História Let it Snow - Undisclosed desires

Seus olhos, que mais pareciam ser duas esmeraldas que brilhavam na escuridão, não podiam acreditar no que estavam vendo à sua frente. Enquanto a forte tempestade caía lá fora, Haruko tentava conter os tormentos dentro de si ao ver aquele homem em seu quarto. Nua, apenas enrolada em uma toalha, nem ela mesma sabia o que estava havendo ali.

- Tobirama-kun !? - Dizia Haruko, ainda sem acreditar, enquanto se aproximava e tentava cobrir seu corpo com os braços - O que está fazendo aqui?

- Me desculpe, Haruko...! Eu não quis invadir! - Disse Tobirama, que parecia estar sem graça por ter chegado em uma má hora - Eu fiquei preocupado por você ter ido embora da casa de meu irmão daquele jeito... Eu temi que Madara pudesse fazer algo contra você!

Apesar de não estar em uma situação confortável para conversar, Haruko estranhamente se sentiu mais tranquila ao perceber que o Senju estava sendo verdadeiro.

- Está tudo bem...! Mas como você entrou aqui?

- Primeiro eu fui à cafeteria e não te encontrei por lá. Sua irmã até tentou te ligar, mas você não atendia o telefone. Comecei a ficar preocupado, então decidi vir até aqui. Eu chamei por você, mas percebi que a porta da frente estava aberta, e a casa estava escura... Então fiquei ainda mais preocupado, e entrei para verificar se tudo realmente estava certo.

- Ah, não precisava ter se preocupado! Está tudo bem! - Dizia Haruko enquanto sorria meigamente - A propósito... Peço desculpas pelo Madara e por ter saído de lá daquele jeito!

- Não! Só eu quem deve pedir desculpas! - Disse Tobirama que, inesperadamente, a segurou pelo pulso - Se Madara tivesse feito algo contra você por minha causa eu nunca me perdoaria!

Haruko sentiu o seu coração palpitar ao olhar para dentro daqueles olhos rubros, além de sentir aquela forte mão segurando o seu pulso. Além disso, as palavras do policial eram tão cheias de afeição que faziam a jovem até a se arrepiar.

- Você... não tem culpa de nada, Tobirama-kun! - Disse Haruko como se tivesse dificuldade em pronunciar suas palavras.

Tobirama, por um momento, também parecia ter dificuldade em manter seus olhos fixos nos de Haruko. No entanto, devido à tentação, ele não pôde resistir em olhar aquele belo e delicado corpo à sua frente. Apesar de ter sido rápido e discreto, o Senju pôde notar as curvas da jovem, e a delicadeza daquela pele pálida que parecia ser feita de porcelana. Porém, antes que pudesse ficar totalmente hipnotizado, Tobirama recuperou sua consciência.

- Bem... Então... Acho melhor eu ir agora...!

- Tobirama-kun, espere!

Antes que Tobirama pudesse se virar, Haruko segurou uma de suas mãos, impedindo-o que partisse dali. Porém, o Senju ficou ainda mais surpreso quando Haruko se aproximou mais, e o tocou em seu rosto. Além disso, seus olhos estavam marejados, como se o seu real desejo estivesse falando por si.

- Me beija...! - Sussurrou ela.

- O quê !? Haruko...?

Tobirama não podia acreditar no que estava acontecendo. Mas, apesar de ser uma atitude repentina, e errada por parte da jovem, o oficial não podia negar que aquele também era seu desejo.

- Por favor...! Eu preciso descobrir uma coisa...

Haruko deixou a sua toalha cair, revelando o seu corpo nu ao homem que invadia seus pensamentos. Mesmo sabendo que aquilo não era certo, o oficial da lei não resistiu a ficar hipnotizado perante àquela perfeição, decidindo, então, a se entregar às suas verdadeiras vontades.

Em seguida, Haruko o laçou pelo pescoço e o beijou sem hesitar. Parecia que seu coração havia sido flechado quando seus lábios se tocaram. Naquele beijo calmo, Haruko fazia questão de aproveitar cada sensação que aqueles lábios macios lhe proporcionavam. Tobirama, por sua vez, não conseguiu evitar, e a correspondia com todos seus sentimentos secretos que tinha por ela.

Haruko se arrepiava ao sentir aquelas mãos passeando pelas suas costas nuas - aliás, mesmo tendo uma profissão árdua, Tobirama tinha as mãos macias e delicadas, às quais faziam a jovem soltar suspiros quando era tocada por ele.

No entanto, aquele momento de ternura teve seu tempo curto quando a paixão decidiu tomar mais espaço. Haruko intensificou o seu beijo, fazendo com que suas línguas se embolassem e, por mais que quisessem parar para respirar, qualquer pausa era evitável. Em seguida, Haruko começou a tirar-lhe o casaco e, desesperadamente, a desabotoar a sua camisa. Tobirama também a ajudava despi-lo, apenas distanciando alguns centímetros de seus lábios.

Porém, assim que Tobirama ficou com seu dorso nu, Haruko parou de beijá-lo. Apesar de não ser tão robusto, era um corpo perfeito que poderia fazer inveja a qualquer homem: conforme imaginara, seus braços eram fortes e seus músculos delineados, enquanto seu tórax era minuciosamente definido, como se tivesse sido esculpido por mãos divinas. A jovem ficou tão presa àquele corpo que não resistiu em tocá-lo, apertando cada dobra de músculo daquele abdômen perfeito enquanto voltava a beijá-lo com paixão.

Ainda entre os beijos, Haruko começou a caminhar para trás enquanto o puxava - até que eles se separaram quando a jovem se deitou em sua cama, fazendo com que o Senju se deitasse por cima dela.

- Você me deseja? - Disse Haruko, com seu olhar repleto de luxúria, enquanto atracava suas unhas nas costas dele.

- Mais do que tudo! Não imagina como eu sonhei por este momento!

Tobirama começou a beijá-la no pescoço, fazendo-a soltar altos suspiros, sem ao menos se preocupar se eles ainda estavam a sós naquela casa. Enquanto ele descia seus lábios por aquela pele macia e perfumada, Haruko agarrava os lençóis e o travesseiro em sua cama. Porém, ela gemeu ainda mais alto quando Tobirama começou a chupar um de seus seios, enquanto massageava outro. Era uma sensação única e maravilhosa, como se Haruko nunca tivesse a experimentado antes.

Ainda com sua boca concentrada nos seios da jovem, Tobirama desceu uma de suas mãos até à intimidade dela, percebendo que, além de encharcada, estava inchada - como se a sua espera pelo prazer supremo fosse uma tortura. O Senju massageava a intimidade molhada e beijava o vale dos seios enquanto sentia a jovem se contorcendo pela cama. O desejo de ambos crescia ainda mais, principalmente em Haruko - ao sentir aqueles dedos se movendo dentro de si, ela sentia coisas que nunca conseguiria explicar em palavras.

Logo, ele parou de tocá-la, e se deitou mais por cima dela, pressionando a sua ereção contra a intimidade nua.

- Por...Por...Por... favor...! - Haruko tentava dizer entre gemidos, sem ao menos conseguir abrir seus olhos - Eu quero te sentir logo! Faça-me sua agora!

Diante daquele pedido desesperado, e também não aguentando mais a segurar suas vontades, Tobirama rapidamente tirou suas calças e sua box branca, revelando seu mastro grande e ereto. Agora, eles podiam se sentir completamente. Mais uma vez, Tobirama se deitou por cima dela e, conforme em todas as vezes que suas peles se tocavam, gemidos e suspiros saíam de ambos.

Tobirama voltou a beijá-la - mas não um beijo muito caloroso, e sim apaixonado. Enquanto isso, Haruko se surpreendia como Tobirama conseguia ser um homem tão gentil e carinhoso mesmo em seus momentos de luxúria. Cada toque, cada gesto vindo do Senju parecia ser surreal. Após uma pausa em seus beijos, Tobirama colocou seu membro posicionado na entrada da intimidade da jovem - o que foi suficiente para arrancar-lhe altos gemidos. Em seguida, ele começou a penetrá-la cuidadosamente - porém, Haruko inexplicavelmente começou a sentir dor, como se fosse a primeira vez que se deitava com um homem. No entanto, ela não hesitou. Aquela dor mesclada com o prazer era uma sensação inigualável, estando determinada a querer mais e mais!

Quando o Senju a adentrou por completo, Haruko gemeu alto - tal gemido que mais parecia ser um grito. Assim que começou a se movimentar dentro dela em vai-e-vem, Haruko fechou os seus olhos enquanto arranhava-lhe as costas com mais forças - a jovem tentava se concentrar à cada fincada que sentia. Tobirama também gemia alto enquanto se movimentava - no entanto, começou a se sentir incomodado ao vê-la de olhos fechados.

- Olha pra mim! Olha pra mim!

Após ouvir tal súplica, Haruko abriu os olhos, encarando o homem suado que se movimentava cada vez mais rápido dentro dela. Assim como a jovem, Tobirama parecia estar desesperado em busca do prazer.

De repente, enquanto suas mãos que ora agarravam os lençóis e ora arranhavam-lhe as costas, Haruko não conseguiu encará-lo dentro de seus olhos mais, desviando, então, sua atenção para o teto. No entanto, ao sentir que seu ápice estava se aproximando, sua visão estranhamente começou a embaçar - mas não só isso. Seu corpo parecia pesado, sua cabeça doía e seu estômago embrulhado. Diante daquela maravilhosa sensação da chegada do prazer, Haruko começou a sentir certo desespero - parecia que ficaria cega a qualquer estante, além de um sentimento estranho de como se ela não pertencesse àquele mundo.

Sua visão ia escurecendo cada vez mais, e a única coisa que se podia ouvir era os gemidos ofegantes do homem por cima dela. Inesperadamente, Tobirama segurou o rosto dela com força com uma das mãos, obrigando-a encará-lo. No entanto, assim que voltou sua atenção a ele, sua visão ainda estava embaçada - mas podia sentir que Tobirama, assim como ela, estava prestes a gozar.

- Diga o meu nome! - Ordenou o Senju enquanto se movia ainda mais rápido.

Por mais que se esforçasse ao máximo, nenhuma palavra saia da boca de Haruko. Além de cega, ela também estava muda.

- Haruko...! Diga o meu nome!

A jovem não conseguia cumprir tal ordem, e seu desespero crescia ainda mais dentro de si, assim como o seu prazer. Os gemidos se tornavam cada vez mais altos e o suor de ambos já encharcava toda a cama. De repente, Haruko voltou a enxergar, mas só conseguia ver o vermelho dos olhos do homem que a possuía - um vermelho tão intenso que até a fazia sentir cheiro de sangue. No entanto, quando parecia que havia alcançado o seu desejado orgasmo, Haruko conseguiu retornar à realidade.

Haruko se levantou assustada, com seus olhos esbugalhados, suando frio e sua respiração ofegante, como se tivesse acabado de escapar de um terrível pesadelo. O quarto ainda estava escuro, mas não havia ninguém lá, a não ser a jovem apavorada em cima da cama desarrumada.

Assim que se deu por si, Haruko percebeu que ela estava enrolada em uma toalha e seus cabelos estavam um pouco molhados. Após se acalmar e recuperar a sua respiração, Haruko notou que realmente ainda estava sozinha em seu quarto. E, após olhar pela janela, percebeu que a noite ainda não havia chegado, e as nuvens escuras e carregadas tinham se desfeito, revelando um céu limpo para aquele fim de tarde. Parecia que o tempo não havia passado desde o momento em que chegou em casa.

Ainda um pouco desesperada, Haruko começou a olhar o seu corpo - mas, estranhamente, não percebeu nada de anormal, como se nada ou ninguém havia tocado em sua pele. Em seguida, ela se sentou na beira da cama enquanto tentava entender o que havia acontecido, ao mesmo tempo em que tentava esquecer.

- Foi apenas um sonho !?