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História Let Me Love You: The Worst Is Coming - Blurred lines


Escrita por: Poxa_Camz_

Notas do Autor


Heey, amores! Mais um capítulo porque siim!

Nas notas finais links de três músicas citadas no capítulo. Boa leitura e beijinhos da Camz. Comentem pelo amor de Deuss!!

Liz, amo você!!

Capítulo 20 - Blurred lines


Boston, Massachusetts — 2019, 22:01min

Justin Bieber PON

Coloco Brianna sentada no banco e me abaixo para olhar sua perna. Ela está estranhamente quieta e eu entendo que é porque acabou de matar uma pessoa.

Por mais que estivesse cheia de ódio, Brianna é diferente de mim. Ela é boa e sente remorso. Eu não. Nunca senti.

—Acertar os pneus do meu carro... Você estava mesmo determinada. —tiro minha camisa e rasgo um pedaço, amarrando no corte em seu perna.

Ela balança os ombros e encara a tatuagem em sua pele, segurando a minha mão e as juntando, olhando como as duas se completam.

—Eu acabei perdendo a cabeça. —ela sussurra, entrelaçando nossos dedos.

—É normal que as pessoas percam a cabeça às vezes, amor. —seguro seu rosto e vejo seus olhos me analisarem.

—É, mas não é normal que matem por isso. —entorto o canto da boca.

—Ninguém é perfeito. —me levanto do chão e beijo a testa dela. —Vou levar a gente pra casa. —prendo seu cinto de segurança e fecho a porta, dando a volta e assumindo o banco do motorista.

Antes que eu possa dar a partida no carro, Brianna se solta e sai do banco dela, vindo para o meu colo.

—Brianna, o que você... —ela me beija, fazendo com que eu cale a boca.

Agarro sua cintura quando seus braços se erguem e arrancam o blazer e depois a camiseta que ela está usando.

—Brianna, sua perna. —afasto seu rosto do meu, o suficiente para que eu consiga falar.

—Foda-se a minha perna, Justin. Apenas me coma! —ela volta a me beijar, se esfregando em mim me fazendo sentir seu sexo tão próximo do meu, separados apenas pelo tecido das nossas roupas.

Seguro seu corpo com cuidado e a levo para o banco de trás, descendo o zíper do seu jeans e o deslizando por suas pernas até os joelhos.

Eu posso ser delicado, eu posso ser rude

Eu posso fazer qualquer coisa que você se importe, acima de tudo

Querida, me deixe balançar seu corpo, montar o seu corpo

Beijar o seu local preferido, amarrar suas mãos atrás das costas

Sinta meus dedos sobre

Seus ombros, você vai gostar quando eu dirigir

Sim, eu vou empurrar a embreagem

Eu só quero que tudo isso, mas sem pressa

Então nós podemos fazer amor ou podemos simplesmente foder

Podemos ser românticos, dançar obscenamente

Sinta minhas mãos até o sol nascer

—Quero que faça amor comigo como sempre faz, J. Aqui, agora. —ela geme em meu ouvido e arranha minhas costas por baixo da camisa quando sente meus dedos acariciando sua entrada lubrificada.

—É assim que eu gosto, quando eu consigo te deixar encharcada sem nem precisar fazer muito. —mordo seu ombro e desço beijando seus seios depois de tirar o sutiã.

—Justin... —ela inclina o corpo quando coloco dois dedos ali dentro e começo a estimular seu clitóris inchado.

Brianna tomba a cabeça para trás e se afunda no banco, segurando minha mão como se tivesse medo que eu a retirasse.

Sua respiração fica deliciosamente desregulada e eu volto para os seus lábios, mordendo e os sugando enquanto a beijo.

Nossas línguas se entrelaçam e ela geme contra minha própria boca quando movo meus dedos, acariciando sua parte interna com cuidado.

Brianna se afasta um pouco e começa a gemer, colando sua testa na minha e olhando nos meus olhos enquanto morde a boca. Foguetes começam a estourar lá fora e eu sei que a corrida chegou ao fim.

Me puxando contra seu corpo, ela tira minha mão da reta e posiciona meu pau que já está mais duro que aço para poder atravessa-la.

Com cuidado, eu avanço segurando em sua cintura e beijo seu queixo ao vê-la tão louca embaixo de mim.

—Awn, Justin. Eu... —começo a me mexer, entrando e saindo com lentidão de dentro da minha mulher.

—Eu amo você, Brianna. Está me ouvindo? —seguro seu rosto e vejo lágrimas surgirem no canto dos seus olhos. —Eu. —saio para fora, entrando de novo. —Amo. —o calor dela, saber que seu coração bate tão acelerado quanto o meu, talvez no mesmo ritmo. —Você. —nossos corpos se movem à medida que me afundo ali e Brianna chora, tão perdida no prazer quanto eu.

—Eu também te amo, J. —ela sussurra e eu me abaixo, beijando cada uma das suas lágrimas.

Quando dou uma investida mais forte, sinto ela liberar seu líquido e ele cobrir toda a minha extensão.

—Eu faço você gozar. —Brianna diz ofegante e antes que eu tenha tempo de responder, ela me empurra e sobe em cima de mim, mudando nossas posições.

Sentando no meu pau de forma perfeita, ela começa a cavalgar em mim usando meus ombros para se apoiar.

—Porra, Brianna! —jogo a cabeça para trás, delirando ao sentir o cheiro do seu corpo se misturar ao meu enquanto ela me preenche.

Brianna aumenta a velocidade e eu aperto sua cintura com força, incapaz de conseguir me segurar e rugindo contra a pele do seu pescoço quando atinjo meu limite.

Ela se aquieta e permanece em meu colo, sorrindo para mim de forma doce. Enfio meus dedos por baixo dos seus fios roxos e lisos, estranhando e sentindo falta dos seus cachos perfeitos, mas gostando da sensação.

—Como você pode ser tão linda de qualquer jeito? —pergunto intrigado, fazendo ela rir.

—Eu que deveria fazer essa pergunta a você, amor. —ela me beija e eu abraço seu corpo, fazendo seus seios se pressionarem contra o meu peito.

—Eu não posso te perder nunca, Brianna. Jamais poderia. —beijo seus ombros e seu pescoço, depois a sua testa.

—Eu sempre vou estar com você, J. —ela me beija e ficamos ali, abraçados enquanto continuamos nus e em silêncio.

Depois de um tempo, cato suas roupas e entrego para ela, deixando que saia do meu colo para voltar ao banco da frente.

Assumo o controle do volante e sigo para nossa casa, mantendo nossas mãos unidas e olhando para a mulher que dorme no banco ao meu lado.

Peço a Deus que me tire qualquer coisa, menos Brianna e o amor que nós temos. A família que construímos. Eu posso perder tudo. O poder, o dinheiro... desde que eu nunca perca a minha esposa.

Boston, Massachusetts — 2019, 05:18min

Brianna Bieber PON

Acordo durante a madrugada sentindo pontadas no corte da minha perna e me mexo na cama. Sonolenta, procuro por Ava e Justin na cama. Quando toco o rosto da minha filha, dou um suspiro de alívio.

Coço meus olhos e tento enxergar na escuridão, vendo Justin de pé em frente à janela com os braços cruzados em frente ao peito.

—J, venha dormir. —chamo por ele, sentindo frio nos braços.

—Eu não estou fazendo direito, preta. Não estou. —ele diz frustrado e eu franzo a testa.

Jogo as cobertas para o lado com cuidado por causa de Avalanna e me coloco de pé, mancando um pouco enquanto caminho até meu belo e atormentado marido.

—O que você não está fazendo direito, J? —pergunto parando na frente dele e segurando seu rosto.

—Proteger você e a nossa filha. Os seguranças, essa casa... nada disso é suficiente. Aquele pesadelo...

—Foi só um pesadelo, meu amor. Não vai acontecer nada comigo e nem com nossa filha. Você está fazendo mais que suficiente. —ele suspira e cola a testa na minha, agarrando minha cintura.

—Eu não posso perder vocês, Brianna. Não posso. —consigo sentir o pavor na sua voz e fico com o coração apertado.

—Você não vai nos perder, J. Vai ficar tudo bem. —ele me abraça de repente, enterrando seu rosto na curva entre meu pescoço e meu ombro.

Entrelaço meus dedos em seu cabelo e faço carinho ali, me perguntando como Justin vai viver desse jeito, sem dormir todas as noites com esse medo constante de que algo aconteça a mim ou à nossa menina.

—Melhor você voltar para a cama, preta. Ainda é cedo. —ele sussurra no meu ouvido e se afasta, beijando minha testa.

—Só vou ao banheiro. —ele balança a cabeça e eu me inclino para beija-lo antes de caminhar para a porta atrás de nós.

Pego minha cartela de anticoncepcionais e tiro um comprimido, jogando-o na boca e enchendo o copo vazio com água da torneira.

Escuto Avalanna acordar chorando e caminho de volta para o quarto o mais rápido que posso, vendo Justin diante da cama tentando acalma-la.

—Ela parece com fome. —ele diz quando me nota.

Me sento e a pego com cuidado, abaixando a alça da camisola e acendendo a luz do abajur enquanto dou meu peito para ela.

Justin puxa uma cadeira e se senta, nos observando com um evidente fascínio nos olhos.

—Ela é linda que nem você. —ele diz tocando o pezinho dela, coberto por uma meia com estampas de ursinho.

—Ela é tão pequena e indefesa. —comento, brincando com seu cabelo escuro e passando os dedos por cima do curativo em seu rosto.

Ava me olha atenta como sempre, como se soubesse exatamente quem eu sou.

—Você quer ter mais filhos comigo? —Justin pergunta me olhando cauteloso e eu sorrio para ele.

—Claro que sim, J. Acha que eu não quero um mini Justin correndo pela casa e arrasando corações quando crescer? —consigo fazer ele rir e me sinto incrível por isso. Justin sempre teve o sorriso mais lindo e encantador que eu já vi.

E quando ele sorri assim, que nem uma criança, faz tudo valer a pena.

—Que bom que quer, eu também quero. —ele confessa, me fazendo sorrir também.

Seguro sua mão enquanto meu outro braço continua apoiando nossa filha contra meu corpo e o olho com carinho.

—Eu amo você.

—Eu também amo você. —Justin sussurra, beijando meus dedos. Ava fica satisfeita e larga meu peito. —Me deixe fazer isso. —Justin pede e eu a entrego para ele, o vendo ser tão cuidadoso quanto é comigo.

Enquanto anda pelo quarto esperando que ela arrote, eu dou uma olhada no corte e faço uma careta. Aquela vadia quase me fez perder a perna.

Depois de ouvir um barulhinho conhecido, Justin consegue fazer com que nossa filha durma rapidamente e a põe de volta ao meu lado na cama.

—Vou trocar seu curativo. —ele diz e vai até o banheiro, voltando com a caixa de primeiros socorros.

Depois de tirar o pedaço de pano amarrado à minha perna, ele limpa o sangue ao redor com algodão banhado em álcool e eu aperto o travesseiro com força.

—Acho que isso vai precisar de ponto, preta.

—Não, não quero ponto. Isso vai sarar logo, J. Vai ver. —digo a ele depois que enfaixa o ferimento e se coloca de pé.

Justin coloca minha perna de volta sob a cama e me cobre.

—Eu amo você, tente descansar mais um pouco. —balanço a cabeça, mordendo a boca porque sei que ele não vai dormir. Isso não pode continuar desse jeito.

Agarro um travesseiro e fecho meus olhos, adormecendo e dizendo a mim mesma que preciso arranjar uma forma do Justin voltar a dormir como uma pessoa normal.

Boston, Massachusetts — 2019, 09:48min

Justin Bieber PON

—Dimitri tem feito a festa com o que tem subtraindo das cargas que chegam. Ele está roubando você sem medo. —Scooter diz pelo telefone e eu coço meu queixo.

—Sokolov é o menor dos meus problemas agora. Tenho uns assuntos de família pra resolver. —continuo navegando pelo site de algumas boates, procurando um lugar especial para a despedida do Mason daqui alguns dias.

Penso em Scarlett, decepcionado por ela não ter parado de beber coisa nenhuma. E mais preocupado ainda do que antes. Eu preciso ajuda-la.

—Você abrindo mão de uma boa e velha vingança?

—Minha família é mais importante que qualquer outra coisa, Scooter. Dimitri vai cair do cavalo, mas até lá vou deixar que ele continue se divertindo. —olho pelas câmeras de segurança o carro de Mason passar pelos portões.

—Você dá as ordens aqui, Justin. Eu sou só um peão. Mas quer um conselho? De todos os mercadores que traficam para você, Dimitri Sokolov é o único com motivos para ser temido. Você tem sua mãe, uma esposa, filha e amigos. Ele não tem ninguém e nada a perder. Então sugiro que não demore a agir. —Braun encerra a ligação e eu jogo meu celular sob a mesa, odiando a sensação de que as coisas tendem a ficar ruins daqui pra frente.

—Eu não estou surpresa por você já estar trabalhando tão cedo de manhã. —Aleh entra no escritório de mãos dadas com Mason e vem até mim me dar um beijo no rosto.

—O mundo é dos esforçados. —sorrio para ela, girando em cima da cadeira. Quando seus olhos encaram a tela do computador, vejo ela erguer uma sobrancelha.

—Uma boate, que interessante. Vai comprar alguma por aqui ou só está fazendo a pesquisa por causa da despedida do meu namorado?

—Eu não tinha pensando em comprar, mas já que você falou... —deixo a frase no ar. —Afinal, dinheiro é pra ser investido. —Aleh me olha com desconfiança.

—Contanto que não faça Mason aprontar muito nessa festa.

—Sabe que eu não apronto, amor. —Mason diz a ela e vem tocar na minha mão.

—Sorte a sua, ou eu teria que raspar sua cabeça ou até pior. —Aleh faz uma expressão ameaçadora e eu dou risada. Esses dois são uma piada. —Onde está Brianna? Temos que encontrar as meninas no shopping em uma hora.

—Lá em cima, dormindo. Acha que consegue tirá-la da cama?

—Eu adoro desafios, Bieber. Sabe disso. —Aleh sai fechando a porta e eu analiso melhor a cara de desespero do Mason.

—O que você fez?

—Quê? Eu? —ele não sabe nem disfarçar.

—Não, minha avó. Anda, Mason. Que cara é essa?

—Savannah veio me procurar hoje de manhã. —ele diz soltando um suspiro.

—Achei que essa maluca já tinha largado do seu pé.

—Eu também achei.

—O que ela queria?

—Disse que eu tinha uma semana para romper com Aleh. —nego com a cabeça.

—Essa mina tem a cabeça muito zoada. Por que você faria isso?

—Ela disse que se eu não fizer, ela vai impedir meu casamento do jeito dela. —Mason passa as mãos pelo rosto, nervoso.

—Essa garota tá blefando, Mason. O que ela vai fazer? Te sequestrar? Pelo amor de Deus. —reviro meus olhos, voltando a olhar possíveis lugares pra despedida dele.

—Eu espero qualquer coisa da Savannah, Justin. Tinha ver como ela estava fora de si quando me procurou. A sorte é que Aleh tinha ido no fórum entregar uns documentos.

—Você devia contar pra ela sobre isso.

—E estragar a animação dela com a cerimônia? De jeito nenhum! Aleh merece ficar livre de qualquer preocupação.

—Bom, então o que vai fazer? Se quiser mando darem um jeito naquela vadia pra você. —ergo meus olhos pra ele, sugestivo.

—Você resolve tudo com morte? É sempre assim?

—Não era assim, mas agora está sendo. Se meus problemas são pessoas, eu simplesmente as mato. E aí meus problemas somem.

—Você fala com tanta naturalidade que chega a dar medo. —ele começa a andar pelo escritório, pensativo. —Estou pensando em uma outra coisa que pode funcionar, espero que eu esteja certo.

—Você que sabe, mas se precisar vou estar aqui. —fecho os olhos por um momento, sentindo dor nas costas. —Vocês cuidaram do corpo da Felícia ontem?

—Alfredo e eu jogamos ele no mar. Scar queimou o carro e todos os documentos.

—Ótimo. E o meu carro?

—Connor o levou pra uma das melhores oficinas da cidade, disse que o traria hoje no final da tarde. —Mason se senta em um das cadeiras, agitado. —Como minha irmã ficou depois?

—Com um pouco de remorso, mas era de se esperar. Brianna nunca tinha matado uma formiga na vida.

—Esse tipo de coisa não vai fazer bem pra ela, Justin. E você sabe.

—Ela só perdeu o controle, não vai fazer de novo. —respiro fundo, o olhando. —Já falou com a Scar?

—Com aquela confusão de ontem eu não tive como, estou indo na casa dela agora já que Rebecca ia pro shopping direto do trabalho.

—Eu deveria ir com você.

—Scar não vai lidar bem quando souber que eu descobri que ela ainda está bebendo, me deixe resolver isso.

—Ela é minha amiga também, Mason. Eu quero ajudar.

—Você não faz ideia de como Scarlett é propensa a ter surtos e se fechar para o mundo. Se nós dois formos falar com ela sobre isso é o que vai acontecer. Se eu não conseguir, você pode ir.

—É a vida dela que está em jogo, você sabe o que a bebida pode fazer com ela. Já está fazendo. Ela precisa ir pra uma clínica o mais rápido possível.

—Scarlett não vai aceitar isso enquanto não ver a gravidade disso tudo. E pra que ela fique sóbria, precisamos que ela queira ficar. Ela tem que querer de verdade, Justin. Confie em mim. —ele se levanta e dá as costas. —É a nossa família, cara. E eu quero proteger todo mundo tanto quanto você. Me dê um voto de confiança. —ele sai fechando a porta e eu jogo a cabeça para trás, sentindo minha mente dar voltas com os problemas que surgem a cada dia. Eu realmente espero que Mason saiba o que está fazendo.

Boston, Massachusetts — 2019, 11:00min

Scarlett Reynolds PON

Quando estou procurando a chave do meu carro, a campainha toca lá embaixo e eu desço as escadas correndo.

—Mason? —franzo minha testa ao abrir a porta. —Desculpe, gato. Mas eu estou indo me encontrar com as meninas. —dou um beijo rápido no rosto dele e encontro a chave no braço do sofá.

—Não, antes de ir você precisa me ouvir. —ele agarra meu braço e eu o encaro confusa. —Você continua bebendo, Scar. —ele diz sério e eu engulo em seco. Aí, merda! Como ele descobriu?

—E-eu... eu estou sóbria há semanas, Mason. De onde tirou essa ideia absurda?

—Qual é, Scarlett. Somos melhores amigos há mais de oito anos. Quase nove. Vai mesmo mentir pra mim olhando nos meus olhos? —ele pergunta e eu prendo a respiração, sentindo meus olhos marejarem.

—Como descobriu?

—Isso não vem ao caso agora, eu só vim aqui te dizer uma coisa. Primeiro, como você tem coragem de mentir assim pra todo mundo? Você prometeu pro Justin e pra Brianna. Minha irmã só sabe dizer o quanto está orgulhosa de você. E Rebecca. Ela está segurando a maior barra pra ficar ao seu lado.

—Não dá, Mason. Não consigo largar a bebida, você sabe. É tudo que eu tenho.

—Não, sua família é tudo o que você tem. Eu vou ser bem sincero com você, Scarlett. Eu realmente acreditei que podíamos confiar em você, estou desapontado. Te dou uma semana pra contar pra todo mundo que anda estocando bebida e depois disso se internar em um clínica.

—Você não tem o direito de fazer isso comigo, Mason. É a minha vida! —o empurro para longe de mim.

—Sim, é a sua vida. E eu não quero que a destrua. Ou conta você ou conto eu.

—Mason, uma semana é pouco demais. Eu... como vou olhar pra eles e dizer isso? Meu aniversário não vai demorar, é na primeira semana do mês que vem... Você sabe. Quero dar uma festa e tudo. Depois eu juro que conto pra todo mundo.

—Certo, então. Nenhum dia a mais. —ele se vira e vai embora. Dou um chute na parede, nervosa por ter sido descoberta.

Pego pequenas garrafas de vodka e jogo na bolsa. No caminho para o shopping eu posso comprar algo para beber e batizar. Já que vou ser forçada a largar isso de uma vez por toda.

Boston, Massachusetts — 2019, 12:14min

Alessandra Thirlwall PON

—Como assim vocês não estão mais juntos? —pergunto para Lottie enquanto experimento o oitavo vestido do dia.

Mesmo sendo um casamento simples na praia, não posso escolher qualquer coisa para vestir. Tenho que estar impecável.

—O lance de relacionamento aberto não rolou. —ela dá de ombros, parecendo chateada.

—Como assim não rolou, Lottie? —Brianna pergunta ajeitando Ava em seu colo.

—Ué, fomos em uma boate antes de ontem pra curtir e tudo. Eu fiquei com dois caras e ele pegou duas garotas. Quando fui ficar com o terceiro, Ryan surtou e me levou embora de lá à força. Brigamos feio quando chegamos em casa, eram umas quatro da manhã. Estávamos bêbados e enciumados um com o outro, então achamos melhor acabar de vez com tudo. —Charlotte balança os ombros com indiferença.

—Vocês dois são complicados demais, meu Deus! —Scarlett nega com a cabeça, analisando meu vestido e sorrindo.

—Ryan e eu não fomos feitos para dar certo, meninas. Eu o amo, amo muito. Mas ele é tão confuso, às vezes é imaturo e age como se não quisesse estar comigo. Eu não tenho psicológico pra isso, sou jovem demais pra sofrer por amor. —ela experimenta o vestido de madrinha junto com Emily e Rebecca.

—Eu ainda acho que a história de vocês dois não acabou, mas vida que segue. —Rebecca sorri para o reflexo no espelho.

—Então, meninas? —me viro para elas, animada.

—Esse é o mais bonito de todos que experimentou até agora, Aleh. —Bri diz encantada.

—Tenho mais uns cinco para experimentar depois desse, mas gostei bastante. Se os outros não ficarem bons, será esse. —chamo a vendedora, prendendo meu cabelo em um coque. —Só de pensar que não vou ter um salto de não sei quantos centímetros fodendo meu pé eu me sinto leve. —as meninas riem.

—Estou imaginando meu irmão quando vir você caminhando pela areia até ele.

—Quem vai te levar até o altar?

—Eu pedi para Alfredo. Ele é meu amigo desde muito tempo, não teria alguém melhor.

—E seus pais?

—Minha mãe vai vir de Detroit com o marido e minhas irmãs. —dou de ombros, tirando o vestido e ficando de lingerie outra vez.

Experimento um vestido curto que não me agrada tanto por ter mangas de um tecido estranho.

—Bri, sabe aquele penteado que me mostrou hoje na internet? —pergunto à ela, inclinando meus ombros. —Acho que vou fazer ele, achei lindo.

—Ah, vai ficar perfeita demais, Aleh. Mason vai ter um troço. —ela diz de um jeito engraçado, entregando Ava para Charlotte e indo experimentar o vestido dela.

—Um casamento lindo na praia, durante o pôr do sol. Ah, vai ser tão perfeito. —Rebecca diz trocando de roupa também.

Penso na felicidade que eu sinto agora, imaginando como vai ser quando eu chegar à praia daqui uns dias e ver Mason me esperando no altar. Finalmente as coisas vão dar certo para mim.

Alguns dias depois...

Boston, Massachusetts — 2019, 16:26min

Brianna Bieber PON

—Minha despedida de solteira é hoje, vocês têm noção do quanto eu estou ansiosa pra mais tarde? —Aleh pergunta cheia de fogo. Meu Deus do céu! Charlotte e ela podem dar as mãos.

—Ah, mas eu quero mesmo é ver você perdendo a linha. —Scarlett sorri maldosa.

—Nós seis em uma boate durante toda a noite com dançarinos super gostosos. O que pode dar errado? —pergunto rindo, arrumando Ava em meu colo.

—Muito obrigada por confiar em mim outra vez, querida. Por deixar Avalanna comigo esta noite. —Pattie agradece e eu sorrio para ela, me sentindo um monstro por tê-la ignorado ontem. O que aconteceu não foi culpa dela e eu estava nervosa demais para separar as coisas.

—Você é a avó, Pattie. Como eu poderia não confiar em você? —seguro sua mão e a beijo. —Os seguranças estarão na guarita e fazendo rondas pela casa. Você entendeu como funciona o sistema de segurança? —pergunto e ela balança a cabeça. —Certo então, vou subir e tomar meu banho para sairmos, meninas. Podem se arrumar nos quartos de hóspedes. —beijo a testa da minha filha antes de entrega-la para Pattie e subo as escadas, animada para hoje à noite.

Disco o número do Justin e consigo ouvir a gritaria do outro lado.

—Já chegou na casa do Mason, amor? —pergunto rindo e fechando a porta do banheiro.

—Seu irmão é mó enrolado, acredita que ainda nem tomou banho?

—Parem de pegar no pé dele, o deixem aproveitar a noite do seu próprio jeito.

—Relaxa, preta. A noite vai ser inesquecível pro Mason de mais formas do que ele imagina. —nego com a cabeça, sentindo pena dele.

—Vocês são terríveis.

—Não deixe de levar Logan, Woods e Gavin pra boate com você.

—Não vou deixar, J. Fique tranquilo.

—Ótimo, nos vemos pela manhã. Eu amo você.

—Eu amo você também, meu anjo. —encerro a chamada e coloco na minha playlist especial para o banho, dançando enquanto entro embaixo do chuveiro e louca pra ver Aleh louquinha hoje.

Centro da cidade, Boston, Massachusetts — 2019, 19:08min

Mason Yates PON

—Acho que você começou a se soltar, demorou muito. —Justin diz ao meu lado enquanto me sirvo mais uma dose de gim tônica.

—É a minha despedida, seria estranho se eu não me soltasse. —dou de ombros, virando de uma vez todo o líquido dentro do copo.

—Falou com a Scar?

—Ela pediu um prazo até o aniversário dela, que vai ser na primeira semana do mês que vem. Depois vai contar a todos que mentiu e procurar por ajuda em alguma clínica.

—Eu espero que isso funcione.

—Eu também. —vejo Ryan aos beijos com uma das dançarinas e franzo a testa.

—Butler está levando a sério esse lance do relacionamento aberto. —comento com os caras.

—Ih, você não tá sabendo? —Connor me olha surpreso. Faço uma careta, confuso.

—Como eu disse, deu ruim essa coisa de cada um poder pegar quem quiser. Charlotte e ele brigaram e terminaram e estão solteiros agora, pelo menos até ela arranjar alguém e o Ryan surtar e pedir pra voltarem. —Chaz parece o profeta do grupo, sempre adivinhando o que vai acontecer.

—Eu acho que não tem volta mesmo não. Olhem só como Ryan está curtindo ter a vida de solteiro de volta. —Alfredo ri, brindando sua cerveja na do Connor.

—Há uma grande diferença em querer estar solteiro e fingir que quer. Ryan vai cair na real que o amor da Charlotte vale mais do que acordar na cama de uma garota diferente a cada dia. Isso pode ser bom por um tempo, mas não tem sentimento algum. É solitário e triste. —pego gelo no balde e a garrafa de whisky.

—Olha ele, todo poético e romântico. —Alfredo zomba. —O que a Aleh não foi capaz de fazer, hein? —reviro os olhos para ele. Alfredo fica consideravelmente irritante quando bebe.

—Mason está dizendo a verdade, Alfredo. Um dia você também vai amar tanto uma mulher que não vai conseguir mais ver sua vida sem ela ao seu lado. —Justin diz e eu toco na mão dele, vendo duas stripers virem rebolando pro meu lado.

"Want To Want" do Jason Derulo toca nas caixas de som espalhadas pela boate que Justin alugou durante a madrugada inteira para minha despedida.

Desconfio que ele vai acabar comprando esse lugar, parece absolutamente fascinado.

Penso em Aleh, desejando que ela esteja se divertindo com as meninas tanto quanto eu estou me divertindo aqui. Mas fico cada vez mais ansioso para vê-la amanhã e colocar a aliança em seu dedo.

Boston, Massachusetts — 2019, 21:32min

Alessandra Thirlwall PON

—Emily, traz mais sal! Rebecca, me passa o limão. —falo alto por causa da versão remixada que toca de "Talking Body".

Estamos fazendo body shot com um dos dançarinos e eu já perdi a conta de quantas sugadas eu dei em seu umbigo.

Brianna e Charlotte estão em cima do balcão do bar, dançando juntas e rindo. Rebecca e Scar se pegam em um dos sofás e eu acho incrível como ela está ignorando completamente a bebida, tomando apenas água e suco.

Brianna, por outro lado, está tão mamada quanto eu. Ela tomou uma garrafa de vodka sozinha e já dançou mais músicas do que pude contar.

Começa a tocar "Anaconda" e vejo Bri e Lottie terem uma convulsão antes de começarem a dançar. Dois dançarinos me ajudam a subir ali e eu danço junto com elas, rebolando a bunda ao som da minha Onika.

Cadê o Mason pra me pegar e a gente foder loucamente no banheiro nessas horas?

Fico no meio das duas e vamos dançando e rebolando uma contra a cintura da outra. Desço o tanto quanto eu posso, gritando junto com as meninas.

Antes que a música termine, me jogo no colo de um dos gostosos e depois que ele põe uma cereja na minha boca, desço para o chão e vou para a pista de dança.

As garotas vêm atrás de mim, jogando os braços para o alto quando começa a tocar "Side To Side" em um dos melhores remixs que já ouvi na vida.

Dançamos todas juntas e eu pego um drink, fazendo passos e sendo seguida pelas minhas meninas. Ergo meus cabelos e os seguro por alguns segundos, sentindo muito calor.

—Acho que está na hora da noiva de amanhã receber umas danças no colo. —Scarlett grita alto e vejo a fila de homens que vêm até mim.

Colocando uma cadeira para que eu me sente, eles começam a dançar ao som de "Pony" Ginuwine. A música que ficou famosa ao ser dançada por Channing Tatum em Magic Mike.

Começo a rir, sentindo minhas bochechas vermelhas enquanto o cara praticamente esfrega o saco no meu rosto. Scar tem um ataque, parecendo que vai morrer de tanto que ri de mim. Mostro o dedo para ela, negando com a cabeça.

—Pega na bunda dele! —Lottie grita alto, mais perdidinha do que eu. Antes que eu pisque, um dos dançarinos a puxa pelo braço e agarra ela. Vi os dois flertando a noite inteira e agora estão se engolindo. Meu Deus!

Enquanto a festa continua, penso ver Savannah passando do lado de fora da boate e coço meus olhos. Quando os abro novamente, ela não está mais e eu dou uma risada. Melhor eu parar de beber.

A ideia de que o resto da noite vai ser assim me deixa elétrica e eu me levanto e começo a dançar com o cara, impedindo que suas mãos me bolinem ou qualquer coisa do tipo. Espero que Mason esteja se comportando se não eu corto o... Não, cortar não. Eu preciso do pau dele. Bem, dou um jeito de me vingar. É isso.

Boston, Massachusetts — 2019, 05:52min

Mason Yates PON

—Mason, acorda porra! Temos que te deixar em casa. —abro os olhos, encarando Justin com o cabelo todo bagunçado e a maior cara de ressaca.

—Caralho, que horas são? —sinto minha cabeça doer e me espreguiço no chão, me levantando e caçando minha camisa.

—Quase seis, se veste. —ele taca o tecido na minha cara e eu a tiro do avesso e a visto.

Ryan e Alfredo estão apagados em cima do palco e eu faço uma careta ao ver Butler até babando enquanto dorme.

Chaz e Connor já estão de pé e eu procuro meu celular.

—Deu um jeito na Savannah? —Justin pergunta recolhendo as garragas de bebida do chão.

—Eu a confrontei, disse a ela que se não deixasse Aleh e eu em paz eu conseguiria uma ordem de restrição contra ela. —me olho no espelho, começando a rir ao ver meu rosto todo pintado com batom.

—Que porra vocês fizeram comigo?

—Depois que você ficou bem louco e apagou, pintamos sua cara e passamos chantilly no seu corpo. Chaz fez a festa. —Justin pisca e eu dou uma risada alta, dando o dedo do meio para ele.

Meu celular começa a tocar e eu franzo a testa ao ver a foto da minha irmã brilhando na tela.

—Mason? —Brianna está com voz de choro do outro lado e eu me levanto do sofá, meu coração disparado no peito. —Mason, a Aleh sumiu. —deixo o celular cair no chão. Puta que pariu!


Notas Finais




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