História Legend For Me! 02 - O Filho Morto!

Como dói perder alguém que tanto foi desejado em nascer, sim estou me lamentando meu filho Wallace de 3 anos morreu a duas semanas atrás, minha esposa ficou em choque ela estava com ele quando tudo ocorreu e fica sempre se culpando por isso.

Me chamo _____, tenho 25 anos de idade, e sou empresário, quando eu soube que minha esposa estava grávida foi a melhor coisa que me aconteceu, minha esposa fez tratamento para poder engravidar, depois de várias tentativas conseguimos o que tanto desejávamos, mas agora isso não importa mais...

Minha esposa Thalia estava levando nosso filho para a creche quando ele derrubou a chupeta no meio da estrada, minha esposa disse que foi tão rápido que ela não pode fazer nada, ele se soltou da mão dela e voltou para pegar a chupeta que caiu, mas o sinal estava vermelho e um ônibus atingiu nosso pequeno menino em cheio, seu crânio entrou para dentro da cabeça, uma imagem muito forte quando fui vê-lo no necrotério, me doeu vê-lo daquele modo horrível, crânio afundado na cabeça, todo o corpo pequeno dele deformado pelos ossos quebrados.

Fui eu quem fiz todo o velório do nosso filho, Thalia ficou na casa da mãe dela até que eu tirasse o quarto do nosso filho, mas eu não consegui fazer isso, vi nosso filho sentado na caminha dele sorrindo e pedindo se íamos brincar hoje, não o corpo dele exatamente, mas a alma do nosso menino, chorei na frente dele e ele tentou me consolar.

Eu venho todas as noites como agora contar histórias para ele dormir, antes minha esposa não vinha, mas agora ela vem comigo aqui no quarto do nosso menino, mas a aparência dele não é a mesma como no começo, ele estava mais pálido, estava do mesmo modo que eu o vi no necrotério.

-Eu preciso ir embora papai. Wallace falou para mim e minha esposa se aproximou dele.

-Não Wallace, você é nosso menino, precisa ficar conosco. Minha esposa começou aos prantos, mas o menino nem bola deu apenas se deitou de costas para nós.

-NÃO. Ele gritou quando minha esposa foi cobri-lo, então saímos do quarto.

Alguns dias depois...

Os dias foram se passando e cada vez mais Wallace estava diferente, mais travesso, sempre dava um jeito de chamar a atenção, eu pegava ele no banheiro olhando a mãe dele tomando banho e descaradamente ria da situação que ela ficava quando o via.

Constantemente Thalia reclamava que nosso filho ficava a tocando enquanto ela dormia e ela acordava assustada, e cada vez mais ia piorando, um dia enquanto Thalia fazia o almoço desci para vê-la e Wallace estava com uma faca na mão apontando para ela e  dizendo que queria ajuda-la, mas seu olhar era um olhar vazio, não um olhar de felicidade como antes.

Uma coisa terrível foi algumas noites atrás enquanto eu e minha esposa fazíamos amor nós percebemos alguém nos observando na penumbra do quarto, Wallace estava lá nos observando atentamente e isso me fez broxar na hora, eu o repreendi dizendo que isso não era coisas que crianças deviam ver e ele me respondeu na cara dura.

-Mas adultos fodem. Ele respondeu rindo travesso.

-Da onde aprendeu isso? Perguntei apavorado ao nosso filho.

-Eu vi a mamãe falando para você enquanto fodiam. Fiquei perplexo quantas vezes ele nos observou fazendo isso?

Eu e minha esposa fomos em diversos igrejas, médiuns para fazer algo para nosso filho partir em paz, mas de nada adiantou, chegamos a fazer o que uma médium nos disse, ela falou que devíamos desenterrar nosso filho, separar cada pedaço do corpo dele e costurar a boca e depois crema-lo em plena noite de lua cheia, assim ele descansaria em paz.

Até achamos que o diabo tinha algo haver com isso, mas vários padres que vieram aqui disseram que não tinha nada que fosse o diabo que estivesse fazendo isso, eu dei graças a deus por isso.

Na noite de lua cheia como prometido fui no cemitério e fiz tudo que a médium havia dito, separei as partes do corpo, costurei a boca e cremei o corpo do Wallace meu coração saiu mais ferido do que quando ele morreu.

Voltei para casa e tirei tudo as coisas do quarto do nosso filho, queimamos as roupas, doamos os brinquedos, precisavas fazer isso para desligarmo-nos dele.

Dois meses depois....

Acabei chegando em casa mais cedo e ouvi um grito de pavor de Thalia lá de cima subi correndo e entrei no nosso quarto e nada então corri para o quarto do Wallace que até então deveria estar trancado, quando entrei me deparei com algo apavorante, o quarto estava inteiramente como antes estava, todos os brinquedos no lugar, cada móvel em seu devido lugar e algo extremamente apavorante.

Wallace estava sentado no tapete com a boca costurada do modo que eu fiz, o pescoço atorado preso apenas por um osso tão fino que eu não sabia como ele conseguia manter o pescoço em pé, os braços costurados ao corpo e as pernas também, e sua pele em carne viva e cinza do modo que fiou cremado, ele me olhou com aquele olhar vazio e sem vida e não sei como ele falou com a boca costurada.

-Vocês precisam me deixar ir embora. Meu corpo gelou, tentamos faze-lo ir embora, mas não deu certo.

Nós estamos ignorando ele fingindo que ele não está presente naquela casa, mesmo as vezes ele passando correndo pelos corredores, abrindo gavetas e janelas, fazendo barulho, olhando eu e Thalia fazendo amor, nos acostumamos a ignora-lo e achamos que ele só vai embora quando nós irmos com ele, ele se apegou a nós como nos apegamos a ele, um laço nos une e quando e nossa hora chegar tenho certeza que nosso filhos estará lá para ir junto conosco.