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História Liar - Presente


Escrita por: ShinEunri

Capítulo 13 - Presente


Fanfic / Fanfiction Liar - Presente

Ele: Você apareceu!

Ele: Achei que tinha acontecido alguma coisa!

Ele: Fiquei triste.

Ele: Você está bem?!

Meu coração tremeu ao ler aquilo. Eu tinha ficado o dia todo sem mexer no meu celular desde que eu tinha voltado da escola ontem e só peguei no celular no dia seguinte: uma manhã de sábado.

Eu: Eu estou bem... eu acho

Eu: É que eu discuti com uma amiga e não queria falar com ela tão rápido...

Ele: Que alívio que você está bem...

Ele: Mas, o que aconteceu? Quer falar sobre?

Eu: Ok... é só que tem uma garota na escola nos incomodando desde o elementar.

Eu: E ela fez umas revistas cheias de mentiras e com fotos da minha amiga e eu.

Eu: E espalhou pela escola inteira.

Ele: Nossaaaa! (Emoji de espanto).

Eu: E aí ela veio mostrar pra gente e falou que ia continuar com isso.

Eu: Mas quando eu a confrontei, minha amiga me impediu.

Eu: Aí, a garota desistiu de nos bater e foi embora.

Eu: Mas minha amiga e eu discutimos porque eu fiquei furiosa por ela ter me impedido.

Eu: Eu só estava defendendo ela! Ela ia apanhar na minha frente, eu não podia ficar só olhando...

Ele: Entendo... mas você não pode ficar chateada com ela.

Ele: Ela é sua amiga e ela também não queria que você apanhasse.

Ele: Quando te impediu, ela também estava te defendendo.

Penso sobre aquilo... eu não tinha visto as coisas daquela forma, mas, fazia algum sentido. Nossa.

Eu: Você tem razão... talvez esse seja o jeito dela de me defender também.

Eu: Eu não tinha pensado assim... mas faz sentido (emoji pensativo).

Eu: Obrigada, Jay oppa (Beijinho).

Ele: De nada (emoji sorridente).

Ele: Mas, não tem como você denunciar essa valentona?

Ele: Ela não pode continuar com isso e não ser punida! (emoji furioso).

Eu: As coisas não são tão fáceis assim...

Eu: E o pai dela tem influência na escola.

Eu: Ninguém faz nada contra ela além de dar algumas advertências, mas nada disso resolveu até agora.

Ele: Como ela se chama?

Eu: Lee Subin

Eu: Por que?

Ele: Curiosidade...

Eu: (emoji pensativo).

Ele: Mas, então... o que você vai fazer hoje?

Eu: Não sei... não pensei em nada ainda.

Ele: Que tal a gente ir à um parque de diversões?

Eu: QUE?

MEODEOS. MEOCORAZON. AI. Hiperventilo olhando para o celular com olhos vidrados. Eu tinha entendido direito? Ele repete a frase.

Ele: O que você acha de irmos ao parque de diversões?

Ele: Você gosta, não é?

ELE SE LEMBRA DISSO! ERA ELE.

Eu: Sim, sim! Jia e eu adoramos parques!

Eu: De todos os tipos, principalmente os de diversão! (Emoji feliz).

Ele: Que bom! Eu também gosto.

Ele: Menos dos brinquedos muito altos ou rápidos demais... (emoji envergonhado).

Eu: Hahaha.

Eu: Eu sei...

Eu: Então, não precisamos ir nesses se você não quiser.

Eu: Mas você vai perder toda a emoção... (emoji rindo).

Ele: (emoji envergonhado).

Ele: Então, vamos?

Eu: Claro!

Ele: Aeeee!

Ele: Seu preferido é o Everland, certo?

Eu: Sim, você lembra! (Emoji sorrindo).

Ele: Sim haha

Ele: Posso te encontrar na fonte da Holanda?

Ele: Eu sei que seria melhor te buscar em casa, mas tenho que ser cauteloso... não posso me expor muito por causa do meu trabalho (emoji triste).

Eu: Tudo bem, eu entendo perfeitamente.

Eu: Não é incômodo pra mim te encontrar lá.

Ele: Ok. Então... às 18h, está bom?

Nesse momento, batem na porta do quarto.

— Entre! — Digo e vejo Jia aparecer logo depois.

Olho pra ela por um momento e volto para o celular.

Eu: 18h, em frente à fonte da Holanda. Certo! Nos vemos lá.

Ele: (Emoji animado).

Eu: (Emoji feliz).

— Posso falar com você agora? — Jia pergunta sem jeito.

— Sim, só um minuto...

Eu: Tenho visita agora... a Jia acabou de chegar.

Eu: Vou resolver aquele assunto com ela.

Ele: Tudo bem!

Ele: Até mais tarde, xoxo.

Eu: Até, xoxo.

Guardo o celular sobre a cômoda e me ajeito na cama.

— Então... você estava falando com ele? — Jia pergunta, sem saber por onde começar.

— Sim — sorrio de leve e ela se aproxima. — E falamos de você também.

— De mim?! — Jia se surpreende e se senta aos pés da cama.

— Sim... depois que discutimos ontem, eu fiquei sem celular até quase agora.

— Por isso não atendeu minhas ligações... Estava me evitando?

— Uhum. Mas isso acabou deixando ele preocupado também e aí eu tive que me explicar e contei o que houve entre a gente ontem e porque eu não peguei no celular o resto do dia... e ele disse que você me impedir de brigar com a Subin foi o seu jeito de me defender.

Jia me observa um pouco surpresa com aquelas palavras.

— Ele disse isso mesmo?

— Uhum... e pela sua expressão, ele estava certo sobre isso, não é?

Jia mexe na barra da sua saia, a ajeitando e assente.

— Me desculpe por ficar com raiva na hora e por dizer... por dizer todas aquelas besteiras. Nada daquilo foi verdade, eu só estava com raiva da Subin e acabei descontando um pouco em você, que era só...

— A pessoa que você mesma estava tentando defender... — Jia completa e sorri ao final da frase. — Eu sei... eu te conheço, Iseul-ah. Nos tornamos amigas quando você me defendeu pela primeira vez, porque seria diferente agora? Você sempre esteve lá pra me defender e espero que continue ao meu lado sempre... não só pra isso, mas principalmente porque somos amigas.

Jia sorri, mas meus olhos estavam marejados com aquilo. Droga, porque eu estava me sentindo a pior pessoa do mundo agora?

— Eu vou te defender e você me defende, ok? — Ela me empurra com o ombro e eu sorrio e a abraço de repente.

Eu realmente não a merecia, mas agora, mais do que nunca, eu precisava ser boa pra ela... a qualquer custo. Impeço as lágrimas de caírem, com a manga do pijama antes de me afastar de dela.

— Você estava...

— Não, não estava — nego antes dela completar a frase.

— Mas eu tenho certeza que eu vi lágri...

— Impressão sua — fungo o nariz.

— Então, porque você está fungando?

— Alergia. Acho que tenho alergia ao seu amaciante, é isso.

— Sério? — Jia diz rindo.

— Uhum. Agora deixa eu te falar quem vai pro parque com o Hoseok oppa HOJE MESMO...

— É O QUE?!

— AHAM!

— NÃO BRINCA! — Jia me segura pelos ombros e me chacoalha berrando. — AAAAAAAAHHHHHH!

Depois do berro duplo, a gente fica rindo que nem duas idiotas.

— Eu não acredito na sorte que você tem, sério! Você vai ter que dar um jeito de me arranjar o Jin oppa! Vamos firmar esse acordo aqui agora, se tudo der certo com o Hoseok oppa, você vai fazer de tudo pro Jin oppa me notar, pela amor de Deus!

— Pode deixar, Jia — rio. — Eu prometo que dou um jeito.

— Mas como você conseguiu essa proeza dele te convidar assim?

— Bem, ele simplesmente estava muito preocupado com a minha ausência e me chamou pra sair hoje porque se lembrou de que eu gostava de parques...

— Ooooooooowwwwnnnn, que lindo! — Jia coloca a mão no rosto, morrendo de amores.

— Sim, eu também achei — sorrio sem jeito. — Ainda nem acredito que isso está mesmo acontecendo e que em algumas horinhas eu vou me encontrar com ele no Everland, que ele também lembrou que é o meu preferido. Meu Deus, eu vou morrer!

Começo a respirar fundo e coloco a mão no coração, sentindo a ansiedade se tornar uma arritmia. Jia me abana, meio preocupada.

— Calma, Iseul-ah! Você vai se dar bem, não vá desmaiar no seu primeiro encontro...

— Primeiro en-contro? — Engulo em seco, eu não tinha percebido isso, mas era mesmo um primeiro encontro! Socorro!

— Sim, primeiro encontro de muitos e você precisa se acalmar porque ainda tem que parir quatro guris, esqueceu? E um deles vai ter o meu nome, então, pelo bem da futura e doce Jiana, aka minha sobrinha preferida: não-tenha-uma-crise-agora. Ok?

Me abano mais um pouco e respiro fundo antes de soltar uma gargalhada, fazendo Jia se juntar à mim.

— Ok, Jia... pelo bem da Jiana, eu vou ficar bem. Agora me ajuda a ver uma roupa? Você sempre foi melhor nisso...

— Claro, vou adorar ser sua personal stylist!

— Obrigada!

E nós duas nos levantamos e vamos direto para o guarda-roupas.


Meus joelhos estavam tremendo quando saí do metrô. Andei até o lugar pela calçada, com a mente e o coração aos saltos. Eu estava a cada passo mais próxima dele, do Hobi. Meu... oppa. Meu coração se estremece com aquele pensamento, aquilo não podia ser real, como era possível mesmo em um milhão de anos todas aquelas coincidências me levarem até ele daquele jeito? Eu deveria me arrepender do que fiz pra estar ali agora? Eu estava indo longe demais com aquilo? Será que... a outra Iseul que estaria no meu lugar naquele instante, vivendo aquele momento? Ou ela já estaria morta sem ter a chance de aproveitar tudo aquilo?

Meu estômago dói com aquela possibilidade, tão real quanto qualquer outra. Eu não tinha respostas pra nenhuma daquelas perguntas, então, o que me restava era aproveitar ao máximo a sorte de simplesmente estar ali.

Passo pela entrada do parque sob o letreiro e vou para o local marcado, uma fonte quase no meio do lugar mais florido daquela seção do parque. Ele não estava lá ainda e eu fico mais nervosa com a expectativa. Meu coração doía e eu sentia que ia desmaiar, mas controlo a respiração andando de um lado para o outro por uns minutos antes de parar de frente pra fonte e ficar observando a água caindo de maneira hipnótica por ela. Isso me relaxa um pouco e me acalma, respiro fundo algumas vezes sentindo os batimentos voltarem ao normal, mas logo depois sinto um par de mãos sobre os meus olhos. Batimentos acelerados de novo. Suor nas mãos. Tremor.

— Advinha quem é... — A voz dele soa suave e risonha próxima ao meu ouvido esquerdo.

— Op...pa? — Meus lábios tremem com a surpresa e sinto um nó se formar na minha garganta ao mesmo tempo que ele tira as mãos.

— Acertou!

Me viro de boca aberta e cubro o rosto ao ver Hoseok de boné e máscara preta bem na minha frente abrindo os braços. Começo a chorar e o abraço apertado, ele se surpreende um pouco com a minha reação, mas tenta me acalmar.

— Não precisa chorar... eu vim pra nos divertirmos um pouco, não pra que você chorasse assim.

— E-eu não acredito que você está mesmo aqui... eu só... eu só estou feliz — soluço me afastando dele um pouco e pegando lenços que a Jia insistiu que eu levasse.

Agradeço mentalmente à ela e limpo minhas lágrimas tentando não borrar à maquiagem, mesmo sendo a mais resistente que eu tinha. Hoseok afasta o meu cabelo do rosto com os dedos e sorri.

— Você está melhor? — Ele pergunta.

Assinto com a cabeça, terminando com os lenços de papel e dando uma olhada no espelho. Felizmente, não tinha estragado muito o trabalho da Jia, ainda estava aceitável.

— O que você quer fazer agora?

— Eu acho que... podemos começar pelo jardim e os castelos — digo sorrindo. — E depois podemos ir para os carrinhos, eram os meus preferidos quando eu era criança.

— O meu também! — Ele sorri, mais animado. — Minha irmã e eu sempre contávamos quantas vezes a gente acertava um ao outro e ganhava quem batia mais vezes. Então, o perdedor tinha que pagar um sorvete pro outro.

— Eu sou muito boa nisso, seria fácil vencer de você — digo.

— Sério? Eu duvido, eu era muito bom vencendo a minha irmã. Ganhava um sorvete diferente toda vez.

— Então, veremos quem vai pagar pra quem — o olho com desafio.

— Uuuh, claro — ele ri.


— Vou no vermelho! — Digo apontando o carrinho.

— Ah, eu ia escolher esse... — ele lamenta.

— Tarde demais — entro no carrinho rindo. — Mas tem um verde bem ali...

— Ah, verde é legal também — ele dá de ombros e vai pro carrinho verde.

Outras pessoas também se acomodam em outros carrinhos e só quando todos estão ocupados que o brinquedo é ligado. Então, começamos a perseguir um ao outro na pista, consigo ser mais rápida, faço uma manobra e acerto a traseira do carrinho dele na primeira oportunidade.

— 1 à 0 pra mim! — Rio e o acerto de novo antes que ele pudesse fugir. — 2 à 0 agora! Isso vai ser fácil...

Quando eu ia acertar ele pela terceira vez, um outro carrinho me fecha e eu tento manobrar pra sair dali, mas isso levou tempo suficiente pro Hobi contornar, vir na minha direção e bater na traseira do meu carrinho.

— 2 à 1! — Ele ri e se afasta mais um pouco pra bater uma segunda vez enquanto eu tentava contornar pra acertar ele. — 2 à 2!

— Ei! — Reclamo quando outro carrinho me fecha o caminho de repente.

— 3 à 2 pra mim! — Ele ri se aproveitando da situação.

— Por pouco tempo! — Consigo me desviar dos outros carrinhos e o acerto pela lateral, duas vezes antes dele escapar. — 4 à 3 pra mim!

— Vamos ver por quanto tempo! — Ele sorri e sai do caminho, mas bate em outro carrinho e eu consigo acertar ele mais duas vezes.

— 6 à 3! Eu disse que seria fácil... — Me gabo rindo. — Seu tempo está acabando... você não tem como escapar, oppa! Eu já venci, desista dignamente...

— A esperança é a última que morre! — Ele diz e rimos.

Então, ele passa entre dois carrinhos, faz uma curva pequena e me acerta pela lateral duas vezes.

— 6 à 5! Aaaaaah, eu disse!

Tento fugir, mas eu estava encurralada em um canto da pista, com uma garota à minha frente e eu tento sair dali, mas ele se aproveita da situação e me acerta mais uma vez pela lateral.

— 6 à 6 e... — Quando ele ia me acertar mais uma vez, os carrinhos são desligados. — Awnnn, acabou... bem na hora que eu ia ganhar!

Ele sai do carrinho dele e me ajuda a sair do meu.

— Você tem sorte...

— Sempre me dizem isso... — Sorrio.

— Empate, então? — Ele diz quando saímos da pista. — Quer ir mais uma vez pra desempatar ou prefere resolver de outra forma?

— Podemos resolver no pedra, papel ou tesoura... quero ir em vários outros brinquedos ainda.

— Ok... — Então, ele para diante de mim e nós dois balançamos os punhos duas vezes antes de jogar. Ele escolhe pedra e eu tesoura, assim, ele simula que pedra dele me esmaga. — Yaaay!

Joga as mãos pra cima feliz com a vitória e baixa a máscara.

— Quem tem sorte agora, uh? — Ironizo.

— Eu mesmo! — Ele ri e faz aegyo.

— Então eu te devo um sorvete... você quer agora ou depois?

— Melhor depois... em qual brinquedo você quer ir agora?

Penso um pouco.

— Barca viking? — Digo indecisa observando a reação dele.

— Desde que a gente não fique muito na proa...

— Ah, mas é lá que está a emoção!

— Que tal entre o meio e a proa?

— Ok... pode ser. Não deve ter muita diferença — dou de ombros. — Então, vamos!

Pego pela mão dele e o guio rapidamente entre as pessoas.

— Wow!

Poucos minutos depois, estávamos gritando feito duas crianças na barca viking, quer dizer, o Hoseok estava gritando feito criança, eu estava rindo mais do que qualquer outra coisa. Ficar pendendo de um lado para o outro nas alturas ouvindo os berros dele era a melhor sensação do mundo!

Depois de ir em vários dos brinquedos do parque, fomos jantar em um dos quiosques dali, ele já estava de óculos e boné apenas, sem máscara. Por três vezes, umas garotas ficaram olhando pra gente e tive medo que elas fizessem algum alarde, mas nos afastamos e nos misturamos o quanto antes. Até aquele momento, ninguém tinha nos reparado muito além das garotas desses três episódios e sempre evitávamos áreas muito movimentadas e ocupadas principalmente por garotas, como aquele quiosque era mais reservado, foi onde decidimos comer.

— A comida daqui é boa — digo ao terminar.

— Sim, eu já estive aqui uma vez antes... mas faz muito tempo.

— Deve ser difícil não poder ir onde quer e a hora que quer... as fãs devem ficar muito animadas quando te vêem por aí.

— Sim... ficam. Mas elas costumam respeitar a minha privacidade e a dos membros e se mantém distantes. Só algumas que vão um pouco mais além...

— Esse é o preço, não é?

— Não posso dizer que é impagável ou eu não estaria aqui... é só uma vida cansativa às vezes, mas não me vejo fazendo outra coisa além disso... trabalhar com meus irmãos, dançar, cantar, treinar, viajar o mundo e conhecer as armys... é o que me mantém vivo e feliz.

— Sua felicidade é o que importa pra mim — deixo escapar, mas sinto minhas bochechas corarem e finjo uma tosse leve. — Quer dizer, a felicidade de todos vocês é o que importa pra todas nós, armys.

— Eu sei... — Ele sorri. — E vocês são o motivo de todos nós continuarmos com tudo isso. Somos muito gratos por todos vocês.

Sorrio feliz com aquilo.

— Vai querer seu sorvete agora? — Pergunto.

— Claro!

Pedimos sorvete. Hoseok tinha feito questão de pagar a comida, eu não tinha concordado muito com aquilo, mas não tive como impedir... felizmente, ele me deixou pagar o sorvete e fomos andando pra saída.

— Esse é o seu sabor preferido? — Ele me pergunta.

— Uhum — murmuro. — Eu adoro sorvete de creme.

— É bom — ele sorri.

Passamos pela saída e vamos em direção à um ponto de ônibus. Tinha dois caras esperando apenas e nos sentamos no banco.

— Você se divertiu hoje? — Ele pergunta.

— Muito! — Digo limpando o sorvete do meu queixo e ele sorri com aquilo. — Eu não esperava pelo convite... sabe, você trabalha bastante com os membros e é bem ocupado e cheio de responsabilidades, ainda não sei como tirou o dia pra ficar comigo.

Tomo mais um pouco do sorvete antes que derretesse todo na minha mão e ele faz o mesmo.

— Eu estou muito grata por isso — assinto em agradecimento. — É o maior presente que eu poderia receber... obrigada, oppa.

Dou um grande sorriso de felicidade. Eu sentia que estava sonhando ainda, como aquele meu sonho fantasioso de todos aqueles anos anteriores estava bem diante de mim agora e eu estava vivendo ele? Seja quem for o responsável por aquilo, eu seria eternamente grata.

— E sabe qual o maior presente que eu poderia receber? — Ele pergunta colocando seu copo vazio de lado e apertando as minhas bochechas de leve, com seus dedos frios por terem segurado o sorvete. — Sorrisos como esse.

Um calafrio me percorre o corpo, mas algo me dizia que não era devido aos dedos gelados dele. Meu rosto se aquece com o rubor e abro a boca ligeiramente sem ar com o sorriso dele... aquelas covinhas eram as coisas mais lindas que eu já tinha visto nesse mundo!

— Op-pa... você está me deixando sem jeito! — Deixo escapar e olho pro outro lado com o resto do sorvete nas mãos, derretido no fundo do copo que nem meu coração.

Ouço a risada dele, ela era tão bonita também... Ai, Deus!

— Por que você está sem jeito? Eu não fiz nada!

— Fez sim... — Me viro pra ele de repente, tentando fazer uma expressão mais séria, estreitando os olhos.

— Oh, você está vermelha! — Ele nota e coloca as mãos no rosto em uma reação fofa. — Tão fofa!

Cubro minhas bochechas com uma das mãos na mesma hora.

— Não estou, é o sorvete! Eu... eu fico assim quando tomo sorvete... — Digo colocando o copo de lado e colocando as mãos frias no rosto pra ver se ele voltava ao normal logo.

— Ownnnn...

— Não me olhe assim, oppa... é mais fácil conversar com você por mensagem — murmuro fazendo bico e ele ri.

Então, me levanto, pego os nossos copos e vou jogar na lixeira. Retorno e fico de pé perto dele.

— Melhor irmos de taxi, te deixo em casa — ele se levanta sorrindo.

— Ok.

Ele chama um taxi e entramos. Eu estava tão feliz que não tinha notado até aquele momento, que aquilo estava acabando.

— Eu me diverti bastante hoje também — ele diz e eu desvio o olhar da janela pra ele. — Pena que eu não consegui pegar aquele pinguim da máquina de brinquedos pra você. Quem sabe na próxima?

Meu coração dá um salto ao ouvir aquilo. Será que teria mesmo uma próxima ou ele só tinha falado sem pensar? Mas, algo estala na minha mente e eu me sinto um pouco culpada por aquele pensamento.

— Oppa... não precisa se sentir obrigado a me fazer companhia até... até que não possa mais — engulo em seco, não acredito que eu estava falando aquilo no melhor dia da minha vida inteira! — Eu não quero que isso seja como uma obrigação pra você... mas sou muito grata por esse dia, mesmo que tenha sido como uma obrigação...

Meu Deus, o que você está fazendo, Iseul? Cala essa maldita boca agora!

— Não é como uma obrigação — ele sorri gentilmente. — Eu só queria que você ficasse feliz, pense nisso como... pense nisso como um presente, ok?

— Um presente que eu não mereço... — Sussurro sem querer e mais alto do que deveria.

— Merece sim — ele diz e eu fico surpresa por ele ter ouvido aquilo. — Se eu pudesse, daria a todas as armys um presente assim, já que elas são o motivo de eu ser quem eu sou, assim como os outros membros.

Olho pra janela e respiro fundo pra não me entregar mais do que já tinha feito. O que estava acontecendo comigo?

O carro para e o abraço forte e de repente antes de sair, aquele poderia ser nosso último abraço. Meu coração dói ao pensar naquilo de novo e seguro as lágrimas que ameaçaram brotar de surpresa.

— Obrigada, novamente... — Sussurro no ouvido dele. — Esse foi o melhor dia da minha vida e... eu jamais vou me esquecer disso.

Me afasto pra olhar pra ele como se fosse a última vez e sorrio com os olhos marejados antes de sair do carro.

— A-deus...

Vou em direção ao meu prédio rapidamente, tentando manter a pose até que estivesse fora de vista, mas meu rosto estava molhado de lágrimas antes mesmo de passar pelo saguão. Vou direto para o elevador e desabo, agradecendo à Deus e à todas as divindades que o elevador estava vazio.


Notas Finais


Olá, amores!
Ando sumida, eu sei... mas final de período ta pegando feio e, como eu q reviso meus próprios capítulos, levo mais tempo q o normal, pq tenho q fazer com mais calma. Enfim, estou escrevendo o próximo capítulo e qndo terminar, posto aq, não vou mais prometer qndo farei isso pq to com dificuldades de cumprir minhas estimativas... Mas, garanto q vou levar isso até o fim e nas férias eu vou ser mais ativa, com certeza! Não desistam de mim uhasudhs
Bjs da unnie :*


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