Justin POV
Me afastei de Katerina assim que notei uma movimentação estranha na sala. Segundos depois o senhor Nistok entrou onde estávamos e pela cara dele não gostou nada nada da bagunça que estava ali.
- O que fazem aqui a essa hora? - ele perguntou e Nina me olhou.
- Não temos aula hoje, então obriguei Nina a me trazer para cá. A culpa foi toda minha. - eu disse.
- Não Justin, você não precisa fazer isso. - disse Katerina - O que acontece é que realmente não temos aula hoje e Justin anda chateado com umas coisas, como boa amiga que sou, apenas quis ajudá-lo a se distrair.
- Dessa vez eu deixo passar. Tem almoço na geladeira, não precisa preparar algo. Eu vou buscar uns papéis que esqueci e volto para comer com vocês. - disse o senhor Nistok que logo depois nos deixou sozinhos.
- Justin? - eu olhei para Katerina - Eu estou preocupada com você. Me conte o que está acontecendo.
- Não precisa se preocupar, já já passa.
- Você promete? - eu assenti com a cabeça.
[...]
Katerina POV
- VOCÊ AO MENOS DEVERIA TER ME AVISADO. - gritou Charles pela milésima vez.
- EU ESQUECI, OK? JÁ DISSE ISSO MILHÕES DE VEZES. - eu gritei de volta.
- VOCÊ NÃO DEVERIA TER ESQUECIDO, KATERINA. EU SOU SEU NAMORADO.
- VOCÊ ESTÁ FAZENDO UMA CONFUSÃO PORQUE EU ESQUECI DE AVISAR QUE SAÍ MAIS CEDO DO COLÉGIO.
- EU DEVO SABER TODOS OS SEUS PASSOS.
- Me poupe Charles. - subi as escadas e fui na direção do mu quarto.
- Katerina, eu estou falando com você, volte aqui. - ele disse vindo atrás de mim.
- Você vai para de gritar? - eu virei na direção dele.
- Irei. Mas ainda seguirei dizendo que errou ao não me contar que saiu mais cedo, ainda mais com o Justin.
- O que há de errado com o Justin?
- Eu não quero mais que andem juntos.
- Como é?
- Isso mesmo que ouviu, você é minha namorada e eu estou dizendo que não quero mais você com o Justin e como boa menina que é, vai fazer o que eu digo.
- Não Chaz, eu não irei deixar de falar com o Justin. Você nunca implicou com isso, porque esse sentimento repentino?
- Não foi repentino. Eu apenas não quero mais vocês juntos. Ponto.
- E sabe o que eu quero? Você bem longe da minha casa. Vai embora.
- Eu vim passar a tarde com você, não irei embora apenas porque está pedindo. Vamos.
Ele me fez virar novamente na direção do meu quarto e foi andando comigo até lá. Assim que entrei no meu quarto, deixei minhas coisas na cadeira e arrumei meu cardigan dobrado perfeitamente em cima da escrivaninha. Chaz deitou na minha cama, ligou minha tv, abriu o Netflix e ficou vendo algum filme.
- Eu vou tomar banho. - eu disse e ele apenas assentiu com a cabeça sem tirar os olhos da TV. Peguei meu celular despercebidamente dentro da minha mochila e me tranquei no banheiro. Abri o aplicativo de mensagens e mandei uma para o Justin.
Katerina: Como está sendo o primeiro dia? Espero que bom. Chaz está aqui e vai passar a tarde comigo. Te ligo assim que puder, precisamos conversar. Beijos.
Pus o celular em cima do balcão da pia, me despi e entrei debaixo do chuveiro. Deixei a água numa temperatura agradável, fiz um coque no cabelo e comecei meu banho relaxante, preciso de um break, Charles fez um escândalo por nada e nem se importou pelo amigo dele estar se sentindo mal, talvez ele saiba o motivo e não quis que eu percebesse para que eu não o fizesse perguntas. Terminei meu banho, me sequei, vesti minhas roupas íntimas, meu roupão e saí do banheiro.
- Charles? - eu o chamei e ele me olhou. - Você sabe o motivo de Justin estar chateado?
- Eu? Por que eu deveria saber? - ele me perguntou.
- Talvez por ser o melhor amigo dele.
- Ele é mais próximo de Ryan do que de mim. - ele sentou na cama - O que me surpreende é você não saber. Talvez ele não te considere tanto assim.
- O que? Justin apenas não quer me preocupar.
- Acha mesmo, Nina? - ele ficou de pé - Você está preocupada mesmo sem saber. Acho que ele não confia tanto assim em você. Deveria me ouvir e se afastar, eu quero o melhor para você. - ele segurou meu rosto com as mão e me deu um selinho. - Você está linda. Ou melhor, é linda. - ele beijou minha bochecha - Me desculpe por ter sido grosso com você. - ele beijou a ponta do meu nariz - Apenas fiquei preocupado quando cheguei no colégio e você não estava - ele beijou minha outra bochecha.
- Você anda bem grosso ultimamente. - ele me olhou.
- Me desculpa. Ando tendo uns problemas em casa, na faculdade e eu acabo ficando um pouco nervoso.
- E precisa descontar em mim?
- Eu não desconto em você, princesa. Apenas acontece sem que eu queira. Você me desculpa?
- Por que não me conta o que está acontecendo com você? Achei que confiasse em mim. - ele bufou. - Viu? Já está irritado.
- Eu confio em você, Katerina. Mas é assunto de adulto, você não entenderia.
- Quantos anos acha que eu tenho? - ele passou a mão no cabelo. - Vamos, me conte o que está havendo com você.
- Depois Nina. Outro dia eu conto. - ele voltou a sentar na cama.
- Outro dia não. - eu fui até ele e o fiz abraçar minha cintura - Eu quero saber agora, Chaz. Eu sou sua namorada, me deixe cuidar de você. - ele me olhou diferente. - O que?
- Ninguém nunca disse isso para mim. - eu segurei o rosto dele com minhas mãos.
- Eu amo você e me preocupo também, não quero vê-lo chateado. - ele sorriu fraco.
- Também amo você, Nina. - sentei no colo dele.
- Me conte o que te preocupa.
- Primeiro eu quero saber de você. - eu o olhei sem entender.
- Oi?
- Como anda no colégio?
- Não mude de assunto.
- Não estou. - ele passou a mão na minha bochecha - Eu também me preocupo com você. Não quero que se machuque nem que fique irritada à toa.
- Apenas estou preocupada com você e Justin. Justin eu resolvo depois, mas você está aqui na minha frente, dando voltas e voltas, sem me falar nada.
- Eu não vim pra cá para lembrar de problemas, vim me distrair, ter um tempo com minha namorada. Coisa que eu não faço já tem uns dias. - eu sorri - Você tem um sorriso lindo, Katerina.
- Essa seu repentino momento de elogios me assusta.
- Eu sei que não faço isso sempre. Irei mudar, prometo.
- Eu acredito.
Ele me beijou. No começo foi calmo, mas a intensidade foi aumentando. Um tempo depois, ele estava por cima de mim. Será que eu quero passar para o próximo degrau? Ele está sendo tão bom comigo, me elogiando, dizendo que irá mudar, se abrindo comigo. Eu o amo, tem que ser ele, vai ser ele, aqui e agora.
Pus minhas mãos na barra da camisa dele e a puxei para cima, logo depois, ele já estava sem camisa e surpreso com a minha iniciativa. Um tempo depois, meu roupão já não estava mais em mim. Chaz estava sendo bastante cuidadoso comigo, o que me surpreendeu bastante, ele normalmente é intenso e não calmo como está sendo agora.
Logo estávamos como viemos ao mundo. Eu devia estar roxa de vergonha, porque ele começou a distribuir beijos por todo o meu rosto, numa intenção de me relaxar, coisa que deu certo. Não paramos para preliminares, ele me masturbou com um dedo, pôs a camisinha e quando percebeu que eu estava pronta, puxou meu quadril para baixo, deitou por cima de mim e foi entrando lentamente.
- Se quiser que eu pare, é só me dizer. - ele disse.
- Já chegamos até aqui, não vou desistir. - eu disse.
- Não seja idiota, Katerina. Não estou falando do ato e sim que me avise se estiver doendo, porque eu paro.
- Ah, bom, sendo assim, não senti nada de errado ainda. - ele me deu um selinho e seguiu com o que estava fazendo. - Ok, agora você pode parar. - ele não me deu ouvidos e impulsionou todo para dentro - CHARLES!
- Desculpa, desculpa. - ele disse e encheu meu rosto com beijos. - Pelo menos foi uma dor única. - eu dei um tapa no braço dele - Tá bom, eu já pedi desculpas. Como se sente?
- Não sei, talvez rasgada?
- Novamente, desculpa. - ele me deu um selinho. - Só me mexerei novamente quando você me pedir.
Ele ficou quieto por um tempo, então eu o beijei, acho que ele entendeu como um sinal, porque voltou a se mexer. Então, os movimentos passaram de lentos para rápidos e intensos. Eu estava quase arrancando a pele das costas dele e ele não reclamou nem por um segundo. Eu gemia alto o nome dele, enquanto Chaz dava gemidos no meu ouvido. Eu não me arrependi nem por um segundo, eu estava certa, era ele.
Finalmente atingi meu limite e minutos depois, Charles também chegou ao ápice. Ele foi parando os movimentos lentamente e depois estávamos apenas nos beijando. Ele deitou e eu sentei na cama, cobrindo meu corpo com o cobertor. Chaz tirou a camisinha, deu um nó, me olhou estranho, foi ao banheiro e voltou novamente para a cama já sem o preservativo.
- Por que está me olhando assim? - eu perguntei.
- Eu só vou perguntar uma vez, Katerina. - ele disse e eu assenti com a cabeça. - Você realmente era virgem ou mentiu pra mim? - eu o olhei perplexa.
- O que?
- Me responde.
- Óbvio que eu era virgem, Charles.
- Você está mentindo. - ele vestiu a cueca. - Se realmente era virgem, porque não sangrou?
- O que isso a ver?
- Se você era virgem, deveria ter sangrado quando eu fui de vez.
- Você me ofende falando essas coisas.
- E você não passa de uma mentirosa. - eu funguei. - Foi com o Justin, né? Eu sabia. - ele ficou de pé e vestiu o resto da roupa - Escuta bem o que eu vou te falar - ele segurou meu rosto com uma das mãos - Eu não vou pagar de corno, entendeu?
- Você está me machucando.
- É pra machucar mesmo. - ele soltou meu rosto com força, me fazendo ir pra trás. - Que idiota. Eu jurando que finalmente ia foder uma garota virgem, ainda paguei de bom moço, pra no fim descobrir que sou corno. - ele riu irônico. - Se você soubesse o que tenho vontade de fazer com você, Katerina. - eu já não conseguia parar de chorar. - Engole esse choro. Não precisa mais pagar de santa para mim, Vagabunda. - eu solucei. - E ainda vivia me dizendo que não estava pronta, mas tenho certeza que todas as vezes que foi na casa do Justin, adorou abrir as pernas para ele. - ele pegou a carteira, o celular e as chaves do carro. - Sua farsa acabou Katerina. - eu voltei a sentar na cama - Eu sabia que tinha alguma coisa nessa amizade. Mas preferi ignorar meus pensamentos e enquanto isso, você estava fodendo com outro cara bem EMBAIXO DO MEU NARIZ.
- Eu não fiz nada disso - eu falei baixo em meio a soluços.
- Nem vem pagar de inocente pra mim. - ele chegou perto - Seu teatro acabou, piranha. - ele deus dois tapinhas fracos no meu rosto e um terceiro mais forte. - Manda seu amante ir falar comigo. E pode dizer a ele que se não for, quem vai sofrer as consequências será você. Cachorra. - dito isso, ele saiu do meu quarto batendo a porta.
Eu me encolhi na minha cama e segui chorando sem acreditar no que havia acabado de acontecer. Meu celular começou a tocar, juntei todas as minhas forças e fui até o banheiro para pegá-lo. Assim que cheguei, vi que era uma chamada de Justin. Atendi sem nem pensar duas vezes.
- O que precisa falar comigo? - ele perguntou assim que percebeu que eu havia atendido, então eu solucei. - Nina? Está chorando? O que aconteceu? O QUE CHARLES FEZ COM VOCÊ?
- Justin, venha para minha casa - eu solucei novamente - por favor.
- O que houve?
- Não avisa ao meu pai que está vindo me ver, ele não pode vir. - eu funguei. - Vem rápido.
- Tudo bem. Não saia de casa. Estou chegando.
[...]
Justin POV
Assim que encerrei a chamada, fui até o escritório do senhor Nistok. No caminho até lá, eu já pensei numa desculpa para que ele me deixasse sair mais cedo. Faltavam meia hora para o fim do expediente, ele não ficará chateado. Ao menos eu espero que não. Dei três batidas na porta e entrei assim que tive a permissão.
- Justin? - perguntou o senhor Nistok assim que me viu. - Aconteceu alguma coisa?
- Eu recebi uma ligação da escola e preciso ir para lá agora.
- Agora? Por que?
- Eu não entendi muito bem. Eles disseram que tinha a ver com a detenção que eu fugi hoje.
- Detenção?
- É, algo assim. Posso ir? Já terminei tudo o que tinha que fazer, veja. - entreguei a prancheta com todas as planilhas preenchidas.
- Belo trabalho, garoto. - ele disse. - Pelo o que vejo, você realmente já terminou tudo. Pode ir e resolva esse assunto na escola.
- Sim senhor, obrigado. Até amanhã.
Eu saí da sala praticamente correndo. Fui ate o bicicletário, peguei a minha bicicleta e saí de lá pedalando na velocidade da luz. Se Chaz tiver encostado um dedo num fio de cabelo de Katerina, eu o mato.
Cheguei rápido na casa dela. Toquei a campainha milhões de vezes e por não haver resposta, enviei uma mensagem avisando que havia chegado, então a porta foi aberta. Katerina parecia assustada e seguia chorando. Eu entrei na casa e a abracei, fechando a porta atrás de mim.
- O que aconteceu? - eu perguntei enquanto tentava consolá-la. - O que Charles fez com você? - ela me olhou com uma expressão terrível. - Meu Deus, Katerina. O que aconteceu com você? Me fale.
- Charles e eu... - ela não precisou completar. Minha única reação foi soltá-la.
- Você transou com Charles? - ela soluçou e balançou a cabeça positivamente. Meu mundo caiu naquele momento.
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