1. Spirit Fanfics >
  2. Let her go. >
  3. Capitulo 10.

História Let her go. - Capitulo 10.


Escrita por: buerki

Notas do Autor


Nada a declarar, apenas que este é um dos capitulos que mais amo. <3

Relevem os errinhos, e boa leitura!

Capítulo 10 - Capitulo 10.


Fanfic / Fanfiction Let her go. - Capitulo 10.

— O imprestável do seu noivo já listou os convidados dele, pelo menos? — poucas pessoas no mundo tinham o privilégio de receber o ódio de Manuela Straub, Olivier era disparado o primeiro da lista, no entanto, seguido por Marco Reus; E outras eram somente tratadas com desdém, como Jen, por exemplo.

— Para de pegar no pé dele, Manuela, não seja tão rabugenta. — Ann a repreende, embora sorrisse com tamanha repulsa da prima pelo jogador.

— Minha mãe me ensinou a não julgar pelas aparências, mas, Olivier Giroud, definitivamente, não me parece confiável. — dá de ombros e saboreia o muffin de chocolate que pedira, como sempre, tratando o homem com indiferença. Ela falava a respeito de Olivier com tanta convicção que Reese chegava a se questionar até que ponto a primeira impressão de Manuela era válida, toda a cisma sobre ele a deixava encabulada. — Mas como eu não posso provar absolutamente nada do que sinto em relação a ele o jeito é só aceitar que Reese irá se casar com aquele ser-humano barbudo.

— Se você não fosse tão amiga do Marc, e o aceitasse sem nem fazer esforço, eu diria que essa repulsa toda ocorreria contra todos os jogadores de futebol. — Ann expõe seu pensamento enquanto Reese permanece em silêncio, apenas ouvindo o diálogo descontraído entre as duas mulheres, tentando prestar atenção em tudo que é dito. — Sinto pena do Reus. — completa, diminuindo o tom de voz, em seguida, beberica o café quente, intencionalmente querendo disfarçar a provocação.

— Marc é um exemplo de que eu não odeio a todos, só alguns. E nem cite o nome deste outro insuportável na minha presença, por favor. — descoberto o nome daquele que, tanto quanto o próprio Olivier, deixava Manu espumando de raiva, tornava simples a tarefa de provoca-la usando o atacante. — Esse traste não merece a minha atenção.

— Acho que ele quer mais do que sua atenção, pimentinha. — Reese se inclui na conversa, recebendo um olhar semicerrado de um lado, e risadas indiscretas do outro. — Já ouviu falar que o ódio anda junto ao amor?

Marco era um amor de pessoa, do jeito dele, quando se tratava de Manu as coisas mudavam, no entanto. O tom provocador usado pelo jogador era descarado, tal como o sorriso de lado e os olhos que viajavam sem pudor pelo corpo dela toda vez que a via. Atitudes que irritavam Manuela a ponto de não querer estar no mesmo ambiente que ele.

— Já ouviu falar em pessoas que nasceram pra ficarem juntas? — é claro que Manu não a deixaria sair por cima, além do mais, nunca que perderia a chance de voltar com o assunto. Com um sorriso vitorioso nos lábios, e superioridade no olhar, aguarda Reese alegar que Roman é só um amigo e nada mais, como de praxe.

A própria abriu a boca para proferir tais palavras, já tão conhecidas pelas primas, mas fora interrompida por Ann antes mesmo de começar.

— Então, Reese, os convidados de Olivier...

 

**

 

— Você não seria nada sem a minha pessoa, admita. — Manu tinha um sorriso grande estampado no rosto, sentia-se animada com a preparação do casório, mesmo que este nem fosse dela e, pra completar o desastre, tivesse birra do noivo.

Vangloriava-se dos próprios feitos, enquanto Reese cai exausta no grande sofá da sala. Acordar cedo para resolver alguns dos assuntos referentes à decoração, cardápio e bebidas, consumiu mais energia que o previsto; Ademais, estava preocupada com Olivier e suas péssimas atuações dentro campo após retornar à Londres.

— Eu admito o que você quiser se fizer massagem nos meus pés. — faz bico e pisca os olhos repetidas vezes, encarando a prima docemente.

A campainha toca, interrompendo a resposta negativa que Reese receberia.

Nem se dá o trabalho de levantar-se, nem mesmo se preocupa com quem quer que esteja do outro lado da porta. Talvez fosse algum vizinho importunando-a, atrapalhando seu momento de descanso após um longo e corrido dia.

— Ela precisa de uma massagem. — é a primeira coisa que Roman ouve assim que a porta da residência de Reese é aberta por Manu, que dá tapinhas em seu ombro e dispara pelo corredor sem dar tempo que a cumprimentasse adequadamente. — Use suas mãos de goleiro e faça essa mulher ver estrelas, homem. — some após adentrar o elevador.

Manuela gostaria de ser mais clara que isso, sua vontade era de chutar a bunda de Roman e fazê-lo despertar dos devaneios antes que todo o pesadelo tornasse real, ou tentaria o fazer entender que ali havia mais sentimentos do que o próprio imaginava.

— Teve um dia difícil, huh. — a voz de Roman é reconhecida imediatamente por Reese, que mantem os olhos fechados por trás da almofada posicionada contra o rosto. Ela murmura algo somente para confirmar a constatação do amigo, sente as pernas serem elevadas e logo posicionadas, desta vez, sobre as coxas firmes do suíço.

Os dedos ágeis dele apertam com maestria a sola dos pés doloridos, exaustos por terem suportado Reese o dia inteiro sobre eles. Gemidos de satisfação são abafados pela almofada, as unhas apertando com força a mesma.

— Da próxima vez, me lembre de não sair para organizar um casamento usando salto alto, por favor. — finalmente, ela o encara, os olhos pesados acompanhando por longos e profundos suspiros em razão do agrado que recebia.

— Quer dizer que pretende planejar outro casamento? — Roman ri da cara de espanto que ela faz, os belos olhos arregalam-se.

— Nem brinca! — solta o ar pelas narinas, esvaziado os pulmões em uma arfada pesada. O movimento sutil de Reese sobre o estofado macio do sofá faz com que sua saia florida levante alguns dedos, expondo mais as coxas lisas e firmes dela aos olhos de Roman. — Nem todo o planejamento que fiz durante esses anos estão ajudando a facilitar as coisas pra mim, ainda bem que tenho Manu. Só não diz a ela o que acabei de confessar.

— Como quiser. — ele não sorri, a mandíbula travada quase não o permite responde-la, por estar extasiado pelas pernas parcialmente expostas dela. Os olhos castanhos escuros permaneciam focados no tecido que o impedia de ver mais do que, no fundo de seu âmago, gostaria.

Põe mais força nos dedos com a intenção de aliviar a enxurrada de emoções que agitavam em seu interior. Prendeu a respiração ao lutar contra cada sensação que notava crescendo dentro de si, tratando-se de Reese Straub e tudo o que se referia a ela, eram sentimentos conhecidos, contudo, reprimidos à força.

— Tem alguns doces e petiscos que eu trouxe da degustação, estão na cozinha.

Aqueles aperitivos ajudaram a diminuir sua agitação, e realmente eram deliciosos. A curta caminhada até a cozinha lhe permitiu respirar e normalizar os batimentos, outrora aceleradas, do coração. Logo estavam conversando e saboreando as mais variadas iguarias, pelo menos as que Reese e Manu conseguiram acomodar dentro de duas caixas medianas.

Por mais que Reese reclamasse de já ter comido mais que o necessário, e que não caberia mais no vestido, acompanhou Roman. Nunca que ela negaria comer algo que julgou ser delicioso apenas para manter o peso, não era do seu feitio.

Os lábios sujos de chocolate, mais uma vez, ganharam os olhos de Roman, levando-o a avalia-los como fizera anos atrás.

 

 

10, 9, 8...

Dado o inicio da contagem regressiva para a virada de ano, Roman não pensou duas vezes antes de puxar Reese pela mão e sair arrastando-a em meio às pessoas, distanciando do grupo que os acompanhava.        

Ele abria caminho em direção a qualquer ponto onde Reese pudesse ver nitidamente os fogos de artificio colorindo o céu negro de Zurique em alguns segundos.

A alemã e o irmão estariam passando a virada de ano sozinhos em Berna se não fosse a insistência de Roman e alguns de seus amigos mais próximos, e a própria família dele, que estiveram planejando a viagem antes mesmo de conhecer os irmãos Straub.

 

7, 6, 5...

O clima gélido dera uma coloração avermelhada nas bochechas e nariz de Reese, deixando-a mais graciosa aos olhos do jovem suíço; A neve cobria as ruas e o vento gelado só fazia com que o casal sentisse a necessidade de se aproximarem cada vez mais forte, o calor dos corpos atraindo-se no intuito de manterem-se aquecidos.

Roman encontrara uma pequena brecha próxima a grade de proteção, onde conseguiriam ter visão privilegiada do Lago Zurique, sem qualquer dificuldade. Reese é passada para frente, rapidamente agarrando o metal com as mãos enluvadas, e imediatamente sente ser abraçada por trás, protegida e confortada pelos braços de Roman.

 

4, 3, 2...

Ela entrelaça sua mão livre na de Roman, sentindo dificuldade por conta das luvas que ambos usavam com o propósito de se proteger do frio. Os olhares se encontram pouco antes do término da contagem, criando uma bolha envolta deles, isolando-os. Ele aguarda um sinal claro que lhe desse a liberdade para dar o próximo passo, finalizando a noite como gostaria que fosse.

Reese tinha a cabeça encostada no ombro de Roman, a cabeça inclinada para trás permitindo que encarasse as orbes castanhas dele, e uma mão acariciando-o na nuca. O nariz frio de Roman a toca na bochecha, fazendo com que os olhos azuis fechassem e um suspiro escapasse dos lábios entreabertos dela.

Então, Reese sorri.

 

1...

Roman finalmente a beija.

O barulho das explosões preenchendo o lugar cercado de pessoas animadas, que gritavam e aplaudiam a todo o momento, abraçando umas as outras ao desejar as boas vindas pelo novo ano que se iniciava, era um detalhe a parte que compunha o cenário. Os desconhecidos que festejavam e, da sua maneira, registravam toda a euforia, não passavam de figurantes no espetáculo protagonizado pelo casal, assim como os fogos outrora motivos de ansiedade para Reese que se tornaram apenas meros expectadores diante daquele beijo. O som que se ouvia era quase uma reverência aos lábios unidos de forma tão bela e única, o encaixe perfeito.

— O que foi? — Roman finaliza o beijo com uma suave mordida no lábio inferior de Reese, curioso pra saber o motivo do riso repentino dela.

— Tinha prometido pro meu pai que filmaria os fogos. — revela antes de morder os próprios lábios, avermelhados, movimento captado pelos olhos de Roman. Reese havia comentado com ele que, durante a longa conversa que ela e o irmão tiveram no intuito de persuadir Thomas, prometera uma gravação da queima dos fogos; No qual esquecera completamente enquanto esteve depositando toda sua atenção no inebriante beijo que recebia. — Preciso pensar numa boa desculpa pra dar a ele. —sorrindo, ele captura os doces lábios dela pela segunda vez na noite.

 

 

A partir de então, o coração de Roman passou a pertencer a Reese, mesmo que este tentasse impedir que certos sentimentos, no fundo, já existentes, sobrepusessem à razão durante os anos que seguiram após a fatídica virada de ano em Zurique.

Estava completamente fodido. 


Notas Finais


Continuem comentando, e até a próxima att. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...