História Legilimens - Capítulo Único

Pronúncia: Leg-IL-im-ens. Permite o bruxo de penetrar na mente da vítima, podendo ver memórias e emoções.

Queenie Goldstein sempre soubera desde pequena que tinha um dom especial para ver o que os outros tentavam esconder ou decifrar o que queriam de facto.

E não pelos melhores motivos, sempre fora incrivelmente bela, nem era vaidade, nem orgulho, era mesmo clara constatação.

Ela era bela e tinha que aprender em que olhares e pessoas podiam confiar, ela sabia que não podiam ser todas as pessoas que se aproximavam e para alguém que ficara órfã desde cedo, juntamente com sua irmã Porpentina, era algo que ela tivera que aprimorar.

Passara a escola de Ilvermony, onde ficara ainda mais especialista em ver o que as pessoas eram com ela e com os outros á sua volta, tudo isso levara a uma decisão quando concluirá a escola.

Ela sempre tentara manter-se incógnita, relativamente perto de pessoas fáceis e simples de ler, sem que ela perdesse a sua cabeça, muitos disseram que seria inútil trabalhar no Ministério, que ela poderia ter a vida garantida se quisesse, subentenda-se, casar e ter muitos filhos com um feiticeiro, que muitos candidatos não lhe faltavam.

Nunca retirara a hipótese, mas também nunca procurara ou quisera, ela era ligada, imensamente ligada com sua irmã Tina, nunca a abandonaria.

E seguira com a sua avante, tornara-se o que todos não achavam que combinava com ela, e aprimorara o seu caminho pela Legilimância, com isso começara a ser incrivelmente perspicaz mesmo que lhe julgassem por sua frágil aparência e simpatia, sem contar que lia facilmente as pessoas, já era-lhe relativamente fácil quando mais nova, imagine-se agora que tinha toda a formação possível.

Mas com isso viera, o que ela de facto não queria para a sua vida, por mais que precisa-se de segurança, viera a previsibilidade, sabia de tudo somente com um leve olhar.

As memórias mais profundas, os desejos de cada pessoa, o que mais lhes doía, o que mais lhes deixava felizes.

E isso não era tão bom assim, a humanidade em volta, a tensão constante em que viviam, a dor que lhe acompanhava, a miséria e a tristeza que a sociedade industrial Nova Iorquina impunha a seus habitantes que viviam entre paredes de tijolo e chaminés de fumo negro.

Onde estava os campos verdes e a felicidade de outrora, daqueles tempos em que ela era feliz em criança com sua família , em que a sua única preocupação era vestir suas bonecas voadoras juntamente com a irmã.

Para Queenie, saber a tristeza alheia era demais…

Era muito para que ela pudesse aguentar, ao que ela raramente saia da sua rotina, a não ser quando era para animar sua irmã que havia sido despromovida ou algo extraordinário que surgisse na MACUSA, já que a sua função era entregar café, na maior parte do tempo.

Ser bela tinha dessas prerrogativas, por muito inteligente, competente que fosse, sempre era subestimada, mas dava um suspiro e um sorriso singelo, continuava em frente.

Mas algo havia abalado a MACUSA, a vinda de um estranho feiticeiro de fora que vinha com uma maleta cheia de animais fantásticos e mais cedo do que se pensava, vira Tina trazer para casa, esse feiticeiro novidade.

Com este, vinha com uma surpresa, um No-Maj, Jacob Kowalski…

O entusiasmo ficara ainda mais manifesto com eles, viera algo que abalasse a vida pacata que as duas possuíam.

Quanto a ela em particular, era algo relativamente novo e novidade para ela, que estava acostumada a conhecer demais.

(…)

Queenie não previra, pela primeira vez na sua vida, que uma aventura formar-se-ia na sua vida e na de sua irmã, bem mais que uma novidade, eles eram imprevisíveis.

Especialmente o simpático Jacob, ela era alguém incrivelmente …inesperado e incrível conhecer.

Tanto que começara-se a questionar se no Mundo dos No-Majs, haviam mais como ele, tanto que chegara a perguntar-lhe directamente, ao que este afirmara.

“Sou o único..só há uma como eu.”

E ela constatara que era de facto, verdade.

Ele a emocionava, via-se sempre feliz perto dele e tudo porque ele a via como uma preciosidade alguém a tratar-se com carinho e respeito e não só um pedaço de carne que ele admirava, isso era…tão bom, sentia-se imensamente feliz a cada momento que o conhecia ainda mais…

Ela gostava imenso dele e ela mesmo não demostrando, começara a preocupar-se.

Uma das leis mais rígidas e respeitadas na comunidade mágica de EUA, era que não havia entrosamento entre No-Majs e Feiticeiros.

Isso começara a entristecê-la, por mais que disfarça-se, á medida que a aventura deles caminhava para o fim, ela sabia que seria o fim derradeiro do conhecimento e do sentimento que estava surgindo entre os dois.

E isso iria quebrar o seu coração.

(…)

“ E…que nunca mais irei encontrar alguém como tu! Só há um como você...”

Á medida que o via ir para a chuva, a verdade saira de seu coração, que ia desfazendo tal como os pingos de chuva misturado com o veneno de um dos animais de Newt ,que caiam no chão.

Somente sobrara, o último beijo e a memória.

Ela que tudo sabia e tudo podia saber, no final acabara destroçada por algo que não havia previsto, o amor .

Seria realmente o fim?

Fora a última questão que preenchera a sua mente, conforme caminhara para as escadas onde Newt e Tina a esperavam, dera uma última olhada, deixando uma última lágrima caindo de seus olhos.

(…)

Queenie tocara sua nuca e sairá de seu apartamento, indo na Padaria que mais desejava, desde que procurara incessantemente no Mundo dos No-Majs, mesmo que fosse contra tudo que o seu Mundo não permitia.

Essa padaria em questão era bastante famosa na cidade, ao chegar lá, deparara-se com todos os animais fantásticos que tinha visto em suas aventuras com Jacob e ao olhar o balcão, vira quem mais desejava desde ao tempo.

Jacob que ao olhar para ela, demostrava sinais de reconhecimento e bastara um sorriso dele, para ela saber.

Que nem todo o Obliviate do Mundo, poderia apagar o amor que havia surgido entre eles, retornara o sorriso e o início do seu conto de Fadas começara.