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História Leather Lady - Fala isso de novo!


Escrita por: mills_trevosa

Notas do Autor


Boa noite, lindezas! Tudo bem?
Espero que sim!!

Demorou, mas veio... Apreciem sem moderação!

Capítulo 27 - Fala isso de novo!


Fanfic / Fanfiction Leather Lady - Fala isso de novo!

POV - Narrador

Tinha um trabalho árduo pela frente, então resolveu apressar seus passos. Era domingo e sabia que não encontraria muitas coisas abertas, ainda mais por já passar das 17h da tarde. Sabia que na quadra seguinte a do seu prédio tinha uma floricultura, então rezou para que ela estivesse aberta. Caminhou a passos largos e apressados pela calçada, chamando a atenção de todos que passavam por aquele caminho. Sabia que aquele look estava impecável e que iria atender o que desejava. Bom, não poderia ser diferente. A calça jeans preta e justa em seu corpo, fazia seu trabalho muito bem, deixando todas as curvas de Andy bem à mostra. A bota de cano baixo e salto quase inexistente, dava a elegância que a morena buscava ao look. Na parte de cima, uma camisa jeans com os botões abertos até próximo a seu sutiã preto, que destoava de sua pele branca exposta. Para completar, uma jaqueta de couro preta. Alcançou a floricultura e procurou o buquê que buscava, mas não o encontrou.

— Procura algo específico, senhorita? — uma voz feminina e gentil lhe chamou a atenção. Andrea olhou na direção da atendente já com um sorriso no rosto. 

— Eu preciso de um buquê de peônias — começou, se aproximando da mulher que estava atrás do balcão — Por favor, me diz que vocês tem um desses aí. 

— Infelizmente, não temos… — fez uma pausa e assistiu o semblante de Andrea murchar — Pelo menos não um pronto — sorriu cúmplice. 

— Aí, graças a Deus! — falou totalmente aliviada — Ei, não é certo você testar o coração das pessoas desse jeito, sabia? — a atendente sorriu.  

— Você tem algo em mente ou posso montar como acho que vai ficar bonito? 

— Me mostre o que sabe e se eu achar que não está bom, peço pra você desfazer — a menina a olhou um tanto assustada, mas Andy sorriu — Brincadeira! Pensei em peônias rosa-escuro e com alguns toques brancos, para fazer uma boa mesclagem. 

— Boa escolha! — a menina pegou uma tesoura específica e seguiu para a parte de dentro da floricultura, longe do olhar de Andy — Tive uma ideia e acho que você vai gostar! — a atendente voltou com algumas flores na mão. 

— Elas são lindas! — elogiou. 

— É claro que são — riram — Bom, peônias já são elegantes por si só, então não faremos um embrulho muito rebuscado, para não ofuscar a beleza das flores — a morena assentiu — Vou colocar mais dessa rosa escura, para ser um pouco mais chamativo, mas essa mais clara vai dar a destoada necessária para que ele não fique muito enjoativo de se olhar. Certo? 

— Você é a especialista aqui! Eu só estou querendo surpreender uma mulher — sorriu. 

— Mulher de sorte! Você tem bom gosto para dar flores — elogiou e prosseguiu com seu trabalho, juntando as flores de forma que não ficassem se esmagando, mas que também não ficassem frouxas — Vou colocar apenas quatro brancas para dar uma certa leveza comedida. Vai dar toda a elegância que eu sei que você procura. 

— Você é uma garota esperta! — elogiou, observando as mãos ágeis de moça, que não tinha mais que 25 anos, ajeitar todas as flores e prendê-las com um pedaço de corda de sisal — E muito talentosa… Isso está ficando lindo! 

— É quase que obrigatório ter dom com as flores na minha família — falava enquanto acertava os últimos detalhes do buquê — Desde pequena, meus pais me ensinaram os segredos e como eu sempre gostei de mexer com elas, se tornou fácil pegar o jeito — finalizou com um laço simples branco — Prontinho! Aqui está o seu buquê. 

— Muito obrigada… 

— Jessie! Me chamo Jessie e você? 

— Andrea! — respondeu — Obrigada, Jessie! — a morena pagou e sorriu, olhando para o buquê que agora estava em sua mão. 

— Eu quem agradeço, Andrea! — sorriu abertamente, satisfeita e orgulhosa do trabalho que fez — Boa sorte com a sua garota! — Andy agradeceu silenciosamente, piscou e seguiu para fora da floricultura. Precisava encontrar um táxi.

Para sua sorte, não demorou muito para um táxi desocupado passar e parar. Andy o adentrou e informou o endereço que precisava ir. Estava nervosa e um pouco insegura. Não sabia como seria aquela conversa, nem se conseguiria falar com a editora. Sua cabeça criava diversos cenários e possibilidades, fazendo-a se perder e não perceber por onde estavam passando. Não notou quando o táxi se aproximou mais do bairro em que Miranda morava, muito menos quando parou em frente a casa da mais velha. Só despertou quando percebeu que já estavam há um tempo parados no mesmo lugar. Pagou o motorista e agradeceu pela viagem tranquila e rápida, muito rápida. Respirou fundo, sabendo que não poderia desistir. Caminhou em direção ao portão, que logo foi aberto. A morena estranhou aquele fato, mas seguiu mesmo assim em direção a porta de entrada. Ao se aproximar da imponente porta, Andy pôde ver que, aos poucos, ela ia se abrindo. Chegou próxima da pequena escada e estagnou ali, esperando que alguém surgisse. Ouviu algumas vozes cochichando e subiu o primeiro degrau. 

— Puta merda! — a voz de Charlie se sobressaiu. 

— Eu disse que vocês deveriam acreditar mais no que eu digo — Sarah falou e nesse instante, a porta foi totalmente aberta, revelando as quatro mulheres presentes ali. 

— Achei que teríamos que montar acampamento em frente a sua casa para conseguir falar com você, Andy — Sandra falou e se apressou, indo em direção a morena e a abraçando. 

— Eu disse a vocês que uma hora ela ia aparecer — Cate comentou e piscou para Andy. 

— Eu senti falta de vocês! — Andrea comentou sinceramente. 

— Nós também, querida — Paulson e Bullock falaram juntas — Venha! Entre! — Sandra a convidou e Andy seguiu porta adentro. 

— Eu não esperava encontrar vocês todas aqui, mas confesso que não estou surpresa — comentou. 

— Não podíamos estar em outro lugar — Cate respondeu — Ela estava precisando da gente.

— Fico feliz em saber que ela não estava sozinha — foi sincera. 

— Mas não é de nenhuma de nós que ela precisa agora, querida — Sarah falou. 

— Não mesmo! — Charlie concordou — Nenhuma de nós é capaz de melhorar aquele humor dela, você sabe. 

— Espero ter mais sorte que vocês — riram um pouco mais e ficaram em silêncio por alguns instantes.

— Estamos felizes que esteja aqui, Andy, mas antes de você subir e ir atrás da sua garota… — sorriu ao dizer aquelas palavras — Tem duas ruivinhas ali na sala, que estão malucas de saudade de você — Blanchett a avisou — E se você quiser ter acesso a grande Priestly, vai ter que passar pelas pequenas Priestlys.

Andrea respirou fundo, deixou o buquê que estava em sua mão na mesa em frente a escada e seguiu em direção a sala. Alcançou o cômodo com calma, sabia que muito provavelmente o seu maior desafio seria com aquelas duas. Avistou as duas cabeleiras ruivas sentadas no sofá e logo reconheceu o desenho que passava na tv. Estranhou vê-las assistindo aquele título, afinal sabia que elas não eram muito fãs. 

— Pelo o que eu me lembro, vocês não gostam tanto assim de Shrek — Caroline e Cassidy viraram suas cabeças surpresas e diferente do que Andy estava esperando, as duas gêmeas pularam o sofá e se jogaram em cima do seu corpo, fazendo-a se desequilibrar e dar alguns passos para trás. Nada tinha sido dito ainda, mas Andy sentia a emoção que elas estavam sentindo, pois ela também estava. Havia sentido falta daquelas pestinhas — Ei, ei, não chorem.. — soltou ao ouvir os soluços que as duas emitiam — Eu estou aqui agora! — tentou se afastar, apenas para olhá-las nos olhos, mas as gêmeas não deixaram — Me deixem olhar para vocês! — elas acataram e se afastaram apenas um pouquinho. Andy se abaixou, para ficar numa altura mais próxima delas — Como eu estava com saudades das minhas ruivas — falou sincera. 

— Não pareceu que estava com saudades da gente, você nem nos respondia mais — Caroline falou, tentando secar suas lágrimas. 

— Eu sei e isso foi absolutamente errado da minha parte. Vocês não tinham nada a ver com o que aconteceu e mesmo assim eu as puni por isso, mesmo que inconscientemente — algumas lágrimas já desciam em seu rosto — Me desculpem, meus amores! Me desculpem! — as abraçou forte outra vez. 

— O que… o que veio fazer aqui? — Cassy perguntou. 

— Eu vim fazer as pazes… — sorriu — Com vocês e com a Miranda — os olhinhos levemente esverdeados se arregalaram. 

— Você tá falando sério, Andy? — perguntaram em uníssono. A morena assentiu. 

— É claro que vocês precisam me aceitar de volta e tem toda uma negociação para que eu possa compensar todo esse tempo e… — foi interrompida por outro abraço apertado por parte das gêmeas — Eu acho que isso é um sim. 

— Vai falar com a mamãe? — Carol perguntou. 

— Acham que é uma boa ideia? 

— É lógico! — responderam juntas — Ela está esperando por isso — Caroline completou. 

— Certo! — se levantou — Conversamos depois para negociarmos meu pedido de desculpas? 

— Depois acertamos os detalhes, senhorita Sachs — Cassy usou o tom que sempre usava com Andy — Por hora, estamos entendidas — Andrea sorriu largamente. 

— Como eu senti falta disso, pequena Miranda — usou o apelido de sempre — Eu amo vocês, furacões! — as ruivas agarraram sua cintura outra vez, mas não demoraram, sabiam que Andy tinha mais uma missão. A morena voltou para o local onde as quatro mulheres estavam com um sorriso imenso nos lábios.

— Rápido assim? — Charlie perguntou — Achei que não sairia viva de lá. 

— Aparentemente elas gostam muito de mim — Sachs respondeu em um tom divertido. 

— Nenhuma ameaça? — Sarah perguntou e Andy negou. 

— Nem extorsão? — foi a vez de Sandra e a resposta foi a mesma, negativo. 

— Você realmente conseguiu o impossível, Sachs. Fez os dois dragõezinhos se apaixonarem por você — Cate comentou e todas riram — Parabéns! 

— Obrigada! Mas, ainda preciso fazer a mamãe dragão me aceitar de volta — riram outra vez — Eu não sei o que vou encontrar, muito menos no que vai dar nossa conversa. Se é que haverá uma conversa. 

— Esteja preparada para tudo querida… — Bullock se aproximou — Mas se te serve de consolo, ela não sabe falar de outra coisa que não seja você — sorriu. 

— Vai dar certo, fique tranquila! A Mira está esperando por você, mesmo que não tenha falado isso — Theron piscou para a mulher. 

— Mas, se perceber que alguma coisa está saindo dos eixos, grite o mais alto que puder e nós iremos te salvar — Sarah brincou. 

— Obrigada, meninas! — pegou o buquê que havia deixado na mesa e colocou o pé no primeiro degrau — Me desejem sorte! 

— Você não vai precisar, esse seu decote te garante uma boa distração. Vai ser fácil fazer ela te ouvir — Cate soltou, fazendo Andrea se sentir mais tranquila, mas ao mesmo tempo muito nervosa. 

Estava na hora, não podia mais esperar. Aos poucos, foi subindo as escadas e deixando as vozes daquelas quatro mulheres para trás. Ainda podia ouvir elas dando risada de algo e seguindo para a sala, provavelmente para ficarem com as gêmeas. Sachs alcançou o segundo andar da mansão e foi se aproximando do quarto de Miranda. Passou pela entrada do quarto das gêmeas, pelo de hóspedes e parou em frente ao que tanto precisava entrar. Do lado de fora, Andrea pôde ouvir as notas de uma música conhecida. Aproximou seu ouvido da porta apenas para se certificar de que estava certa. E estava. Miranda Priestly estava ouvindo Bruno Mars e isso era algo inédito. 

Anything you want (just to put a smile on it)/ Qualquer coisa que você quiser (só para colocar um sorriso em seu rosto)

You deserve it baby, you deserve it all/ Você merece, gata, você merece tudo

And I'm gonna give it to you/ E eu vou dar a você

Andy abriu a porta já acompanhando a voz do cantor. Miranda se espantou ao ouvir a voz de Andrea e se sentou de pronto na cama. Ficaram se olhando por alguns instantes. Priestly ainda não podia acreditar que Sachs estava ali, bem na sua frente e em seu quarto. As lágrimas ainda escorriam em seu rosto alvo e Andy sentiu o impacto de ainda vê-las ali. 

— Achei que não gostasse desse tipo de música — quebrou o silêncio e fechou a porta atrás de si. 

— E eu não gosto — respondeu, secando suas lágrimas e cruzando suas pernas — Mas a mulher que eu amo gosta — Andrea engoliu em seco e se aproximou mais. Se sentou próxima a editora e lhe ofereceu um sorriso. 

— Essa moça tem um ótimo gosto musical — riram — Eu lhe trouxe isso! — mostrou o buquê em suas mãos. A editora olhou para as flores e por alguns instantes, não soube como reagir — Mas se não quiser, eu levo de volta. 

— Não! — falou mais alto do que esperava — Me dê! São minhas, não são? — a morena concordou e o entregou — Elas são lindas! Obrigada!

— Lindas iguais a você! — soltou. 

— Eu sei que disse que poderia gostar dos clichês, mas por favor, não force a barra — riram suavemente. Se olharam por um tempo, sem saber o que dizer.

— Eu passei o caminho todo formulando um jeito de conversar com você, mas agora que estou aqui eu não sei o que dizer — soltou e suspirou em seguida. Olhou para os olhos azuis que estavam atentos a todo e qualquer movimento seu — Não é fácil aceitar que se apaixonou por Miranda Priestly, sabe? — sorriu frouxo — Pra começar ela não é uma mulher fácil, muito menos que deixa qualquer um se aproximar. Mas ela permitiu a minha aproximação. Eu tinha acesso às filhas dela e a todo tempo, mesmo que não soubesse, ela demonstrava que eu era diferente e especial — parou por alguns instantes. Miranda prestava atenção em Sachs, sentindo seu coração acelerar cada vez mais — Não foi fácil dizer a ela que a amava, muito menos ouvi-la me mandar embora — olhou nos olhos azuis, que agora estavam cheios d'água. Sentia muito por ter feito aquilo, mas sabia que naquele momento não teria conseguido conversar com Andrea — Mas, de todos esses momentos que citei, o que mais mexeu comigo e me deixou vulnerável, foi quando ela resolveu ir até a minha casa e dizer que me amava também. Aposto que não foi nada fácil pra ela. 

— Tenha plena certeza de que não foi — Priestly concordou — Estar ali, completamente exposta, frágil e vulnerável ao que eu estava sentindo, foi uma das coisas mais difíceis que já fiz — as duas mulheres choravam. Não era um choro desesperado, muito menos doloroso, como nos últimos dias. Estava mais para um alívio, um choro de felicidade e alívio por estarem ali — Me desculpe por não ter conseguido lhe dizer naquela noite! — se desculpou outra vez. 

— Tudo bem! — assentiu — Nem todo mundo reage da mesma forma, não é mesmo? Sem contar que eu não levei em consideração o seu passado. Me desculpe por isso! 

— Você não tem culpa, Andrea! Qualquer pessoa no meu lugar teria reagido diferente, mas eu não… 

— Você não é qualquer pessoa e eu amo isso — a interrompeu — Depois que você foi embora naquele dia, eu não soube o que pensar ou como reagir. Parecia surreal demais ter ouvido você dizer tudo o que me disse. 

— Agora sabe bem como me senti — sorriu fraco. 

— É, eu sei. Foi uma sensação horrível — pontuou — Passei todos esses dias tentando encaixar tudo na minha cabeça, mas parecia que as peças não eram do mesmo quebra-cabeça, entende? — Miranda concordou — Hoje eu consegui entender, o quão complicado e significativo, foi pra você ter ido até a minha casa e se exposto como expôs. Eu entendi o quanto parecia impossível pra você eu te amar… — os olhos castanhos estavam fixos na penteadeira de Priestly e pareciam não piscar — Você é Miranda Priestly, a mulher que todos temem e que pintam como uma sádica intocável, tirana cruel e devoradora de maridos — a editora sorriu com o tom dramático que Andy usou — E eu a assistente desajustada que não sabia nem se vestir apropriadamente — olhou para Miranda — Mas, não escolhemos não é? Nunca escolhemos quando e nem como o amor acontece, ele só acontece. 

— Eu nunca imaginei que ele aconteceria outra vez, você sabe — Miranda iniciou — Mas, me sinto extremamente feliz e realizada por ter acontecido com você, Andrea. 

— Eu também, Miranda! — respirou fundo — Sei que demorei para vir e que, possivelmente, você achou que eu não viria mais. Mas, eu precisava entender o que eu estava sentindo, precisava colocar a cabeça no lugar e não agir por impulso. Eu não queria, e não podia, entrar aqui com dúvidas, Miranda. Precisava estar certa de que eu quero estar com você e de quero estar com as gêmeas. Desculpe a demora! 

— Não se desculpe, Andrea! Você precisava do seu tempo e do seu espaço, isso é completamente normal e compreensível — Miranda abaixou sua cabeça, apenas para olhar para a mão da morena, que estava a centímetros das suas — E o que você decidiu? 

— Bom, eu estou aqui, não estou?

— Sim, você está! Mas, eu ainda preciso ouvir, preciso que diga com todas as palavras — respondeu, sentindo seu peito regular seus batimentos depois de tanto tempo descontrolados.

— Eu amo aquelas duas incondicionalmente e ficar afastada delas foi a decisão mais estúpida que tomei — começou — Então, eu não quero mais essa distância entre nós. 

— Elas realmente sentiram sua falta. 

— E eu a delas… — Andy aproximou seus dedos dos de Miranda, sem realmente tocá-los — Mas também senti falta da mãe delas — deixou seus dedos agarrarem a mão de sua amada — Eu senti sua falta loucamente, Miranda! — a mulher retribuiu o aperto e a puxou, fazendo o corpo de Andrea ir de encontro com o seu. 

O reencontro de suas bocas foi explosivo. Os lábios finos de Miranda exigiam um contato intenso, imploravam por sentir Andrea outra vez e os carnudos da morena, doavam tudo de si naquele beijo saudoso. Havia desejo, vontade e uma saudade imensa. Mas, acima de tudo, havia amor. Um amor forte e arrebatador. Sem perceber o que estava fazendo, Andy subiu na cama e se sentou no colo de Miranda. Seus dedos adentraram o cabelo da editora, fazendo-a suspirar e prender um gemido em sua garganta. As mãos grandes e firmes de Priestly agarraram a cintura de Sachs, fazendo a mesma arfar contra sua boca. Se passassem mais alguns segundos naquela atmosfera, iriam se perder e se amariam loucamente, mas não podiam. Não ainda. 

— Melhor pararmos enquanto eu ainda tenho forças para dizer não — Andy falou, encostando sua testa na de Miranda — Temos duas crianças e quatro mulheres curiosas e ansiosas lá embaixo. 

— Então eu acho mais seguro que você saía do meu colo, Andrea! — comentou e a morena ia fazer exatamente isso, mas foi impedida — Espera, deixa eu olhar um pouco mais para o seu rosto — acariciou as bochechas de Andy, fazendo a mulher ficar sem graça — Eu te amo mais, toda vez que suas bochechas ficam assim! — Andrea sorriu largo. 

— Fala isso de novo! 

— Eu te amo mais, toda vez que suas bochechas ficam rosadas desse jeito! — sua felicidade era genuína e isso era perceptível pelo imenso sorriso que carregava no rosto. 

— Eu também amo você, Miranda! 

— É muito bom ouvir isso sem me sentir apavorada — riram. 

— Ótimo, pois você vai ouvir muito isso — Andy deixou um selinho nos lábios de Miranda. 

— Você sabe que isso… — apontou para as duas, demonstrando que o "isso" citado era o relacionamento delas — Implica em muitas coisas, certo? 

— Eu não estaria aqui se não tivesse certeza disso — respondeu, deixando Priestly um pouco mais tranquila. A morena se levantou, fazendo a mais velha olhar em direção aos seus pés.

— Estava de botas na minha cama? — questionou, mas foi ignorada. 

 — Hoje não é dia de falarmos sobre isso. Amanhã pensamos nos detalhes prejudiciais — riu e Miranda a acompanhou. Estava realmente apaixonada por Andrea. 

— E o que sugere que façamos agora? 

— Acho que deveríamos comunicar a nossa família que paramos de agir como duas idiotas e resolvemos nos acertar — esticou a mão para Miranda, que a segurou de pronto. 

— Eu acho uma ótima ideia! 




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