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História Lets Not Fall in Love - Cliclo pré-iniciado (parte 2)


Escrita por: loseophy_

Notas do Autor


Hello!
Cansei de pedir desculpa pela demora ;-; cry out~
Mas aqui estou eu~ demorei pacas para escrever esse (assim como demorei com tantos outros, cof cof), mas espero que gostem. Esse cap vai complementar algumas coisas do começo da fic, então se você se lembrar do que eu escrevi, você não vai ficar tão confuso(a) :v
P.S.: Eu mudei o nome do último cap pra "Ciclo pré-inicado", logo logo você vão entender o porquê.

Sem mais enrolações,
Boa leitura!

Capítulo 39 - Cliclo pré-iniciado (parte 2)


A garota estava estática devido ao susto, enquanto JiYong pensava seriamente naquela situação, igualmente assustado. O garoto sabia que não poderia vacilar, havia um carro a alguns metros do outro lado da rua que o estava por observar, para confirmar se sua missão seria concluída com sucesso.

- Não se mexa Seunome, você corre perigo.

A garota abriu a boca algumas vezes sem fazer som algum e JiYong colocou a mão sobre sua boca, deixando-a ainda mais assustada.

- Não faça perguntas, estamos sendo observados. – dito isso, tirou a mão por breves segundos.

- Como posso confiar em você se não o conheço? – pronta para ir, Seunome ignora o aviso e tenta se afastar, mas o garoto impulsivamente lhe aperta o pulso e a garota faz uma careta de dor.

- Nada de ruim acontecerá se você cooperar. – disse isso olhando em seus olhos, por mais que doesse encará-la daquela forma ele queria ser o mais sincero possível.

- Preciso que finja que está sendo atacada, faça isso e ficará livre para ir assim que aquele carro se for – apontou discretamente para o veículo e a garota olhou sem virar a cabeça para este, parecia demasiada receosa para qualquer coisa.

- Eu n-

JiYong agarrou seu pulso e a prendeu contra a parede. Vendo que Seunome estava com o medo estampado mais expressivamente em seus olhos, sussurrou:

- Prometo ser rápido, fique tranquila. Já disse que nada ruim acontecerá. – dizendo isso, segurou o rosto da garota com falsa brutalidade e aproximou-se de seus lábios, fingindo tê-los tocado visto de certo ângulo.

O carro permanecia ali, mas já lhe havia dado provas, ou ao menos fingido, de que havia concluído a tarefa.

- Precisamos sair daqui, não quero machucar você, então apenas finja que é contra sua vontade.

- Isto é contra minha vontade. – disse subitamente, fazendo G-Dragon sorrir um pouco com a atitude da garota enquanto segurava seus dois braços levando-a até o lado contrário em que se localizava o veículo.

Ao final do beco, viraram em um lugar e JiYong se sentou no chão bufando, porém sentindo uma onda de alívio preenchê-lo.

- Eu sinto muito te colocar nessa situação... – foi a única coisa que disse a garota que estava de pé a sua frente tapando o sol com o corpo enquanto encarava aquele indivíduo.

- Eu conheço você? Como sabe meu nome? – perguntou ignorando as desculpas do rapaz, que a olhou apertando um pouco os olhos devido à luz que lhe contornava a silhueta.

- Você realmente não se lembra, não é? Eu achei que encontrando algumas pessoas conhecidas você acabaria se recuperando aos poucos... – olhou para o chão, infeliz.

- Desculpa, realmente não me lembro de você. Era um dos garotos de ontem? – mudou a expressão, parecendo mais sombria.

- Não, apenas me mandaram aqui para dar o troco.

Seunome cogitou afastar-se dele agora que sabia a qual grupo pertencia, mas lembrou-se de ter sido poupada do abuso ao qual estava sujeita, e sentiu-se alguém sortuda por isso.

- Mas... Porque não o fez? – perguntou lentamente.

Olhou a garota novamente. Não conseguia encará-la sem que se sentisse perturbado. Porque ela estava ali? Ela não deveria estar no Brasil?

- Eu não sou como eles. – deu de ombros desviando o olhar, fazendo Seunome sorrir involuntariamente.

- Então não deveria andar com pessoas assim. – comentou.

Esse último comentário foi acompanhado por um longo silêncio.

JiYong se levantou e, sem encarar a garota, deu início a uma caminhada sem rumo.

- Onde está indo? – questionou a garota em um tom de voz elevado as suas costas para que ele escutasse.

- Pra qualquer lugar, eu já terminei meu trabalho aqui. – respondeu fazendo um gesto de pouco caso e sem olhar para trás, sentindo o peito doer à medida que se afastava da garota, esta que logo o alcançou.

- Você não pode ir agora, eles podem voltar e-... – disse de maneira impulsiva. Mesmo ela não sabia por que estava tão desesperada para que o garoto que acabara de conhecer ficasse consigo.

JiYong parou, fazendo a garota chocar seu corpo de leve com o dele pela ação repentina.

- O que quer dizer? Quer que eu seja seu segurança agora? – disparou um pouco rude.

- Desculpa, eu só... – começou a dizer, mas não tinha argumentos que justificassem seu medo inexplicável.

O garoto soltou um longo suspiro, fazendo Seunome encará-lo curiosa.

- Vamos. Vou lhe acompanhar até sua casa pelo menos. – voltou a caminhar, até que foi impedindo pela barra da blusa enroscando em algo, mas era apenas a garota que a puxava timidamente.

- Espera... Eu não posso te levar até lá.

- Qual o problema, agora? – olhou-a um pouco impaciente.

Ela pensou um pouco, mas não sabendo como explicar a situação, apenas deu de ombros e passaram a andar lado a lado.

 

Sem trocarem muitas palavras, JiYong e Seunome finalmente chegaram ao destino: um condomínio de minúsculas casinhas, e assim que as viu, Kwon olhou admirado para o lugar, perguntando-se como a garota era capaz de morar ali.

- Eu sei, é uma caixa de sapato cada casa aqui... Foi por isso que eu-

- Está mais para cubículos, se quer saber. – interrompeu-a sem pensar, então a olhou continuando – Como veio parar em um lugar assim?

A pergunta parece ter a pego de surpresa, pois abriu a boca algumas vezes sem saber o que responder. O único som que ela fez foi a que denunciava a fome, um ronco vindo do estômago que a fez adquirir uma coloração avermelhada em todo o rosto e orelhas devido à vergonha.

JiYong chegou a conclusão de que a garota estava passando por dificuldades desde que chegara no país, a fome provavelmente era consequência de sua falta de dinheiro, e isso era bem preocupante.

Depois de analisar a garota-pimenta de cima a baixo, pensar e repensar, G-Dragon se entregou:

- Vamos, vou pagar algo para você comer. Aceite isso como uma compensação por ter lhe feito passar por aquilo mais cedo... – disse isso já tomando um rumo diferente do condomínio, Seunome ia logo atrás.

 

- Então você veio para cá para melhorar a situação dos seus avós? Isso é um tanto engraçado... – o garoto comentou rindo baixo, tomando o resto do caldo de seu ramén.

- Ei, não ria! Eu estou fazendo o que posso, okay? – disse irritada.

- Tudo bem, me desculpe – riu mais um pouco e parou para observá-la.

- E também... Eu recebi uma proposta em dinheiro para fazer alguns serviços... – comentou um pouco mais baixo.

- Que tipo de serviços, você diz? – questionou interessado.

- Eu não sei, mas me disseram que me dariam uma grande quantidade de dinheiro caso eu fizesse o que mandassem e até bancaram minha vinda para cá. Garantiram sustentar meus avós também, então pude recusar.

JiYong achou aquilo tudo muito estranho, mas não perguntou sobre, já que de repente Seunome mudou de assunto.

- Você me disse que perdeu seus amigos mais cedo, como foi isso?

JiYong chegou à conclusão de que a garota tinha um talento para deixá-lo sem palavras, seja com um comentário, pergunta ou gesto.

- Digamos que eu não lhes dei ouvidos... – disse simplista.

Um riso soprado escapou por entre os lábios de Seunome.

- Eles tinham razão sobre algo e você ignorou, certo? – tais palavras certeiras fizeram JiYong olhá-la admirado – Você foi egoísta e não assumiu a culpa, por isso os afastou, pois achou que eles não o perdoariam. – levantou as sobrancelhas, sorrindo de lado.

Se JiYong queria algo naquele momento, era ter aquelas habilidades incríveis de entender alguém que Seunome tinha e usar contra a mesma.

- Eu não sou egoísta... – comentou baixo, desviando o olhar.

- Dizer isso só prova que estou certa. – falou confiante, provocando o garoto.

- Em que momento criamos essa intimidade para sermos tão abertos um com o outro? – G-Dragon sorriu, sentindo-se idiota.

- Não sei, mas parece que já nos conhecemos há anos. – Seunome falou mais para si mesma que para ele, mas este ficou mais uma vez sem palavras. Só o que sentia era um aperto insuportável no peito – Sabe, acho que você deveria falar com seus amigos e se desculpar. Pedir desculpa não é vergonhoso, é um gesto de respeito e arrependimento que está em falta hoje em dia. Caso você não se sinta confiante, eu posso lhe dar uma mãozinha – falou animada e sorriu abertamente para o garoto, que não pode conter-se, retribuindo o sorriso.

- Não é uma má ideia... – comentou baixo, sem tirar o sorriso do rosto.

- Devemos ir agora? – perguntou ela, levantando-se.

- O que disse? – JiYong a encarou surpreso.

- Ora, vamos. Estamos indo encontrar seus amigos para você se desculpar – pegou sua mão, fazendo-o levantar e acompanhá-la, não antes de pagar pela refeição.

- Nós não podemos, eu nem sei o que vou dizer a eles...

- Você não precisa pensar muito, é só dizer que sente muito. Antes cedo do que nunca não é mesmo?

- Não seria “antes tarde do que nunca”? – questionou ele, mas Seunome não lhe deu ouvidos.

JiYong desistiu de tentar pará-la, apenas seguiu o fluxo e a levou para uma casa extremamente grande, a casa a qual negociara com sua avó. A campainha fora tocada após muita hesitação, porém quem atendeu à porta não foi nenhum dos garotos, e sim a namorada de Choi.

- Resolveu dar as caras, Kwon JiYong? – questionou ela irritada.

- Eles estão? – ignorou a saudação áspera da garota.

Seunome se encontrava mais afastada, assistindo a tudo um tanto receosa.

- O que quer com eles? – encostou-se à batente, os braços cruzados frente ao corpo. Aquilo era irritante, porém JiYong não podia culpá-la. Havia sido um babaca não só com os amigos, mas com ela também.

- Vim me desculpar, aliás, também lhe devo desculpas – ela o olhou em um misto de surpresa e desconfiança – Me desculpe. – inclinou-se ligeiramente, mas vendo que a garota não estava convencida, mudou a tática e se colocou de joelhos, a tempo dos outros quatro, os quais ele estava procurando, chegarem e observarem a cena – Me perdoem por ter sido um péssimo amigo e um idiota com todos vocês.

- JiYong? – Taeyang olhou a cena surpreso – Aconteceu algo?

- Pare de se humilhar tanto... – Daesung tentou levantá-lo, mas por algum motivo que até mesmo o próprio JiYong desconhecia, ele apenas se manteve mais firme e convicto de sua atitude.

- Eu não vou me levantar enquanto não me perdoarem.

Seunome surpreendeu-se com a ação do garoto, e esta se passara despercebida pelos olhos dos quatro, já que se escondera atrás de algumas plantas altas, temendo que a vissem.

Os quatro garotos se entre olharam nervosos até que finalmente dissessem algo.

- Nós o perdoamos, JiYong, agora pare com isso. – Choi pediu e o amigo se levantou sem disfarçar um sorriso, sentindo que tirara um grande peso dos ombros.

- É bom ter você de volta – Seungri o recebeu com um agraço.

O motivo de eles se aceitarem tão facilmente era devido a isso: ambas as partes sentiram-se inclinadas a perdoar uma à outra, de modo que qualquer rancor era deixado de lado. Outro motivo, porém, também o mais importante entre eles, era que ambos estavam cientes que algo estava prestes a acontecer, não sabiam do quê se tratava, mas o mau pressentimento era coletivo e precisavam contatar um ao outro.

 

- Achei que fosse até eles comigo – comentou com Seunome enquanto a levava até seu condomínio de cubículos, apelido que deu ao lugar, novamente – Porque se escondeu?

- Eu não estava me escondendo eu só... – parou de falar e respirou fundo.

- Você tem medo de que? Eles não são piores que eu. Na verdade, eu sou mais perigoso do que imagina – falou tentando parecer sincero, mas não pareceu comover a garota, esta que riu debochada.

- Bom, de qualquer forma, fico feliz que tenham voltado a ser amigos. – ela sorriu amigavelmente e o outro retribuiu.

- E eu lhe agradeço por isso. Eu não teria tido iniciativa por conta própria.

Mas uma vez em frente ao condomínio, JiYong analisou aquelas casinhas minúsculas sentindo-se amedrontado. Ele havia pago a refeição daquele dia para Seunome, mas o que garantiria que ela sempre teria comida em sua mesa? Que estaria vivendo bem e que estaria segura? Ele precisava que esses itens e tantos outros fossem garantidos a ele, de que forma ele ainda não sabia como.

- Seunome, obrigada por hoje. – sorriu de lado, abaixando os olhos sentindo aquele misto de coisas que vinha sustentando desde que a vira.

- Você já está indo...? – levantou as sobrancelhas. Não queria ficar sozinha, era tão bom finalmente conversar com alguém depois de tanto tempo sem ter com quem contar.

- Não era esse o combinado? Trazer-te segura até aqui? – olhou-a inclinando levemente a cabeça.

- Era, mas... – o silêncio a dominada facilmente, também.

JiYong riu da garota e estendeu a mão, a qual Seunome encarou confusa.

- Seu celular – pediu.

- Isso é um assalto? – questionou risonha.

- Pabo.

A garota desbloqueou o aparelho e entregou o mesmo para JiYong, que foi até sua lista de contatos e adicionou seu número, salvando-o e seguida.

- Kwon JiYong... – leu o nome do contato após ter o aparelho devolvido – Porque...

- Para me ligar sempre que estiver em perigo ou se sentir sozinha. – sorriu para Seunome que correspondeu com um sorriso tímido.

Isso não era o suficiente para se assegurar de que ela estaria bem, mas era o que poderia fazer naquele momento pela garota que mais uma vez mudava sua vida e que tanto amava.


Notas Finais


Se você chegou até aqui, tá de congratulations (palmas).
Eu realmente peço desculpas por demorar tanto pra finalizar essa fanfic, acontece que a história dela ficou bem mais complicada a medida que eu ia escrevendo ela, e agora que tenho que terminar ela, parece que tudo veio à tona uehfjkds
Mas obrigada a vocês que não me abandonaram :') e aos leitores novos: Obrigada por ler, e como dizia Temer: coragem... Tem que ter coragem :v

Beijos de Nutella e casquinha mista :3


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