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História Let Me Love You: The Worst Is Coming - Drunk from my hate


Escrita por: Poxa_Camz_

Notas do Autor


Hey, meus amores!! Tenham uma ótima leitura, ok? Liz.. amo você. ❤

Jim Parsons será Ivan Mills. ❤

Capítulo 13 - Drunk from my hate


Fanfic / Fanfiction Let Me Love You: The Worst Is Coming - Drunk from my hate

Boston, Massachusetts — 2018, 03:32min

Brianna Yates PON

Acordo para ir ao banheiro e antes de me levantar, confiro se Avalanna está bem e respirando. Dou um sorrisinho olhando para ela através da fraca luz do abajur e beijo seu rostinho, ficando de pé.

Mason e Aleh dormem agarrados em um colchão de casal no chão e eu pego meu celular, tirando algumas fotos. Ah, mas eu mal posso esperar pelo casamento deles. Vou fazer uma homenagem que nunca vão esquecer.

Aleh fica engraçada dormindo e Mason tem os braços ao redor da cintura dela de forma protetora. Penso no Justin e em como eu me sinto segura quando ele está ao meu lado. Eu deveria ligar para ele, mas algo me diz que está muito ocupado agora.

Devagar, caminho até o banheiro e me agarro ao ferro preso à parede para me sentar no vaso. Meu Deus! Quando eu ficar grávida de novo quero parto normal, esses pontos estão me deixando maluca.

O médico disse que eu deveria ficar quieta, mas é impossível! Eu quero andar normalmente como antes. Aí, droga! Encaro meus dedos engessados, mordendo a boca.

Faço xixi e decido olhar algumas decorações para o quarto da Avalanna quando acordar mais tarde, estou muito empolgada.

Penso nas constantes mensagens e ligações que Charlotte, Emily, Chaz e Ryan fizeram para mim nos últimos dois dias. Ficaram tão preocupados e não sossegaram até que eu fizesse uma chamada de vídeo, mostrando que estava muito melhor.

Eles chegam de Baltimore mais tarde e é definitivo agora, vão morar juntos e perto de mim e das meninas. E do Justin, que está muito feliz por ter seus dois melhores amigos próximos outra vez.

Dou a descarga e lavo minhas mãos, ignorando completamente meu reflexo no espelho. Sinto sede e faço uma careta. Opto ir lá embaixo tomar uma água ou até um suco e abro a porta, saindo. Desço as escadas com cuidado e noto a luz da cozinha acesa. O que me faz franzir a testa.

Pego um dos ferros que se usa para mexer no carvão da lareira e ando cautelosa, erguendo os braços pronta para dar um golpe em quem quer que seja. Ao ver Scar sentada à mesa e de cabeça baixa, meu corpo relaxa instantaneamente e eu deixo o objeto no canto e vou até ela.

Observo as doze garrafas de cerveja perto do seu corpo e nego com a cabeça, tocando seu ombro.

—Scar, meu anjo. —passo a mão por seus fios loiros, fazendo ela dar um pequeno impulso e erguer a cabeça, direcionando seus olhos perdidos para mim.

—Bri... o que faz acordada? Se sente mal? —ela pergunta embolando a língua, começando a se agitar.

—Ei, eu estou bem. Só vim beber uma água. —seguro seu rosto com cuidado e ela se acalma.

—Essas garrafas, merda! Não era pra estarem aqui. —Scarlett tenta empurrá-las para longe, como se estivesse envergonhada agora.

—Scar... —fico desconfortável com a situação, frustrada por não saber o que fazer.

Quando Justin chegar vou dizer ele pra não comprar mais nenhuma bebida. Com Scar desse jeito, é melhor evitarmos isso. Depois tenho que conversar com Rebecca também.

—Sinto muito por ter assustado Avalanna aquela hora, Bri. Eu não quis, juro pra você. —ela diz começando a chorar, parecendo uma criança ferida.

Puxo uma cadeira e me sento, agarrando suas mãos.

—Ei, sei que não teve a intenção. Não foi nada demais, huh?

—Justin gritou comigo. Ele nunca tinha falado daquele jeito, não comigo. —ela funga o nariz e eu toco seu rosto.

—Ele só ficou nervoso, Scar. Depois foi te pedir desculpas, se lembra disso?

—Sim, ele foi. —ela fala depois de um tempo, como se procurasse a lembrança na sua memória.

—Então, Justin ama você. Eu amo você, todos nós amamos. —converso com ela, querendo chorar também.

—Vocês ainda me amam? Mesmo que eu não tenha sido capaz de impedir Bryce de te machucar? —seus olhos azuis me analisam com atenção e eu rio pelo nariz.

—Scar, se o carinha com Bryce não tivesse visto você chegando talvez não teria brigado com ele e o levado embora. Bryce ia conseguir... —engulo em seco, fechando os olhos por um segundo ou dois. —Ele teria tirado minha filha. Você salvou a nós duas. É nossa heroína. —digo, porque é a verdade.

Eu me lembro exatamente como fiquei feliz quando vi Scar na porta do apartamento e como fiquei mais calma ao olhar em seu rosto.

—Eu não quero parecer tão fraca, Bri. Não queria que você me visse desse jeito. Mas eu só... eu não sou forte o tempo todo, sabe? —assinto com a cabeça, conseguindo sentir a dor em cada palavra que sai da boca dela. —Eu superei a morte da Asheley. Além disso, Rebecca me faz tão feliz, com certeza mais do que eu consigo demonstrar pra ela. Só que eu ainda sinto que eu podia ter evitado o que houve com Asheley da mesma forma que eu devia ter evitado o que Bryce fez com você. —ela diz, torturada.

—Coisas assim não podem ser previstas, Scar. Tenho certeza que Asheley, assim como eu, jamais culparia você pelo que aconteceu. Você é incrível. Tão inteligente, divertida e habilidosa. É a melhor guardiã que eu poderia ter.

—Eu amo você, sabe disso. —ela começa a soluçar e eu a abraço com força.

—Eu também amo você, Scar. E é por te amar que quero pedir um favor. Se afasta das bebidas? Não só por mim, mas principalmente por você. Beber assim, do jeito que você está bebendo... isso vai te fazer muito mal.

—Eu sei, Bri. Eu vou parar, eu juro.

—Podemos ir em algum grupo de apoio, o que acha? Eu vou com você em todas as reuniões.

—Não precisa disso, eu vou parar sozinha. Eu sei que consigo. Não vou mais beber. —ela garante e eu fecho meus olhos, sentindo que isso é o começo de uma longa caminhada.

Eu quero acreditar que Scar vai acordar amanhã e resistir à tentação de ingerir qualquer coisa que tenha álcool, mas no fundo eu sei que ela não vai se livrar desse vício do dia pra noite. Ainda mais por conta própria. Isso está mais sério do que eu pensei.

—Eu vou subir e tomar um banho, vou voltar a dormir. Obrigada pela conversa, eu me sinto muito melhor agora. —ela se afasta e eu encaro a vermelhidão dos seus olhos, a puxando para beijar sua testa.

Depois de se levantar e jogar as garrafas no lixo, ela sobe as escadas quase caindo e eu vou até os armários. Confiro cada um e pego todas as garrafas de bebida alcoólica que têm ali, abrindo e despejando tudo na pia.

Enquanto encho um copo com água, penso em um jeito de Scar aceitar ajuda pra se tratar e rezo a Deus que o pessoal e eu consigamos convencê-la.

Baltimore, Maryland — 2018, 04:00min

Justin Bieber PON

Depois de tirar a camisa do Bryce e prender seu corpo à cadeira de metal, arrasto a mesa de madeira para perto de nós e encaro os apetrechos que comprei para essa noite gloriosa. Apetrechos. Dou uma risada baixa. Parece coisa de uma das espiãs demais.

Pego um copo de água gelada e jogo na cara dele, fazendo com que o idiota acorde assustado e comece a tossir. Seus olhos se erguem confusos, mas ao me ver, vejo um lampejo de preocupação atravessá-los.

—Justin. —ele rosna, me fazendo dar um sorriso.

—Estou decepcionado por você não estar feliz em me ver. —Bryce se mexe, tentando se soltar das algemas.

—Como me achou, seu filho da puta?

—Como você vai morrer depois que a nossa diversão acabar, vou te dizer. —analiso o bisturi afiado que comprei. —Mattew foi um informante meu durante todo esse tempo, Bryce. Você só foi parar naquela casinha porque eu mandei que ele te levasse pra lá. —penso um pouco, escolhendo o que fazer primeiro.

Cortar a língua dele ou... Hum. A surra que ele deu na Brianna eu vou dar nele em dobro. Coloco o par de socos ingleses.

—Veio vingar sua putinha, Drew? Achei que... —antes que ele termine de falar, meto um soco tão forte na sua boca que alguns dos seus dentes voam no chão acompanhados de uma quantidade considerável de sangue.

—Brianna está bem, obrigado por perguntar. A propósito, eu achei muito covarde da sua parte ter a audácia de bater em uma mulher, principalmente uma que estava grávida. —dou mais três socos, um no nariz e dois no maxilar.

—Estava? —Bryce ri, erguendo a sobrancelha cortada. —Sua filha morreu? Ah, eu sinto muito.

—Não, seu verme! —acerto outro soco, dessa vez na barriga. —Minha filha está bem e segura, está em casa com a mãe dela.

—Ah, é uma pena. Eu torci tanto pra que ela morresse. Imagine que divertido sua namorada carregar um bebê morto? —ele sorri mostrando os dentes que sobram manchados de sangue.

—Seu covarde, eu vou acabar com você! —começo a distribuir uma série de socos, acertando tudo quanto é parte do seu corpo.

Depois de longos minutos, eu opto por usar algo mais pesado. Pegando uma barra de ferro, acerto um golpe no seu rosto e consigo ouvir os ossos do seu maxilar trincando.

Bryce começa a fechar os olhos e eu dou dois tapas fortes em seu rosto, fazendo com que me encare de cara feia.

—Se você desmaiar, eu vou me sentar e esperar que acorde pra que possamos continuar a brincadeira. E é assim que vai ser até seu coração imundo parar de bater. —volto a surrar ele, ouvindo na minha cabeça os gritos que Brianna deu naquela noite, os pedidos de socorro e pensando em cada lágrima que ela derramou.

—Já não é o bastante? —Bryce pergunta durante os pequenos intervalos em que alterno os golpes da sua cabeça para suas pernas.

Bato nos lugares onde não há risco de matar porque é cedo demais pra esse desgraçado morrer.

—Não se entra em um jogo quando se tem algo a perder, Bryce. Você se esqueceu disso quando ousou pisar na minha casa e tocar na minha mulher. —largo a barra de ferro no chão e tomo fôlego, pegando uma das facas na mesa e me sentando. —Você quebrou dois dedos da Brianna, se lembra disso? —comento com ele, endireitando a coluna. —Agora eu vou arrancar todos os seus. Um por um. —seus olhos se arregalam e ele grita enquanto eu começo a tirar seu polegar da mão esquerda, tão lentamente que posso ver a faca cortando os pequenos ossos.

Seus gritos cada vez mais torturados enchem meu peito de alegria e eu observo o sangue escorrendo no chão. Quando sustentado apenas por uma fina camada de pele, eu puxo e seu primeiro dedo cai no meio da poça de sangue.

—Sabia que é a primeira vez que desmembro um ser humano? —sigo para o dedo indicador da mesma mão enquanto ele se remexe na cadeira da forma que pode. —É mais divertido do que eu pensei. —o outro dedo cai e eu parto para o do meio, me sentindo cada vez mais incentivado pelos seus gritos.

—Me mata logo, porra! —ele berra me olhando com fúria.

—Vai demorar um pouco pra isso acontecer, Bryce. Então sossega aí. —corto os outros dois que faltam e sorrio vendo meu trabalho. —Antes de cortar os dedos da outra mão eu acho melhor dar um jeito de você não ver o que está acontecendo, quero que o resto seja surpresa. —aperto as bochechas dele antes de me levantar e pegar o maço de cigarros e o mini maçarico dentro do meu bolso.

—O que você vai fazer? —ele pergunta assustado enquanto eu sorrio para a pequena chama.

Caminho na sua direção e seguro sua cabeça, a puxando para trás.

—Cegar você. —digo simplesmente, puxando seu cabelo. —Agora fique quieto e tente não gritar muito, preciso me concentrar. —viro o cigarro para baixo e uma cinza cai no olho dele, fazendo ele resmungar e se mexer. —Qual é, Bryce. Seja homem nos seus últimos minutos de vida. —reviro meus olhos e pressiono a ponta acesa na sua pupila, sentindo meus olhos brilharem.

Bryce se balança na cadeira e eu seguro sua cabeça com mais força, passando para o outro olho e vendo o sangue escorrer de ambos.

Ele chora sangue e eu vibro por dentro, alucinado com a sensação de vê-lo sofrer. E principalmente por ser quem está infligindo esse sofrimento.

—Sabe, Bryce. Não podemos dizer que eu sou injusto, não é? —jogo o que sobrou do cigarro no chão e dou a volta na mesinha. —Afinal, eu te avisei o que aconteceria se me testasse. Duas vezes. E você ignorou meus avisos e foi covarde o bastante pra meter Brianna nisso. —nego com a cabeça, pegando um martelo. —Agora é tarde demais para arrependimentos, mas achei importante dizer isso. E eu fico admirado por você ter sido ingênuo de achar que eu não seria capaz de ir até o fim do mundo pra vingar a garota que eu amo. —acerto o rosto dele, destroncando completamente seu maxilar.

Bryce solta apenas murmúrios de dor agora, como se não tivesse mais força para dar os gritos que eu tanto estava gostando de ouvir.

—Eu... eu não aguento mais. Para, por favor. —me sento outra vez, pegando a faca e continuando a tirar seus outros dedos.

—Brianna também te pediu por favor, Bryce. Você não teve piedade dela. E eu não vou ter de você. —arranco todos, curvando a boca por ele estar resistindo tão bem.

Pegando o bisturi, faço um corte profundo em seu peito e ele berra enquanto puxo sua pele, observando atento seu coração batendo ali dentro.

—É, Bryce. Foi bom enquanto durou. Nos vemos no inferno. —seguro o órgão que o mantém vivo e o puxo, o vendo dar as últimas batidas na minha mão.

Fico observando seu coração diminuindo os pulsos até parar de bater e depois o jogo no chão, mandando uma mensagem para Mattew.

Enquanto junto as ferramentas e solto o corpo sem vida da cadeira, espero ele chegar. Depois de algum tempo o garoto vestido em roupas pretas e com uma jaqueta de couro entra no galpão com três cães presos em correntes.

—Esses bichos são confiáveis? —ergo uma sobrancelha, desconfiado.

—São adestrados e estão sem comer absolutamente nada há dois dias. Garanto que eles vão limpar tudo. Mas se não comerem ao restos do Bryce, o que eu acho difícil, eu dou um jeito pra você. —ele se abaixa na altura dos cachorros e sorri. —Raio, Trovão e Catrina, está na hora do jantar. —Mattew solta a coleira e os três correm em direção ao corpo estirado no chão.

O mais forte dos cães abocanha o coração do Bryce de uma vez e engole sem nem mastigar. Puta que pariu! Eles catam os dedos e engolem, lambendo o sangue do chão e começando a devorar o que sobrou.

—Bom, vou para o aeroporto esperar Chaz, Ryan e as garotas para voltar para casa. Esteja em Boston na semana que vem. Farei outra reunião com o Conselho para falar do novo cargo a ser preenchido agora que Bryce morreu. Quero que acompanhe tudo.

—Pode deixar, JB. Eu estarei lá. —tocamos as mãos e eu faço um sinal com a cabeça, dando as costas e saindo dali me sentindo leve como uma pena. Ah, eu poderia fazer isso o resto da vida.

Entro no meu carro, ansioso para voltar para as minhas meninas.

Boston, Massachusetts — 2018, 09:13min

Brianna Yates PON

—Preta... —acordo sentindo as mãos do Justin alisando meu rosto e me mexo na cama.

—Humm, oi J. —falo manhosa, sentindo meus olhos pesados feito chumbo. Que sono é esse?

—O pessoal quer te ver, meu amor. Tá todo mundo lá embaixo. —ele diz e eu abro os olhos imediatamente, me lembrando que Lottie, Emily, Chaz e Ryan chegavam hoje. Aaaaaaaaah.

—Meu Deus, J! —me sento na cama agitada, fazendo uma careta quando os pontos começam a doer.

—Tudo bem? —Justin se abaixa perto de mim, todo preocupado.

—Sim, amor. Foi só uma daquelas fincadas. —beijo a testa dele. Me viro para olhar Avalanna dormindo que nem um anjo ao meu lado.

—Ela puxou a mãe, olha só. —Justin me zoa e eu dou o dedo do meio para ele, engatinhando na cama e brincando com seu pé coberto pelo sapatinho vermelho.

—Ava, meu anjo. Acorde, minha princesa. —curvo a cabeça para cheirá-la. —Mamãe tem que dar banho em você e ainda te dar de mamar. —ela começa a acordar, abrindo os olhinhos e me encarado por um tempo antes de sorrir.

—É incrível como ela é calma, não? —Justin pergunta se sentando do outro lado, tomando toda a atenção da nossa menina para ele.

—Eu sinceramente não sei quem ela puxou.

—Você não foi já que sai por aí batendo em garotas e ameaçando elas de morte. —Justin ri e eu reviro meus olhos, sorrindo. O observo se abaixar e beijar Avalanna na testa e vejo seu cabelo molhado.

—Que horas chegou, amor?

—Faz mais ou menos uma hora. Estava lá embaixo com os meninos esperando Aleh e Mason acordarem. —ele dá de ombros.

—Scar já levantou?

—Sim, ela parece melhor hoje.

—De madrugada eu acordei e fui tomar água. Ela estava na cozinha, tinha enchido a cara de novo. Tomou doze garrafas de cerveja sozinha. —conto para ele, alisando a cabeça da nossa filha.

—Eu vou conversar com ela, convencê-la a se tratar. —ele diz me olhando e eu assinto com a cabeça. —A banheira já deve ter enchido, preta.

—Como sabia que eu ia querer tomar banho?

—Eu te conheço bem. —ele se inclina para beijar minha testa.

Justin está tão pleno, não parece mais perturbado como antes. E com isso sei que ele conseguiu o que queria.

—Você dá banho em mim e eu dou banho na Ava. A água não está muito quente, está?

—Não, amor. Está morna. —assinto com a cabeça e seguro Avalanna nos braços.

Justin me ajuda a caminhar até o banheiro e depois de tirar minhas meias e a cueca que eu uso, me ajuda a entrar na água.

Ele despe nossa filha com a mesma atenção e cuidado e depois me entrega ela enquanto seguro sua cabeça e começo a molhar seu corpo.

—Antes de vir pra casa eu passei em uma loja de tintas e comprei algumas latas.

—Que cor?

—É um verde psicina, parece ser bem bonito. —assinto com a cabeça, sorrindo porque Justin concordou com minha ideia de ir ensinando para Avalanna e todos os outros filhos que tivermos que as cores são só cores.

Não vai ter isso de rosa é de menina e azul é de menino. Nem os brinquedos. Vou encher ela de carrinhos e bonecos de super herói.

Avalanna fica nos olhando, parecendo indecisa em quem focar seus lindos olhos. Ela olha para mim e depois para o Justin atrás de mim, lavando minhas costas.

—Ivan está lá embaixo entretendo todos com uma dança muito engraçada. E ele trouxe uns chocalhos para Avalanna. Disse que sabe técnicas ótimas de aliviar a cólica dela.

—Ivan é um amor mesmo. —comento rindo, imaginando como ele está fazendo todos rirem. —Ei meu amor, tá boa a água? —brinco com minha menina, vendo ela rir e bater palminhas.

Encaro as roupas no chão do banheiro. Roupas manchadas com sangue.

—Resolveu o problema que você tinha pra resolver? —pergunto pra ver o que ele fala.

—Sim, preta. Tá tudo certo agora. Me sinto ótimo. —Justin diz com a boca contra o meu pescoço.

—Que bom. —falo simplesmente, terminando de lavar Ava que faz caretinhas quando um pouco de água cai em seu rosto.

Quando terminamos, Justin nos tira da banheira e nos enrola em toalhas. Deixo que ele a troque e me visto sozinha, me levantando para pegar a pomada que previne assadura e passando nela antes de colocar a fralda.

Justin fica penteando e desembaraçando meus cachos, me fazendo sorrir.

—Decidi continuar minha faculdade de psicologia à distância, amor. Não quero ter que ficar longe da Avalanna. —comento com ele enquanto termina de arrumar meu cabelo.

—Eu acho ótimo, preta. Por falar nisso, tenho que te apresentar seus seguranças. Eles vão cuidar de vocês duas à todo momento. —Justin fala e eu me levanto.

Depois de pegar nossa filha, saímos do quarto e descemos as escadas devagar, fazendo com que eu sorria ouvindo as vozes vindas da sala.

—Aí, meu Deus! —Charlotte se levanta correndo do sofá e vem até mim, gritando e me abraçando.

—Oi, Lottie. —dou risada, correspondendo.

Emily, Chaz e Ryan se levantam e vêm até o Justin, encantados com Avalanna que observa cada um com atenção.

—Ela é tão linda. —Emy fala e eu sorrio, sendo abraçada pelos dois branquelos do meu coração.

—Cada dia você arranja um susto diferente pra nos dar, é incrível. —Ryan resmunga beijando minha cabeça.

—O que eu posso fazer? —sorrio, abraçando Chaz e depois Emily.

Ivan vem até nós e Justin entrega Avalanna para ele, fazendo um sinal com a cabeça para Scar. Os dois vão para o escritório e eu torço mentalmente para que eles tenham uma boa conversa.

—Bom dia, meus amores. —sorrio para Rebecca e Aleh, que está no colo de Mason.

—Gente, eu estava pensando que podíamos começar a fazer o almoço. Mas todo mundo vai ter que ajudar. Menos a Bria e o Ivan. Eles ficam sentados conversando com a gente.

—Aleh sempre com um ótimo senso de liderança. —dou risada e vou com o pessoal para a cozinha, me sentando à mesa e sorrindo ao ver como Ivan tem jeito com crianças.

O dia vai ser incrível e eu espero que todos depois deste também sejam.

Boston, Massachusetts — 2018, 11:25min

Justin Bieber PON

—Eu entendo o que você quer dizer, Justin. Eu agradeço por você e Brianna estarem tão preocupados comigo, mas eu prometi a ela que não ia mais beber. Eu vou conseguir. —Scar diz enquanto ficamos sentados no sofá do escritório, conversando.

—Scar, eu ainda acho que... —dou um suspiro, encarando seu olhar que diz tipo "Não me trate como criança, me dá um voto de confiança."

—Eu sempre me senti estranha, sabe? —ela diz do nada e eu franzo a testa, prestando atenção. —Desde pequena, eu sabia que eu era diferente das outras meninas. Até os meus doze anos eu não sabia bem o que era, ou não queria acreditar. Mas depois que fiquei com uma colega de escola, tudo fez sentido. Eu gostava de meninas, não de meninos. —ela aperta as mãos, mordendo a boca. —Daí em diante eu me senti bem porque finalmente me entendia. Eu achei que tudo estava resolvido. —seus olhos se reviram e Scar ri pelo nariz. —Aos quinze anos, meu pai me pegou beijando uma amiga minha. Ela dormia sempre lá em casa. Tinha sido o pior dia da minha vida antes da morte da Asheley. —ela me encara, fungando o nariz. —Meu pai expulsou a garota e me bateu tanto que eu quase fiquei inconsciente. E enquanto eu estava no chão tentando me levantar, ele juntou algumas peças de roupa e me colocou para fora de casa. Eu lembro que era umas três e pouca da manhã e eu percebi que a partir daquele momento eu não tinha mais ninguém. Morei na rua por longas semanas antes de Cyrus me encontrar e, basicamente, me adotar como filha dele. Mason se tornou um ótimo amigo, mas quando me acharam eu já estava viciada em álcool. Eu só volto a ter crises de dependência quando algo muito ruim acontece. Eu sinto muito não ter evitado o que houve com Brianna, mas vou parar de beber. Eu prometo. —ela tenta sorrir e eu seguro suas mãos e a puxo para um abraço.

—Você é a garota mais foda que eu já conheci, Scarlett. É a minha melhor amiga e eu te amo. A Brianna, eu, Mason... somos todos a sua família. Vamos ficar ao seu lado sempre e nunca te abandonar. —ela balança a cabeça, chorando no meu ombro.

Depois de longos minutos, Scarlett se afasta e enxuga as lágrimas. Beijo a testa dela e sinto meu celular vibrando no meu bolso.

Atendo a chamada do Alfredo e coloco no viva-voz.

—Fala, Alfredo. Cadê você, porra? —pergunto e escuto ele rir do outro lado.

—Eu já estou chegando aí, Justin. Relaxa. Diferente de alguns, eu trabalho. —Scar me zoa, me empurrando. —A reunião do Conselho tá marcada. E han... temos um pequeno problema com a propina que é paga aos policiais do lado norte. Eles querem um aumento.

—Estão achando que é festa agora, é? Meu cú que vai ter aumento. A não ser que eles tenham algo muito bom pra oferecer em troca.

—Alguns garantem que podem facilitar ainda mais a entrada das drogas no estado.

—Hum... agora sim eu posso reconsiderar. Converse com eles, veja se vale a pena fazer esse novo acordo. Quero mexer com o menos de coisas relacionadas ao tráfico nos próximos meses, meu foco agora é Brianna, minha filha e a nossa família. Sem falar no meu casamento mês que vem.

—Ah é, por falar nisso temos que começar a preparar tudo pra sua despedida de solteiro.

—A gente faz o seguinte, Fredo. Você organiza a despedida de solteiro do Justin e eu a da Brianna. —Scar fala toda animada e eu já penso em uma forma de impedir que tenha qualquer bebida alcoólica nessa festa.

—Ah, oi Scar. Sim, vamos cuidar disso.

—Então vem pra cá logo, caralho. Pra gente dividir a função de cada um. Vê se não enrola. —encerro a chamada e encaro a loira.

—Tá sentindo esse cheiro? O pessoal tá fazendo o almoço.

—Então vamos lá pra cozinha porque eu estou faminto. —a puxo pela mão e abraço seu corpo outra vez antes de sairmos e ir para a cozinha.

Boston, Massachusetts — 2018, 13:00min

Brianna Yates PON

—E a garota teve a cara de pau de dar em cima dele na minha frente, vocês acreditam nisso? —Ivan diz indignado contando como foi estressante ir ao supermercado ontem com o marido e ver a balconista se oferecendo para Ramon.

—Algumas garotas são assim mesmo, Ivan. Pelo menos seu marido não gosta da fruta. —Ryan diz servindo a mesa.

—Mesmo assim eu fiquei muito nervoso. Vocês não fazem ideia. Se ela fizer de novo, eu me visto de travesti e rasgo ela todinha. —Ivan diz fazendo todos rirem.

—De todos os gays que eu conheço você é o mais engraçado. —Mason diz rindo enquanto observa sua sobrinha em meu colo.

Avalanna termina de mamar e eu a seguro, pronta para fazê-la arrotar.

—Amor, você não faz ideia. —Ivan ajuda as meninas a espalharem as panelas pela mesa.

Justin e Scar voltam para a cozinha e ele se senta perto de mim enquanto vejo a bela loira ir pegar um copo de água. Ela parece um pouco agitada. Talvez seja a abstinência pela bebida. Aí, merda!

—Então gente, final de ano chegando e eu só quero saber aonde vai ser a ceia de Natal e a do Ano Novo. —Chaz fala se sentando.

—As duas podem ser aqui em casa. Vai ser incrível. —digo sorrindo ao erguer Avalanna no ar.

Todos se sentam para comer e eu sorrio durante todo o almoço porque estão todos aqui, juntos. É assim que eu quero que seja sempre.



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