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História Let Me Love You: The Worst Is Coming - Show me how to fight for now


Escrita por: Poxa_Camz_

Capítulo 29 - Show me how to fight for now


Fanfic / Fanfiction Let Me Love You: The Worst Is Coming - Show me how to fight for now

"De todos os animais, o homem é o único que é cruel. É o único que inflige dor pelo prazer de fazê-lo." — Mark Twain

Boston, Massachusetts — 2019, 22:28min

Justin Bieber PON

—Outra dose. —peço à garçonete que tem me encarado desde quando me sentei nesse bar.

Olho as horas no relógio, fazendo uma careta. Eu tenho que voltar para casa, voltar para Brianna e nossa filha.

A garota de cabelos pintados de azul fica me olhando enquanto me prepara outro copo de bebida e eu me irrito por ela ser tão descarada.

—Perdeu alguma coisa? —ergo uma sobrancelha, tirando um maço do bolso.

—Você é diferente dos caras que vêm aqui. —ela observa minhas mãos enquanto acendo um cigarro.

—Eu deveria ficar surpreso por essa declaração?

—Os caras que vêm aqui não usam aliança. E, se usarem, agem como se fosse só um anel normal e fodem com as garotas do bar. —ela sorri de lado, pegando um pano para limpar o balcão de madeira.

—Então os caras que vêm aqui não têm caráter. —sorrio debochado, pegando o copo e dando o primeiro gole.

—Você é fiel?

—Sim e eu gosto de ser. Qual a lógica de me casar com alguém pra trai-la depois?

—Então ama sua esposa? —retorço o lábio.

—Mais do que amo minha própria vida.

—Uau, era o tipo de resposta que eu não esperava. —tiro o cigarro da boca, a encarando com tédio. —Vou deixar você em paz, então.

—Obrigado. —ela vai para o outro lado, atender um grupo de motoqueiros.

Abaixo a cabeça por um tempo, frustrado por estar com aquele velho desejo de matar. Eu não estou conseguindo focar nas coisas que eu tenho que fazer e no fundo eu sei porquê. 

—Então eu disse a ela: "Eu não ligo pros seus problemas emocionais, vadia. Abre as pernas agora porque eu tô a fim de te rasgar inteira por dentro."

—Você não tem medo de que ela o denuncie, Laster? —levanto a cabeça e olho para mim mesmo refletido no espelho do armário de bebidas, dando um pequeno sorriso.

—Quem vai acreditar naquela prostituta? Estou me fodendo para o que ela pode fazer, todos sabem que Darla abre as pernas pra qualquer um que pague por isso. Aí chega em casa e vem pro meu lado com historinha de que não tá bem pra dar pra mim? —o gordo de barba ruiva ri, limpando um pouco de molho do canto da boca. —Fiz ela chupar meu pau e tudo que eu tinha direito. —o homem se gaba e os amigos dele riem.

—Eu vou encerrar por aqui. —jogo algumas notas em cima do balcão.

—Vou tirar uma água do joelho e volto pra irmos embora. —ele avisa para o grupo de amigos. Espero que o cara se levante e o sigo até o banheiro.

Depois de entrar, tranco a porta e fico vendo ele abaixar as calças, se aproximar do mictório, e tombar a cabeça para trás.

—Então você gosta de estuprar mulheres? —pergunto alto o bastante para que o idiota me escute e pego meu canivete, passando o dedo sob a lâmina afiada.

O cara se vira para me olhar e sorri, balançando os ombros.

—Se eu achar que elas merecem, eu gosto. —sua risada me deixa um tanto enojado.

Caminhando até ele, seguro seus cabelos e bato sua cabeça na cerâmica da pia e em seguida o arrasto pelo chão.

—Sabe, Laster né? —pergunto, vendo seus olhos revirando. Acho que bati com força demais. —Eu já fiz coisas que o próprio diabo duvidaria, mas você... o que fazer com caras como você? —nego com a cabeça, levantando a tampa da privada com o pé.

Seguro seu rosto dentro da água e ele se contorce, tentando se soltar das minhas mãos.

—Me diga, Laster. Que tal se eu fizer você sentir a mesma impotência que as garotas que você estuprou sentiram? —aproximo meu rosto do seu ouvido e olho pro pau dele.

—Me solta, seu maluco! —ele dá uma cotovelada no meu rosto e eu sinto o gosto de sangue na minha boca. Ah, filho da puta. O afogo outra vez, contando na cabeça um minuto antes de jogá-lo no chão.

—Preste atenção no que eu vou dizer agora, Laster. —aponto o canivete para ele. —Você vai deixar seu pau durinho para mim e eu vou passar essa faca e arranca-lo fora, entendeu?

—Eu não vou fazer isso, cara. Você é doido? —ele me olha aterrorizado e eu dou de ombros, olhando os esfregões atrás dele.

—Certo, vou  te dar a opção da escolha. Ou você se masturba agora e dá um jeito de endurecer esse seu pau nojento ou eu pego aquele esfregão e meto em você por trás, até ele sair pelo outro lado. O que você prefere? —ele começa a chorar e abaixa mais as calças, envolvendo seu membro com uma das mãos.

Que covarde, ele prefere ficar sem pau. Talvez ele saiba que não ia fazer diferença escolher um ou outro porque vou matá-lo de qualquer jeito.

Meu celular começa a vibrar no bolso e eu o tiro para ver a foto da Brianna brilhando na tela.

—Isso daí vau subir ou não vai? Eu estou com pressa de ir pra casa.

—Cara, se você me deixar ir eu juro que nunca mais estupro garota nenhuma. Eu...

—Eu mandei você deixar esse pau duro, porra! —dou um chute nele, o fazendo murmurar de dor.

Depois de muito esforço, uma ereção finalmente é formada e eu estalo os ossos do pescoço.

—Ótimo, agora fica de pé. —ele se levanta com dificuldade e eu faço um sinal, mandando-o se encostar na pia e abrir as pernas, deixando seu membro rígido completamente exposto para mim.

Antes que ele comece a choramingar, passo a lâmina com toda força e vejo seu pinto saltar para fora e o sangue que jorra no chão.

Laster começa a gritar e eu o levo para outro encontro com a privada. Depois de afogá-lo mais duas vezes, soco seu rosto até deixa-lo inconsciente e uso o mesmo canivete para cortar seu pescoço.

Seu sangue jorra na minha camisa e eu deixo o corpo dele no chão, chutando o pinto para dentro de um dos divisores de banheiro.

Saio dali e passo pelos idiotas sentados no bar, indo direto para o meu carro e dando a partida.

Durante o caminho um sorriso fica estampado na minha boca e eu bato no volante, me sentindo eufórico.

Eu me sinto... revigorado. Como se agora eu pudesse finalmente me concentrar no que é importante. Em matar Nolan e Dimitri.

Brianna volta me ligar e eu rejeito a chamada, acenando para os seguranças na guarita ao passar pelos portões da minha casa.

Estaciono no jardim e entro, trancando a porta e subindo para o nosso quarto.

—J, eu estava... —ela surge na porta do banheiro e arregala os olhos para mim. —Justin, tem sangue na sua roupa.

—Muito observadora você.

—Por que tem sangue na sua roupa?

—Por que acha que teria sangue na minha roupa? —olho para Avalanna dormindo na cama e dou um passo na direção dela.

Brianna corre e pega minha filha nos braços, me olhando nervosa.

—Eu posso carregar minha filha? —olho irritado para ela.

—Você perdeu a cabeça, Bieber? Não vou deixar encostar em Avalanna nesse estado. —ela começa a dar chilique e eu reviro os olhos, tirando a camisa. —Tem sangue até na nossa aliança de casamento, Justin. —olho o anel dourado em meu dedo.

—Nada que um pouco de água possa tirar. Você tá muito nervosa, amor. Para de surtar.

—Justin, vai tomar banho agora! —ela ergue a mão, apontando para o banheiro.

A encaro antes de virar as costas e obedecer, deixando a porta aberta enquanto ligo o chuveiro e tiro o resto das minhas roupas. Foi a melhor noite da minha vida em semanas. Ah, eu adoro isso!

Boston, Massachusetts — 2019, 00:00min

Brianna Bieber PON

Depois de deixar Avalanna no berço em seu quarto eu volto para o meu, ouvindo o chuveiro ainda ligado. Encaro a camisa do Justin coberta de sangue no chão e faço uma careta. Ele perdeu complemente a noção, não é possível.

Pego meu celular e olho a mensagem do Alfredo falando sobre o carregamento que chega pela manhã. Com Mason no hospital, Ryan e Chaz vão ir receber com a gente enquanto Aleh fica com meu irmão.

Mando uma mensagem para Rebecca, querendo saber como Scar está e se seu primeiro dia na clínica foi bom. Quero poder ir visita-la logo.

Ao escutar o chuveiro sendo desligado, me endireito na cama e espero que Justin saia para que possamos conversar. Não estamos nos falando direito desde o pequeno surto dele no escritório e eu me pergunto por onde ele andou o dia todo.

Depois de sairmos do hospital para deixar Mason descansar, Justin desapareceu. Fiquei preocupada, mas pelo visto ele andou muito ocupado.

—Estou com fome, o que tem pro jantar? —ele atravessa o quarto com uma toalha em volta da cintura e os cabelos molhados.

—Comida. —o encaro entrar e sair do closet, vestindo uma cueca. —Aonde você estava?

—Por aí. —sua indiferença me atinge em cheio e eu fico tensa.

—Isso não é resposta, Justin. Não nos vemos desde a hora do almoço, você passou o dia todo fora, não atendeu nenhuma das minhas ligações e chega em casa coberto de sangue. Que merda aconteceu?

—Eu matei um cara, Brianna. Foi isso que aconteceu. —seus olhos ficam inexpressivos enquanto Justin me observa.

—Ah, você matou? Que incrível, Justin. E como foi? —dou uma risada debochada, negando com a cabeça.

—Bom, pra ele deve ter sido ruim. Mas pra mim foi ótimo, não me divertia assim há dias. —quando ele vai sair do quarto, provavelmente para ir pegar nossa filha, corro e entro na frente.

—Será que dá pra você manter o controle? O baile do Alaric Blaine é amanhã à noite, devíamos estar nos preparando pra...

—Eu estou mais do que preparado, Brianna. Você pode sair da minha frente? Quero ver minha filha agora. —analiso seu rosto, procurando por qualquer resquício de remorso por matar um homem. Mais um.

—Quem é você? —pergunto, incapaz de reconhecê-lo.

—Ah, Brianna. Me poupe desse drama. Você sabe muito bem quem eu sou.

—Não estou acostumada com essa versão de você.

—É bom começar a treinar, então. Ela vai aparecer com mais frequência daqui pra frente. —Justin me segura pelos ombros e me tira do seu caminho, andando pelo corredor até a porta do quarto da Ava.

Fico ali parada, sentindo uma corrente de frustração me atravessar.

—Justin, nós ainda não... —quando chego da porta ele está de pé, com Ava nos braços.

Agora acordada, ela ri brincando com o pai e estende os braços tentando pegar o carrinho na mão dele.

—Quem é minha princesa? —Justin sorri carinhoso, parecendo uma pessoa completamente diferente de segundos atrás. —Você é minha princesa, filha. Ah! —ele a joga para cima e ela faz uma careta, mas depois ri quando Justin a pega no ar.

Decidindo deixar os dois sozinhos, volto para o meu quarto e me deito, agarrando um travesseiro. Fecho os olhos e tento dormir.

Um tempo depois eu acordo e pego meu celular para olhar as horas. Uma e quarenta da manhã. Ao me virar na cama, dou de cara com Justin deitado e seus olhos bem abertos, fixos em mim.

Fico calada e o encaro de volta, sentindo um arrepio passar pelo meu corpo.

—Você fica tão pacífica dormindo. —ele move o braço e eu acompanho o movimento da sua mão com os olhos. Seus dedos tocam meu rosto com delicadeza e Justin sorri, parecendo encantado. —Você não tem medo de mim, preta. Ou tem? —sua voz está baixa e rouca e eu nego.

—Eu deveria ter?

—Não, você não. Mas eles sim. —Justin mexe os ombros e eu franzo a testa.

—Eles quem?

—Todos que estão lá fora. Nolan, Dimitri... todos que querem me destruir. Eu nunca quis machucar você, mas quero machucar eles. E eu vou. É só uma questão de tempo até eu ferir um por um. —Justin faz caretas estranhas, como se estivesse falando mais com ele mesmo do que comigo.

—Essa briga tem que acabar, J. Você sabe...

—Sim, amor. Eu sei. Vou dar um jeito em tudo, vou mata-los e acabar com isso. —ele afirma e balança a cabeça.

—J, é melhor dormirmos agora. Temos que acordar cedo pra receber o carregamento e...

—Você tem toda razão, preta. Vamos dormir. —ele beija minha testa antes de me puxar para o seu peito e eu o abraço com um pouco de receio. Meu Deus! Ele é completamente perturbado da cabeça.

Me forçando a dormir outra vez, digo a mim mesma que depois que Nolan e Dimitri nos deixarem em paz, Justin vai voltar ao normal. Não normal de verdade, mas ao menos perto disso.

Boston, Massachusetts — 2019, 07:04min

Justin Bieber PON

—Brianna, levanta. Temos que sair em vinte minutos. —jogo as cobertas para o lado depois de desarmar o despertador.

—Bom dia pra você também. —ela resmunga, abrindo os olhos e ficando de pé depois de se contorcer na cama.

—Você sabe o que tem que fazer hoje, não sabe? —pergunto indo para o banheiro escovar meus dentes.

—Sim, Justin. Eu sei.

—Ótimo. Vamos em carros separados pra ganhar tempo. Se algo der errado, damos cobertura um pro outro. —digito uma mensagem para Scooter pedindo que fique de olho nas câmeras de trânsito. —Tem uma mala preta dentro do closet com alguns equipamentos dentro. Preciso que abra ela e pegue cinco pares de escutas. —falo para ela, vendo pelo reflexo do espelho seus bracinhos se estenderem para alcançar a prateleira.

Abro o armário e pego dois comprimidos pra dor de cabeça, me xingando por ter bebido ontem à noite. Eu nunca bebo na véspera de eventos importantes.

—Alfredo disse que iria nos encontrar na esquina da rua Fox. —ela diz e eu paro na porta do banheiro, observando enquanto troca de roupa. Seus seios estão voltando ao normal e a cicatriz na barriga quase não aparece.

—Tem munição pra sua arma? —visto uma camisa branca e uma calça jeans preta com supras azuis.

—Tenho. —Brianna pega seu revólver e confere o pente.

Ela veste uma camiseta preta e um jeans azul com uns rasgados. Ao terminar de colocar seu par de all star vermelho ela prende a arma atrás das costas e pega uma jaqueta, saindo do quarto.

Ponho um boné e pego meus óculos escuros e munição para mim, abrindo as cortinas antes de descer para a sala. Brianna desce com Avalanna no colo e eu sorrio para minha filha.

—Pegou as escutas? —pergunto a ela enquanto observamos Ivan vindo da cozinha. Assim que me entrega os pequenos aparelhos, disco o número do Scooter e a deixo dar as instruções para Ivan.

—Oi, Justin. Pode falar.

—Scooter, vamos sair de casa agora, já conectou as escutas?

—Foi a primeira coisa que eu fiz quando acordei hoje. Preciso que teste elas pra mim antes. —coloco uma delas na orelha e guardo o celular no bolso.

—Tá dando pra me ouvir?

—Beleza, o áudio tá ótimo. Pronto, Drew. Vocês já podem ir.

—Então é isso, Ivan. Vamos tentar estar em casa antes do almoço, cuide bem da minha princesa. —Brianna acena para ele e passa direto por mim.

—Pode deixar, sra. Bieber. —ele sorri alegre.

—Até mais tarde, filha. —vou até os dois e beijo a testa dela. —Tchau, Ivan. —dou as costas e vejo minha querida e emburrada esposa entrando em seu carro.

—Você está bem? —ela abaixa o vidro e eu entrego uma escuta em sua mão.

—Estou ótima, Justin. Vamos logo, estamos perdendo tempo aqui. —ela dá ré e faz uma manobra, atravessando os portões. Caralho, que foi que eu fiz agora?

Nego com a cabeça e entro no meu carro, cantando pneu ao sair da vaga aonde o estacionei ontem à noite.

Seguindo Brianna, observo o céu nublado que anuncia a possível chegada de uma tempestade. Espero estar em casa antes que ela comece a sair, odeio a chuva.

Depois de alguns quilômetros Brianna contorna na avenida e dá a seta como havíamos planejado, estacionando no acostamento para esperarmos Ryan, Chaz e Alfredo.

Por um segundo penso no baile de Alaric Blaine hoje à noite e me permito acreditar que esse cara vai me dar a ajuda que eu preciso. Isso tem que dar certo.

Boston, Massachusetts — 2019, 08:15min

Alfredo Flores PON

—A Charlotte não curte muito que eu faça parte da Máfia, acha que é perigoso demais. —Ryan vem vindo junto do Chaz e eu me desencosto do meu carro.

—Tecnicamente ela está com toda a razão, Butler. —falo com ele, pegando a escuta que Justin me passa.

—Ah, que nada. Eu estou tirando isso de letra, não é Drew? —Justin balança a mão, rindo de canto. —Qual é? Não entendi essa da mãozinha.

—Se você não falasse tanto acho que se sairia melhor ainda, só isso. —Brianna me observa por um momento e se aproxima de mim.

—Você anda sumido, Fredo. Está tudo bem? —ela me analisa e eu engulo em seco. Merda!

—Estou ótimo, Bri. E você? Seu irmão está melhor? —um sorriso brota em seu rosto e a vejo assentindo.

—Ele vai receber alta no final da semana, graças a Deus.

—Fico realmente feliz por isso.

—Vocês entenderam como vai ser? —Justin chama nossa atenção.

—Enquanto Brianna entra no caminhão e confere as cargas, Alfredo vai ficar de olho nos fornecedores e libera-los depois que a carga tiver sido aprovada. Eu e o Chaz vamos estar de longe, observando tudo. Se a polícia aparecer, saímos vazado.

—É isso aí, vamos rodar. —Drew bate no teto do carro dele e volta para dentro.

Antes que eu entre no meu, Brianna me segura e me dá um abraço.

—Obrigada por estar aqui, Fredo. Eu amo você. —ela agradece. Será que ela ainda vai me amar quando souber que eu envenenei seu irmão? Eu duvido.

—Também amo você, Bri. —sorrio, triste comigo mesmo por estar traindo eles de certa forma.

Os carros se dissipam pelo trânsito e eu acelero, querendo que essa vida dupla não seja em vão. Cyrus me garantiu que na hora certa eu salvaria a vida do Justin e da Brianna. Eu espero realmente conseguir fazer isso, é o mínimo depois do que eu fiz.

—Eu já estou vendo um dos fornecedores. —a voz do Justin soa através do ponto eletrônico.

—Isso é tão emocionante, porra! Quando podíamos imaginar que um dia seríamos foras da lei, Chaz? —Ryan pergunta rindo à toa e eu balanço a cabeça.

—Você tá parecendo uma criança de sete anos que visita a Disney pela primeira vez, cara. —Somers zomba dele.

—Tá mais pra uma criança que já visitou a Disney e a ficha não cai. —Brianna está à minha esquerda e eu percebo um clima tenso entre ela e o Justin. Os dois não dirigem a palavra um ao outro. Faço uma curva, dando um suspiro. As maravilhas do casamento.

—É realmente seguro fazermos isso assim, à luz do dia?

—Por incrível que pareça, Chaz, a polícia não espera que cargas de drogas cheguem à cidade tão cedo em uma manhã de sábado. —estaciono perto das docas e desço do carro.

—Eu gostaria de um pouco de ação. —Justin resmunga mal humorado. Ah, ele vai ter ação sim. Se eu estiver certo, a ação vai começar em menos de dez minutos. E ninguém pode se machucar.

Boston, Massachusetts — 2019, 09:23min

Brianna Bieber PON

—Esse lance de mulheres no ramo de trabalho está ficando sério mesmo, Dylan. Olhe só. —um dos idiotas fala, me encarando com malícia.

—Se você não tiver respeito quando olhar pra minha mulher eu vou ser obrigado a te ensinar bons modos. —Justin me defende. Gosto da forma como ele me protege mesmo quando estamos brigados. Na verdade eu nem sei se realmente estamos. As coisas só ficaram estranhas depois que ele chegou em casa coberto de sangue.

—Foi mal aí, chefia. Ele não quis desrespeitar sua mina. —o loiro com sardas dá um tapa na cabeça do colega.

—Abram logo essa porra de container. —Justin fala impaciente e eu olho Alfredo com a arma em mãos, olhando para os lados.

—O Drew nasceu pra isso, é incrível! —Ryan comenta através do ponto.

Justin me dá a mão e me ajuda a subir dentro do enorme objeto de metal. Abro as caixas, conferindo o material dentro de cada uma.

Quilos e mais quilos de cocaína e caixas com comprimidos de LSD e Ecstasy.

—Tá tudo certo, Justin. —ele joga a maleta pra um dos caras.

—Foi ótimo fazer negócios com você, Sr. Bieber. —quando saio para fora, ouvimos um barulho familiar de sirenes e eu olho para trás.

—Merda! —Justin diz ao ver os carros de polícia de longe. —Eu vou tirar esse caminhão daqui, não dá tempo de descarregar as caixas. —ele vai em direção à cabine.

—Justin e o seu carro? —ando em direção ao meu, nervosa.

—Não dá tempo, Brianna! Agora vai! —Justin assume o banco do motorista e dá a partida, tirando o caminhão do lugar.

—Isso acaba de ficar interessante, galera. —a voz dele soa animada no ponto.

—Deveríamos estar preocupados pelo fato do Justin parecer estar empolgado com a polícia nos perseguindo? —Chaz pergunta tenso, me ultrapassando.

—Só não sejam pegos, só isso. —Alfredo diz, acelerando.

Troco a marcha e dou de ombros, olhando pelo retrovisor e pisando no acelerador.

—Como vamos sumir com esse caminhão da vista dos tiras? —Ryan parece preocupado.

—Virem no final da avenida, à esquerda. —a voz do Scooter começa a chiar.

—Ih, quem é esse daí? Jesus?

—Scooter, nosso hacker pessoal. —Justin acelera com o caminhão, fazendo a curva.

—Vou tirar vocês daí, virem à direita no Boulevard com Lincoln. Justin, você já sabe o caminho pro armazém. Brianna e Chaz sigam pelo norte, Ryan e Alfredo há uma saída à esquerda de vocês. Andem rápido, quando o sinal abrir as viaturas não vão poder passar.

—Vamo, porra! O dia tá só começando. Vocês três, levem Brianna pra casa em segurança. —Justin fala antes de seguir reto, encaixando o caminhão no meio do trânsito agitado.

Olho para trás, vendo quando uma viatura capota ao ser atingida em cheio por um táxi por causa do sinal aberto. Dou um grito, animada.

—Isso! J, você viu? Conseguimos! —berro contente, mas não obtenho resposta.

—Acho que ele tirou o ponto, Bri. —Alfredo diz e eu faço uma careta.

—Eu só espero que ele não apronte e volte inteiro pra casa. —respondo, sendo escoltada pelos três enquanto traço o caminho pra mansão.

Boston, Massachusetts — 2019, 11:00min

Justin Bieber PON

—Deixar seu carro em um lugar onde estava acontecendo um descarregamento de drogas foi burrice, Justin. Ficou doido? —Scooter grita enquanto entro com o caminhão pelo galpão abandonado. —A polícia já deve ter colhido suas digitais e puxado sua ficha, merda!

—Eu não podia deixar toda essa droga lá, Scooter. Quanto a polícia... Relaxa, eles não vão me pegar. Tenho que desligar, nos falamos mais tarde. —estaciono o veículo, sorrindo para o meu ajudante.

—Você é de fato um soldado fiel, Mattew. Vou te compensar por isso. —abro a porta da cabine e desço depois de pegar minhas coisas.

—Eu falei sério quando jurei lealdade a você enquanto eu vivesse.

—Tipo um voto de casamento. Eu adoro isso. —ele me joga a chave da sua moto e me passa o capacete. —Você vai conseguir voltar pra casa?

—Vou ficar aqui até de noite, Drew. E você tem um baile para ir esta noite.

—Eu estou a um passo de conseguir acabar com eles, Matt. —tocamos as mãos e ele dá um pequeno sorriso. —A família de Graham está bem?

—Escondidos e seguros em Ohio.

—E ele? Passou mais alguma informação?

—Dimitri continua usando ele apenas para roubar de você, mas Scooter tem ficado atento às conversas que rolam no escritório dele graças à escuta que Graham plantou lá.

—Certo, então. Se acontecer algo você me avisa, nos vemos depois. —monto na moto e saio dali, indo para casa descansar um pouco a cabeça. Afinal, tenho um baile para ir esta noite e um novo amigo para fazer.

Boston, Massachusetts — 2019, 13:19min

Brianna Bieber PON

—E a comida daí é boa? —pergunto a ela, sorrindo enquanto troco a fralda da Ava.

—Não é tipo um hambúrguer incrível do Burger King, mas dá pro gasto. Tirando o fato de que é tudo saudável demais pro meu gosto. Seu irmão quem ia gostar. —dou uma risadinha, ficando com um aperto no peito.

—Só faz um dia e eu já estou com saudade de você, Scar. Como pode isso?

—É porque você me ama demais. Não vou mentir, eu sempre soube que por baixo de toda aquela implicância você se tornaria minha fã. —ela se gaba, me fazendo negar com a cabeça.

—Deixa de ser palhaça, garota. Eu só não gostava de você porque pensei que realmente queria o Justin.

—Seu gaydar não apitou pra mim, não? Tipo... quando você me viu não achou que eu curtia xotas?

—Apitou, mas do jeito que se jogava pra cima dele achei que fosse bi que nem eu.

—Eu gostar de pinto? Nunca na minha vida. Tenho orgulho de saber que vou morrer e um pênis não vai ter atravessado as paredes da minha preciosa vagina. —gargalho alto. Se eu não a conhecesse bem diria que está dizendo esse tipo de coisa por causa dos remédios que tem tomado.

—Scar você não presta.

—Ei, eu presto sim! Ao menos uma parte de mim presta. —ela ri do outro lado. —Como está o Justin?

—Ele está.... bem. —deixo Ava na cama e a cerco com os travesseiros antes de ir para o banheiro.

—Bri, o que está me escondendo?

—Você sabe que o Justin não é bom da cabeça, Scar. Mas esse lance com Nolan e Dimitri está afetando ele. Afetando de verdade.

—Estranho seria se não estivesse, você não acha? —coloco a banheira para encher.

—Ele chegou em casa ontem à noite coberto de sangue. Estava debochado, agindo como se fosse outra pessoa. Quando perguntei o que aconteceu ele riu e disse que tinha matado uma cara.

—Eu deveria ficar surpresa? —pego minha escova de dente. —Matar é algo comum para ele, Brianna. A única coisa que o impede de sair por aí fazendo isso é você, mas é inevitável que Justin  cometa um assassinato aqui ou outro ali.

—Eu sei que ele se esforça, ou ao menos finge se esforçar. Mas sei lá... ver como ele não sente remorso algum... Não é normal matar pessoas e não sentir um peso na consciência.

—Como uma caçadora de recompensas, eu matei gente demais. Eu entendo o fascínio do Justin. Não que eu seja psicótica que nem ele, mas matar te dá um certo... poder.

—Ele tem que parar, Scarlett. Não quero que Avalanna cresça e seja exposta a isso. Justin é um marido protetor e carinhoso e um pai incrível. Mas a escuridão dentro dele... ela pode leva-lo para o fundo do poço.

—Confie nele, Bri. Mesmo sendo louco, Justin sabe o que faz. E ele daria a vida pra te salvar. Vai dar tudo certo, tá? Eu te amo muito. Vou ficar boa logo pra poder voltar pra vocês.

—Também amo você, Scar. Muito. Se cuida, depois eu te ligo de novo. E manda um abraço pra Becca. —encerro a ligação, esperando que a banheira termine de encher para que eu possa tomar um maravilhoso banho.

Antes de tirar a roupa e entrar dentro da água quente, confiro se Ava está bem e vou até o closet, tirando o cabide com vestido que escolhi para usar esta noite e a máscara que irei usar, os pendurando em um ganho no teto.

Volto para o banheiro e depois de ficar nua, entro na banheira e tento relaxar um pouco. Só por uma hora ou duas.

Boston, Massachusetts — 2019, 13:40min

Alfredo Flores PON

—Vai acontecer hoje, Cyrus. É hoje que os capangas do Nolan vão atrás de você. —aviso a ele, provavelmente temendo mais por sua vida do que ele mesmo.

—Tem alguma chance de Dimitri mandar alguém atrás do Justin e da minha filha quando estiverem saindo do baile na casa do Alaric?

—Sim, eu. É a última fase que eu tenho que executar pra que confiem em mim.

—E o que você tem que fazer?

—Ainda não me disseram, mas com certeza não é nada bom.

—Tenha cuidado.

—Você vai se esconder, não vai? Você sabe que precisa.

—Não sou um covarde, Alfredo. Quando os capangas do Sokolov invadirem minha casa hoje à noite vou estar sentado esperando. Pattie vai estar bem longe daqui, segura na casa de um amigo.

—Cyrus, isso é suicídio! Você não pode...

—Nolan e Dimitri com certeza têm uma carta embaixo da manga, Flores. Eu tenho três. E pra usar uma delas, eu preciso ser capturado.

—Você tá brincando com a minha cara, né? Eles vão te matar assim que colocar as mãos em você!

—Conhecendo Nolan, sei que vai querer me submeter à algum tipo de tortura antes. De qualquer forma, eu preciso correr o risco. Eu vou morrer, mas não essa noite. —ele diz, convicto. Mas que porra! —Siga com o plano, está me ouvindo? Não importa o que aconteça, faça o que combinamos. Eu tenho que desligar agora e aproveitar o resto do  dia com a mulher que eu amo. Até mais. —ele encerra a chamada e antes que eu possa largar meu celular pra ir tomar um banho, uma mensagem chega no meu celular e eu faço uma careta. Nolan.

"Elimine Ryan Butler. E não falhe dessa vez."

Ryan... eu tenho que matar Ryan. Puta que pariu!

Boston, Massachusetts — 2019, 14:05min

Justin Bieber PON

Ao chegar em casa, escuto uma música vinda da cozinha e uma voz alegre cantando. Caminho até a porta e paro ali, vendo Ivan cantando e dançando Shake It Off da Taylor Swift enquanto prepara a mamadeira da Avalanna.

Seguro o riso, o vendo rebolar e jogar a cabeça de um lado para o outro.

—I shake it off, i shake itt of! —ele joga os braços para o alto e coloca as mãos nos joelhos.

Faço um barulho raspando a garganta e ele leva um susto, ficando vermelho ao me ver e desligando o som.

—Senhor Bieber, eu não tinha te notado  aí. Me desculpe por...

—Não se desculpe por estar feliz, Ivan. —vou até a geladeira pegar um copo de suco. —Ao menos alguém nessa casa está. —dou uma risadinha, o vendo se encolher todo. —Minha esposa está em casa?

—Sim, a senhora Bieber chegou já faz um tempo.

—Bom, então eu vou subir para vê-la. Com licença. —dou as costas, negando com a cabeça.

—A senhora Bieber tem tanta sorte, porque porra. Que bunda! —ele sussurra e eu paro, franzindo a testa e o olhando por cima do ombro. Seus olhos se arregalam e ele liga a música de novo, me fazendo rir mais.

Subo as escadas e entro no quarto, sorrindo ao ver minha menina deitada na cama.

—Oi, filha. —a pego no colo, todo bobo por essa garotinha que está crescendo mais a cada dia. —Como está sendo seu dia, meu anjo? —a ergo no alto, sorrindo quando seus olhos encontram os meus. —O do papai está sendo cansativo, mas vai valer a pena. —começo a encher ela de beijos. —Vou ali fazer as pazes com a sua mãe, tá legal? Eu já volto. —a deito no mesmo lugar e coloco a cabeça para dentro do banheiro, sorrindo de lado ao ver Brianna na banheira.

Caminho até ela e paro em sua frente. Como se me sentisse ali, seus olhos se abrem e me encaram desconfiados.

—Algum problema? —a mágoa em sua voz fica nítida e ela nem precisou dizer mais do que duas palavras.

—Posso entrar aí?

—Pode, mas já está esfriando. —Brianna move um braço, brincando com o resto da espuma. Tiro minha camisa e abro o zíper da calça.

—Tudo bem, podemos esquentar as coisas. —dou um sorriso safado e ela faz uma careta e revira os olhos, deitando a cabeça na borda e encarando o teto.

Ao terminar de tirar a roupa, entro ali e me sento do lado oposto ao seu. Abaixo as mãos e procuro seu pé dentro da água, começando a massagea-lo quando o acho.

—Até quando vai ficar brigada comigo, preta? —pergunto, vendo seus ombros balançarem.

—Não estou brigada com você, Justin. Mas se eu estivesse teria que fazer mais do que massagear meus pés pra que fizéssemos as pazes. —e ela está brigada comigo. Ah, que ótimo.

—E se eu te beijasse? —percebo que ela fica com vontade de rir, mas segura e tenta manter a expressão séria e indiferente.

—Não sei, acho que ainda não daria certo.

—E se eu te beijasse toda e fizesse amor com você depois, ainda ficaria brigada comigo? —pergunto, erguendo sua perna e começando a beijá-la desde o pé, passando pelo tornozelo e pela panturrilha até chegar no joelho.

Brianna se contorce a cada toque dos meus lábios na sua pele e quando estou perto o bastante, seguro seu rosto para que ela me olhe.

—Eu posso fazer amor com você agora? —esbarro minha boca na dela, a beijando e mordendo seu lábio inferior.

Brianna suspira quando meus dedos passam por cima do seu sexo escondido debaixo da água e a provocam.

—Sim, você pode. —ela agarra meu cabelo e me puxa, enfiando a língua dentro da minha boca.

Massageio seus seios grandes e ela abre mais as pernas para mim, deixando que uma das minhas mãos trace o caminho da minha felicidade.

Acariciando seu grelinho, o sinto pulsar sob o meu dedo e minha ereção ficando cada vez mais dura.

Brianna morde minha orelha e arranha meu peito à medida que penetro meus dedos nela, gemendo contra o meu ouvido.

Sua respiração desregulada, seus seios endurecidos e seu corpo arrepiado faz com que eu recobre a sanidade que só essa mulher é capaz de me dar.

—Me fode, Justin. Me fode agora... —ela pede, mordendo a própria boca.

A puxo pelo braço e a coloco em minha frente, de costas para mim. Brianna fica de joelhos na banheira e apoia as mãos na borda, empinando a bunda para o meu lado.

Dou um tapa ali e penetro nela, sentindo seu calor me envolvendo. Sua bocetinha melada me recebe facilmente e eu agarro a cintura de Brianna enquanto ela joga a cabeça para trás, sorrindo e gemendo louca quando começo a me movimentar.

—Awn, isso... Justin, isso! Oh! —ela coloca sua mão por cima da minha e curva o corpo. Aumentando a rapidez e a intensidade com a qual meto na minha doce Brianna, me aproximo para beijar seus ombros e suas costas, indo estimula-la com meus dedos outra vez. —Oh, merda! Não pare, Justin... Nãooo! Aaaah! —entrando e saindo, entrando e saindo.

Brianna parece estar prestes a perder o controle a qualquer momento e eu consigo dar um sorriso sentindo seu corpo ficar tenso.

Me aproximo do seu rosto e colo a boca na sua orelha

—Goza pra mim, goza? —sussurro no ouvido dela e no segundo seguinte Brianna se desmonta inteira e eu a seguro, me afundando mais algumas vezes dentro do meu paraíso particular antes de me afastar e puxá-la de volta para a água comigo.

—Eu amo você, preta. Não deixa de acreditar nisso. —beijo a testa dela e a coloco sob o meu peito.

—Não seja um psicopata frio e insensível, não comigo. —ela segura meu rosto e eu balanço a cabeça, a vendo sorrir. —Isso foi incrível e eu também te amo. —ela me beija e eu jogo um pouco de água em seu rosto.

Um vulto passa perto da porta e eu vejo Ivan levando Avalanna para fora do quarto.

—Aí, meu Deus! Será que ele nos ouviu? —ela parece alarmada. —Ou te viu pelado? —ela gargalha e eu mordo sua bochecha.

—Eu acho que não, mas se tiver visto o que eu posso fazer?

—Ele vai sonhar com você durante a noite. —Brianna tira onda com a minha cara e eu dou risada, me levantando e pegando uma toalha para ela e outra para mim.

—Vai nada, Ivan é louco pelo marido dele. —enxugo meus cabelos. —Quando eu cheguei ele estava dando um show na cozinha ao som da Taylor Swift.

—Eu imagino quão engraçada foi a cena. —Brianna ri e sai do banheiro.

—Vou vestir uma roupa e descer para o escritório, depois ligar para o seu irmão e pra Scar antes de sairmos.

—Tá bem, amor. Eu vou escolher meu vestido.

—Te quero bem linda hoje à noite. —a beijo outra vez antes de ir me trocar, aliviado por estarmos de bem agora. Pro meu dia ficar melhor só Alaric Blaine aceitando o acordo que vou propor a ele. E depois, os corações de Dimitri e Nolan nas minhas mãos.

Boston, Massachusetts — 2019, 16:34min

Charlotte Evans PON

—Eu não quero que vá à esse baile, Ryan. Estou com um mal pressentimento. —falo com ele enquanto o observo pendurar seu terno.

—Lottie, você só não se acostumou ainda que eu esteja envolvido com o crime. Eu tenho que estar lá para apoiar a Brianna e principalmente o Justin. Nada vai acontecer comigo esta noite, está bem? —ele se senta na cama e me chama, segurando suas mãos nas minhas assim que me aproximo. —Em breve você vai ser a minha Sra. Butler e no próximo final de semana acho que já podemos pesquisar sobre as clínicas de fertilização. —ele beija meus dedos e ergue o olhar para mim outra vez.

—Eu só não quero te perder, você entende isso? —pergunto e o deixo me sentar em seu colo, passando meus braços ao redor do seu pescoço.

—Você pode tudo nessa vida, menos me perder. —Ryan sorri, deslizando seus dedos pela parte interna da minha coxa. —Quando eu voltar dessa festa vamos foder pela casa toda. Aproveite enquanto eu estiver fora, vá ao cinema com a Emily. 

—Vou ver o que eu faço, só espero que você não demore a voltar.

—Tudo depende do Drew, amor. Mas de qualquer forma vamos passar o dia inteiro juntos amanhã, eu prometo. —ele beija minha testa e abre outro sorriso. —Eu te amo demais, Lottie. Você me faz o homem mais feliz do mundo.

—Eu te amo também, toma cuidado hoje por favor. —seguro seu rosto e o beijo, deslizando minha língua para dentro a sua boca.

Quando nos afastamos me levanto e vou tomar um banho, deixando que Ryan termine de arrumar suas coisas e tentando me convencer que o aperto em meu peito é só medo de perdê-lo e não um pressentimento contra algo muito ruim.

Boston, Massachusetts — 2019, 20:58min

Brianna Bieber PON

—Preta, me ajuda a prender a gravata? —Justin pergunta de pé em frente ao espelho e eu vou até ele, sorrindo ao olhar em seus olhos. —Você está linda nesse vestido.

—Obrigada, J. —dou um sorriso besta, feliz por estarmos bem um com o outro novamente. Também, depois do sexo que rolou na banheira seria difícil não estarmos. —Pronto, amor. —passo as mãos pelo seu paletó, alisando o tecido.

—Saímos em dez minutos, tudo bem? Vou ir ver como Ava está. —Justin beija minha testa e dá as costas, saindo do quarto.

Pego meu celular e disco o número da Charlotte, me lembrando que quando trocamos mensagens hoje cedo ela parecia aflita.

—Lottie?

—Oi, Bri. Vocês já estão saindo? Ryan já foi, deve estar chegando lá.  —sinto sua voz estranha e vou até o banheiro.

—O que aconteceu, amiga? Você está estranha.

—Eu só estou preocupada, não queria que Ryan fosse a esse baile.

—Se quiser peço a ele para voltar pra casa.

—E estragar a noite dele? Você precisa ver como ele sorria quando saiu daqui. Ryan está amando fazer parte de tudo isso e eu realmente o entendo, mas é muito perigoso. Justin sempre soube lidar com coisas desse tipo e você... Você tem o sangue do seu pai nas veias.

—Isso não torna as coisas mais fáceis pra nenhum de nós, Lottie. Todos estamos correndo perigo.

—Eu sei disso. Não quer dizer que eu não me preocupe com você também, certo? É só que Ryan...

—Eu entendo você. —dou uma risada através do nariz. —Vamos cuidar dele, Lottie. Eu... tem outra ligação na linha. Tenta ficar tranquila, Ryan vai ficar bem. Eu amo você.

—Também amo você, Bri. —ela desliga e eu atendo a chamada do meu pai. —Papai?

—Oi, meu amor. Como você está? Pronta para o baile, eu imagino.

—Sim, papai. Justin e eu vamos sair em alguns minutos. Pattie está por aí? Diga que mandei um abraço.

—Ela não está em casa agora, filha. Mas eu falo com ela, sim. Só liguei para dizer que amo você e que estou com saudade. —franzo a testa, pegando minha arma e minhas facas.

—Eu te amo também, pai. Vai viajar de novo?

—Sim, querida. E eu não sei quando volto. —sua voz está rouca, como se ele estivesse chorando.

—Pai, você está bem?

—Estou, querida. Só quero pedir que não se esqueça que você e seu irmão são tudo pra mim. E Ava... eu amo essa garotinha.

—Obrigada por ter me achado, papai. Eu...

—Tudo bem, minha princesa. Eu sei. Tenho que desligar agora. Eu te amo. —a chamada é encerrada e eu seguro o celular nas mãos, achando que Cyrus estava estranho demais.

Escuto Justin buzinando lá fora e recebo uma mensagem do meu irmão.

"Queria estar indo com vocês, queria poder fazer mais do que só ficar prostado em uma cama enviando energias positivas. Aleh não concordou com a minha sugestão de fugir desse hospital só por essa noite pra ir ajudar. Ela está me tratando como se eu fosse um menino de dez anos. (Reviro os olhos)... Tomem cuidado você e o Bieber. Eu te amo, piveta. Boa sorte."

Com um sorriso no rosto, desço as escadas correndo e me despeço da minha filha que sorri brincando com Ivan no tapete da sala.

—A mamãe tem trabalho para fazer esta noite, meu amor. Mas ela volta pra você, tá? —ela fica me olhando e sorri, provavelmente por causa do brilho do meu vestido. Me abaixo e beijo sua testa, tocando o ombro de Ivan. —Até mais, Ivan. Cuide da minha menina. Nos vemos mais tarde. —aceno e passo pela porta, vendo Justin já dentro do carro com Logan ao volante. Respiro fundo e dou a mão para ele, me sentando ao seu lado e fechando os olhos quando o carro começa a andar, rezando para que nada dê errado.

Boston, Massachusetts — 2019, 22:01min

Justin Bieber PON

—Falando sério, eu fico muito gostoso de terno! Porra, mano! —Ryan diz abotoando seu blazer enquanto caminhamos pelo tapete vermelho, descendo as escadas até o salão.

Casais estão espalhados bebendo, conversando e rindo. Uma música clássica chata pra caralho toca no sistema de som e eu dou o braço para Brianna.

—Esse lugar é enorme. —ela diz, olhando com um sorriso o lustre de cristal.

—Ryan, Chaz. Vamos nos separar aqui, fiquem de olho em qualquer movimento estranho. Brianna e eu vamos achar Alaric e falar com ele. —digo, acenando para um dos garçons e pegando duas taças de champanhe.

—Alfredo e Connor deveriam estar aqui, não? —Brianna me observa com olhos atentos e eu mexo o nariz, incomodado com a máscara que cobre meu rosto.

—Connor ia fazer um trabalho pro Cyrus esta noite, desmarcou de última hora. E Alfredo não atendeu nenhuma das minhas ligações. —passo uma taça para ela e dou o primeiro gole na bebida.

—Viu, Justin? Você precisa da gente. —a voz do Chaz soa no ponto e eu dou um sorriso pequeno.

—Sim, Somers. Eu preciso de vocês. Eu nunca disse o contrário.

—Então você nos aceita oficialmente como Filhos da Máfia? —Ryan parece cauteloso.

—Aceito, vocês são oficialmente parte disso. —de longe posso vê-lo comemorar, movendo as mãos. —Agora se concentre, Butler. Olhos em tudo. —Brianna rodeia a mesa de frutas, pegando um morango e o mergulhando na fonte de chocolate. 

—Eu posso dizer que estou um tanto curiosa para saber como esse tal de Alaric é.  —ergo uma sobrancelha para ela.

—Está, é?

—Ciúmes, senhor Bieber? —Brianna ri e passa por mim, agarrando minha mão. Quando vai me beijar, o clima da festa muda completamente.

—Opa, agora a coisa vai ficar boa. —Ryan diz, sorrindo de longe quando começa a tocar "Back In Black" do AC DC e um homem de terno azul e cavanhaque surge no centro, alguns fogos explodem perto dele e eu o vejo erguer os braços e sorrir, tirando a máscara de veludo do rosto.

Começando a dançar e divertindo as pessoas, ele faz passos ridículos e brinca com um dos garçons.

—Boa noite, meus caros convidados. Agradeço a vocês por virem à minha humilde festinha, uma simples confraternização entre amigos. Espero que se divirtam e aproveitem o champanhe, peguei o mais caro da adega para esta noite. —ele faz graça, fazendo todos riem.

Antes de sair e deixar de ser o centro das atenções, Blaine segura na mão de uma jovem moça e a beija, fazendo com que a garota fique toda cor de rosa.

—Que cara exibido. —Chaz comenta.

—Se ele tentar relar a boca em você vai perder os dentes. —vejo um dos seguranças falando algo em seu ouvido e então seus olhos estão em mim e na Brianna.

—Viemos fazer um aliado, J. E não mais um inimigo. Agora seja gentil e sorria, ele está vindo para cá. —ela sussurra antes de arreganhar os dentes para o idiota cheio de frescura.

—Sr. e Sra. Bieber, é uma grande honra. —ele aperta minha mão e me empurra, abraçando e beijando as duas bochechas da minha mulher. Aperto meus lábios em uma linha fina e resisto à vontade de empurra-lo para longe dela.

—Sr. Blaine, como nos conhece?

—Os feitos do seu marido chegaram até mim, senhorita. Além disso, Hector foi muito gentil em me avisar que vocês estavam à minha procura. Venham, vamos conversar no meu escritório. —ele coloca uma das mãos nas costas nuas da Brianna e sai andando com ela.

—Você poderia tirar as mãos de cima da minha esposa? —pergunto, o mais educadamente possível.

Rapidamente Alaric se afasta dela e sorri.

—Sr.Bieber, eu realmente ouvi algo sobre você ser um ciumento incorrigível. —dou um sorrisinho falso, atravessando a multidão de pessoas.

—É uma linda casa, sr. Blaine.

—Querida, eu não sou tão velho para ficar me chamando de senhor. Além disso, garotas bonitas como você sempre podem me chamar pelo nome. —faço uma careta. Esse maluco tá mesmo flertando com a Brianna assim, na minha frente?

Ela move os ombros e sorri para ele, correspondendo ao flerte. Aí, meu pau!

—Podemos focar no que realmente viemos fazer aqui, Brianna? Obrigado. —olho feio para ela, vendo Alaric se sentar em sua poltrona.

Atrás dele há uma enorme pintura de si mesmo e eu reviro meus olhos.

—Tem toda a minha atenção, senhor Bieber. Em que posso ajudar? —ele tem postura ao se sentar e me encara.

—Nolan McAlister fugiu da prisão há uma semana e Dimitri Sokolov foi o homem que o ajudou a escapar. Eu soube que você tem problemas mal resolvidos com eles, preciso da sua ajuda para destrui-los.

—Está me convidando para fazer parte dos Filhos da Máfia? Eu não acredito! —ele coloca as mãos no rosto e abre a boca. Encaro Brianna e ela dá de ombros. —Estou brincando, sei que esse lance é uma coisa de família. Mas como sabem as notícias correm e eu achei que seria legal dar uma descontraída. —ele ri, se levantando.

—E então?

—Há anos eu espero pela oportunidade certa para acabar com aqueles dois, e ela finamente chegou.

—Temos um acordo? —pergunto, olhando para ele.

—Sim, filhão. Nós temos. Mas quero deixar claro que quando chegar a hora eu brigo no mano a mano com Nolan. Deixo Dimitri pra você porque... bem. Você é jovem e mais forte. E aquele desgraçado é parrudo demais para que eu o enfrente. —ele sorri, me estendendo a mão.

—Tanto faz, só quero acabar com eles. —antes de me virar para sair daqui, o analiso bem. —O que Dimitri e Nolan tiraram de você? Pra aceitar se meter nisso comigo imagino que tenha ódio deles. —Alaric fica sério, perdendo a pose de irônico e egocêntrico.

—Minha esposa e meus dois filhos. Um casal. Dimitri matou minha mulher anos antes, dois tiros na cabeça. E Nolan... incendiou minha casa, meus filhos morreram carbonizados. Morávamos na Europa quando aconteceu. Nolan foi preso antes que eu pudesse pegá-lo. E Dimitri desapareceu feito um rato de esgoto. —ele dá um suspiro e passa a mão na testa. —Acredite, senhor Bieber, você não é o único que quer se vingar. —seus olhos se mantém fixos aos meus.

—Se vamos trabalhar juntos, pode me chamar de Justin. Obrigado por nos ceder um pouco do seu tempo, Alaric. Eu entro em contato. —Brianna acena para ele antes de irmos.

—Aqueles dois vão pagar por tudo. E como vão. —digo baixo, segurando a mão de Brianna e indo para o jardim, sorrindo de lado. O show vai começar.

Boston, Massachusetts — 2019, 23:38min

Cyrus Yates PON

Sentado na poltrona do meu escritório, escuto os tiros lá fora, sabendo que meus homens não vão resistir por muito tempo.

Vendo todos os corpos que caem ao chão através das câmeras, envio uma mensagem para Connor, que está escondido na sauna. Engolindo o comprimido com um rastreador implantado, jogo meu celular na água e sorrio ao me virar para a porta. Nolan está ali, como um fantasma que voltou para me assombrar.

—Sentiu minha falta, Yates?

—Eu esperava te encontrar de novo no inferno, mas às vezes as coisas não são como eu quero. —atrás dele, seus capangas se espalham e começam a vasculhar a casa.

—A nova dona do seu coração não está em casa? Poderíamos leva-la para a festa. —ele dá passos lentos na minha direção, olhando em volta.

—Por sorte, Pattie viajou para o Canadá, está bem longe daqui. Bem longe de você. —um sorriso cínico brota em seu rosto.

—Eu adoraria me apresentar formalmente a ela, mas já que a mandou para longe, vou me contentar em levar só você.

—Não vai ganhar essa guerra, McAlister. Sabe disso. —digo a ele, relaxando na cadeira.

—Ah, Cyrus. Eu já ganhei. —tirando uma arma do bolso do paletó, eu o encaro uma última vez antes que bata com o revólver na minha cabeça.

Boston, Massachusetts — 2019, 00:19min

Alfredo Flores PON

Quando os carros atravessam os portões e saem da casa de Blaine, me posiciono para começar a segui-los, indo na frente de cinco capangas do Nolan em carros separados.

—Você sabe muito bem o que fazer, Flores. Não hesite. —um dos idiotas fala pelo rádio e eu deixo que me ultrapassem, sentindo meu coração batendo forte no peito.

Cercando os veículos em nossa frente, observo quando o tiroteio começa. Mantenho uma certa distância para não correr o risco de ser visto por Justin ou um dos caras.

Vejo quando um dos tiros disparados acerta um dos capangas na cabeça e faz o carro dele se chocar contra um muro.

Saco minha arma e acelero um pouco, com ele na minha mira.

—Vamos, garoto! Puxe a porra desse gatilho! —a voz irritada ordena e eu engulo em seco. Desarmo a trava de segurança e nego com a cabeça. Matar Ryan... eu não posso fazer isso. Justin nunca me perdoaria. Nenhum deles me perdoaria. —Faça, caralho! Faça agora! —miro nos pneus da frente e atiro duas vezes, os acertando.

Quando o carro do Ryan bate em um hidrante e sai capotando eu arregalo meus olhos, fechando meus olhos e dando a ré, saindo dali o mais rápido e sendo seguido pelos palhaços.

De longe consigo ouvir os gritos da Brianna e olho pelo retrovisor quando Justin e ela descem do carro deles, desesperados! Puta merda! O que foi que eu fiz?



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