Castiel arfou ao ver a menina de toalha e ficou ainda pior ao ver as queimaduras que se estendiam pelas pernas da mesma.
-Se continuar a me olhar assim vou ser obrigada a lhe denunciar – Charlotte pegou o pijama quente voltando para dentro do banheiro e voltando em seguida vestida
-Eu não...
-Tudo bem, aconteceu alguma coisa? – se sentou ao pé da cama
-Não eu só – parou de falar sabendo que não tinha o que falar ele só queria ver Charlotte
-Só? – sorriu vendo que o anjo não tinha o que dizer – Vem aqui – se ajeitou na cama dando tapinhas no espaço ao seu lado, onde o anjo se sentou, Charlotte tomou o rosto do mesmo pelas mãos sentindo cócegas nas palmas pela barba mal feita – Você é quente – disse rindo de si mesma da frase em duplo sentindo
-Minha graça é pouca mais ainda continuo sendo pura energia e luz – sorriu torto
-Eu sei, meu pai era ainda mais quente – disse se lembrando de quando estava frio e Gabriel a abraçava e somente com o calor do corpo o arcanjo a esquentava, seus olhos se direcionaram para a ossada das asas do anjo – Deveriam ser lindas – desceu as mãos pelo pescoço e ombros do anjo em seguida segurando as mãos do mesmo fazendo carinho nas costas das mãos em movimentos circulares.
Castiel suspirou pesado
-Eram – o tom de sua voz era cheio de culpa afinal foi com a ajuda dele que Metatron fechou o céu e desencadeou a queda de todos os anjos
Charlotte puxou o anjo tomando seus lábios, passou os braços pelo pescoço do anjo, Castiel levou as mãos a cintura fina da menina a puxando para mais perto a fazendo se sentar em seu colo, Charlotte gemeu entre o beijo ao que uma mão do anjo passou por uma das queimaduras
-Desculpa – Castiel se afastou
-As queimaduras ainda doem – olhou seus braços, fez um percurso com o dedo até um dos pontos e arrancou dois deles – Mais os cortes estão fechando – sorriu ao ver o pequeno machucado se fechando – Logo estou novinha em folha - encarou o anjo se perdendo no azul
-Vou a um caso com Sam e Dean amanhã, não saia daqui está bem? – pediu como se suplicasse
-Não vou – sorriu – E acho que Mary vai acabar me fazendo companhia.
-Melhor ainda – espalmou as mãos nas costas de Charlotte a abraçando
-Fica aqui comigo? Essa noite – beijou a bochecha de Castiel ele não poderia negar tal pedido
-Eu posso negar?
-Não – riu tomando os lábios do anjo em seguida.
Naquela noite Charlotte dormiu agarrada ao anjo que lhe protegia durante o sono, não poderia estar mais feliz.
[...]
-É uma boa idéia não vou negar – Mary sorriu para Charlotte
-E então? - balançou as mãos esperando ansiosa uma resposta
-Acho que Arthur não vai se importar eu passar um tempo aqui – arregalou os olhos ao que Charlotte pulou no pescoço da loira a abraçando, retribuiu em um abraço fraco
-Obrigada, tenho certeza que os meninos vão gostar – soltou Mary
-Chegam amanhã certo?
-Sim provavelmente – se direcionou para cozinha voltando com duas xícaras de café
A idéia era a seguinte, natal e ano novo estavam chegando e Charlotte só havia comemorado uma vez essas datas e agora via a oportunidade perfeita pra comemorar novamente e esquecer um pouco dos problemas que rondavam seu dia a dia. Havia pedido ajuda a Mary e bem a loira havia aceitado agora só precisava da aprovação dos irmãos e do anjo o que não seria muito difícil.
-Seu café é ótimo – Mary disse depois de tomar um gole do café, Charlotte sorriu agradecida
O choro de Thomas chamou a atenção das dua -Deixa que eu vou – Mary se levantou primeiro antes que Charlotte avançasse
-Está bem – agradeceu mentalmente, ela estava cansada não podia negar Thomas dava algum trabalho à noite.
Sorriu ao lembrar-se da noite passada, ter dormido agarrada ao anjo sentindo o calor do corpo alheio foi à melhor coisa por esses dias.
[...]
Os dias se passaram rápidos, convencer os Winchesters a comemorar o natal e o ano novo foi meio difícil mais enfim Mary e Charlotte haviam conseguido, Mary não havia saído do bunker desde então e sempre ia nós casos que os meninos tinham.
Mais alguma coisa tinha mudado e Charlotte sabia disso a mudança estava no moreno de olhos azuis, havia se declarado e depois de ter voltado daquele caso ele estava diferente e até Dean havia percebido isso, estava aos poucos se afastando e saia do bunker constantemente sem dizer para onde ia e quando questionado mudava rapidamente de assunto.
Charlotte suspirou pesado virando outra xícara de café garganta abaixo, voltou para a sala onde Mary brincava com Thomas, Sam lia um livro, Dean ouvia música bebendo cerveja e Castiel não estava lá assim como nos outros dias. Seguiu para seu quarto a fim de ler alguma coisa. Mais não leu nada, não conseguia apenas bebeu seu café e fechou os olhos se deixando levar por pensamentos.
-Hey – a voz de Dean ecoou pelo quarto fazendo Charlotte abrir os olhos e sorrir – Você está bem? – se sentou na cama ao lado da menina que sorriu amarelo
-Ele se distanciou Dean – bufou frustrada
-Eu sei – se encostou à cabeceira
-Não sabe mesmo o que aconteceu aquele dia?
-Não ele saiu para investigar sozinho demorou tempo demais e quando voltou estava daquele jeito.
-Posso te pedi uma coisa? – encarou o amigo que fez o mesmo
-Pode
-Me leva a cidade amanha com vocês? – sorriu meiga
-Levo – riu da cara manhosa da menina – Espero que isso não nós mate.
-Idiota – bateu no ombro do loiro
-Ai – passou a mão no lugar fingindo dor
-Você vai me ajudar fazer a ceia
-Não vou não, você se vira – fez uma careta
-Sua mãe então vai, preguiçoso – rolou os olhos
-Um eu me lembro da comida dela, é maravilhosa
-Imagino, hey o que vai me dar de presente? – cutucou as costelas do loiro que se encolheu com o formigamento
-Não seria presente – estreitou os olhos como se fosse obvio
-Ah vai me diz – balançou o corpo do loiro o fazendo gargalhar
-Não, se não nem te dou nada – disse rindo mais alto ao que Charlotte fez beicinho
Puxou o pulso da menina a puxando para perto abraçando o corpo magro.
-Amo você – apertou o loiro contra si em um abraço aconchegante
-Eu sei – Dean disse com pesar, se lembrara de Charlie nessa hora, a ruiva era a irmã que queria ter e Charlotte entrava na lista
-Normalmente as pessoas dizem “Eu também” – Charlotte se aconchegou no peito do mesmo ouvindo o coração bater calmo
-Eu sei mais não espere isso de mim – beijou o topo da cabeça da menina
-Jeito Winchester de amar, Sam é mais carinhoso.
-Ele tem seus motivos – enroscou os dedos nos fios castanhos
-Creio que sim, todos têm – suspirou pesado
-Vamos descobrir o que está acontecendo com o Cass – observou Charlotte se sentar
-Assim espero – sorriu amarelo
-Acho que alguém está querendo você – Mary entrou no quarto sorrindo com Thomas resmungando no colo
Levantou-se sorrindo caminhando até a loira tomando Thomas de seus braços que parou de resmungar no mesmo instante
-Não sei como consegue – Mary olhou desacreditada no poder da menina sobre Thomas
-Eu também não – sorriu ao que Thomas segurou seu dedo indicador levando a boca o sugando – Hey vai me ajudar com a ceia amanhã? – sorriu
-Sim – concordou a loira – Bom vou dar uma saída volto mais tarde – piscou para o filho e acenou para Charlotte saindo em seguida
-E eu vou ver se o Sam achou um caso – o loiro se levantou
-Um caso que vão passar para alguém, amanhã é véspera de natal não quero ninguém longe de mim – fez beicinho
-Sim senhora – bateu continência fazendo Charlotte rir logo saindo
Suspirou pesadamente olhando Thomas
-Sozinhos novamente Thomas – se deitou com o menino na cama
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