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História Le Beau Monde - Capítulo 5


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Boa leitura ^-^

Capítulo 5 - Capítulo 5


Quando Lexa acordou na manhã seguinte, sua casa estava completamente vazia. Octavia havia indo embora e seus Pais estavam em Nova York. Anya estava no trabalho e só Deus sabe onde Lincoln foi parar.

Normalmente, Lexa iria apreciar o silêncio, a falta de pessoas na casa que minimizava as chances que ela tinha de andar por ai e se embarrar em alguém, mas agora ela tinha a perspectiva da chegada de Clarke, dos lábios da loira nela novamente e o seu corpo pressionado no dela, deixando Lexa incapaz de respirar. A morena desejava que alguém de sua família estivesse lá como um tipo de distração.

Ela saiu da cama, tentando não acordar Aurora que estava deitada lá ainda e caminhou com as pernas trêmulas até o banheiro. Ela abriu o armário e pegou seus remédios, os dois fracos de comprimidos e engoliu a seco cada pílula, apoiando suas mãos na pia, seus dedos estavam brancos com a força que a morena fazia.

Isso não era um grande negócio, Clarke tinha dito que não se arrependia do beijo. Mas agora, Lexa não tinha certeza do que queria que Clarke dissesse. Por um lado, ela queria que a loira acabasse com tudo, dizendo que era ridículo se isso fosse algo mais que um beijo fugaz. E Lexa não queria ter um caso. Mas por outro lado, Lexa queria ver aonde isso iria levar, ela queria Clarke, elas tiveram apenas má sorte de se conheceram nessas circunstâncias.

Lexa sorriu quando sentiu algo encostar em seu joelho, abrindo os olhos ela viu Aurora olhando para ela, com a cabeça inclinada para o lado de forma curiosa.

- Vamos lá, vou te alimentar e te deixar um pouco no quintal.

Aurora deu meia volta e saiu do banheiro, ela avançou para a cozinha seguida por Lexa, parando de forma paciente em sua tigela de comida. Aurora devorou sua comida em poucos minutos, dando a Lexa uma rápida olhada antes de correr para fora.

Lexa podia sentir as pílulas desenrolando a ansiedade e tensão que ela estava sentindo enquanto ela estava no quintal com Aurora. Sempre acontecia essas coisas quando ela tomava suas pílulas e estava sozinha. A morena levou um susto quando sentiu braços envolvendo sua cintura, ela tentou se afastar de quem quer que fosse, mas a pessoa segurou ela com firmeza. Ela só relaxou quando Clarke sussurrou em seu ouvido. – Sou eu. Sua empregada me deixou entrar.

Lexa sorriu, piscando os olhos algumas vezes para tirar sua mente do pequeno atordoamento que ela estava antes de se virar para Clarke.

- Você está bem? – Clarke perguntou, seus olhos estavam piscando em volta do rosto de Lexa enquanto ela levou suas mãos para tirar algumas mechas de cabelo do rosto da morena, seus dedos roçaram suavemente nas têmporas de Lexa. – Você parece estressada, aconteceu alguma coisa?

- Não, não. Eu estou bem.

- O seu rosto diz outra coisa – Clarke brincou e os lábios de Lexa se abriram em um sorriso. – Tem certeza que não aconteceu nada?

- Não, eu só estava com um pouco de medo.

- Do que? – Clarke franziu as sobrancelhas em preocupação quando Lexa olhou de volta para ela.

- Nada – Lexa respondeu, mais por hábito do que qualquer outra coisa, mas ela suspirou quando Clarke arqueou as sobrancelhas para ela, com seus dedos arrastando ao lado do pescoço de Lexa. – Eu acho que... é isso sabe, eu não tenho certeza do que eu quero que você diga para mim.

- O que você quer dizer com isso? – Clarke parecia ter ficado um pouco insegura e deu um passo para trás. As mãos de Lexa coçaram para chegar até ela e puxar a loira para mais perto, dizendo que ela não quis dizer nada de ruim, mas ela não o fez.

- Seria mais fácil se você tivesse me dito que foi um erro. Que o beijo não significou nada para você e que você não quer isso.

- É isso que você quer que eu diga?

- Seria verdade?

Clarke riu disso, se abaixando para pegar uma bola de Aurora que tinha perto delas e jogando para outro lugar antes de chegar mais perto de Lexa, deslizando suas mãos sobre seus quadris. – Nem um pouco – Ela sussurrou.

Lexa sorriu para isso, suas mãos foram até as bochechas de Clarke.

- Posso beijar você? – Clarke sussurrou. – Eu achei melhor te perguntar dessa vez, eu não te dei muita escolha na noite passada.

Lexa balançou a cabeça, se preparando para este beijo. Dessa vez ela estava preparada o suficiente para beijar Clarke corretamente, ao contrário da noite passada quando seu cérebro só assimilou o que estava acontecendo quando Clarke se afastou dela.

O beijo foi calmo, dando tempo suficiente para cada uma delas explorarem a boca uma da outra e sentir os suaves toques de suas línguas juntas. Mas dessa vez foi Lexa que interrompeu o beijo, inclinando a cabeça para baixo e abrindo um pouco de espaço entre seus rostos.

- O quê? – Clarke sussurrou e de forma suave ela esfregou seu nariz contra Lexa, o que acabou sendo estranhamente relaxante.

- Eu também tinha medo disso acontecer.

Clarke parecia entender o que ela queria dizer, porque ela balançou a cabeça e levantou sua mão, colocando seus dedos para inclinar a parte inferior do queixo de Lexa gentilmente, guiando o rosto dela para olhar a loira. – O que te dar mais medo? De que isso aconteça ou de que não aconteça?

- De que não aconteça – Lexa respondeu com honestidade, porque mesmo que ela estivesse morrendo de medo que seu Pai descobrisse e sua possível surra aterrorize ela imensamente. Isso não era nada comparada com a ideia de não Beijar Clarke, não conseguir ver a loira de alguma forma acabou sendo pior.

- Você tem certeza? – Clarke perguntou, seu rosto ficou repentinamente sério. – Porque eu não quero que você se machuque, Lex.

- Ele descobrindo ou não, não importa. Sempre vai ter outra coisa para usar como motivo de fazer o que ele faz. – Lexa admitiu. – E se ele for fazer, eu prefiro que faça por algo que tenha tido valor para mim, em vez de algo que nem iria fazer sentido.

Clarke pareceu ficar um pouco angustiada com essa revelação, como se ela quisesse fazer alguma coisa, mas não sabia exatamente o quê. E nem a própria Lexa sabia, ela não sabia o que fazer, ela não sabia se havia alguma coisa que podia ser feita, ela não sabia como seus irmãos lidavam com ele, se havia algo a ser feito nessa altura, eles já teriam feito.

- Não há nada que você possa fazer.

- Tem que ter – Clarke salientou.

- Não tem, não agora.

- Um dia ele vai ir longe demais – Clarke apontou. – Sua raiva pode extravasar.

Lexa tentou desviar o olhar para aquelas palavras, mas Clarke pressionou seu polegar contra sua mandíbula, mergulhando sua cabeça para manter contato visual.

- Eu não quero acordar e ler que você está morta, Lexa.

Havia uma sensação de peso e dor na voz de Clarke, isso fez Lexa engolir um nó na garganta. – Não é tão ruim assim.

- Agora. Mas pode ficar pior.

- Não vai.

- Como você pode saber disso?

- Porque isso acontece por anos, ok? – Lexa estalou. – Ele é metódico. Sempre sabe o que está fazendo. Ele... – A respiração de Lexa saiu como uma pequena lufada, como se alguém tivesse dado um soco em seu peito e ela soltou a respiração com força. Ela sabia o que era isso, era um dos seus sinais de alerta de um ataque de pânico. – Ele não faria isso. Ele não é tão estúpido, ele sempre sabe quando deve parar, assim as outras pessoas não iram ver.

- Ok – Clarke usou seu polegar para acariciar a pele da mandíbula de Lexa. Ela parecia tão em pânico quanto Lexa, ainda mais sabendo que ela realmente não podia ajudar. Quando a loira percebeu que sua carícia não estava ajudando, ela puxou rapidamente Lexa para mais perto, dando um rápido beijo em seus lábios e voltando para trás, para poder avaliar a reação da morena. Quando Lexa não reage e sua respiração começa a ficar mais pesada, se tornando mais difícil. Clarke começou a plantar beijos persistentes no lábio da morena, vários e vários até Lexa começar a relaxar. – Sinto muito, eu não deveria ter tocado no assunto.

Lexa apenas balançou a cabeça e deslizou seus braços ao redor da cintura de Clarke, seus dedos de enrolaram na parte de trás da camisa da loira quando ela enterrou seu rosto no seu ombro.

- Eu só... – Clarke parou por um segundo, envolvendo seus braços em volta dos ombros de Lexa enquanto ela deu um beijo ao lado de sua cabeça. – Eu quero cuidar de você.

Apesar de tudo, Lexa sentiu um sorriso se forma em seus lábios. – Você não tem que fazer isso.

- Mas eu quero.

O sorriso de Lexa se alargou quando ela se afastou. – Nós vamos para o Canadá, no final de semana. Octavia nos convidou para sua Cabana no lago.

- Nós? Tipo, você e eu?

Lexa balançou a cabeça. – E Raven. O que você acha disso?

- É um refúgio romântico, com neve... fogueira... no Canadá? – Clarke sorriu de forma provocante para Lexa, balançando a morena suavemente para os lados.

- Isso e muito mais.

- Ficar abraçada com você na frente de uma lareira? Usando o frio como uma desculpa para poder te tocar o tempo todo? – O sorriso de Clarke ficava maior e suas mãos estavam se movendo para o pescoço de Lexa, seus dedos se apertaram juntos na parte de trás do seu pescoço. – Conte comigo.

- O que você vai dizer para ele?

- Você pode dizer o nome dele, sabia? Não como aquela lenda do Blood Mary ou o Voldemort, ele não vai aparecer se você disser o nome dele. – Clarke riu quando Lexa apertou seus lábios em forma de desgosto. – E eu vou apenas dizer que vou estar saindo com Raven.

- Ok. Octavia queria sair hoje também. Eu acho que ela quer apenas assistir alguns filmes.

- Que tal começar sem elas? Talvez possamos reviver a noite passada.

- É isso que você quer não é? – Lexa arqueou as sobrancelhas e Clarke assentiu com um sorriso nos lábios. – Vamos então.

Lexa entrou na casa e assobiou para Aurora seguir ela.

Elas acabaram na sala de cinema, ambas enroladas juntas em um grande pufe, enquanto Jurassic World passava na tela e Aurora mastigava um de seus brinquedos. Nenhuma delas estava realmente prestando atenção no filme, elas estavam ocupadas demais se agarrando uma na outra, Clarke tinha acabado de sussurrar algo contra o pescoço de Lexa, mordendo a pele lá quando Octavia e Raven chegaram.

- Vocês querem que a gente saia? – Octavia perguntou com a sobrancelha levantada.

- Sim – Lexa disse como um resmungo e Clarke disse um – Não – abafado no pescoço da morena antes de tirar sua cabeça de lá.

Octavia sorriu para Lexa enquanto puxava Raven até um dos outros pufes livres. – Lexa te pediu para vir com a gente para o Canadá? – Octavia perguntou, se sentando no pufe, seguida por Raven, que ficou em cima da metade de seu corpo.

- Octavia me prometeu patinação no gelo e muito romance. – Raven comentou. – Apesar de não saber patinar, mas eu estou completamente dentro.

- Eu vou te ensinar a patinar – Octavia disse, acariciando o braço de Raven. – Então, você vem? Ou Lexa vai ter que ser a vela dessa viagem?

Lexa olhou para Octavia, laçando um olhar de morte para a menina, que apenas sorria de forma presunçosa para ela.

- Sim, eu vou. – Clarke assegurou, passando a mão sobre a perna da morena e dando um pequeno aperto em sua coxa. – Mas eu também não sei patinar no gelo.

- Eu te ensino – Lexa disse, mordiscando a orelha da loira. – Octavia e eu costumávamos a ir nessa Cabana todo o inverno.

- Lexa poderia facilmente ter se tornando uma jogadora de hóquei de gelo de tão boa que ela era. – Octavia disse, batendo na perna de Raven quando ela apontou para a loira. – Na verdade, ela sempre acabava comigo e nossos amigos nesses jogos de hóquei.

- Por que você não joga hóquei? – Clarke perguntou, inclinando a cabeça para trás, contra o ombro de Lexa.

- É um esporte violento, em algumas ocasiões especificas, eu realmente não podia lidar com esse tipo de brutalidade.

Raven cantarolou e Octavia assentiu, mas as sobrancelhas de Clarke franziram naquele momento. Lexa deu um simples sorriso e sussurrou. – Está tudo bem – Antes de se inclinar para beijar os lábios da loira por alguns segundos.

- O avião vai estar pronto para levar a gente às quatro horas na sexta.

- Vai ser tarde da noite quando a gente chegar – Lexa sussurrou.

- Qual o problema?

- É um pouco assustador, onde a Cabana fica. – Lexa explicou. – Quer dizer, se algo acontecer, eu iria sobreviver... Mas você é uma linda loira e elas nunca têm um final feliz nos filmes de terror.

- E elas duas? – Clarke apontou com a cabeça para Octavia e Raven, que agora estavam ignorando completamente Clarke e Lexa e sussurrando coisas uma para outra. Coisas que Lexa provavelmente não queria saber do que se tratava. – Loiras não se dão bem e nem casais cheios de tesão.

- Parece que eu vou mesmo ser a única sobrevivente – Lexa suspirou de forma dramática. – Zeus, é tão difícil ser durona.

Clarke assentiu com a cabeça, um olhar de simpatia aparecendo em seu rosto. – Mas isso também significa que você vai ser presa por nossos assassinatos.

- Isso não seria justo, eu não cometi eles.

- Ou será que você cometeu? – Clarke arqueou as sobrancelhas dramaticamente e Lexa engasgou com um choque simulado.

- Uma reviravolta na história.

Clarke sorriu e deixou sua cabeça sair de volta contra o ombro da morena, seus olhos piscando para o filme que a muito tempo já foi esquecido. Lexa passou seus dedos para cima e para baixo das costas da loira enquanto elas viam o filme.

Três filmes depois, Raven e Octavia finalmente dão a elas o que ambas mais queriam, o tchau. Elas se despediram rapidamente e saíram.

- Honestamente, elas parecem duas adolescentes na puberdade.

- Tecnicamente, Octavia ainda é uma adolescente na puberdade – Lexa afirmou, deixando sua cabeça cair para o pufe atrás dela. – O que você vai fazer no Natal?

- Nada. Eu costumo ir para onde o Jeff vai.

- Você não passa na casa da sua mãe ou algo do tipo?

- Naah, minha mãe realmente não quer mais falar comigo.

Lexa franziu a testa, virando sua cabeça para o lado, movendo seus olhos para Clarke. – Por que não?

- Ela tem vergonha de mim... Do que eu me transformei. – Clarke deu de ombros quando seus olhos encontraram os de Lexa. – Honestamente, eu não posso culpar ela. Antes dela ter ficado doente, eu tinha metas, mesmo trabalhando na Disney, eu sabia que queria fazer algo a mais de mim mesma. Eu pensei que seria mais forte que isso.

- Como assim?

- Eu pensei que era mais forte, mas segura de mim mesmo. E não acabar me tornando uma esposa troféu de alguém.

- Por que você ainda está com ele? Se sua mãe está melhor não tem nenhum motivo para continuar com isso.

- Desde muito jovem, eu sabia que tínhamos problemas. Às vezes, meus Pais não poderiam se dar ao luxo de comer, eu ia para a escola com roupas velhas e rasgadas. Eu acho que simplesmente não gostava de ter que me preocupar com meu salário, ou de onde minha próxima refeição iria vir. Sei que soa estúpido para você.

- Não, não.. Eu entendendo. Bom, quer dizer, eu nunca cheguei a me preocupar com dinheiro, mas entendo, você não queria sair dessa bola de segurança que você tinha entrado. – Lexa assegurou, deslizando seus dedos entre os de Clarke e dando um pequeno aperto na mão da loira. – Mas eu não acho que você é fraca.

- É só... – Clarke suspirou, dando um beijo no ombro coberto de Lexa. – Depois de ver meus Pais brigando e gritando tantas vezes uns com os outros, dizendo que eles se odiavam e essas coisas. Isso me fez crer que o amor era uma coisa criada pela Disney.

- Você não pode basear sua visão de amor em um único relacionamento, Clarke.

- Eu não estou. Todo casal que eu já conheci, brigavam, se prejudicavam, se evitavam constantemente e até tentavam coisas um contra o outro. – Clarke argumentou. – Se isso é amor, eu não quero amar.

Lexa observou Clarke com cuidado, suas sobrancelhas estavam franzidas para cada palavra que a Loira dizia. Ela acabou decidindo não discutir com Clarke sobre isso, em vez disso, ela se inclinou um pouco para mais perto e roçou seu nariz na bochecha da Loira. – Eu acho – Lexa começou, observando os cílios de Clarke que vibravam a medida que seus lábios chegavam mais perto. – O amor é uma coisa rara, uma coisa que nem todo mundo tem, mas quando acham, a pessoa sabe. Eu acho que o amor é conhecer alguém, conhecer de verdade sabe? Suas fraquezas, se a pessoa fala em quanto dorme ou se tem hábitos irritantes que você vai estar aprendendo a amar, apesar de tudo e todas as diferenças. Eu acho que quando você estiver olhando para alguém e se sentir como se você não pudesse respirar mais, mesmo respirando, essa vai ser a melhor versão de você. Pra mim, o amor é uma força indomável e quando você tenta controlar, ele destrói você.

Clarke olhou para Lexa com os olhos suave enquanto a morena falava, um sorriso tinha aparecido em seus lábios assim que ela terminou. – Isso seria lindo, se fosse verdade.

- Talvez um dia você possa acreditar – Lexa sussurrou, inclinando o queixo para frente para poder Beijar Clarke, sugando o lábio superior da loira e pressionando seu corpo contra o dela.

Clarke correspondeu o beijo de imediato, suas mãos deslizando nos cabelos de Lexa, se separando rapidamente apenas para perguntar à morena quando seus Pais estariam de volta.

- Hoje à noite – Lexa disse ofegante, agarrando a camisa da loira para poder puxa-la para ela de novo.

- E seus irmãos?

- Anya está no trabalho e eu não faço ideia de onde Lincoln está. – Lexa respondeu, encarando a loira e pressionando sua mão contra o estômago de Clarke.

- Quarto?

Lexa estava concordando com a pergunta da Loira antes mesmo dela ter sido registrada na sua mente. – Sim, sim, quarto.

Clarke foi para frente do pufe, suas mãos estavam na bunda de Lexa para impedir a morena de se afastar, ela inclinou a cabeça para bicar Lexa nos lábios antes de levar sua boca para o pescoço da morena.

- Sem marcas visíveis – Lexa disse em um gemido, inclinando a cabeça para o lado.

- Sim senhora – Clarke disse em um som abafado, levantando Lexa um pouco para jogar a morena completamente no pufe. Clarke começou a beija-la lentamente, sua língua deslizava pelos lábios de Lexa enquanto ela começava a desabotoar sua própria camisa.

Lexa pareceu ficar um pouco surpresa quando ela se afastou e Clarke estava sem nada, aparentemente a loira não se importou em usar um sutiã para essa visita, sua boca estava aberta e seu peito subia e descia com sua respiração pesada, seus olhos estavam passando por cada pedaço da pele exposta da Loira, seus seios fartos, sua barriga chapada. – Uau – Lexa disse em uma respiração, suas mãos subiram lentamente e tocou de forma suave o estômago de Clarke. Não era como se ela não tivesse visto ele antes, ela já tinha visto Clarke em um biquíni, mas isso era diferente, na festa Clarke estava desfilando para todos e agora, era tudo para Lexa. – Você é tão linda.

Clarke estampava uma expressão de surpresa quando Lexa olhou para ela. A ideia de que Clarke não sabia ou não ouvia em uma base diária o quão bonita ela era, parecia super errado para Lexa. – Tão – Lexa sussurrou, se sentando e beijando a garganta de Clarke – linda – Ela declarou na pele da Loira, dando um beijo suave de lá até os lábios de Clarke.

Clarke arfou, agarrando a camisa de Lexa. – Às vezes você me deixa louca,

- Eu acho isso uma coisa boa – Lexa sorriu, levando suas mãos para se espalhar nas costelas nuas de Clarke, seu polegar e indicador apertando o mamilo nu da Loira. – Te deixar assim é bom.

Clarke cantarolou, soltando um suspiro com seu nariz pressionado no rosto de Lexa enquanto elas se beijavam. Suas mãos deslizaram para baixo da morena, até chegar no Short de pijama que ela usava, seus dedos se enrolaram no tecido. - Posso? – Ela respirou contra a orelha da morena, pegando seu lóbulo entre os dentes. Um pequeno suspirou escapou dos lábios de Lexa enquanto ela balança a cabeça positivamente, arqueando seus quadris para dar mais acesso a Clarke.

Clarke deslizou lentamente o Short da morena pelas suas pernas, retirando eles e jogando para longe. Clarke pairou entre as coxas de Lexa, um de suas mão estavam se apoiando no pufe, ao lado da cabeça morena e a outra acariciava suavemente em volta da sua cintura. – Você tem certeza disso, não é? – Clarke sussurrou, tocando a ponta do seu nariz no lábio superior de Lexa. – Tipo, você já fez isso antes?

- Sim, Clarke. Essa não é a minha primeira vez.

Clarke balançou a cabeça, deslizando sua mão até a coxa de Lexa e subindo lentamente ao longo de seu quadril. Mas quando ela tentou levantar a camisa da morena, Lexa rapidamente interrompeu a Loira.

- Eu fiz alguma coisa errada? Você quer que eu pare?

- Não, você não fez nada. Eu só não quero tirar minha blusa.

- Ok – Clarke concordou com a voz suave, bicando Lexa nos lábios antes de ir mais ao sul, arrastando seus lábios através da pele suave da morena, indo até o vale dos Seios de Lexa e seguindo para seu estômago, seus dedos fantasmas estavam nas costas da morena e aí ela entendeu o motivo de Lexa não querer que ela tirasse sua blusa. Ela podia sentir as razões, alguns pequenos inchaços e cicatrizes nas costas de Lexa. – Mas só para registrar, você também é linda – Clarke comentou, olhando para Lexa quando ela se agachou entre as pernas da morena, colocando uma delas por cima do seu ombro, quase sorrindo para o olhar que estava no rosto da morena. – Com cicatriz e tudo.

Lexa parecia querer dizer alguma coisa, mas antes que ela pudesse, Clarke pressionou a boca na pele macia da parte interna da sua coxa, dando algumas leves mordidas em forma de provocação, antes de sugar a pele, deixando uma marca para coincidir com as que ela tinha deixado no estômago e clavícula da morena.

--

Elas realmente nunca chegaram no quarto de Lexa e ela sentia horrível por profanar a sala de cinema que fazia parte da sua infância e a de seus irmãos. Mas esse sentimento rapidamente foi afastado quando Clarke beijou sua testa e puxou ela para mais perto.

Lexa se derreteu contra ela, sua cabeça estava pressionada contra o peito que ainda arfava da Loira.

- É uma pena a gente nunca ter chegado ao seu quarto – Clarke respirou calmamente, como se quando ela elevasse sua voz, a pequena bolha pós-sexo que elas estavam, iria estourar. – Eu queria experimentar aquela sua poltrona de sexo que balança.

- Não é uma poltrona de sexo – Lexa argumentou sem entusiasmo.

- Tem certeza? Eu vi uma igualzinha a essa em uma masmorra de Sexo.

- Você já foi em uma masmorra de Sexo? – Lexa levantou as sobrancelhas, inclinando a cabeça para trás para poder olhar a loira.

- Sim, com Raven.

- Ok, eu não quero saber.

- A gente não fez nada lá – Clarke riu, tocando suavemente a pele nas costas de Lexa, testando os limites da morena. Quando Lexa não pediu para ela parar, Clarke espalmou os dedos, pressionando a palma da sua mão contra a espinha de Lexa. – Nós estávamos em Amsterdã e Raven decidiu arrastar Miller e eu, para algo que ela pensou ser um restaurante peculiar.

- Sério? – Lexa riu, com sua mão aberta contra o peito de Clarke.

- Mm – Clarke cantarolou. – Imagine nossa surpresa quando a gente viu todas aquelas correntes e chicotes, todos os brinquedos diferentes. Eu nunca tinha visto Miller corar tanto quanto naquele dia, seu rosto era como um carro de bombeiros.

- O que você fez?

- Eu queria sair, mas tinha uma parte de mim curiosa com tudo aquilo. Então ficamos um tempo.

- Que horas são? – Lexa perguntou, pressionando o ouvido contra o peito da Loira.

Clarke sentiu algo em torno dela e se virou para sua calça jeans, pegando seu celular do bolso. – Sete.

Lexa suspirou, escondendo seu rosto contra o peito de Clarke. – Meus Pais devem chegar em breve.

- Eu deveria ir? – Clarke perguntou, dando um beijo na testa de Lexa.

- Desculpe por isso. Eu não queria te expulsar, especialmente depois de tudo que aconteceu, mas...-

- Tá tudo bem, Lex. Eu entendo – Clarke assegurou, colocando a mão no pescoço de Lexa, orientando a morena a olhar para ela. – Eu não tenho certeza se vou ser capaz de te ver na Sexta, então eu podia vim para cá e dai iríamos para o aeroporto juntas, seria ok para você?

- É... é melhor você ir com Raven, para o aeroporto. – Lexa disse. – Às vezes os paparazzo ficam em volta do aeroporto, sabe?

- Sim, eu entendo – Clarke bicou Lexa nos lábios antes de levantar do pufe, deixando Lexa cair onde ela estava deitada. Lexa observou a Loira vestindo sua camisa antes de se abaixar para pegar sua calcinha e calça.

- O quê? – Clarke questionou, pegando a atenção dos olhos de Lexa que estavam em suas pernas e agora estavam olhando para seu rosto. Ela sorriu com o olhar de espanto no rosto da morena, como se ela não pudesse acreditar que isso realmente estava acontecendo.

- Nada – Lexa deu de ombros, vestindo sua blusa e saindo do pufe à procura de suas outras peças de roupa. Lexa levou Clarke até a garagem, assim que ambas estavam suficientemente vestidas. Ela parou ao lado do carro da Loira. – Carro legal – Lexa comentou com um aceno de aprovação.

- Obrigada – Clarke cantarolou, olhando em volta da garagem enquanto se encostava no capô do seu carro. – Qual desses é o seu?

-  O Porshe – Lexa virou a cabeça em direção ao carro preto.

- Qual é esse modelo?

- 918 spyder – Lexa respondeu, envolvendo os braços em volta do pescoço de Clarke, se empurrando contra a loira. – Foi um presente de Natal, eu queria o Mulsanne, mas acabei com isso.

Clarke engasgou, circulando seus braços ao redor da cintura de Lexa. – Tadinha.

- Me deixe – Lexa bufou, plantando um beijo rápido nos lábios de Clarke. – Me manda uma mensagem quando você chegar em casa?

Clarke assentiu, inclinando para Beija Lexa novamente, um beijo lento e profundo, perseguindo os lábios da morena quando Lexa começou a se afastar.

- Calma ai – Lexa disse com uma risada, quando ela finalmente conseguiu fugir dos lábios da loira. – Se você continuar com isso eu não vou ser capaz de te deixar ir.

- Eu gostaria muito disso. – Clarke suspirou, bicando os lábios de Lexa antes de deixar a morena dar um passo para trás. – Mas eu vou te ver Sexta Feira.

- Mal posso esperar. – Lexa sorriu, indo para seu carro e pegando o controle para abrir o portão da garagem. Lexa esperou o carro de Clarke desaparecer na curva antes de fechar o portão novamente.

- Então, o que você tem feito hoje? – Lincoln perguntou assim que ela entrou na cozinha, o sorriso no rosto dele dizia a Lexa que ele sabia exatamente o que ela estava fazendo.

- Cara, cala a boca.

Lincoln levantou as mãos em forma de defesa, apunhalando o garfo nas massas que haviam em seu prato. – Eu só quero que você tenha cuidado.

- Eu vou ter – Lexa assegurou, pegando o garfo e dando uma mordida na massa antes de se virar de volta para seu irmão. – Eu tenho trabalhos a fazer.

- Você quer que eu peça uma pizza?

- Sim.

Lexa se sentia como se estivesse em um momento de puro êxtase, nem mesmo a volta de seus Pais iria amortecer o seu humor.

Bom, pelo menos não até ela estar sentada na mesa tomando café da manhã no dia seguinte. A nuvem escura que perseguia ela, reapareceu.

- Eu quero te perguntar uma coisa.

Lexa olhou para seu Pai quando ele se sentou na frente dela, sua boca estava aberta e sua colher cheia de cereal estava a caminho dela.

- Você vai comer ou não, Lexa?

Lexa rapidamente fechou sua boca e colocou a colher de volta em sua tigela. – O que foi, Pai?

- Você sabe que eu e o Jeff estamos em um negócio juntos, isso significa que ele vai passar muito tempo ao nosso redor e por extensão, Clarke.

- Ok? – Lexa pergunta cuidadosamente, tentando avaliar se seu Pai sabia de algo incriminador.

- Eu só quero ter certeza se eu vou poder confiar em você. Naquela noite que eu vi você e ela, o que era aquilo?

- Nada, Pai. Ela é casada, eu nunca iria sequer me entreter da ideia de estar com alguém que tem um compromisso. – Lexa mentiu e seu Pai a olhou desconfiado.

Lexa sentia seu coração começar a bater rápido demais em seu peito e ela esperou por seu Pai decidir se acreditava ou não nela. Finalmente ele balançou a cabeça, satisfeito com o que ela tinha dito.

- Otimo. Eu odiaria que esse negócio desse errado porque você não pôde se comportar. – O veneno em sua voz, quando ele disse ‘’Você’’ fez Lexa recuar fisicamente. – Outra coisa, sua mãe e eu estaremos em uma reunião, mas vamos estar de volta para o jantar. Espero que você e seus irmãos estejam lá, entendeu? Tem um tempo que não temos um jantar em família. – Eu queria saber o porquê, Lexa pensou e fez uma careta para si mesma, ela não se atreveria a dizer isso em voz alta.

- Vou avisar a eles no meu caminho para a Faculdade.

- É melhor. Você será a única responsável se um deles não aparecer.

Lexa assentiu, seus olhos caíram para seu cereal assim que seu Pai se levantou e saiu. Quando ela ouviu a porta se fechar, ela se sentiu como se pudesse voltar a respirar. Essa não era uma maneira saudável de viver sua vida. Lexa empurrou sua tigela para longe dela, o embrulho em seu estômago tornava o pensamento de comer qualquer coisa, insuportável.

Depois de alguns minutos tentando acalmar o seu batimento cardíaco, Lexa se levantou, pegou sua bolsa no chão e as chaves do carro.

Ela estava cansada e tentou se concentrar no fato que ela estaria indo para o Canadá daqui a cinco dias, deixando para trás essa casa deprimente e seus Pais horríveis, bom, pelo menos durante o fim de semana. Ela tentou usar isso para diminuir sua ansiedade, mas logo em seguida, ela se lembrou que tinha o jantar de hoje à noite, e por suas experiências do passado, ele nunca acaba bem.

 


Notas Finais


Não é fácil ser a Lex não =\\\
desculpem os erros.


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