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História Lessons Learned - Ghosttown


Escrita por: captainbstabler

Notas do Autor


Boa tarde, genteee!! Desculpa pela demora novamente!

A música do cap é Ghosttown da Madonna, escutem, é maravilhosa demais!!

Boa leitura!

Capítulo 31 - Ghosttown


You’re all that I can trust 

Facing the darkest days 

O sol já estava se pondo quando Emma se entediou de jogar no celular. A sala estava vazia, as crianças haviam subido para tomar banho e as mulheres mais velhas já haviam saído, então não havia muito que ela pudesse fazer.  

A loira se levantou do sofá, esticando as pernas, que já estavam doloridas de ficarem na mesma posição por várias horas e caminhou em direção ao escritório de Regina. A advogada já estava trancada lá dentro a muitas horas, trabalhando, e havia pedido para não ser incomodada, mas Emma queria que ela saísse pelo menos um pouco para poder respirar e descansar. 

Ao abrir a porta, seu coração apertou. Regina estava dormindo, encolhida no sofá, com as mãos presas entre as pernas e o notebook aberto na mesinha de centro em sua frente. Emma sabia que ela provavelmente se exaustou de tanto trabalhar e se deitou um pouco para descansar, mas acabou adormecendo.  

– Re... – A chamou gentilmente, balançando-a de leve pelos ombros. – Re... Acorda. Você vai ficar com dor nas costas. 

Aos poucos Regina foi abrindo os olhos. Ela olhou ao redor por um momento, tentando identificar onde estava e o que estava acontecendo. Quando se lembrou que deveria estar trabalhando, arregalou os olhos de vez e se sentou com a ajuda de Emma. 

– Que horas são? – Questionou com a voz rouca de sono. 

– Pouco mais de sete horas. – Respondeu com um sorriso, tirando o cabelo do rosto da mulher. Emma achava o cúmulo do absurdo ver Regina como a mulher mais linda do mundo até mesmo com os cabelos desgrenhados e os olhos inchados de sono.  

– As crianças? – Perguntou preocupada. Não era sua intenção dormir enquanto trabalhava, havia se deitado um pouco apenas para descansar a cabeça e logo voltaria, mas subestimou seu cansaço.  

– Tomando banho e eu daqui a pouco vou sair para buscar a nossa pizza. – Regina estava tão exausta que nem sequer protestou pelo jantar que teriam, ela apenas sorriu e balançou a cabeça afirmativamente, grata por ter alguém para cuidar de seus filhos enquanto ela não podia. – Sua mãe, Maria e a Granny fora para a casa da Zelena e vão passar a noite lá.  

– Por quê?  

– Elas queriam deixar a gente descansar com as crianças. – Deu de ombros. – Acho que elas queriam mesmo é que nós ficássemos sozinhas, mas eu convenci as crianças a ficarem. Não achei que você ia querer ficar longe deles hoje. 

Regina não teve forças para responder, apenas se escorou no peito da loira, deixando-a que a abraçasse. Não tinha palavras para expressar a gratidão que estava sentindo naquele momento. Era como se Emma soubesse e entendesse cada uma de suas necessidades, como sempre. Como se o tempo não tivesse passado e elas ainda fossem as mesmas adolescentes apaixonadas que uma vez foram. 

– Assim que eu voltar com a pizza, vou arrumar a sala para uma noite de filmes. Só se preocupe em tomar banho e colocar uma roupinha confortável. – Emma beijou o topo de sua cabeça enquanto acariciava suas costas.  

– Damien? – Regina perguntou respirando fundo. No fundo, queria que tudo tivesse sido apenas um pesadelo.  

– A última notícia que tivemos é que ele está fechado no apartamento dele com os advogados. – Respondeu sem se mover, não queria soltar Regina ainda. – Elizabeth teve que ser escoltada pela polícia para sair de casa sem que os jornalistas caíssem matando em cima dela. Até o momento, só sabemos disso. 

Regina respirou fundo novamente, se conformando que, naquele momento, não havia mais nada que ela pudesse fazer. Infelizmente. 

Após alguns minutos abraçadas, Emma decidiu ir buscar a pizza e Regina subiu para tomar seu banho. O que foi a melhor coisa que ela fez durante o dia todo. Após o banho, a morena vestiu um babydoll preto, confortável e bem fresco e, junto com os dois filhos, deitou-se embaixo das cobertas para esperar a loira.  

– Como foi a tarde de vocês com a Emma? – Regina perguntou trazendo os filhos para debaixo de seus braços, um de cada lado.  

– Eu tive aula de música, jogamos cartas e alguns outros jogos... – Malia explicou. 

– A vovó Cora também jogou com a gente. – Henry completou sorrindo e se ajeitando no braço da mãe. – Foi muito divertido. 

– Foi mesmo. – Lia riu. – Principalmente porque a Emma não sabe perder.  

Regina riu alto, concordando. 

– Ela sempre foi uma péssima perdedora. – Disse a morena.  

Os três ficaram em silêncio, apenas com o barulho da televisão ao fundo, onde estava passando alguns comerciais. Regina sequer estava prestando atenção no que estava passando, estava mais pensando em sua vida ultimamente, em como tudo havia mudado em menos de seis meses e como de certa maneira, havia tudo melhorado – com exceção da morte de Henry, obviamente.  

Seu relacionamento com Emma – coisa que ela jamais imaginava que teria – estava indo maravilhosamente bem. Até o relacionamento entre Emma e Zelena – o que era mais surpreendente ainda – estava caminhando bem. 

Emma estava se mostrando uma pessoa mudada, diferente e muito mais madura do que quando a conheceu. Ela parecia sentir o que Regina queria e precisava, sabia quando falar e quando ficar em silêncio, sabia ler a morena como um livro. Às vezes irritava, mas Regina não podia negar que aquilo lhe aquecia o coração. 

A forma como ela havia assumido seu lugar na vida de Regina, como se estivesse tomando de volta o que sempre foi dela, havia surpreendido a morena também. O processo foi natural, a forma como Emma tratava Henry e Malia como se fossem dela própria, se preocupando com o bem-estar deles, com a segurança e felicidade dos dois era magnífico. E também a maneira que eles a incluíram em tudo sem pestanejar.  

Era a naturalidade de tudo que a deixava pensativa e agora, olhando para elas, era como se nada havia mudado. Os anos não haviam passado. Até mesmo ambas as famílias voltaram a ser o que eram antes, como se quase duas décadas não fosse o suficiente para apagar todos os sentimentos que eles carregavam uns pelos outros. E não foi realmente suficiente. Frank e Henry – no pouco tempo que tiveram juntos – ainda eram a mesma dupla imparável, os que tratavam todos como crianças; Bárbara e Cora ainda tinham a mesma amizade, a mesma cumplicidade; Zelena e Rose estavam caminhando na mesma direção, como antes, quando costumavam sair juntas, falar sobre os filhos que não queriam ter, mas que agora falavam sobre os que tinham e como não trocariam por nada essa vida e esse amor que carregavam pelas crianças.  

Emma e Ruby...  

Regina estava tão feliz pelas duas. Sempre se entristeceu pela forma que a cunhada havia se separado de sua melhor amiga de infância e mesmo que ela sempre tentasse dizer que não ficaria chateada se Ruby continuasse com a amizade, a morena não ouvia. A resposta era sempre a mesma: Emma teve chances demais.  

Era cômico, pois cá estavam elas, dando à Emma uma nova chance. Todos estavam. E Regina não havia se arrependido em momento algum. 

– Mamãe... – O silencio e seus pensamentos foram interrompidos pela voz quieta e tímida de Henry. – O meu vô fez alguma coisa ruim? 

Regina e Malia se entreolharam, preocupadas, já que todo mundo estava fazendo o possível para Henry não ficar sabendo dos detalhes. Ele não era próximo de Damien, então tinham certeza de que o garoto não iria sentir falta, mas aparentemente, os esforços não deram certo. 

– Por que pergunta isso, querido? – A morena o ajeitou para que ele ficasse de frente para ela e seus olhinhos estavam baixos e ele parecia envergonhado. 

– Eu ouvi no jornal que ele foi preso. – Henry respondeu abaixando o olhar. 

A advogada não sabia o que responder, nem sequer como começar a explicar a situação em que Damien Colter se encontrava de uma maneira que um garotinho de cinco anos pudesse entender.  

– Sim, querido, é verdade. Mas ele já está em casa, não está preso mais. – Explicou após respirar bem fundo. – Só que ele ainda pode voltar para prisão porque ele cometeu um crime muito grave contra outra pessoa. 

– Então ele é uma pessoa ruim?  

– Não sei, meu amor. – Ela sussurrou, abraçando os dois filhos. – Eu não sei.  

[...] 

O dia amanheceu chuvoso, frio e bem cinzento, sem nem um resquício sequer do sol. Mas isso não incomodou Regina, muito pelo contrário, a morena acordou com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.  

A noite anterior havia sido perfeita, Emma chegou com a pizza, as crianças comemoraram e decidiram assistir um filma da Disney. Em menos de quarenta minutos de filme, tanto Henry quanto Malia já estavam dormindo e roncando de tão cansados que estavam do dia longo; Henry continuou apoiado na mãe, mas Malia fez com que Emma se sentasse ao lado de Regina, cedendo seu lugar para a professora.  

Após colocarem ambos na cama, Emma seguiu para o quarto de Regina e foi onde elas passaram a noite. Dormindo abraçadas, com cada centímetro do corpo encostando uma na outra.  

Regina, calmamente, se desvencilhou dos braços firmes e fortes de Emma, e desceu para preparar o café da manhã de sua família. A casa estava silenciosa, não passava das oito da manhã, as cortinas estavam todas fechadas e sol entrava pelas frestas que permitiam que a advogada olhasse para o lado de fora.  

Os repórteres já estavam fazendo plantão em frente à casa, mas Regina decidiu que aquilo não iria estragar seu dia. Ela suspirou, fechou o resto da cortina e seguiu para a cozinha fazer o que havia pensado antes: o café da manhã. 

Pães, bacon, ovos, torradas e cereais. Tinha de tudo um pouco, para todos os gostos, e a morena já imaginava quem iria escolher o que. Os três eram extremamente previsíveis em relação à comida e, bom, qualquer outra coisa.  

Regina estava colocando tudo na mesa quando seu telefone tocou. Era Zelena. 

– Zel? Está tudo bem? – Já atendeu preocupada. A ruiva não era de ligar assim do nada, muito menos tão cedo.  

Damien está na capa de todos os jornais matinais. – Informou a mais velha.  

Zelena sabia que Regina não iria ver os jornais, afinal, como ela iria sair na frente de casa para pegá-lo?  

– O que aconteceu? 

Depois da denúncia da Elizabeth, várias mulheres apareceram para denunciar também. – Ela contou. Regina sentiu as pernas bambearem e precisou se sentar para não cair dura no chão. 

Ela imaginou muitas coisas quando viu o nome da irmã no visor do celular, mas isso a surpreendeu. Até então, estava achando que o caso de Elizabeth era um caso isolado, que talvez Damien não estivesse pensando direito, ou qualquer outra coisa, mas dezenas de mulheres diferentes?  

Gina... é uma história mais macabra que a outra. – A voz da ruiva era de incredulidade, de choque e muita tristeza. – Mulheres de todas as idades. De senhoras até adolescentes.  

Regina não respondeu. Estava muda, chocada. Suas mãos suavam frio e suas pernas tremiam. Estava imaginando todas as vezes que Malia ficou sozinha com o avô e isso estava fazendo com que seu estômago embrulhasse.  

Mesmo que Malia nunca tivesse dado sinais de nenhum tipo de abuso, era inevitável não pensar em uma situação dessa. E ela estava rezando para que estivesse errada. 

E outra coisa... – A Mills mais velha respirou fundo antes de continuar. – Daniel nos ligou. Ele não quer ninguém saindo de casa.  

– Não estávamos planejando um passeio no shopping, não se preocupe. – A morena tentou dizer em tom de piada, mas sua voz estava trêmula demais para ter qualquer efeito engraçado. – Ele disse o porquê? 

Damien irritou muita gente com essas acusações. Pessoas perigosas. – Contou. – Daniel disse que ele está recebendo ameaças de morte, alguns têm medo de que ele abra a boca em troca de leniência.  

– No que ele estava metido? – A frase foi sussurrada, mais uma indagação de Regina para si mesma do que uma pergunta para a irmã e Zelena sabia disso, então apenas continuou: 

Não sabemos do que essas pessoas são capazes, então é melhor manter todo mundo dentro de casa.  

Nessa hora, Emma entrou na cozinha vestindo apenas um shortinho de tecido e uma blusa preta surrada, com a cara inchada de sono e os cabelos totalmente despenteados. A loira franziu o cenho ao ver a expressão da advogada e se aproximou, abraçando-a por trás sem dizer nada.  

Bom, vou deixar você cuidar das suas coisas. Se cuidem e eu te amo. Se precisar, me ligue.  

Regina suspirou, encostando-se ainda mais em Emma após a irmã desligar. Era tudo muito surreal e sua ficha ainda não havia caído que aquilo estava realmente acontecendo. No fundo, no fundo, ela só queria acordar e descobrir que era tudo um pesadelo. Que nada disso era real. 

– O que houve? 

– Damien. – Ela respondeu desanimada e, em seguida, explicou tudo o que Zelena havia dito na ligação. – Não sei o que fazer. Temos que manter as crianças em casa, sabe-se Deus por quanto tempo e eu nem sei como explicar tudo isso para eles.  

Emma entrou na frente da mulher, segurando em seus ombros com carinho, para olhar dentro de seus olhos. Não importava quanto tempo passasse, Swan ainda achava que aqueles olhos castanhos eram os mais lindos que já existiram.  

– Respira fundo. – Ordenou suavemente. – Respira comigo, vai. Um, dois... – Regina a acompanhou na respiração. – Mais uma vez... um, dois... Isso. Bem devagar. 

As duas fizeram isso mais algumas vezes, até que Regina se sentisse calma o suficiente.  

– Melhor? 

– Sim. Obrigada. – Ela sorriu. 

– Vamos com calma. Um passo de cada vez, lembra? – A professora sorriu levemente, puxando-a para um abraço. – Posso ir buscar o material deles na escola, vocês não precisam sair. E eu sei que a Zelena já conversou com a diretoria, eles não são contra a ideia de as crianças ficarem em casa por enquanto.  

– E o que irei falar para eles? – A voz de Regina estava embargando, então ela se agarrou ainda mais em Emma.  

– A verdade. Não adianta esconder. – Disse sinceramente. – Talvez com Henry você não precise ser tão específica, mas Lia não vai se contentar com meias verdades ou uma história mascarada. Diga a verdade. 

Regina sabia que Emma tinha razão. Não adiantava querer esconder nada de Malia, de uma forma ou outra, ela descobriria e isso só pioraria a situação. Eles precisavam se unir e não separar em um momento como esse. Mentiras só trariam desconfiança e desentendimentos, o que só atrapalharia tudo. Com Henry, seria mais fácil, o menino não faria muitas perguntas, mas ainda sim a morena sentia que devia a ele respostar.  

Damien era, no fim das contas, avô de seus dois filhos. Queira ela, ou não. 

– Você tem razão. – Concordou. – Só não queria que meus filhos passassem por isso. Não queria que eles soubessem que alguém que divide o sangue e o sobrenome deles fosse um ser tão monstruoso e cruel.  

– Você é mãe, Re. Nenhuma mãe quer que os filhos sofram, mas há coisas nesse mundo que não podemos impedir e nem os proteger, a única coisa que podemos fazer é estar lá quando as coisas derem errado. – Emma beijou o topo da cabeça da morena com carinho e sorriu. – E nós vamos estar ao lado deles. Independente de tudo, estaremos lá. 

Estaremos lá. Nós. Não apenas eu, mas nós.  

[...] 

A semana passou arrastada, cinzenta e chuvosa, como a previsão do tempo havia dito, mas dentro da casa era quente, alegre e cheio de amor. Emma pediu alguns dias de férias adiantada, Regina pediu licença do trabalho e as crianças estavam estudando em casa, então passavam o tempo todo juntos.  

Ninguém mais saiu de casa, nem mesmo Regina, que quando tentou foi encurralada de uma maneira tão violenta que tanto Emma quanto Zelena precisaram intervir e empurrar os repórteres para longe. Eram muitas especulações, rumores e notícias falsas, eles queriam saber direto da fonte e não tinham piedade. 

Os jornais passaram a especular que Regina e Daniel estavam trabalhando juntos na defesa de Damien e por eles não terem se posicionado para esclarecer os rumores, a mídia ficou ainda mais agitada e mais agressiva. A situação estava insuportável. 

– Não saí mais daqui, desde a semana passada. – Emma disse balançando a cabeça e Belle se simpatizou com a amiga. Estava longe, mas não deixava de ser a primeira pessoa que ela corria para desabafar. – Não estou reclamando, de maneira alguma, está sendo incrível passar esses dias só nós e as crianças. Mas Regina está desgastada com a situação. Todos estamos, você não faz ideia, Belle.  

Eu só consigo imaginar. – A francesa suspirou, querendo mais que tudo no mundo poder abraçar a melhor amiga. – Estou acompanhando as notícias e sei que a coisa está bem feia. A última coisa que vi foi que Damien foi indiciado por 14 estupros, é isso mesmo? 

A loira respirou fundo e fez que sim com a cabeça. 

– 14 estupros, 6 deles sendo contra menores de idades. – Contou. – E agora estão dizendo que Regina está o ajudando. 

Por que ela não desmente? 

– Não que vá fazer muita diferença, mas ela acha melhor deixar a poeira baixar primeiro e ela não pode arriscar expor que ela está trabalhando com as famílias das vítimas. É conflito de interesses. – Emma explicou. Ela sabia que Regina estava certa e estava pensando no bem-estar das meninas que foram vítimas de Damien, mas isso estava custando sua reputação e seu trabalho. Muitos clientes já haviam se retirado com a desculpa de que não queriam ser envolvidos em nada.  

É muito altruísta da parte dela, mas isso pode ser muito prejudicial. – Belle falou e Emma concordou. – Enfim... fora isso, como estão as coisas? 

– Tirando todo esse circo, está tudo bem. – A loira sorriu. – Estou mais próxima até da Zelena. – Emma viu Belle arregalar os olhos pela câmera do celular, chocada. – Nós estávamos sendo amigáveis, pela situação, mas depois da confusão com os repórteres ela ficou para tomar um café. Já tivemos algumas conversas desde que voltamos a nos falar, mas dessa vez acho que ela se convenceu que eu não estou aqui de brincadeira. 

Emma, estou tão feliz por você!! Sei o quanto te incomodava ter esse clima estranho entre você e Zelena, afinal, ela é uma parte importante da vida das pessoas que você ama. Tanto de Regina quanto de Ruby. É importante que vocês se deem bem. – A morena falou, realmente feliz pela forma que a vida da amiga estava caminhando. Uma das maiores preocupações de Belle sempre foi que Emma acabaria sozinha, afastada da família e amigos, pois ela tinha certeza de que o relacionamento com Lily jamais daria certo.  

– Estamos chegando lá, Belle. Estamos chegando lá. 

[...] 

– Você não está planejando em realmente ir até lá, está? – Regina perguntou ao ex-marido, enquanto andava de um lado para o outro na cozinha. Emma estava ficando tonta só de olhá-la.  

Eles estavam fazendo uma chamada de vídeo em grupo, com Daniel, Maria, Cora e Zelena para que todos ficassem a par da situação sem precisar ficar um repassando para o outro.  

Claro que estou. – Ele respondeu sério. – É uma forma de mostrar apoio à todas as meninas que foram vitimizadas por ele. E também cala a boca de quem está inventando rumores.  

É uma boa ideia. – Zelena disse após pensar bastante e todos ficaram em silêncio para ouvi-la. – Daniel aparecendo ao lado delas irá mostrar que ele não está ajudando Damien e, por consequência, Regina também não. Elas já sabem que Daniel e Regina estão ajudando-as, mas quem está de fora não. É o momento perfeito.  

– E por que ele está indo à julgamento? – Emma questionou confusa. Ela imaginou que, pelo tanto de provas e testemunhas contra ele, ele iria se agarrar no primeiro acordo que fizessem.  

Ele não aceitou acordo nenhum. Está insistindo na inocência e quer arriscar as chances no tribunal. É ridículo, ele vai ser massacrado. – Daniel explicou balançando a cabeça negativamente. – Nem sequer sei que defesa ele vai apresentar.  

Não quero nem pensar nisso ainda. – Cora falou fazendo os outros concordarem. – Também concordo com o Daniel indo ao julgamento. Precisamos acabar com essa palhaçada desses jornais nos ligando sem parar. Meu telefone está fora da tomada desde ontem e estou recebendo mensagens em todas as redes sociais dizendo que minha filha e meu ex-genro estão defendendo um predador sexual. 

Eles só querem ter o que falar. É audiência que paga os salários deles, então precisam de escândalos. – Maria disse acariciando as costas de Cora, afinal as duas estavam na casa de Zelena. – Mas filho, não queria que você fosse sozinho. Me deixe ir com você.  

Antes que Daniel pudesse responder a mãe, Regina se pronunciou: 

– Ele não vai sozinho, Maria. Eu irei com ele. – Ela disse decidida e todos a olharam espantados, inclusive Emma, que estava ao seu lado. – Nós vamos entrar juntos e iremos sair juntos. Não vou deixar que ele passe por isso sozinho.  

Daniel ficou mudo, com os olhos cheios de lágrimas e, os olhares das outras mulheres que antes eram de espanto, agora eram de orgulho. Nada no mundo poderia parar Regina de fazer o que ela queria, principalmente se ela acreditasse com todo seu coração que era o certo a se fazer.  

When it all falls, when it all falls down 

I’ll be your fire when the lights go out 


Notas Finais


É isso, pessoal! Deixem a opinião de vocês aí e até a próxima! Espero que tenham gostadoooo


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