História Learning to love... - Capítulo 26

Santana’s POV

Desde que era pequena minha mãe me ensinava a não julgar as pessoas, aceitar que ser diferente é normal e que amar alguém do mesmo sexo não é um absurdo, porque amor é amor não importa cor, sexo ou religião e olha para mim, funcionou! até porque eu sou lésbica uma das “raças” que mais sofreu e foi odiadas por mentes fechadas da sociedade. Nós lutamos para sermos aceitas e hoje podemos dizer que grande parte da população não nos julga mais. Eu disse grande parte, não toda!

Os mais antigos e os famosos “seguidores da bíblia” nunca iram nos entender, podem até aceitar ou nos tolerar, mas entender não, “a bíblia não permite” ou “não fui criado desse jeito” seriam algum dos argumentos usados por eles para comprovarem que estão certo e que não tem nada que os façam mudar de ideia. Talvez isso acabe, talvez um dia os “antigos” morram e levem com eles o seus “jeito de criação”  que dita tão severamente o que é certo e o que é errado, quem sabe a bíblia possa ser reescrita... não, acho que não.

Uma vez uma garota me disse que já a perguntaram como ela podia ter tanta certeza se era lésbica se nem ao menos havia dado seu primeiro beijo e ela categoricamente respondeu “Do mesmo jeito que você tinha tanta certeza de que era hetero antes mesmo de dar o seu primeiro beijo” simples respostas como essas comprovam o que todos falam, desde a mídia até aos religiosos: Somos todos igual.  

Todos filhos de Deus, corpo do seu corpo, sangue do seu sangue. Deus criou tudo e a todos com extrema perfeição, então por que ele colocaria Gays e lésbicas na terra? Tenho certeza não nos colocaria só para pecar, para ser contra sua palavra, estamos aqui por um propósito, todos estamos!

Podem nos enforcar, nos queimar, nos levarem para a guilhotina, arranquem nossas mãos! Não importa o que dizem, não importa o que pensem ou o que façam estaremos sempre aqui, nascemos assim e morreremos assim, pouco se fodendo para as opiniões dos outros. .

...

- E assim foi minha primeira vez – Blaine disse encerrado sua torturante e detalhada história de como foi sua primeira vez com um cara – A primeira vez doeu, mas depois adorei e nunca mais parei – ele disse rindo e foi impossível não rir da careta de Sam.

- Terei pesadelos pelo resto da vida! – o loiro disse brincando.

Estávamos sentados nós seis em uma mesa do refeitório, já era noite a o resto da turma tinha ido se reunir envolta da fogueira, já tínhamos tomado nossos banhos e apenas decidimos ficar conversando ali, só a gente.   

- Minha primeira vez foi com 16, e foi terrível, não sabia o que fazer e o cara ficou acho que 3 segundos dentro de mim, não senti nada, mas até que ele era bonitinho – Quinn disse dando de ombro.

- A minha foi com 15, com duas garotas e eu definitivamente sabia o que fazer – Sam disse se gabando fazendo todos revirarem os olhos.

- A minha foi esse ano – Rachel disse meio tímida - E sei lá, foi normal – terminou envergonhada e Quinn bufou claramente brava com a resposta.

- Minha primeira, vez com um cara também não foi nada legal.. simplesmente não gostei –Disse e Quinn e Blaine sorriram maliciosos.

- Ele devia ser bem fraco – Sam disse.

- Ou talvez porque tinha um pinto – Quinn disse em voz alta sem perceber e a fuzilei com os olhos – pequeno, um pinto pequeno – ela completou fazendo Blaine rir.

- É deve ser por isso – disse entre dentes ainda encarando-a.

- A minha como todos sabem ainda não aconteceu – Brittany disse.

- Mas já ta na hora em Britt, candidatos não faltam – Blaine disse e recebeu um soco no braço de Sam.

- Deixa ela, Blaine – Sam disse bravo.

- Você tem que fazer quando estiver pronta Britt – Rachel disse e ela concordou.

- E com alguém que se importa com você – disse e ela me encarou – alguém que você goste e que corresponda esse sentimento – disse sorrindo e ela sorriu para mim.

- E que seja depois dos 25 – Sam completou a fazendo rir.

- Não pira Sam – Quinn disse rindo.

- Ta.. to brincando, não vou dar uma de papai aqui, mas o que a Santana falou é verdade – ele disse e Brittany sorriu para ele.

- Ta.. agora mudando completamente de assunto, o que vamos fazer sobre Tanaka? – Blaine disse e na mesma hora meu olhos arderam de raiva.

- A gente tem que denunciar ela para a polícia – Rachel disse e Quinn concordou com a cabeça.

- Mas não temos provas de nada – Eu disse – não iriam acreditar.

-Temos que convencer a garota a nos ajudar... como é o nome mesmo? Marki, marty, Miley! – Sam disse confuso.

-Marley – Brittany o corrigiu.

- E se ela não quiser fazer isso? – Quinn perguntou.

- A gente tenta outra forma – eu disse e eles concordaram.

- Acho melhor a gente ir, o pessoal já deve ter ido deitar – Rachel disse olhando em direção a fogueira que estava quase sem ninguém em volta.

Blaine e Sam foram para o lado deles do acampamento enquanto eu e o restante das garotas fomos para o nosso, entrei primeiro em minha barraca para se trocar e depois Brittany entou, estava saindo para dar privacidade a ela, mas fui impedida pela mesma.

- Pode ficar, não tem mais ninguém lá fora, só vira de costa – ela disse tranquilamente e eu concordei.

Fiz o que ela pediu ficando de costa, de lado vi ela jogar sua blusa em um canto depois o short, ok estava ficando quente aqui, logo depois o sutiã, uma gota de suor escorreu pela minha testa, caramba, como eu queria me virar, mas não podia, continuei para no meu lugar, segundos depois ela avisou que estava pronta e me virei a vendo já deitada.

- Você esta bem? – ela perguntou parecendo preocupada e eu não entendi.

- Sim, por que? – disse confusa.

-Está super frio e você esta suando – ela disse se levantando colocando a mão em minha testa, provavelmente para ver se eu estava com febre.

- Eu estou bem B – disse sorrindo – na verdade agora estou com frio, divide seu cobertor comigo? – perguntei e confesso que estava me aproveitando um pouquinho.

-Claro, vem – ela se deitou de novo e levantou seu cobertor para eu ficar em baixo dele, logo depois puxei o meu e nos cobrir, virei para o seu lado e ficamos nos encarando por um tempo.

- Tenho que te falar uma coisa – disse e ela assentiu com a cabeça, decidi que falaria a verdade a ela, não queria guardar mais segredos e se eu queria realmente algo com ela teria que falar logo.

- Fala Sant, você ta me deixando nervosa – ela disse e só aí me toquei que ainda a encarava sem falar nada.

-Desculpe – disse -  minha primeira vez não foi com um cara – disse e ela me encarou confusa – fui com uma garota, na verdade minha melhor amiga na época – disse e ela pareceu se tocar e arregalou um pouco os olhos.

- então você é... – ela parecia ter medo de falar.

- Lésbica? – Perguntei e ela assentiu – sou.. – disse com medo de sua reação.

- Por que não me contou antes? – ela perguntou me surpreendendo apenas dei de ombro – alguém mais sabe?.

- Blaine e Quinn – disse e ela concordou.

- Isso deixa as coisas bem mais fáceis – ela disse e a encarei confusa.

- Mais fáceis para que? – Perguntei ainda sem entender.

- Para isso.. -  ela disse e um segundo depois sentir seu lábios juntos aos meus, de primeiro fiquei em choque o beijo era nada mais do que um selinho até eu me tocar do que estava acontecendo e começar a movimentar meu lábios junto aos dela, era apenas lábios se tocando, mas como eu sentia falta deles, não aguentei por muito tempo e passei minha língua em seu lábio inferior pedindo passagem para ela, quando nossas línguas se tocaram foi como um explosão seu gosto doce de novo em minha boca fez meu corpo todo formigar, minhas mãos estavam em seu rosto a puxando cada vez mais para intensificar o beijo, as delas estavam em meus ombros, não queria que aquele momento acabace. A puxei para cima de mim e ela sentou em meu quadril, colocando uma perna de cada lado do meu corpo, o beijo continuava e agora minhas mãos estavam em sua cintura e as delas em meu rosto, infelizmente tivemos que para o beijo por falta de ar, ela afastou um pouco o rosto do meu e sorriu, o sorriso mais lindo que  eu já vi, o retribui da mesma forma e acariciei sua bochecha de leve.

- Quer sair comigo? – perguntei a encarando.

- Estamos no meio do nada – ela disse confusa.

- Eu sei – disse e ela sorriu – aceita?

- Sim - disse sorrindo e eu retribui lhe dando um selinho rápido.