no banco de trás logo fechando a porta com certa brutalidade. Não queria de jeito algum acreditar no que seus olhos tinham visto, talvez tivesse sido um engano de Max, ou talvez uma pessoa muito parecida que, por acaso, o médico seguia também por ter se enganado.


Suas mãos estavam trêmulas pela raiva que começava arder em seu peito, só de pensar que seu namorado estava lhe botando um par de chifres lhe enfurecia. Dirigiu o mais rápido que pôde, se xingando mentalmente por ter furado alguns sinais vermelhos. 


Mal olhou ao redor na hora que entrou no bar, algumas pessoas o olharam, mas não deu muita bola. Seu foco era outro. Não percebendo que um par de olhos lhe encarava de longe.


Assim que se aproximou mais, pôde ver Lu Han agarrado em um outro cara. Deu dois passos para trás piscando os olhos irritado e chocado com aquilo.


Assim que viu os olhos do chinês se iluminarem e sua boca se formar em um sorriso, o sorriso que Jung Wooyoung jurava que era unicamente direcionado a ele em seus piores momentos, seu peito pesou e ele não pôde evitar arfar abismado  ainda não querendo acreditar com o que estava vendo a poucos metros à sua frente.


Nunca havia pensado que seu namorado perfeito e incrível seria capaz daquilo. Pensava que era o único para ele e que pela primeira vez estava voltando a se apaixonar. Antes chegou a se culpar por não demonstrar os sentimentos que tinha na mesma intensidade, mas agora se perguntava se faria alguma diferença.


Porém agora estava óbvio, óbvio que Lu Han queria seu espaço, estava óbvio para qualquer um que visse que Lu Han não era o tipo de pessoa que se comprometia. Só Wooyoung não percebeu que ele já não era mais tão importante na vida do mais velho, assim como era o único que precisava cair fora daquele rolo o mais rápido possível.


Ele estava irritado, abismado e chocado com aquilo que estava vendo. Na sua opinião, traição era covardia, a pior covardia que podia existir… mas… não sentia aquela dor dilaceradora que sentiu quando pôs um ponto final na história com Choi San. Talvez, lá no fundo, só estivesse bravo por ter sido enganado, mas não estava totalmente magoado.


Quando pensou em dar um passo na direção do seu namorado, uma mão gelada tapou seus olhos e a outra segurou sua cintura o puxando para um lugar mais afastado. Por um milésimo de segundo tentou se soltar, mas o cheiro inconfundível de coco e a familiaridade que seu corpo sentia com aquela mão fez com que ele se deixasse ser levado. Mas logo seu cérebro voltou a funcionar e ele entrou em alerta assim que percebeu que entravam em uma sala.


Paralisou e segurou a mão que tapava seus olhos, se afastou um pouco e encarei-o. Seu coração começou a bater aceleradamente e seus olhos começaram a lacrimejar. Em um impulso desesperado o abraçou deixando todas as coisas que já haviam sido ditas e apenas aproveitou o amparo que estava recebendo.


—Algumas coisas foram feitas para ficarem em segredo e não serem descobertas, não acha? —Se afastou do mais alto dando um leve risinho e caminhou até o sofá vermelho que tinha na sala VIP do bar. —Olha… eu sei… sei que assim como eu, você também viu o que Lu Han estava fazendo, por favor, mantenha em segredo. Gostaria que nada fosse dito e que isso não saísse daqui. Irei pensar em algo mais tarde.


—O quê? Seu namorado está te dando um belo par de chifres e você mesmo viu! —Gesticulou se aproximando do menor que começava a encher um copo com conhaque. —Não vai fazer nada?! Vai mesmo agir como se nada tivesse acontecido e continuar com ele?! 


—Me diga, desde quando você tem alguma moral para opinar sobre traições? —Ergueu uma sobrancelha e virou o copo com a bebida de uma só vez. Arrepiou-se ao sentir o líquido amargo descer queimando pela sua garganta. E novamente repetia o ato de encher seu copo e depois tomar aquele líquido amargo de uma só vez. —Não seja hipócrita, Choi San.


—Me desculpa. Eu realmente sinto muito por ter te magoado dessa forma, essa nunca foi a minha intenção. —Prendeu a respiração e novamente hesitou muito antes de se aproximar. Sempre que estava com ele sentia-se um adolescente bobo novamente. —Eu sei que fui burro por ter feito isso.


—Não se preocupe comigo. —Deu de ombros tomando mais um copo cheia de conhaque. Choi San já havia perdido as contas de quantos copos o médico já tinha tomado, mas pelo chute, deveria ser o quinto ou sexto. —Não é como se eu ligasse para os chifres ou algo do tipo. Assim como devo parar de ligar com as coisas relacionadas a você e ao nosso passado.


—Não haja como se isso não tivesse afetado você! —Segurou o pulso do médico para evitar que o mesmo bebesse mais. Sua bochecha já estava ligeiramente corada e quente e seus olhos pareciam pesar. —Você está magoado, eu sei, mas não afogue a tristeza na bebida! Você é fraco para bebidas, Woo.


—E você, Choi San? —Sorriu ladino virando a cabeça levemente. Sua fala estava um pouco embolada e seus olhos enchiam-se de lágrimas. Ele já estava levemente embriagado. —Não está magoado também? Ou você aprendeu a ser um destruidor de corações profissional? Você queria se divertir e fugir depois de fazer com que eu me apaixonasse por você?! —Mordeu o lábio já começando a chorar, San se abaixou para ficar na mesma altura que o rosto de Wooyoung e segurou seu rosto entre suas mãos com delicadeza.


—Eu também estou muito magoado por ter te feito mal, por ter quebrado seu coração em milhares de pedacinhos. —Murmurou limpando as lágrimas que escorriam pelas bochecha vermelhinha do menor. —Eu queria te dar o mundo e todo meu amor intocável que guardei durante anos somente para você. Tanto eu quanto você sofremos por algo que não tinha necessidade. Eu sei que magoei você profundamente e peço perdão. 


—Não conta para ninguém, mas estou apaixonado. —Wooyoung riu se embolando com a frase. —Eh? Oh! Você se parece muito com o cara por quem eu sou apaixonado. —Fez um biquinho e segurou o rosto do CEO, suas mãos estavam geladas e seus olhos mal conseguiam se manter abertos, estava na cara que ele já estava bêbado. —Não conta para ele, mas não odeio ele, na verdade, só o amo cada dia mais. As vezes eu gostaria de chegar em casa e abraçar ele. —Sorriu meio grogue e se afastou deitando no sofá da vermelho e confortável da sala VIP. —Mas toda vez que nós tentamos, nós caímos.


San ficou um tempo abaixado apenas observando o menor enquanto sentia seu coração acelerado. As bochechas estavam levemente coradas e quentes e os pelos da nuca arrepiados. Tirou sua jaqueta e cobriu o menor.


—Preciso que saiba que sou perdidamente apaixonado por você. —Murmurou acariciando os cabelos do menor. —Desculpa por ter sido o primeiro a quebrar seu coração.


Um suspiro escapou de seus lábios ao se perguntar se Wooyoung o afastaria novamente depois daquela noite. E aquilo o magoou, sabia que era errado, mas amava o médico a sua frente com todas as forças existentes em seu corpo.


Com gentileza o pegou no colo e o carregou até a saída da sala, dando de cara com Lu Han. O mesmo arregalou os olhos assim que viu o CEO, mas assim que viu que Wooyoung estava em seu colo, completamente bêbado seu coração parou e acabou se engasgando com a própria saliva.


—W-woo-wooyoung estava aqui? —Tentou se aproximar e pegar o médico no colo, mas San se esquivou e o encarou friamente.


—Saia de perto do Woo, isso tudo é culpa sua. —Travou o maxilar ao ver o mesmo tentar se aproximar novamente. —Juro pelos céus que se chegar perto dele novamente, eu mesmo te arrebento. Isso é um aviso.


Saiu carregando o médico no colo e o levando para seu carro, com todo cuidado o colocou no banco do passageiro e colocou o cinto no mesmo. Deu meia volta e ligou o carro. De longe, a garota observava aquilo com o coração partido.


Dirigiu até seu apartamento reserva e cobriu o rosto do menor enquanto subiam de elevador, não queria ninguém cochichando sobre o mesmo, sentia que se isso acontecesse o menor ficaria sem graça e se afastaria mais uma vez.


Assim que chegou, deitou-o na cama e ligou o chuveiro para começar a encher a banheira. A água estava gelada e a noite estava fria, sentia dó e não queria de jeito nenhum colocá-lo naquela água fria, mas era a única forma de acordá-lo.


—Woo, anjo. —Chamou o mesmo algumas vezes antes de colocá-lo na banheira. 


Assim que o corpo quentinho do médico entrou em contato com a água gelada levou um susto, mas antes que se debatesse Choi o segurou.


—Calma, shii… só estou te dando um banho gelado. —Sorriu ladino vendo o mesmo ainda perdido. Iria demorar um pouco para ele acordar para a realidade, mas não tinha problema, San tinha todo o tempo do mundo para ele. —Vou fazer um chá, ok? Tire essa roupa e se troque, é só pegar alguma roupa no meu closet.


Wooyoung já estava mais alerta e sentia o efeito do conhaque sumir aos poucos, seu coração estava acelerado tanto pelo susto quanto pela proximidade entre eles.


Assim que San saiu do banheiro e fechou a porta pôde relaxar. Seu corpo tremia de frio enquanto tirava as roupas molhadas e colocava no cesto de roupa suja. Tomou um banho quente e apenas enrolado em uma toalha foi até o closet para pegar uma roupa.


—O chá está —San entrou no quarto e arregalou os olhos ao vê-lo seminu. Logo virou as costas e saiu do quarto fechando a porta. —Me perdoa!


Wooyoung riu achando graça por aquilo e logo terminou de se vestir. As roupas do maior ficavam um pouco grandes no seu corpo, mas achou muito bom aquilo, ao menos eram quentinhas e tinham seu cheiro inconfundível de coco.


—O chá ainda está quente, cuidado para não se queimar. —Sorriu não o olhando diretamente e logo se virando enquanto cuidava da comida no fogo. —Não sabia se você estava com fome, então estou preparando algo. Aliás, assim que quiser ir pra casa me avise, assim te dou uma carona até o bar para que você pegue seu carro. —Wooyoung se sentou na mesa e observou cada passo do maior. —Aliás, está com dor de cabeça? Tenho remédio na prateleira em cima da geladeira, calma irei pegar.


Se afastou do fogão e caminhou até a prateleira, Wooyoung levantou-se e caminhou lentamente até o mesmo, logo o abraçando por trás. San paralisou e piscou diversas vezes para poder entender o que estava acontecendo. O coração de ambos estava acelerado pelo contato físico. 


—Eu sei que não devia estar falando isso, mas você realmente precisa escolher. —Suspirou colando sua bochecha nas costas do maior. —Não podemos continuar assim. Sei que provavelmente você irá escolher a Sana e seu filho, mas olha… não tenha medo de me dizer essas palavras, você acaba bagunçando tudo com sua incerteza. Não podemos esperar mais, eu e a Sana precisamos de uma resposta.


San ficou em silêncio por um momento e então virou-se para abraçar o menor com toda força que podia. Estava confuso, mas sabia que Wooyoung tinha razão. Ele só não espera ter que escolher assim.


Sana estava na porta ouvindo tudo, ela sabia a senha e então tinha entrado para saber o que estava acontecendo. Seu coração estava dolorido por já saber a resposta do noivo. Fechou os olhos por alguns segundos antes de sorrir e acariciar sua barriga e então virar e ir pra casa. 


San suspirou deixando um beijo na testa do médico e sorriu fraco. Ele já sabia a resposta, era o que seu coração queria. Mas ele não queria acreditar que era assim que acabaria no fim das contas.



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