Pude sentir a minha alma saindo do meu corpo, olho pra luda com uma grande interrogação no rosto, e ela me olha de volta com a mesma cara de dúvida que eu, e em seguida começamos a andar ao encontro da moça.
-- Eu fiz alguma coisa errada? -Pergunto.
Ela me ignora, e isso me faz ficar mais apreensiva ainda. Continuamos a caminhar para a diretoria em silêncio, e quando chegamos lá, ela me pede para que espere sentada do lado de fora.
Começo a revisar todo o meu dia em busca de uma resposta do por que eu estou na diretoria agora, até que eu chego a conclusão que, o meu simples erro foi, ter acordado hoje... Sou tirada de meus devaneios quando escuto a voz de luda bem longe.
-- Eunseo?... EUNSEOOO - Ela grita na tentativa de chamar minha atenção
-- OOI, desculpa eu tava meio longe - Na verdade eu tinha até esquecido que ela estava lá.
-- Entao, é que já se passaram meia hora, e eu acho que você deve estar bem encrencada em - Ela diz fazendo uma careta.
-- Talvez não, a moça deve ter esquecido de mim, bom ela não seria a primeira a fazer isso - Digo fazendo um certo drama no qual faz com que a luda revire os olhos.
Me levanto e dou três batidinhas na porta, e não demora muito para que a mesma seja aberta, sou convida para entrar, então eu olho para luda e ela me faz um desanimado sinal de fighting, dou um meio sorriso ao perceber o cansaço da mesma e entro na sala fechando a porta atrás de mim.
-- Eunseo você lembra que hoje mais cedo você pegou o controle do projetor de slide comigo né? - Concordo com a cabeça positivamente - Então, cadê ele? - Ela me pergunta e o desepero começa a tomar conta de mim.
-- Como assim "cadê ele"? ficou com a professora, não é ela que tem que saber?
-- Lê esse isso aqui pra mim por favor - Ela fala me mostrando uma caderneta, e logo reconheço a minha assinatura. - É seu nome que está escrito aqui, logo, a responsabilidade é sua, entendeu? - Seu tom autoritário, faz com que eu me encolha. - Eu to tentando falar com a sua professora faz trinta minutos, mas ela não atende o telefone, fui na sala dos professores e ela também não tava lá, um colega dela me disse que hoje ela ainda tem uma última aula as três da tarde, bom, agora é uma hora, e o meu turno acaba as três também, quer um conselho? O quanto antes você achar esse controle, melhor pra você. - Ela pisca um olho só para mim em sinal de ameaça e logo depois disso eu saio da sala com cu na mão.
-- O que aconteceu lá? - A loira me pergunta, assim que vê a minha cara de burro quando foge.
-- A professora de sociologia me pediu para pegar o controle do projetor mais cedo e depois disso ela enfiou ele no rabo, e resumindo, se ele não aparecer logo, eu vou estar no mínimo muito ferrada - Digo em um tom de choro.
-- Calma, a gente vai dar um jeito de achar ela e pegar o controle, vai dar tudo certo - Ela diz segurando a uma das minhas mãos, e me olhando de um jeito muito confiante, fico um tempo tentando entender o que está acontecendo, ela nem parece a mesma pessoa de um dia atrás, abaixo meu olhar para nossas mãos e percebo o quão quentinhas e delicadas elas são, na suas unhas tinha um clichê esmalte preto descansando, o que eu achei muito fofo para ela, com um meio sorriso no rosto eu volto a olhar para luda que agora continha um olhar de dúvida em seu rosto e logo em seguida ela me solta rapidamente e volta a ter aquele semblante frio de sempre. - É... eu preciso ir ao banheiro, eu já volto. - Ela diz meio desajeitada e sai logo em seguida.
Me jogo para trás no banco da sala de espera, e posso até sentir minha bunda doer de tanto tempo que eu fiquei sentada, suspiro pesado e começo a pensar no que eu poderia fazer para resolver essa situação. Até que eu ouço uma voz famíliar falando comigo.
-- Ô troxa, tá triste por que? - O menino fala vindo em minha direção com os braços abertos, me preparando para um abração e eu logo o reconheço pelo sorriso.
-- CHANGKYUN - Digo surpresa, a última vez que eu vi Im foi no começo das férias. - Que saudade. - O abraço de volta. - Im changkyun estuda nessa escola faz uns três anos, no começo ele chamava muito a atenção das menininhas por causa do seu jeito tímido, mas esse jeito não durou muito já que depois o garoto se tornou um pestinha e um belíssimo de um galinha - Você deve estar corrompendo a pureza de muitas virgens por ai né, já que não tem mais tempo nem para os amigos.
-- A sabe como é né - Ele diz isso de uma maneira super convencida o que me faz dar um tapa na sua cabeça por tal ato.
-- Fazendo merda de novo, dona eunseo? - Dessa vez quem fala é a prima dele, diferente do Im, ela e eu temos a mesma idade, ela se mudou para cá no começo do ano passado e por ser bonitinha logo começou a andar com a galera do Seokjin, para ser sincera, eu não vou muito com a cara dela, só de saber com quem ela anda, eu automáticamente ja á julgo como uma babaca também, todos os que andam com ele são, só ficam do lado dele por interesse, menos o Im, ele é o único que eu realmente sei que é uma exceção no meio de todos eles.
-- Olha quem fala né B..
-- BONA?? - Olho para trás e e vejo a luda com un emblante assustado.
-- Ué vocês já se conhecem? - Pergunto não entendo a situação.
-- Sim, já fomos colegas de sala na minha antiga escola.
-- A luda-ssi, nós fomos bem mais do que simples colegas - Pude perceber o incômodo da loira ao ouvir essa frase.
-- Vocês são amigas? - Pergunto com uma pouco mais de interrese nisso tudo.
-- Podemos se dizer que sim -- A morena diz olhando de uma forma estranha para luda, e no mesmo instante a mesma a ignora olhando para outro lado.
-- Perai, não me diga que você é aquele pinguinho de gente que ficava correndo na escola para lá e para cá carregando um ursinho velho? Meu deus como você ficou bonita - Atacante, já ta querendo fazer uma nova vítima - Agora só falta mesmo é crescer. - Ele diz querendo se aparecer.
-- O pintor de rodapé aqui ta se achando muito grandão né. - Luda diz irônica, fazendo todos rirem.
-- Pelo menos ela tem senso de humor haha, então eunseo, você ainda não me disse por que você esta triste.
-- Eu peguei o controle do projetor hoje mais cedo, e a professora não devolveu e se ele não aparecer até as três, vocês já podem ir preparando o meu velório, porque é real eu vou morrer.
-- A professora de sociologia?? - Bona pergunta.
-- Sim, como você sabe?
-- Eu tive aula com ela hoje, e esqueci o meu casaco aqui, e só lembrei quando estava sentindo frio - Ela diz sorrindo - Quando eu entrei na sala eu vi o controle em cima da mesa, mas né, eu não vou mexer com essas coisas, se você for rápida, você ainda consegue pegar a sala aberta.
-- A meu deus bona, muito obrigada mesmo, eu vou correr lá então, você vem luda?
-- Claro.
-- A gente se ver por aí? - A morena pergunta para luda.
-- Talvez. - Ela diz simplista.
Para minha sorte a sala ainda estava aberta e o controle estava exatamente onde a bona falou, voltamos rápido para diretoria e assim que eu chegamos lá eu bati na porta com um tanto de pressa.
-- Vai quebrar a porta mesmo?
-- Aqui o controle. - Digo já irritada com o mal humor da moça.
-- Que bom que você escutou meu conselho, espero que isso nunca mais se repita. - Ela diz novamente em um tom de ameaça.
-- Não vai - Digo piscando um olho só e logo em seguida saio deixado-a pra trás a com cara de poucos amigos.
-- Não queria falar nada não mas, eu arrasei.- Digo sentido-me vitoriosa.
-- Ver...da.. AAAtchim.
-- Eu falei pra você por colocar um moletom, mas você é teimosa.
-- Meu Deus como você é chata. - Ela diz coçando o nariz e o deixando em um tom um tanto avermelhado.
-- Lá em casa eu te empresto uma blusa quentinha.
-- Ta bom - Ela diz um pouco envergonhada.
Quando já estávamos quase saindo da escola, Changkyun pula na nossa frente na esperança de nos assustar.
-- Achou que ia se livrar de mim tão facil assim é? Falei pra bona que ia te esperar para te acompanhar até em casa e ela foi na frente.
-- Ala, já vai começar com o grude de novo, vamo ai vai.
-- Flw ai pra vocês.
-- Ué luda, a gente não ia fazer o trabalho?
-- Vamos deixar pra amanhã, tenta descansar um pouco hoje.
-- Ta mas e a blusa de frio?
-- Não se preocupa comigo, eu to bem. - Ela diz saindo.
-- Ué, então ta bom...
-- Caramba essa dai é durona mesmo em. - Changkyun fala dando dois tapinhas nas minhas costas.
-- Pode ter certeza que é... - Digo um tanto quanto frustrada.
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