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História Lets Stay Together - O Plano


Escrita por: fallensidex

Notas do Autor


Olá Meus Amores!
Sei que não consegui cumprir com a meta de capítulo todos os dias, então estabeleci outra, na qual sei que vou cumprir.
Possivelmente perderei leitores, mas vou fazer o que facilita mais minha vida: teremos capítulos fixos todas as quartas-feiras.
PS. O tamanho aumentará.
Agora pra história, duas coisinhas:
Primeiramente: Acho que geral vai se dar mal
Em segundo: Primeiramente
Boa Leitura!

Capítulo 14 - O Plano


Fanfic / Fanfiction Lets Stay Together - O Plano

— Três semanas? - Sam, assim como todos os outros, indignou-se ao ouvir de Ashley tudo que o advogado de Chris explicou, a menos algumas partes que ele manteve em sigilo, pois o caso não pode ser revelado por inteiro à ninguém a não ser o réu em questão.

 — Eles podem provar que Chris é culpado? - perguntou Matt.

A sala de estar estava carregada com um clima tenso que pairava entrando na mente de todos. Assuntos complicados como este nunca resultam em boa coisa.

 — Não sei, mas acho que sim. - Ashley cobriu o rosto com as mãos e abaixou a cabeça. Tudo que ouviu foi demais para ela, estava tentando ser forte apesar de estar absolutamente desesperada por dentro.

— Qual é a pena pra assassinato? - Jessica perguntou baixo para que apenas Mike, que estava ao seu lado, escutasse.

— Se considerarmos homicídio qualificado, vinte e cinco anos.

Porra

— Vinte e cinco? - Jessica se surpreendeu alto demais e todos ouviram.

Merda

— O advogado pode conseguir tirar ele de lá, ou talvez uma pena menor. - disse Sam tentando ser otimista.

— Se toca loura, Chris vai apodrecer naquele lugar. - disse Emily sendo mais realista do que pessimista.

— Não! Chris não vai apodrecer naquele lugar, eu, eu... - Ashley começou a surtar.

—  Não podemos fazer nada, Ash. - disse Mike.

— Ele tem razão, Ashley. - disse Emily

 — Não podemos o caramba! Vou tirar meu namorado de lá nem que eu tenha que buscar uma daquelas coisas vivas pra jogar na cara daqueles estúpidos! - gritou Ashley exaltada. Ela foi para o quarto, decidida a voltar naquela montanha neste exato momento. Deu de cara com a surpresa de Chris outra vez e sua raiva só crescia como uma fogueira atiçada por gasolina. Só precisaria pegar algumas roupas, chamar um taxi e...

— Ashley! - Sam interrompeu seus pensamentos.

— Que foi?

— Isso não é pensar com clareza, você vai se matar naquela montanha!

 — Irônico vindo de alguém que tá cagando por ele estar da prisão! - Ashley abriu a porta do armário com raiva à procura de suas botas de inverno. Estava irritada com todos, e com razão, visto que ninguém parecia se importar com o fato de Chris estar atrás das grades.

 — Ele é meu amigo Ashley! - Sam gritou de volta. - E eu não vou deixar que você faça alguma tolice por estar de cabeça quente! - Sam fechou a porta num movimento rápido e a trancou guardando a chave no bolso da calça.

— Me dê essa chave. - Ashley apontou o dedo para o rosto de loura com um olhar oblíquo e neurótico.

— Ashley... - Sam se afastou encostando-se à porta. O olhar de “pronta para matar” de Ashley estava deixando-a assustada.

— Eu disse pra me dar essa chave, Sam. - Ash se aproximou outra vez pronta para arrancar a chave do bolso da loira à força.

— Me escuta...

—  Não, me escuta você! Se eu estivesse naquela prisão Chris já teria ido até lá buscar uma daquelas porras pra livrar minha pele. - algumas lágrimas brotaram de seus olhos. - Agora que temos algo vou ter que esperar vinte e cinco anos pra poder, sei lá, beijar meu namorado e perder minha virgindade? Sem chance! Eu tiro ele de lá com ou sem vocês. Agora me dê essa chave! - Ashley tentou avançar em Sam, porém teve os pulsos segurados pela mesma.

— Eu vou com você. - Sam soltou-a e se pôs a encará-la. - Mas não hoje. - pegou a chave do bolso segurando-a bem apertado. - Iremos quando bolarmos um plano, ok? Chris precisa que você fique viva pra tirarmos ele de lá. Eu preciso, nós precisamos, Ashley.- Sam conseguiu controlar a amiga.

— O que quer dizer com nós?

— Eu, você e quem mais for. - Ashley suspirou aliviada por conseguir o apoio de pelo menos uma pessoa.

— E se ninguém mais for?

 — Iremos nós duas. Estamos de acordo? - Sam abriu a palma da mão revelando a chave. Ashley assentiu e a loura abriu a porta. Todos os outros estavam plantados lá ouvindo a discussão. A maioria abriu a boca em "O" quando viram o estado “romântico” do quarto, já que não tinham visto a surpresa de Chris antes.

— Quando iremos pra montanha? - Mike olhou para as duas com um sorriso compreensivo.

— Quando tivermos um plano. - Ashley olhou para Sam e agradeceu mentalmente por ter sido impedida de fazer qualquer borrada esta noite.

— Eu acho que tenho um. - disse Emily. É completamente estranho Emily querer ajudar, mas ele deve ter seus motivos.

— Você tá dentro? - perguntou Matt com estranheza.

— Hey, eu não disse isso. - todos a olharam tentando entender o que ela propunha. - eu quero ajudar, mas não vou ir pra morte usando minhas botas novas de quinhentos paus.

— É só ir descalça. - Jessica aproveitou a oportunidade.

— Você é burra ou o quê? - retrucou.

— Não mais que você.

— Parem! - disse Ashley irritada. - Qual o plano Emily?

A morena revirou os olhos.

— Aquele gorila das neves lá usava um lança-chamas. Podíamos arrumar uma gaiola grande e resistente...

— E onde conseguiremos um lança-chamas? - Perguntou Matt.

— Vamos ter que comprar - concluiu Mike.

—  E como iremos transportar? Carregando a gaiola gigante? -  Jessica usou ironia ao perguntar.

— Talvez uma caminhonete ajude. - sugeriu Mike. - sei onde posso conseguir uma.

— Teremos que passar pelo teleférico, não vai caber na porta. - disse Sam.

— Vamos estudar o mapa, deve ter outro caminho. - respondeu Emily.

— Isso tudo vai levar quanto tempo? - Ashley parecia contar os dias mentalmente, chegando à conclusão de que levariam vários deles.

— Temos que pensar bem, não quero morrer. - disse Mike.

— Primeira coisa: quem vai ir até lá capturar um Wendigo? - Ashley cruzou os braços com impaciência.

— Eu. - Mike se voluntariou.

— Eu. - Sam confirmou o que havia dito antes.

— Eu também vou. - disse Matt.

— Me desculpa Ash, vou tentar ajudar de outra maneira. Talvez eu e Emily possamos ser úteis de outro jeito. - disse Jessica e Emily revirou os olhos outra vez.

— Obrigada galera. Mesmo, amo vocês. - Ashley sorriu fraco e triste. Seria extremamente difícil realizar um plano desses, mas ilusão era perfeito para mante-la longe do choro.

— Precisamos descansar agora. Vou comprar o lança-chamas online ainda hoje. - disse Mike.

— Não precisa ter licença pra comprar esse tipo de arma? - perguntou Jessica.

— Sim, tenho um tio que pode ajudar com isso. - respondeu-lhe.

— Logo que sair da escola amanhã vou atrás da gaiola. - disse Sam.

— Ótimo. - disse Emily. - vou começar a estudar os mapas antes de dormir. Vou achar o melhor caminho pra que tudo dê certo.

— Esse é mesmo o melhor plano? - perguntou Jessica.

— É o único que temos. - disse Ashley esperançosa.

 — Vai dar certo, tenha fé. Vamos tirar nosso cacique dessa  - Sam apertou seu ombro carinhosamente e todos ficaram com aquele apelido na cabeça, tanto por Chris tanto por Josh, visto que Sam o pronunciou de propósito. Talvez seja porque ninguém quis ir atrás dele, não fizeram por ele o que estavam prestes a fazer por Chris. E isso doía. Muito.

 

 [...]

— Sua cela, madame. - um policial abria as grades para que Chris entrasse.

Essa parte da delegacia não era tão grande como ele esperava. Há poucos blocos de cela, o que obrigam os prisioneiros a dividir, ficando até seis homens no mesmo engradado. Chris olhou assustado para o local. Era nojento. A pia toda imunda e o mictório no mesmo estado ficavam num cantinho, sem a mínima privacidade. Do outro lado havia as "camas", que não passavam de um fino colchão sobre cimento em beliches. Havia três homens deitados lá. Chris até que teve sorte de não ser jogado em uma cela cheia.

— Oi flor. - um dos caras começou a dialogar com o rapaz. Ele era alto e muito magro, tinha o corpo coberto por tatuagens. Óbvio que nenhuma delas eram coelhinhos ou rosas, eram frases obscenas e desenhos de caveiras, armas e até gente morta. Credo. Pra ajudar, seus dentes, precisamente as presas, estavam cobertas por cárie.

— É, Oi. - Chris respondeu temendo qualquer afrontamento. Os outros detentos deram risada dele.

— O que tu aprontaste, moleque? - um dos que estavam deitados perguntou. Este era um homem comum, nada nele chamava atenção além do brinco brilhante em uma de suas orelhas.

— Eu sou inocente. - respondeu.

 — Todos são. - o terceiro homem falou e os demais riram. Este por sua vez era barrigudo e cheio de piercings. Todos tinham a cabeça raspada, Chris pensou que poderiam ter passado por alguma epidemia de piolhos ou algo de tipo.

— Pra estar nessa cela, deve ser um traficantezinho de maconha barata. - chutou o das tatuagens.

— Acho que não, Dylan, o moleque tem cara de nerd. - comentou o barrigudo. - deve ter invadido algum site importante ou sei lá, essas coisas do povo anti-social.

— Cala essa boca gorda. - disse o mais comum. - o que tu aprontaste pirralho?

 Chris não achou os três tão ruins, já que estava esperando por algo pior.

— Estou sendo acusado de assassinato. - os três pareceram surpresos, mas logo soltaram uma gargalhada debochada.

 — Bem, ele é engraçado. Acho que não vou precisar cortar a garganta dele durante a noite. - disse o gordo. Os outros riram enquanto Chris engolia em seco.

— Relaxa guri. - O tatuado socou o ombro dele. - aliás, se importa se eu fumar?

Chris odiava cheiro de cigarro. Era terrível, mas dizer "sim" agora não era uma opção.

— A cela é sua, meu chapa! - disse tentando parecer um deles. Até que foi convincente.

 — Ai garoto. Vem me fazer uma massagem. - disse o homem comum.

Chris congelou, talvez não só de nojo como também medo. Era só o que faltava, ser tratado como um pau-mandado por esses detentos esquisitos. 

— Deixa o menino em paz, Charlie. - disse o gordo. - olha só que cara de retardado ele tem.

— Quais os crimes de vocês? - Chris perguntou para tentar esquecer a aflição que estava sentindo, desesperado por mudar o assunto voltado para ele.

— Dei uma boa surra na minha esposa. Ela mereceu. - disse o homem comum, que comum só tinha a aparência mesmo.

Meu Deus, ainda existe gente assim?

— Tráfico. - disse Dylan, o tatuado que fumava feito chaminé.

— Matei meu chefe. - disse o gordo.

— É, o balofo realizou o sonho de todos nós. - disse Dylan.

— Matar um chefe não é bem um sonho pra mim. - disse Chris, se arrependendo por descordar logo em seguida.

— Quer torturar né? - disse Charlie, o que espancou a mulher. 

— Ah, bem, claro! - mentiu para a própria proteção a alívio.

Esses homens falando o tempo todo... Sinto que se pararmos vou ser agredido ou até mesmo submisso à algo que não quero nem pensar em ter que fazer. Será que existe algum milagre que me tire daqui? Duvido muito. Apesar dessa complicação aqui dentro, estou mais preocupado com lá fora. Já consigo imaginar Ashley recebendo a notícia através do meu advogado.

Estive pensando e, a conhecendo bem,  acho que ela vai surtar. Tenho medo de que faça algo para se prejudicar, espero que alguém esteja lá para evitar isso. Não sei como serão nossas vidas daqui pra frente, mas sei que vou perde-la. Não vou ser egoísta com ela. Minha vida acabou, a dela não. Não é justo que eu a arraste pra essa desgraça. Fiz as contas, se eu pegar a pena mínima sairei daqui com quarenta e quatro anos. Vou estar velho demais pra formar uma família, velho demais para ter filhos, velho demais pra viver um amor de jovem, velho demais para Ashley, velho demais para qualquer prazer que a vida fornece durante a vida. Ashley pode muito bem formar a família dela e ser feliz. Não há escapatória para mim agora. Talvez uma prova viva me livrasse, tipo um Wendigo, mas a polícia não vai admitir que os encontrou. Já tomei minha escolha: se meu advogado não conseguir uma saída até o tribunal terminarei com Ashley. Ela merece ter uma boa vida, e eu não estou incluído nisso se estiver atrás das grades. Preciso pensar bem no que falar, não quero magoa-la. Infelizmente sei que tenho todo o tempo do mundo pra pensar nisso agora. Ela não merece passar por isso, eu também não, mas ela terá chance de recomeçar. Eu não.

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— E como vai nosso detento favorito? – o homem misterioso continuava de costa, como sempre. A diferença é que agora não era o Tenente Evans que estava na outra ponta da mesa.

— Você fez um belo caso. Ele está ferrado. – ele deixava a pasta do caso sobre a mesa.

— Não tem como tirar ele, não é? – o homem sorria com tal notícia.

— Sem chance. – Era Marcus, o advogado de Chris.

— Então Evans fez um bom trabalho. Agora é com você. Mantenha-o preso custe o que custar. - seu triunfo estava formado.

— Preciso achar uma saída para o tribunal.

— Ache uma que não dará certo. Estamos entendidos?

— Sim, senhor. Estamos.

Continua...


Notas Finais


Meio repetitivo... Sorry, mas eu amo detalhes <3
Kisses


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