1. Spirit Fanfics >
  2. Learning about love >
  3. Fairy tale

História Learning about love - Fairy tale


Escrita por: sweetcabello

Notas do Autor


Hello xoxo :)
Tentei fazer um capítulo pequeno, mas não consigo sempre me empolgo.
Sexta-feira estou viajando, então se eu não postar até lá eu ficarei um tempo sem atualizar porque na casa da minha avó não terei como fazer isso. Vou fazer o possível para presentear vocês com um capítulo antes de viajar.

Capítulo 44 - Fairy tale


Oficialmente eu estava odiando a Lauren. Lauren estava adorando me irritar. Nunca fui de trabalhar sobre pressão e tinha meia hora que ela estava me irritando com a mesma conversa. Lauren estava sentada na minha cama com a cara emburrada me vendo trocar de roupa incansavelmente.

- Vamos Camila, estamos atrasadas! – repetiu pelo que eu achei ser a quinquagésima vez. Ela estava irritada tanto quanto eu. Eu não aguentava mais ouvir a voz dela e ela não aguentava minha demora.

- Calma amor, essa é a última. – pedi pacientemente mesmo com minha paciência se esgotando.

- Estamos atrasadas Camz. A Ally está me ligando loucamente.

- Lolo tente me entender, eu tenho que está com a roupa ideal. Nunca fui a esses eventos. – Lauren riu.

- Camila isso é uma festa de pijama. Não uma festa de gala! – riu novamente. – Você nunca foi a uma festa de pijamas?

- Já dormi na casa das Guzmans e das meninas algumas vezes, mas não acho que isso conte... E também vamos estar todas juntas... E eu não sei muito o que acontece em festa de pijamas... – confidenciei timidamente.

- As festas de pijamas que eu fui também nunca foram convencionais, sempre tinha álcool e cigarros, então acho que sei o básico.  Pijamas, unhas pra fazer, filmes, pizzas e fofocas. E não sei o porquê dessa demora se no final você vai ficar de pijamas. – mostrou irritada o viso do celular. – A Ally está ligando novamente.

- Quem tanto já está na casa da Mani? – perguntei enquanto trocava de roupa.

- Ally e Normani.

- A Dinah nem chegou e a Ally fica com chatice. – reclamei.

- Eu liguei pra Dawg e pedi pra ela no caminho da casa da Mani passar e alugar os filmes. Coisa que era pra eu fazer a meia hora atrás se a senhorita não ficasse com essa demora toda.

- Não seja chata. – dei língua. – Estou pronta e nem demorou tanto assim. – fiz um giro de trezentos e sessenta graus pra ela ver como eu estava. Quando olhei Lauren estava na porta, apenas me esperando. Bufei por saber que ela não prestou atenção em mim.

No carro liguei em uma estação qualquer. Fazia uma semana que Lauren tinha chegado de Yale. Quase não nos desgrudávamos, principalmente que os estudos para a convenção sei-lá-de-quê de matemática tinha ocorrido, Lauren e Allyson ganharam em primeiro lugar. No quarto cada uma ostentava uma linda medalha e o troféu estava na escola.

- Camila. – Lauren me chamou, tirando-me dos devaneios. Fiz um som nasal para que ela soubesse que estava ouvindo e pudesse prosseguir. – Você sabe que está usando a primeira roupa que você colocou? – corei ao perceber que ela tinha notado.

- É porque... O caso... Engraçado você dizer isso... Eu gostei dela, mas queria saber como ficava outras opções... – disse culpada. Lauren revirou os olhos. – E também queria saber se você estava prestando atenção em mim.

- Camila se você me der cinco minutos de meditação sou capaz de dizer quantas bolinhas vermelhas tem a calcinha e o sutiã que está usando. – Lauren disse divertida, mas sem tirar os olhos do trânsito. A mim coube apenas ruborizar. Bati em seu braço fortemente.

- Amor, nós temos que arrumar um jeito de fazer você parar de me bater. – choramingou.

- Culpa sua que adora ser inconveniente. – reclamei. A rádio tocava “Who says” da Selena Gomez.

- Quem manda ter esse corpo... E eu não sou inconveniente. Sou linda, charmosa, inteligente, elegante, romântica menos inconveniente. – ela disse divertida.

- Esqueceu-se de mencionar a modéstia.

- Temos um ponto de vista interessante, porque se eu disser que sou modesta automaticamente não estarei sendo, já que estarei com a pretensão de passar uma pseudo-simplicidade. – rolei os olhos. – Mas como é você que está me qualificando de modesta posso muito bem aceitar mais essa qualidade.

- Céus o que fiz para merecer uma namorada assim... – disse quando Lauren estacionou o carro em frente à casa da Normani.

- Camz cadê meu beijinho. – Laur disse assim que abri a porta do carro.

- Dinah Jane acabou de estacionar o carro...

- E o que tem... Ela não é a madrinha como você disse. – implicou.

- Claro que não tem problema nenhum. Não é você que ela enche de perguntas e piadas inconvenientes. – bufei e sai do carro. Lauren saiu logo em seguida rindo como criança.

Estávamos todas no quarto da Normani. Normani estava pintando as unhas da Dinah no chão, eu estava na cama da Mani com a cabeça apoiada no colo da Lauren. Ally estava no chão comendo pizza.

- Meninas, eu preciso contar uma novidade. – jogou o lenço sujo em cima da caixa vazia de pizza. – Semana que vem vou passar o final de semana na casa dos avós do Troy. – Ally sorriu como boba. – Troy me convidou!

- Huuum... – dissemos em uníssono deixando Ally corada.

- Troy é um príncipe. – Dinah implicou.

- Sim. Ele é! – Ally suspirou apaixonadamente. – Ele é tão fofo e romântico.

- Allycat, eu fico tão feliz por ter achado alguém tão incrível como o Troy. Vocês são tão perfeito juntos. – eu informei divertidamente.

- Obrigada Mila. Agora só falta você encontrar seu príncipe. – corei com o comentário da Ally.

- Você tem razão Ally. Falta você e a Lauren encontrarem um príncipe. – Dinah debochou. Dei língua pra ela.

- Eu não acredito em conto de fadas! – informei.

- O quê? – Lauren disse exasperada. – Como assim você não acredita em conto de fadas?

- Eu sempre acreditei... Que um dia um príncipe me resgataria, mas hoje acho esse conceito tão falso. Deixei apenas de acreditar em conto de fadas. Perfeição não existe.

- Credo Mila. Sonhar é bom! – Normani comentou.

- Eu acredito! – todas nós olhamos instantaneamente para Lauren.

- O mundo está trocado... E eu achava que a Jauregui não acreditava nessas coisas. – Dinah desabafou, arrancando uma risadinha da Ally.

- Acho que é a única coisa que acredito desde criança... – Lauren começou. – Sei que me perdi nessa busca, mas não é por que me divertia com sapos que não esperava que meu príncipe aparecesse para me salvar da minha própria escuridão. – confidenciou.

- Contos de fadas são falsos... – afirmei. – Desculpa acabar com seus sonhos Lauren, mas não existe o parceiro ideal. Os contos surgiram para criar uma falsa imagem de perfeição...

- Camila falando assim parece a Lauren defendendo seu ceticismo. – Normani explicou. – desculpa Laur, mas às vezes você é assim.

- Você não acredita em finais felizes? – Ally questionou curiosa. Ajeitei-me na cama para que todas pudessem me ver.

- Eu já disse e repito. Contos não existem... O príncipe é lindo, romântico, poético, educado, elegante, charmoso, humilde, corajoso. Mostre-me um homem assim e eu mudo de ideia. Sem falar na bela exterior. Loiro, olhos azuis, pele clara, alto, porte atlético, cabelo liso, traços finos e ele sempre ligado na moda. São padrões consumistas criados para nós mulheres esperarmos esse homem ideal enquanto pessoas mais interessantes passam por nossas vidas despercebidas. – argumentei. As meninas escutavam em silêncio. – A princesa é humilde, boa dona de casa, educada, inteligente, comunicativa, ama animais, adora crianças, boa costureira, tem um preparo físico para fugir, sabe de sobrevivência na floresta e blá, blá, blá. Sem contar que ela é branca, olhos azuis, magra, alta, anda delicadamente, traços finos. Mostre-me uma garota com essas qualidades e que não seja superficial ou arrogante. – olhei pra Ally. – Seu príncipe não faz poesia, ele canta rap Allycat. – virei para Dinah. – Dawg seu príncipe fala de boca cheia e não sabe usar uma espada para te salvar do perigo, mas faz mágicas com uma bola de basquete. – olhei para Normani. – Você e o seu príncipe nunca é só amores. Vocês brigam, batem boca e fazem as pazes. Depois brigam novamente se sempre será assim... Eu aprendi que contos não existem. Você tem que está com quem se ama e não com que é perfeito.

- Meu Deus Camila. – foi a única coisa que Normani disse. Agradeci mentalmente pelo curso de oratória que a Lauren me fez fazer.

- Teoria interessante... – Lauren disse. Todas olhamos pra ela. Será que consegui deixá-la sem resposta? – Argumentos válidos. E quanto ao final feliz? – questionou-me. Não entendi onde ela queria chegar, mas resolvi explicar minha opinião.

- Eu li em algum buraco da internet uma frase que dizia que um livro não acaba no ponto final. A vida sempre tem continuação... Questiono-me o deva tem acontecido com nossas princesas. Trabalharemos no “e se”. – bebi um pouco de refrigerante. – E se Branca de Neve descobriu que seu príncipe era viciado no álcool? E se o príncipe de Rapunzel fosse viciado em jogos? E se Aurora dormiu por cem anos porque seu príncipe a viciou em drogas? O livro termina, mas as histórias se perpetuam. Finais felizes não existem apenas momentos felizes e que nem percebemos quando está acontecendo. Daqui a uns dez anos essa conversa pode ser considerada como um momento feliz dependendo da situação que nos encontramos. Nós seres humanos não somos perceptíveis a felicidade simples, aos pequenos momentos de prazeres. Para sermos felizes temos que está em uma festa cara, usando as melhores roupas, cercada de pessoas por mais que a maioria dessas pessoas não conheça seus maiores medos. Quanto mais cercada estivermos de pessoas mais “felizes” – fiz aspas com as mãos. – estaremos!

- Gosto de seu ponto de vista. – Lauren afirmou. – Mostra alguns ângulos que poucas pessoas analisam... E você tem razão, contos são irreais e ilusórios. – ponto para mim, consegui deixá-la sem palavras. – Mas... – sabia que ela não deixaria isso ser fácil. – Eu não analiso contos por esses ângulos, por mais que eu seja pessimista ou por mais pessimista que já fui não acreditava e não acredito no conto em si, mas na ideia do amor transmitida. O amor tão irreal que se torna real. – colocou a mão no queixo. Ouvíamos atentamente. – Deixe-me procurar as palavras certas. Talvez você tenha razão Camila. Talvez o príncipe da Aurora a viciou nas drogas ou talvez ele a tenha tirado do fundo do poço. Mais a ideia da perfeição que os contos transmitem vem em busca do amor, que torna tudo lindo. Talvez Cinderela tenha ficado velha e rabugenta, mas o príncipe permaneceu com ela não no feliz para sempre, mas em busca do “felizes para sempre”. Por que em síntese é isso que todos buscamos a felicidade. Os contos nos trazem a ideia da busca por essa tão sonhada e utópica felicidade. Branca de Neve enfrentou o mundo para ser feliz, mas do que justo ela conseguir... A perfeição transmitida nos contos é demasiadamente exagerada, mas como você mesmo disse e se a pessoa que escreveu o primeiro conto não estivesse apaixonada ao ponto de ver tudo perfeito. Não creio que esse modelo de perfeição exista, mas o amor existe. O amor que espera, que batalha, que perdoa, o amor que tem fé, o amor que luta contra feitiços sendo que esses feitiços nada mais é que a inveja, e pessoas querendo roubar sua felicidade. – Lauren olhou para as meninas que ouviam atentamente. – Talvez os príncipes de vocês não sejam perfeitos, mas eles são o complemento de vocês, pois o que falta neles sobra em vocês e vice-versa, já que o amor é o oposto e o complemento juntos. O amor é tudo e nada. O amor é Deus. O amor é o começo, o meio e o fim. Talvez vocês não casem com seus respectivos príncipes ou construam famílias com eles, mas isso não significa que agora no presente vocês não os amam. Apenas que o futuro é um mistério até para o presente. – Lauren conseguia calar qualquer pessoa. Ally chorava silenciosamente enquanto ouvia o desabafar de Laur. – O amor existe entre pessoas de idades diferentes, entre pessoas de sexo diferente, entre pessoas do mesmo sexo. O amor muda de formas e vira amizade ou até ódio dependendo da forma e da intensidade que for usado. O amor vem em quantidades diferentes, mas não deixa de ser o amor que cada princesa sentia por seu respectivo príncipe. A magia do conto não está nos personagens, mas sim no amor. – Lauren olhou fixamente nos meus olhos. – O amor que te tira do fundo do poço, que te livra do vicio nas drogas. O amor como luz suprema que te guia para o final feliz. Mas lembre-se o amor te guia, ele não te deixa lá. O final feliz cabe a cada um construir com quem se ama. E talvez no ponto final não acabado de Cinderela, de Rapunzel, de Aurora e princesas afins elas estejam sendo felizes, às vezes enfrentando bruxas e dragões, mas sempre em busca da felicidade. – um lindo sorriso brotou nos meus lábios. E Lauren sorriu ao saber que tinha alcançado seu objetivo. As meninas pularam em cima de nós. Começamos uma guerra de travesseiros. E eu sabia que naquela noite cada um dia nós batalharia em busca de nossos respectivos finais felizes. E aquele seria mais um momento tatuado em nossas memórias mais um momento de felicidade que as areias do tempo não conseguiriam apagar.


Notas Finais


Espero que não tenha ficado tedioso ou cansativo o capítulo. Também espero que não tenha ficado confuso. Eu tinha uma ideia dela, mas as palavras foram brotando e ficou assim.
Não esqueçam de comentar :)
- Amo todos vocês!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...