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História Les Fleurs du Mal - Oneshot


Escrita por: Asthera

Notas do Autor


E DESSA VEZ TIREI UMA FOLGA, SÓ CONSEGUI ESCREVER UMA HOJE LOL
Ainda faltam quatro, mas vou dar um jeito! Eu consigo! AUHEAUEHEUAH
Mais uma oneshot, dessa vez com o MASCARADO/Ashkore, para a Aleles. Foi para um desafio que fiz na Guarda Absinto, quem estivesse no ranking ganhava uma one.

Capítulo 1 - Oneshot


O jardim florescia ao redor deles, com a glória e o esplendor da vitória. Sacrifícios haviam adubado aquelas plantas, assim como os erros da Guarda de Eel haviam despertado o pior em Aleles. Mesmo depois de tantos erros, continuaram lhe escondendo coisas.

Ela já havia desistido de confrontá-los, era inútil pedir para um escorpião mudar sua natureza e era o mesmo com as lideranças de Eel, em especial quando o assunto lhe dizia respeito. As facções humanas infiltradas em Eldarya entraram em confronto com a guarda e muitas vidas já tinham se perdido logo nos primeiros embates, revivendo fantasmas da época da quebra do cristal, quando dois dos membros mais importantes partiram.

Com as forças de Eel já diminuídas, esses conflitos vieram em momento totalmente errado, dizimando mais ainda suas forças. Não tiveram chance nem contra uma, quem dirá três, já que os Iluminatis, os Templários e a Tríade eram mais unidos do que a Guarda de Eel jamais fora. Mesmo que dispusessem de meios e objetivos diferentes, os inimigos tinham o mesmo obstáculo na frente, absolutamente defasada. 

Foi quando Ashkore apareceu.

E simplesmente

dizimou

todos

eles.

A membros da guarda ainda estavam confusos quanto ao que acontecia, com exceção talvez de Miiko e Leiftan, que provavelmente já imaginavam que sua maior ambição fosse o Cristal que com tanto esforço haviam reconstituído. Desde o início a divergência entre eles fora sobre o que fazer com os humanos. Enquanto a maioria preferia apenas se defender ou até mesmo fugir do alcance dos humanos, Ashkore preferia já cortar o mal pela raiz, impedir que eles se proliferassem.

Matá-los antes que, como ratos, se tornassem uma praga também em Eldarya.

Mas não, eles não quiseram. 

Foram covardes até na hora de se livrarem dele, em vez de matá-lo como era de se esperar, apenas decidiram exilá-lo.

Covardes.

– Eu avisei que eles não parariam até nos destruir – Sua voz ecoou pelo pátio, cavernosa, enquanto ao longe os urros de um dragão denunciavam a que ponto ia seu poder, fazendo todos os membros da guarda tremerem, senão de medo, de ódio. – Vocês os deixaram entrar.

Vocês destruíram Eldarya.

Aleles não tirava a cena da cabeça. Aquela memória em específico sempre lhe despertava um misto estranho de sentimentos. Lembrava-se de no início desconfiar da Guarda, de seus objetivos, mas o mundo realmente era consertável com apenas boas ações? Porque se fosse assim, por que existiria o ditado "é melhor previnir do que remediar"?

Mas ao mesmo tempo, ela sabia que de boas intenções o inferno estava cheio. Qual dos lados causavam menos perdas inocentes? Sabia que era um raciocínio completamente sem sentido, mas Ashkore podia ser um pouco megalomaníaco em seus objetivos, apelar para o clássico "se não está comigo está contra mim", porém nenhuma das perdas que tiveram até ali foram impulsionadas por ele.

A não ser o incidente da biblioteca.

Ou uma série de outras pequenas coisas que ele tramou com o passar dos meses em que a usara como talibã. Toda vez Aleles era a única suspeita, despertando ainda mais sua raiva diante de tanta injustiça. Ashkore podia ter feito um estrago muito maior, mas ele apenas se contentava em invadir a Guarda e ficar perambulando por lá, pegando as coisas quando precisava.

Claro, nada justificava suas ações, mas não fora Ashkore que lhe tirara o mais importante. 

Não fora ele quem tirara sua família. 

Respirou fundo, observando céu aos poucos se tornar carmesim, tal e qual as flores que espalhavam seus perfumes pelo jardim. A cerejeira centenária fora o lugar mais marcante no qual já o havia encontrado e desde quando fora intimada a se tornar sua protegida, era o lugar em que mais gostava de estar.

Os humanos mereciam mesmo morrer apenas pela ganância de alguns? Era justo?

E o que era pior, o conflito aos poucos se aproximava e Ashkore se recusava a deixá-la participar. Ela, da Absinto, única guarda na linha de defesa, proibida de fazer o que sabia de melhor?Qual diferença havia entre o comportamento de Miiko e Ashkore em relação a ela? A maior parte dos integrantes havia preferido morrer a se manter sob comando dele, mas uma parte estava nas masmorras. Sentiu um fervor no sangue que a forçava a se levantar e sair dali, mas Ashkore a impediu segurando seu braço.

– Não me força a fazer as coisas do meu jeito.

– ... Sabe que toda vez que se irrita fica ainda mais bonita?

– É, e eu cheguei a conclusão de que você se interessa mais pela ideia de eu estar enfrentando um caos interno do que por mim. – Os olhos se estreitaram, revelando sua indignação e apenas despertando um riso curto de seu outrora inimigo. – Não muda de assunto. Ou me deixa impedir a destruição de Eldarya ou me deixa impedir a destruição de Eldarya.

Entretanto foi obrigada a se calar quando os dedos dele pousaram em seus lábios, impedindo que ousasse abrir a boca. A outra mão, retirou a parte de baixo da máscara, deixando a mostra o tom oliva de sua pele, refletindo sob a claridade lunar. Em seguida a segurou firme pela nuca, mas ao mesmo tempo com gentileza como se a qualquer momento Aleles pudesse se quebrar.

– Você não é humana, você é uma de nós. Uma faery. – Sua voz abandonou o tom cavernoso produzido pela máscara para algo mais tranquilo, calmo, mas ao mesmo tempo retumbante em seus ouvidos.

Mas isso não a impedia de também ter sangue humano, como ela sabia que tinha. E em algum lugar em seu âmago, essa parte não concordava com as medidas dele. Humanos destruíam até a si mesmos, quem dirá a um povo inocente como os faerys. O mais frustrante era saber que comparada à quantidade de pessoas que se envolviam com essas agressões aos habitantes de Eldarya, os que queriam a paz eram pouquíssimos.

– Eu também sou parte deles, Ashkore.

– Não, você é minha. – E aproximou o rosto de Aleles do seu, os olhos ainda cintilavam por trás do vermelho-sangue da máscara. Ashkore estava corrompido. Não pelo cristal, pois ele já estava completo, mas por seus próprios sentimentos.

Sentia nele qualquer coisa de melancólica, ao mesmo tempo em que um estranho sentimento a compelia se aproximar, um arrepio percorria sua nuca onde os dedos dele ainda descansavam, enroscando de leve em seus cabelos. Não conseguia ver o que se passava em seus olhos mascarados, mas a respiração entregava aos pouco quão ofegante estava se tornando.

Já fazia um tempo que vinha pensando na proposta de aliança. Proposta que na verdade soava mais como uma imposição ditada pelas circunstâncias. Ashkore não tocara no assunto desde então, uma súbita onda de respeito para alguém que a Guarda de Eel sempre se preocupou em manter afastado. Já estava em companhia de Ashkore há um bom tempo, se acostumaram até rápido a companhia do outro, o que não impedia de deixar Aleles desconfiada.

Sabia possuir uma ligação com o cristal e Ashkore precisava dele para levar seus planos adiante, seja lá como fosse sua ideia de salvar Eldarya dos humanos. Por outro lado, o Oráculo lhe falara em sonhos, precisavam detê-lo antes que cometesse uma loucura, mesmo que a lógica dele tivesse certo sentido, embora se assemelhasse muito aos extermínios que humanos promoveram por anos.

Mas por que seu coração apertava sempre que pensava nisso? Já perdera a família, amigos, já não tinha mais nada, por que ainda doía pensar em partir?

– Pensou no que eu te disse?

Aleles não soube o que responder. Do que adiantava dizer que sim e ser a responsável por milhares de mortes nas costas? Isso não a fazia melhor que ninguém, mas havia outra opção além das que Ashkore oferecia? Se Miiko estivesse em seu lugar, muito provavelmente esperariam acontecer o primeiro ataque para então fazer alguma coisa. Por outro lado, compreendia o lado dela, não podia arriscar a vida dos habitantes de Eel, seria justo fazer isso?

A única opção que tinham era lutar, e Aleles era parte importante na moral de quem iria para a linha de frente. A força do Oráculo estava com ela.

– Isso não te isenta de tudo que me fez passar só para desestabilizar a guarda, Ashkore. – Aleles respirou fundo antes de responder. Incidentes no passado foram forjados de maneira a parecer ela a culpada. Podia perdoá-lo? Era o mesmo que pedir para Miiko que perdoasse todas as idiotices que havia feito contra Aleles no passado. – Não posso te responder ainda, mas posso te prometer uma resposta depois que essa guerra terminar. Sem sangue inocente derramado.

Um sorriso surgiu nos lábios de seu aliado traiçoeiro. No passado haviam sido inimigos, mas no momento era a única opção que tinham se quisesse proteger Eldarya e cumprir o pedido do Oráculo. De forma que quando Ashkore estendeu suas mãos para ela, Aleles aceitou seus braços, ainda receosa. Estranhamente, seu abraço era calmo, aconchegante e aquecido, tranquilizando-a por alguns segundos e ajudando-a a esquecer do mundo.

As flores se moveram lentamente conforme a brisa passou pelos jardins do QG. Embora a máscara escondesse seu rosto, Aleles sabia quão intensa era o olhar por baixo dela, sem perdê-la de vista e atenta aos mínimos detalhes de seu rosto, conforme se aproximava cada vez mais, roubando um toque de lábios e denunciando o turbilhão de emoções que o acometiam sempre que estava às sós com ela.

– Prometo acabá-la em um piscar de olhos. Melhor ter um bom estoque de desculpas quando eu voltar. – O sorriso voltou, mais presunçoso do que nunca, antes de se permitir roubar outro beijo, dessa vez mais intenso e recebendo um olhar incrédulo em resposta. Podia sentir coração de Aleles tão acelerado quanto o seu.

Porque eu a tomarei como minha.
 


Notas Finais


RESUMINDO: A maioria da galera da Guarda morreu depois que a Tríade, os Illuminatis e os Templários se juntaram pra dar uma surra neles. Entre os que bateram as botas nessas lutas foram os chefes de guarda, Miiko e Leiftan estão presos nas masmorras, Ashkore assumiu a liderança da Guarda e cansado dessa tática deles de passividade calculada, deu alok e tá matando todos os humanos que tá vendo pela frente, no maior estilo "mata antes que se multipliquem".
Já imaginou se a treta dele com a Guarda seja só porque divergem no modo de lidar com humanos? Ele seria tipo o extremista da parada e no fim, ele acaba propondo uma aliança com a Aleles porque ela tem uma ligação forte com o Oráculo e com a força dele, poderia ficar mais forte pra proteger Eldarya da galera humana que se infiltrou ali.
Mas como diria minha vó, o c ara não dá ponto sem nó, ele pode até não dizer direito o que significa aquela frase no final, ou se tá MESMO super apaixonado ou se é só uma paixonitezinha, mas ambos possuem genética boa e poderosa, depois que não sobrar nada em Eldarya, alguém precisa dar um jeito no problema né? UHEUAHEUAEH


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