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História Letters To Camila - Segunda Temporada - Brave, Honest, Beautiful


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Hey pessoal,
Queria dedicar esse capítulo a Mariana, uma grande amiga minha, ela andou falando bastante sobre a história e está realmente conectada com o enredo, sem falar que eu me divirto demais com as reações dela. Então Mari, esse capítulo é para você, espero que você goste!!!
CAPÍTULO 16 PARA COMEMORAR A MINHA IDADE AJSBDKAJBSD sem falar que é meu número da sorte (but no one cares ajsdbabjsd)
Sugiro as músicas: Two Pieces da Demi Lovato, depois Brave Honest Beautiful das meninas e por ultimo Dear Future Husband da Meghan Trainor.
Boa leitura:

Capítulo 16 - Brave, Honest, Beautiful


Fanfic / Fanfiction Letters To Camila - Segunda Temporada - Brave, Honest, Beautiful

Andava tão confusa, ainda mais depois da minha conversa com Camila. Sempre pensava, pensava, pensava e pensava. Nunca chegava a lugar algum. Estava dividida entre minha cabeça e meu coração, não sabia qual escolha seria a mais sensata e a correta de se fazer, eu só queria pensar com calma e escolher uma que não fosse me magoar no final, que não me machucasse ainda mais.

Se eu seguisse meu coração eu obviamente iria voltar facilmente para ela, porém se eu seguisse minha cabeça iria me afastar por ser o mais sensato a se fazer. Quem não garante que ela iria me abandonar novamente. E eu não se eu conseguiria ser deixada por ela uma segunda vez.

Na sexta-feira quando voltei do estúdio fui abordada pelo porteiro mais uma vez, ele me entregou uma nova carta e eu sabia exatamente quem havia a escrito, porém eu não senti a menor vontade de abri-la, a noite pedi que Ally lesse e então me dissesse o que estava escrito, o que não deu muito certo, já que acabei optando por lê-la e tirar minhas próprias conclusões.

Minha curiosidade era muito maior que minha raiva e mágoa.

“Querida Lauren,

Você não me deu a oportunidade de terminar de conversar com você na quarta-feira, pensei em pegar o meu carro e ir atrás de você, pensei em te visitar no seu apartamento e até mesmo ir até ao estúdio, mas achei que fosse melhor escrever... me tornei boa com palavras e acho que seria o mais sensato a fazer agora, porque acho que você não quer ver minha cara ainda.

Não quero que você pense que você jamais significou nada para mim, que nós nunca tivemos algo significativo e que foi fácil desistir de você, porque isso seria a coisa mais absurda de todos os tempos e o mais longe da verdade o possível.

Lembro exatamente quando você entrou na minha vida, você me mandou aquela carta e me pegou de supetão. Você não desistia de escrever para mim e cada semana que passava você tentava descobrir mais e mais sobre mim. No dia de te encontrar foi como se houvesse uma tempestade no meu estomago, que passou assim que nossos olhares se encontraram e você me deu aquele lindo sorriso... me passando aquela segurança reconfortante desde o nosso primeiro encontro. Então nós começamos a namorar, você sempre fez o possível e impossível para fazer com que eu me sentisse a pessoa mais amada de todas as formas, você enfrentou o meu pai por mim e me ajudou a superar um dos momentos mais difíceis da minha vida. Você também estava lá para comemorar comigo a minha entrada em Stanford, aonde eu aprendi coisas que vou usar para o resto da vida e provavelmente aplicar em vidas que serão salvas.

Você sempre esteve lá para cuidar, me amar e me fazer sentir especial.

Acontece que eu nunca senti que fosse boa o suficiente para você, eu nunca fiz nada para demonstrar todo o meu amor, carinho e afeição por você.

Nunca.

Foi então que LA apareceu, ele falava com uma convicção tão grande, ele queria o seu sucesso, queria que você fosse uma grande estrela e recebesse todo o reconhecimento que você sempre mereceu. Ele me convenceu que seria o mais correto a se fazer.

Foi ali que eu vi a minha oportunidade de demonstrar o quanto eu sempre te amei, foi a forma que encontrei de mostrar que eu poderia ser a pessoa mais infeliz do mundo todo não tendo você, mas que se você tivesse o mundo todo em suas mãos e realizasse os seus sonhos eu estaria satisfeita com isso. Se eu te prendesse a mim seria a coisa mais egoísta do mundo todo e eu jamais poderia fazer isso com você, não de ver seu enorme sorriso ao me contar de cada pequena realização que você conseguia, jamais seria justo.

Concordo totalmente quando você disse que eu não terminei do modo certo, mas entenda que naquela época eu não conseguiria terminar aos poucos e ser apenas sua amiga, não conseguiria lidar o fato de ter e ao mesmo tempo não te ter, também sei que isso não justifica acabar tudo e deixar você chorando na chuva sem nem ao menos olhar para trás. Pode me xingar de qualquer coisa, pode brigar o quanto quiser por eu tomar essa decisão não pedindo a sua opinião, mas jamais diga que eu nunca te amei ou que não fiz isso visando o que fosse o melhor para você, porque foi exatamente isso que eu tentei fazer.

Quarta-Feira você me perguntou porque eu fazia questão de fingir que esses seis anos jamais existiram: porque por mais que eu não me arrependesse da minha decisão, te deixar ir foi a coisa mais difícil que eu já tive que fazer e lembrar que eu não tenho mais você é uma coisa que eu me recuso a pensar sobre por ser tão fodidamente doloroso.

Sei que demorei, sei que seis anos são muito tempo e que eles jamais vão desaparecer, por mais que seja o que nós desejamos, nesses seis anos nós crescemos, amadurecemos, conquistamos o que tanto desejamos e agora eu senti que é a hora de correr atrás de uma coisa que eu sei que jamais vou superar e conseguir viver sem. Na minha opinião esse é o momento certo de darmos mais uma chance ao que queríamos ter um dia e que talvez possa vir a ser algo que nós duas queremos ter novamente.

Entendo o seu silencio e o fato de você me afastar, tudo tem o seu tempo, porém saiba que eu jamais vou deixar de tentar me aproximar de você, Lauren.

Não peço que me perdoe, porque eu sei que isso não vai acontecer agora, mas peço que você ao menos abra um espaço para que eu tente recuperar sua confiança e seu amor, mesmo que esse amor não seja tão intenso como antes.

Com amor, Camila.”

Era tão estranho vê-la expor seus sentimentos de uma forma tão escancarada como anda fazendo, Camila não tem mais vergonha de dizer o pensa e o que sente, isso me deixa um pouco desconcertada já que ela é tão sincera que chega a ser intimidador e intenso. Foi algo que eu sempre cobrei dela e só agora passei a ter, a exposição de seus verdadeiros sentimentos.

Quando terminei de ler a carta fiquei desolada e coube a Ally me consolar. A carta só serviu para me deixar ainda mais confusa e mais dividida. Não atrevi chorar mais. Eu não ousei responde-la e muito menos conversar com Dinah sobre isso porque obviamente que ela iria defender Camila e confundir ainda mais a minha cabeça.

- Isso é idiotice! – Normani exclama – Ela fez tudo o que fez e acha que pode chegar assim do nada exigindo que elas voltem e fingindo que esses anos nunca existiram? – A encaro, esse era o meu pensamento.

- Ela está tentando se redimir! – Ally se levanta da poltrona – Todo mundo sempre soube que elas duas se amavam e que não davam certas separadas, sabemos disso até hoje. Camila teve uma explicação muito boa, tudo bem que não justifica ela não ter dado uma explicação e terminado do nada, mas ela estava visando o futuro de Lauren – Encaro a pequena.

- Ela fez Lauren sofrer! – Range os dentes.

- Ela parece disposta a não fazer novamente! – Fecha a expressão.

- Chega! – Me levanto – Gente, vocês estão me confundindo ainda mais. – Suspiro, passando as mãos pelo rosto – Eu não quero tomar uma decisão precipitada e vocês não ajudam nada falando essas coisas, eu aprecio a opinião de vocês, mas podemos não tocar mais nesse assunto, por favor?!

Eu tentava entender o lado de Camila, porque sabia que eu teria feito o mesmo caso os papeis fossem invertidos, mas a ideia que ela iria fazer novamente me perseguia o tempo todo.

Confesso que as vezes eu gostaria que toda essa coisa de fama nunca houvesse realmente acontecido, não somente pelo fato de que eu teria Camila comigo ainda, mas pelo fato de não existir privacidade. É maravilhoso ser reconhecida pela melhor coisa que eu sei fazer, porém é tão horrível não ter privacidade e principalmente não ser respeitada em momentos difíceis.

Na quinta e sexta o que mais saíram nos tabloides foram fotos minhas chorando, caminhando de cabeça baixa, tendo um estranho sentado ao meu lado conversando comigo e eu passando pela multidão sem chamar a atenção. As reportagens mais absurdas foram publicadas, contando as maiores mentiras do mundo sobre o que eles achavam que havia acontecido comigo naquela noite.

Não dei nenhuma explicação porque ninguém tinha absolutamente nada a ver com a minha vida, eles apenas tinham que saber do meu trabalho, não da minha vida pessoal.

(...)

Tocava uma melodia qualquer no piano e tinha os olhos fechados, mesmo estando em estado de espirito negativo eu havia composto Going Nowhere que tem uma batida animada e uma letra até divertida e agora estava compondo o instrumental de uma música um tanto quanto alegre, o que eu não conseguia entender já que eu estava com um humor insuportável e estava escrevendo músicas animadas e até divertidas. Já havia acontecido várias vezes. Não parei de tocar nem quando ouvi a porta do cômodo abrindo, escutei passos e então alguém sentou ao meu lado.

- Isso parece bom! – Olho para David e ele sorri gentil – Só porque é Domingo você vai ficar trancafiada em seu apartamento?

- Acho que é melhor assim do que contagiar as pessoas com o meu mau humor. – Ela ri.

- Para de ser rabugenta! – Reviro os olhos.

Caminha lentamente me minha direção, beija a minha cabeça e então se senta ao meu lado.

- Lembra quando você estava a um bom tempo sem ver Camila, eu tinha dado um tempo com Ashley e Ally tentava animar nós dois? – Paro de tocar e o olho, querendo saber aonde ele ia com aquele assunto – Mesmo triste você sugeriu que nós fossemos para um hospital, porque ver crianças que continuavam felizes, mesmo em uma situação horrível, iria nos fazer feliz e darmos valores para outras coisas? – Concordo com a cabeça – Liguei para o hospital e disse que você e algumas pessoas da sua equipe iriam fazer uma visita hoje, estão esperando você...

- David! – O fuzilo com o olhar e ele me abraça pelos ombros.

- Não posso ver você se afundar em tristeza novamente, se isso não te fizer feliz eu te levo para comer uma pizza e jogo gelo na blusa de Mani se ela reclamar do carboidrato que eu estou dando para você... – Rio e recebo um beijo na testa – Venha, vamos. - Respiro fundo e pondero a ideia por um tempo.

- Apenas vou me trocar, um momento.

Sem muito animo fui para o meu quarto e troquei de roupa, começava a época fria em NY, por esse motivo acabei decidindo colocar uma calça branca, uma blusa preta e meu coturno, pegando mais uma blusa, além da jaqueta, para caso eu sentisse frio dentro do hospital. Desci as escadas e vi David e Ally com largos sorrisos me esperando, sorri fraquinho de volta e então nós fomos direto para o carro de David.

O caminho não demorou muito, assim que chegamos no hospital haviam algumas pessoas já a nossa espera ao lado de Lucy, que tinha um largo sorriso no rosto e uma bolsa aonde sua máquina estava guardada. Primeiramente cumprimentei toda a equipe médica, em seguida me pediram se eu poderia ir em três faixas de idades diferentes, não demorei para concordar.

A primeira sala foi de crianças mais novas, uma menininha que parecia a miniatura de Mani ficou toda animada por me ver ali, foi a que mais demorou me abraçando e só me soltou por começar a se sentir fraca. David tocou e eu cantei duas músicas sendo enquanto Lucy fazia algumas tomadas deles e Ally conversava com alguns pais. Depois de cantar três músicas eu tirei fotos, dei autógrafos e conversei com algumas crianças, inclusive tirei uma foto com a mini-Mani e enviei para Normani.

Me sinto tão estranha, as vezes, por servir de inspiração para crianças desse tamanho e quem não tem nem uma cabeça completamente forma. Elas olham para mim e veem uma pessoa com um diferencial, mas na verdade eu sou como ela: assustada, esperando a vida melhorar e sempre rezando para que coisas boas aconteçam.

Em seguida nós fomos para a sala de crianças com a faixa etária entre oito a doze anos, algumas meninas que já estavam à minha espera ficaram muito felizes quando me viram, tanto que duas não queriam me soltar de jeito nenhum, antes de cantar eu tirei fotos e assinei tudo o que me pediram, conversei um pouco até saber quais as músicas que eles queriam ouvir e mais gostavam, por conta disso nós improvisamos um cover e depois cantamos mais três músicas minhas.

Saímos da segunda sala e podia ver que já tínhamos mais atenção do que eu gostava, já que haviam enfermeiras, paramédicos e outros funcionários do hospital tentando tirar algumas fotos, Big Rob já havia chego e conseguia fazer com que eu transitasse com mais facilidade entre as pessoas.

- Hoje uma menina nova chegou, sua visita veio em boa hora, ela vai se sentir inspirada e acho que mais determinada para o tratamento, ela vai ser internada essa tarde.

- Eu espero que eu possa ajudar de alguma forma! – Falo sincera.

- Eu tenho certeza que vai. – Paramos na frente da porta.

- Com licença? – Bato na porta e a empurro, tendo a atenção dos pacientes – Boa tarde.

A terceira sala eram de adolescentes, esses tinham de treze a dezessete anos, porém não eram muitos e pareciam muito melhores do que os outros pacientes que eu já havia visto nas outras salas. Cumprimentei a todas e pude perceber que uma das meninas estava realmente chocada em me ver ali, ela não vestia uma roupa hospitalar, porém tinha uma aparência bem cansada e pálida, essa deveria ser a nova paciente que o médico havia me informado, assim que me aproximei ela me abraçou.

Foi um abraço bem apertado e muito reconfortante, encaixei meu rosto no seu e abracei na mesma intensidade, até mesmo fechando os olhos para aproveitar aquele contato. Assim que nos afastamos vi seus olhos marejados e a felicidade estampada em seu rosto, acariciando o mesmo com um certo cuidado.

- Ei pessoal... – Sorrio para a enfermeira que havia trazido a minha cadeira, soltando a mão da garota timidamente – Estão bem? – Questiono olhando para cada um deles.

- Melhor agora. – Um dos meninos diz e todo mundo ri, eu sorrio.

- Isso é ótimo, mocinho. – Ele sorri e eu pisco – É um grande prazer está aqui com vocês, fico feliz que vocês tenham deixado eu visitar e conhecer pessoas belas como vocês, então obrigada pais por autorizarem a minha entrada e dos meus amigos! – Todos sorriem gentis e eu vejo que uma mãe já chorava - Antes de nós tocarmos algumas músicas eu gostaria de saber o que vocês querem ser quando crescerem. – Todos franziram os cenhos e me olharam um pouco confusos.

- Tipo trabalhar? – Concordo com a cabeça – Se eu tiver a oportunidade, gostaria de ser bombeiro! – Um garoto a minha esquerda fala.

- Gostaria de ser fotografa. – Uma menina sorri para Lucy, que sorri de volta.

- É uma profissão sofredora! – Lucy brinca e a garota ri, minha amiga se aproxima dela.

- Quero ser cantora. – Sorrio para uma menina que tinha um livro em mãos.

- Ah isso é ótimo, qualquer dia quero estar no seu show! – Declaro animada e as bochechas da garota ficam levemente rosadas – Até te empresto o David... – Meu melhor amigo sorri, piscando para a garota, que fica ainda mais sem graça.

Então todos aqueles adolescentes começaram a dizer suas expectativas e vontades para o futuro, eles pareciam todos muito amigos lá, tanto que faziam piadinhas e riam de alguns comentários que um fazia com o outro, o que foi fazendo a gente se enturmar e conversar com eles com uma facilidade maior.

- Isso é ótimo, vejo que vamos ter muitos profissionais incríveis e competentes aqui. – Sorrio sincera e recebo muitos sorrisos em troca – Qualquer profissão necessita de determinação e uma força de vontade muito grande, se persistimos no que acreditamos e darmos sempre tudo de nós é sucesso garantido. – Cruzo minhas pernas – Então nunca desistam do que vocês querem, porque eu tenho certeza que cada pessoa dessa sala ainda vai muito longe. – Sorrio largo e percebo olhos ficarem brilhantes e esperançosos - Nós podemos cantar algumas músicas e então podemos conversar mais um pouco, o que acham?

Então nós tocamos e cantamos, podia perceber que alguns deles queriam cantar, porém não conseguiam por já estarem um pouco exaustos por conta de visita. Para que eu pudesse ficar mais tempo as enfermeiras começaram a pedir que eles se acomodassem mais e não se afobassem muito para que eu não precisasse ir embora tão cedo, todos acabaram cooperando.

Meus amigos e algumas pessoas da minha equipe começaram a conversar com aqueles adolescentes que pareciam extremamente felizes naquele momento, me aproximei da menina nova que estava sentada em uma cadeira ao lado de uma cama, elas me olharam maravilhadas e eu sorri gentil.

- Lauren estou tão feliz de você estar aqui! – Uma delas fala e eu sorrio largo.

- Eu também estou, vocês não têm noção do quanto melhoraram meu dia. – Seguro suas mãos – O dia de qual pessoa não fica melhor na companhia de pessoas lindas como vocês?! – Falo a verdade e ambas coram.

- Como se uma menina careca fosse muito linda! – A garota com a roupa hospitalar declara sarcástica depois de alguns segundos, levanto uma sobrancelha.

- Seus olhos são lindos e não vão ser fios de cabelos que vão dizer se você é linda ou não, muitas mulheres são maravilhosas, mesmo sem cabelo! – Exclamo um pouco séria e ela ri dando de ombros.

Um pouco triste com aquilo me levantei e fui para o meio da sala, aonde eu cantava antes, pedi a atenção de todos, que aos poucos foram parando de conversar e me dando atenção, direcionando seus olhares para mim.

- Eu gostaria de pedir para que cada pessoa dessa sala fechasse os olhos! – Peço gentilmente, olho para todos e vejo que todos, exceto Lucy que me filmava tinham os olhos fechados – Ótimo... Respirem bem fundo e enquanto isso imaginem que existe um espelho na sua frente, quero que vocês imaginem cada detalhe e gostaria que vocês mentalizassem as coisas que você gostaria de dizer para essa imagem refletida no espelho.

Todos continuaram em silencio, de olhos fechados e com respirações reguladas. Esperei um pouco e então tomei fôlego, olhando para eles, eles eram tão lindos e tão valentes.

- Fale com o seu reflexo, veja essa imagem e diga: “Eu sou valente. Sou forte o suficiente para superar os meus medos. Posso lutar por aquilo que acredito. Eu posso ser forte por mim e pelos outros, porque eu sou valente.”

Quando eu recitava vi um movimento no canto da sala e olhei na direção, vendo uma mãe limpando a lágrima que rolava pela sua bochecha.

- Diga: “Eu sou honesto(a). Sou capaz de reconhecer a beleza do mundo, porque quero fazer dele um lugar melhor para que eu possa viver.” – Ando pela sala e sorrio timidamente – Agora repita para si mesmo... – Seguro a mão das duas garotas que eu conversava e olho para a sala, enquanto tomava fôlego – “Eu sou lindo(a). Meu cérebro, cada forma, cada falha, curva e cada coisa que a sociedade me diz que é feio e errado. Minha mente, meu coração, meu espirito. Eu sou tão tão tão lindo(a).” – Acaricio a cabeça delas cuidadosamente.

Fico um silencio por mais um estante e então caminho de volta para o meio da sala do hospital, sentindo meus olhos levemente marejados.

- Agora eu peço que vocês abram seus olhos e olhem ao seu redor, olhem um para o outro. Sorria para essa pessoa e reconheça que eles também são valentes. Eles já passaram por batalhas na vida que eles pensaram que iriam perder. Eles são honestos, eles são esperançosos, eles são lindos. – Faço uma pausa vendo que todos da sala sorriam, um olhando para o outro – Assim como você.

Ally, David e Lucy me olhavam com largos sorrisos e seus rostos estampavam o quão orgulhosos estavam de mim por conta de eu ter aquela atitude.

- A partir de hoje quero que vocês se lembrem que somos todos valentes, somos todos honestos e somos todos muito lindos, juntos. – Então todos começaram a aplaudir, eu apenas sorri.

Lucy não guardou a câmera até que eu me despedi de cada pessoa da sala, agradeci a atenção e a permissão dos pais por me deixarem entrar lá. Assim que sai da sala haviam mais pessoas de que quando eu havia entrado, eu sorria e acenava para eles, tentando caminhar em direção a saída do hospital, agradeci a oportunidade para o médico geral e para as enfermeiras pela ajuda.

O pior foi para sair, porque juntou a pequena multidão de dentro com os paparazzis, eu segurava na mão de Ally a puxando para perto de mim, David ajudava Lucy e Big Rob acompanhado dos outros seguranças abriam o caminho para que a gente pudesse entrar no carro, já que o estacionamento desse hospital não ficava no subterrâneo.

Entramos no carro e pedi para que fossemos para o estúdio, acompanhada ainda de todos eles já que iria precisar de ajuda de todos. Não demoramos para chegar no estúdio da Syco, nos corredores escutei gargalhadas altas e então vi Meghan Treinor andando com um homem alto.

- Lauren! – Sorri largo e eu sorrio de volta, a abraçando – Está gravando ou veio ver alguém gravar? – Pergunta enquanto cumprimentava meus amigos.

- Gravando... – Ela sorri concordando com a cabeça - Meg o que você acha que de juntar a nós, está ocupada?

- Estava indo embora, mas não me importo de ficar... – Sorri animada – O que tem em mente?

- Que tal compor algumas músicas e quem sabe gravar algo? – Ela sorri batendo palmas.

– Vai ser um prazer.

Quando entramos no cômodo que tinha vários sofás, a mesa de mixagem e a salinha aonde tinha o microfone e alguns instrumentos fomos cada um pegando um acento e David não demorou para sair pedir comida para nós. Entrei dentro da sala de gravação e toquei o que havia composto essa manhã, tendo a atenção delas por um bom tempo. Antes que eu saísse de lá Meghan começou a rabiscar algumas coisas.

Nós ficamos no estúdio das quatro da tarde até as nove e quarenta da noite, tiveram várias pausas e muitas distrações, porém no final da noite duas músicas haviam sido escritas por nós com a ajuda de todos os presentes. A primeira música que havíamos composto era Brave, Honest, Beautiful que teria a participação especial de Meghan e a segunda era Sledgehammer que tinha uma batida muito legal e divertida de se dançar. Com toda certeza ambas as músicas estariam no álbum e seriam gravadas até o final do mês.

A primeira música havia sido definitivamente uma homenagem para os meus fãs, queria que quando eles ouvissem aquela música sentissem vontade de sair dançando e serem eles mesmo sem terem vergonha ou medo de serem o que são. Naquela música quis lembrar que eles podiam se inspirar em pessoas, mas que eles deveriam continuar verdadeiros com eles mesmos, porque ele é único e não existe ninguém como ele(a). Também os lembrei que se eles forem confiantes podem conseguir o que quiserem.

A inspiração de Sledgehammer aconteceu quando Ally foi procurar David na sala de jogos do estúdio, que está sendo reformada, e achou uma marreta que um dos trabalhadores esqueceu lá então ela simplesmente pegou o objeto e abriu a porta da sala erguendo a marreta enquanto berrava, assustando todo mundo da sala, de uma forma estranha achamos a palavra que faltava para terminar a composição da música, que foi finalizada naquele dia. Confesso que lembrei de Camila em várias partes da música, isso ajudou muito no processo de compor, já que envolvi meus verdadeiros sentimentos e a letra da música apenas era escrita sozinha. Meghan ajudou muito em algumas partes que eu não conseguia escrever de forma alguma e David tocando algumas notas no violão facilitou tudo.

- Lauren? – Olho para Meghan, que estava sentada na sala de casa.

Achei que seria legal a convidar para comer uma pizza depois do nosso longo dia e por ela ser tão legal ajudando na composição das músicas, então ela foi conosco até meu apartamento, aonde todos nós comíamos e conversávamos.

- O que você acha da gente postar um vídeo juntas?! – Sugere e eu sorrio largo.

- Eu posso tocar seu Ukulele? – Ela ri – É muito legal tocar aquilo, nós podemos fazer um cover bem legal de Dear Future Husband, pode ser? – Concorda com a cabeça.

Enquanto estávamos no estúdio ela havia me ensinado um pouco do instrumento.

Lucy pegou a câmera, eu sentei entre Meghan e David, Ally estava ao lado de Lucy ambas estavam na nossa frente. Comecei a contar e então meu melhor amigo e eu começamos a tocar enquanto Meghan se preparava para cantar conosco. Cantei algumas partes, formando uma harmonia legal, e a música havia ficado muito engraçada porque quando ela falava certos pontos comecei a responde-la, o que fazia Meghan me encarar com um ar risonho.

- And know we'll never see your family more than mine

- But why not? – David ri e eu sorrio largo.

- I'll be sleeping on the left side of the bed.

- No problem. – Sussurro com uma voz engraçada.

- Open doors for me and you may get some kisses.. – Apenas arqueio uma sobrancelha enquanto fazia uma cara maliciosa e Ally solta uma gargalhada - Don't have a dirty mind, just be a classy guy...

- Okay. – Ergo os ombros e Meghan ri.

- Buy-Buy me a ring, babe.

- Ok honey. – Continuo tocando e nós começamos a balançar o corpo de acordo com o ritmo da música.

Quando terminamos de cantar sorrimos largos e começamos a bater palmas, todos muito felizes com o resultado final do vídeo. Quando terminamos de comer Lucy pegou o meu computador e baixou para o computador, depois o passando para a minha conta no YouTube, com a permissão de Meghan. O vídeo foi postado e nós divulgamos nas nossas redes sociais, acabei compartilhando que Trainor e eu tínhamos algumas surpresas para um futuro próximo.

No final da noite, após todo mundo ir embora e Ally ir para seu quarto, eu tomar um banho e me deitar na minha cama comecei a pensar em como toda aquela semana havia sido uma verdadeira loucura e que nem sempre as coisas acontecem do jeito que nós planejamos, mas que isso é um grande ponto positivo.

Qual seria a graça de saber de tudo que acontece na nossa vida? Claro que nos momentos de tristeza e desespero seriam um grande alivio, saber se tudo vai ficar bem ou não, mas esse seria o único ponto positivo já que não teríamos esse gosto que temos pela vida se soubéssemos cada pequeno detalhe que está prestes a acontecer.

Não consigo dizer, nesse momento, que sou a pessoa mais feliz do mundo e a mais realizada de todas, porque isso não seria verdade. Diria que sou esperançosa, tenho muitas esperanças e expectativas para o que a vida tem guardado para mim em um futuro próximo.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado!!! Eu quis dar uma leveza nesse capítulo, porque o capítulo passado tinha sido meio tenso, e também porque eu to meio que conciliando as letras do álbum Reflection com algumas histórias possíveis para elas terem sido "criadas".
Também espero que esse capítulo tenha feito vocês refletirem de alguma forma, fazer trabalho voluntário é uma ação incrível e você pode mudar a vida de uma pessoa para sempre com um pouco!
Obrigada a todo mundo que está lendo, comentando e divulgando, é mais do que gratificante!!!
Qualquer coisa: @switch5Hearts ou ask.fm/SushiDaMegan ou até mesmo wattpad.com/user/switch5hearts
Natália xX(:


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