História League of Legends- A lenda de Lucian - Partindo para Demacia Antiga.

  Lucian engolia sua saliva a seco, vestia trajes escuros e bem grossos para aguentar os ventos fortes do Norte. Volibear, que usava a Armadura Rúnica (skin), respirava fortemente, não sentia frio mesmo sem aquela roupa, o mesmo falou:

–Durante 4 dias ficamos aqui, 4 dias perdemos, 4 dias você adiou seu destino. Mas, eu pergunto, está preparado para continuar sua trajetória?

–Eu chorei, eu fiquei depressivo, odiei meu destino, perdi aqueles que admirava e mudei durante 4 dias. Eu não sou mais o garotinho que chorava por aqueles que morreram.

–E quem você é agora? –Interrompeu Voli aquele discurso inspirador.

–Eu sou aquele que vinga os que morreram pela paz. Eu sou Lucian, o abençoado.

  Volibear, que estava de quatro patas no chão, se pôs de pé e rugiu falando:

–Então não temos mais nada que nos prenda aqui. Vamos, temos que anunciar nossa partida para o líder do bando dos ursos polares.

–Certo. –Disse o rapaz sério, pegando sua arma que estava em cima da cama.

  Santieif, estava onde sempre esteve, no trono do castelo branco, a fortaleza dos ursos polares do Norte. Lucian e Volibear se puseram de joelhos na presença do soberano, o mesmo disse:

–Lucian, último abençoado, filho do sol e das águas puras, sabes que tem uma missão para cumprir, derrotar os de Noxus e trazer paz para o mundo de Summer’s. Está disposto a concluir sua missão? –Disse Santieif com sua armadura magnifica.

–Dias atrás, estava em paz, eu e os abençoados, não causávamos mal a ninguém. Mas, quando nos atacaram e mataram meu povo, eu jurei que me vingaria, que não deixaria aquele que causou tudo aquilo, vivo. Eu sou o último abençoado, sou aquele que irá trazer paz.

–E que as luzes do trovão o mostre o caminho para o que todos desejam. –Disse Santieif referenciando com sua cabeça, Lucian fez o mesmo. E prosseguindo, se direcionando para Voli, falou: –Urso, urso que tem as Garras do Trovão, a habilidade mais fatal de todos do Norte, mas ainda não entendo o que fazes em minha presença. Então, o pergunto, o que queres?

–Senhor, rei dos ursos e do Norte, o rugido dos rugidos, o mais forte e sábio de todos, o servi por muitos anos, sempre lutando em teu nome e em nome de nosso povo, por isso, não quero que me ache ingrato. Eu, Volibear, o rugido do trovão, peço-lhe a permissão de partir ao lado do profetizador. –Disse Voli cabisbaixo ajoelhado ao lado de Lucian que se surpreendeu com o pedido do urso.

  Logo cochichos foram ouvidos de todos os cantos, como os ventos frios que batem na pele a noite. Santieif olhou para todos e rugiu com uma cara tão séria como daqueles que traem, mas não era caso de Volibear. O mesmo disse:

–Há quatro dias eu, Santieif, o rei do Norte de Demacia, pus minha pata real na runa da pata do urso para lhe dar algo lendário, que nenhum urso jamais terá. E me vem me pedir para sair de sua casa, de meu reino, para se juntar ao garoto?! –Exclamou o urso em voz alta e grossa.

  Volibear foi intimidado, temia dizer palavras sem pensar, e como nenhuma venho, ficou em silencio, ouvido o som do vento no ambiente fechado. Mas, vendo-se errado, falou:

–Desculpe-me, meu rei, não foi minha intensão deixar meu reino natal, ou trair sua confiança. Apenas seguir o que meu coração dizia.

–Há! Há! Há! –Gargalhou o urso segurando sua pança. –Não tendes nada para se desculpar, foi por isso que dei esse poder, para estar sempre ao lado do profetizador e ajudá-lo a cumprir sua missão. Quero que mostre que os ursos do Norte ainda vivem e que não somos só uma lenda para as crianças de Demacia. Faça isso por mim, por seu povo, por seu reino.

  Volibear se encheu de empolgação tirando assim uma preocupação enorme, mas, para disfarçar, apenas falou, com muita formalidade:

–Obrigado, V.M. Eu não desapontarei o senhor.

–Assim espero, meu guerreiro. –Disse Santieif feliz. –Mas, vejo que estão de bagagem pronta, estavam tão confiantes que iriam partir?

–Sim, Rei dos Ursos. –Disse Lucian tomando a frente. –Está indo para Demacia hoje mesmo, antes que o Sol toque o horizonte, ou que as estrelas e a lua apareçam no alto céu.

–Não está errado o que falas. –Concordou Santieif. –Vejo que amadureceu muito durante esses 4 dias.

–Já estava na hora, não acha? –Disse Lucian com seus olhos amarelos e um sorriso confiante.

–Sim, estava. Pois, bem, que tenham uma boa viagem, e Voli, proteja ele como se fosse sua própria vida.

–Sim, Majestade, eu farei isto.

  Então, se referenciaram com a cabeça e saíram a presença de Santieif, que se sentou no trono enquanto via o abençoado e o urso saírem pelo portão da sala do trono de gelo.

–Agora vamos para Demacia. –Disse Voli, enquanto atravessava a ponte de gelo ao lado do garoto de cabelos mais longos do que antes. –Está animado para ver a capital do Oeste?

–Sempre me imaginei rumando para lá, então sim, estou animado. –Disse Lucian dando um pequeno sorriso. –Para o Sul, para Demacia.