História Liar - A Verdade

Acordo. E a primeira coisa que percebo é que ainda estava numa cama de hospital. De novo.

Eu não aguentava mais isso. Tubos, agulhas, jalecos, remédios de hora em hora, aquele cheiro, aquele branco, aquela comida... o pior era não saber o que estava acontecendo.

Dessa vez, o meu acompanhante era o Hoseok. Cochilava numa poltrona, meio torto, pobrezinho... eu o fazia tão mal, mesmo inconscientemente. Eu não o merecia.

Uma enfermeira entra no quarto de repente e ele se move, acordando.

— Uh, você acordou! — Ele se aproxima e segura minha mão enquanto a enfermeira checa os aparelhos.

— O que aconteceu? — Pergunto após pigarrear.

— Você passou por um procedimento necessário — ele diz.

Toco meu peito, sentindo um incômodo naquele local. Algo me dizia que era ali que eles tinham mexido.

— Calma — Hoseok diz.

— Você passou por uma cirurgia de implante de marca-passo, então deve descansar um pouco antes de receber as recomendações sobre isso e poder ser liberada com segurança — a enfermeira me diz antes de anotar algo na sua prancheta.

— Marca-passo? Quer dizer que tem um marca-passo em mim agora? — Pergunto um pouco assustada com a novidade olhando pros dois.

— Fique tranquila, não é nada pra se preocupar. Você só vai ter que tomar alguns cuidados durante a sua vida pra que seu aparelho continue funcionando perfeitamente, vai ser mais difícil durante o período de adaptação, mas depois você vai até esquecer desse detalhe em vários momentos — ela sorri pra me reconfortar.

— E eu vou poder ir pra casa logo?

— Acredito que sim, já que tudo correu bem e você parece em ótima condição apesar do enfarte. Sua situação está estabilizada, mas primeiro terá a visita de um médico que irá confirmar os dados e sua liberação.

— Ok...

— Boa recuperação.

— Obrigada — digo e ela sai. Olho pro Hoseok e ele beija minha mão com carinho.

— Como você se sente?

— Melhor do que pareço, acho.

Ele sorri.

— Você parece linda pra mim.

Olho pra ele em dúvida.

— O que foi? Eu não estou mentindo — ele sorri mais uma vez e sinto uma dorzinha no peito.

Respiro fundo e sinto que eu deveria fazer o certo naquele momento. Depois de tudo que eu tinha feito, ao menos uma vez eu precisava ser eu de verdade, por maior que fosse o meu medo de perder ele.

— Hoseok... por que você ainda está aqui?

Ele me olha sem entender a pergunta.

— Eu estava te esperando, esperando você acordar.

— Não, eu quero saber por que você não me deixou. Depois de todo esse tempo e de todos os problemas que te causei, por que você ainda está aqui?

— Eu não estou entendendo... o que você quer dizer com isso?

— Eu quero dizer que... eu não quero que você perca mais tempo com uma pessoa como eu — ele seca uma lágrima dos meus olhos. — Eu não sou quem você pensa e preciso muito te dizer uma coisa que eu estou tentando te dizer faz tempo.

— Iseul-ah, você está me assustando — ele dá um sorrisinho sem entender.

— Hoseok, você se lembra de quando nos vimos pela primeira vez?

— Claro, nunca vou me esquecer disso. Você estava no show, super animada com a sua amiga e então você passou mal...

— Sim... e aí eu fui levada pro hospital, por causa do meu coração fraco. Achei que fosse o pior momento da minha vida, ter perdido o show e ficar ali num lugar que eu odeio. Mas então, vi que eu tinha uma colega de quarto, uma garota com a mesma idade que eu e que estava muito doente, com pouco tempo de vida — respiro fundo lembrando da garota. — Eu tive muita pena dela, morrer tão jovem daquela forma inevitável... e então, olhei de perto e vi que o nome dela também era Iseul, Yun Iseul. Eu achei que aquilo era impossível e me assustei com tanta coincidência, mas logo retiraram a Iseul de lá e eu fiquei sozinha. E foi aí que vocês chegaram.

Seco mais algumas lágrimas de cabeça baixa, sem conseguir olhar nos olhos dele de novo.

— Eu fiquei muito surpresa, não entendi o que estava acontecendo e do que vocês estavam falando, minha cabeça não estava muito clara... mas vocês eram reais e estavam na minha frente! Eu era a pessoa mais feliz do mundo naquele momento, nunca vou me esquecer daquele dia. Mas depois, eu descobri que havia algo errado e vocês não estavam ali por mim, mas pela outra Iseul... e o que eu fiz? Eu fiz a pior escolha, decidi manter as coisas como estavam porque eu... eu não queria mais abrir mão de vocês.

Senti que ele me olhava em silêncio e eu cobri meu rosto pra chorar e não ver mais, jamais suportaria o olhar de desprezo dele.

— Eu sei que eu agi muito mal e esse erro é terrível, mas apesar de tudo, isso me trouxe você e todos os outros e eu jamais teria essa chance se não tivesse deixado as coisas como estavam... eu sinto muito por essa mentira terrível e por tudo o mais, mas eu não posso me arrepender totalmente disso, porque se eu tivesse morrido ontem mesmo ou agora, eu morreria sabendo que vivi tudo o que eu mais queria, mesmo que da forma errada. E como o que eu fiz não tem perdão, eu não posso pedir que você ou os outros me perdoem, mas quero que saiba que eu sinto muito mesmo por ter feito você sofrer acreditando que eu era outra pessoa e que eu estava prestes a morrer, apesar de ter quase morrido várias vezes pelo meu coração...

Limpo o rosto e olho pras minhas mãos, apertando o lençol sobre minhas pernas, tentando manter a resignação.

— Acho que é por isso que eu fui amaldiçoada com esse coração ruim, porque eu sou uma pessoa ruim. E é por isso que eu não te mereço, Hoseok, nenhum de vocês — Respiro fundo e olho pra ele, que estava chorando também de cabeça baixa. — Não perca mais tempo comigo e por favor, viva uma boa vida como se eu nunca tivesse existido. Vai ser mais fácil pra você assim, apagar esses meses da sua memória... e se os outros perguntarem, pode dizer que eu morri, porque é isso que eu merecia: morrer no lugar da outra Iseul. Teria sido mais fácil assim pra todos nós.

Ele me encarava sem dizer nada e aquilo pareceu um longo tempo.

— Iseul, eu...

 Quando ele finalmente começa a dizer alguma coisa, minha mãe entra no quarto de repente.

— Ah, você acordou! Como se sente? — Ela se aproxima rapidamente e nota minhas lágrimas. — Por que está chorando, querida? Está sentindo alguma dor?

Ela olha pro Hoseok em busca de resposta e nota a expressão e as lágrimas dele.

— Ora, o que está acontecendo aqui?

Ele fica de pé ao meu lado nos observando.

— Me desculpe, eu tenho que ir — ele se curva rapidamente pra minha mãe e sai.

— Iseul-ah... o que houve, minha filha? — Ela volta a olhar pra mim e eu estava olhando fixamente pra porta, então começo a chorar convulsivamente e ela me abraça. — Querida... você pode me dizer o que há? Iseul...?

E eu choro mais e mais.

— Ele se foi, omma... ele... ele se foi... pra sempre — digo entre soluços. — Eu o perdi... eu o perdi, omma...

— Oh, querida... — Minha mãe sussurra me embalando como se eu tivesse 4 anos novamente e tivesse apenas ralado os joelhos aprendendo a andar de bicicleta. Mas a vida estava longe de ser tão fácil.

...

Dois meses se passaram.

— Oi, trouxe uma coisinha dessa vez — digo entrando no quarto do hospital.

— Você trouxe? Não acredito! É o que eu pedi? Sério? — Ela fica tão empolgada que mal consegue se conter deitada, se senta rápido e bate palminhas como uma criança sorridente.

— Eu espero que goste... — Digo entregando o pacote pra ela. — É do mesmo que você pediu e da mesma lanchonete... tive que ir ao outro lado do estado por isso, então aproveite.

— Aaawwnn, você é tão boa pra mim! — ela sorri e segura minha mão, me puxando pra um abraço, depois que conferiu o que era.

— Ok, ok... não é pra tanto — rio retribuindo o abraço.

Então, me sento ao lado dela e a observo comer. Parecia faminta e tão feliz, que eu até fico um pouco emocionada. Como essas pequenas coisas são tão importantes pra nós quando não podemos mais tê-las...? Quando me diziam que a vida era muito curta, eu nunca entendia, mas agora entendo. Por isso, temos que fazer tudo valer a pena, cada segundo, sem mentiras, sem causar a infelicidade de ninguém, só coisas boas. E eu estava feliz por fazer aquela boa memória para a Iseul.

— Isso é tão bom! — Ela comia de olhos fechados e sorrindo. — Faz quase um ano que não como isso, e parece até mais gostoso do que eu me lembrava. Obrigada, Iseul...

— Não precisa agradecer, você merece mais que isso... — Digo e baixo os olhos pras minhas mãos.

— Queria que a gente pudesse ter se conhecido antes... você é bem legal.

— Acredite, eu era outra pessoa, você não iria gostar de mim — sorrio envergonhada. — Eu não me orgulho disso, mas eu era um ser humano horrível, você sabe um pouco.

— Ah, qual é?! Porque você se passou por mim? Porque você mentiu pra todo mundo sobre isso? Porque você fingiu estar com uma doença terminal? Ou porque você sempre foi uma mentirosa?

— Nossa, você sabe mesmo como animar alguém...

Yun Iseul ri.

— Eu já disse, isso não importa mais... e acho que qualquer um que acabasse nas mesmas circunstâncias teria deixado as coisas dessa forma — ela dá de ombros, falando de boca cheia. — Até eu teria me aproveitado um pouco disso. Eu nunca fui nenhuma santa, ninguém é. Somos humanos, somos egoístas, nós erramos, pedimos desculpas e erramos de novo... principalmente quando não tem ninguém vendo. Isso faz parte de nós, não é como se pudéssemos mudar a nossa natureza de uma hora pra outra assim, eu já disse.

— Eu sei, eu sei... mas ainda assim, isso não justifica nossos erros e eu num devia ter feito tudo aquilo, até porque, você foi a mais prejudicada pelas minhas mentiras — respiro fundo.

— E daí? Iseul-ah, para de se lamentar por algo que você não pode mudar — ela lambe os dedos. — Você sente muito e blábláblá, ok, está perdoada já há quase dois meses e ainda está nessa? Vai viver sua vida, ok? Você já está se redimindo comigo com esse hambúrguer aqui... aish, não sei porque vocês ficam perdendo tempo se lamentando. Queria eu ter tempo pra comer outro desses e sair daqui pra agarrar um cara antes de morrer virgem nessa cama e voltar como uma alma penada e doida... você vai ser a primeira que eu vou assombrar por ficar gastando meu tempo com seus lamentos.

Rio.

— Não vai não! Vou contratar uma xamã pra te manter longe de mim — rio.

— Ah, é? Vamos ver se vai ter xamã que me aguente, garota, se você não achar um cara pra mim logo. Essa é a penúltima parte do acordo, esqueceu?

— Claro que não esqueci: 5 presentes pra alcançar a redenção total — Começo a recitar. — Um kit de maquiagem do bt21, e essa foi a coisa mais fácil de conseguir até agora... aquela blusa da Gucci que eu vou passar o resto da minha vida pagando... um x-búrguer super caprichado da hamburgueria da Sra. Chong que fica do outro lado do estado, um homem, que num faço ideia de onde conseguir... e uma festa de despedida como você nunca viu antes.

— Exatamente! — Ela pisca pra mim.

— Você não quer repensar essa história do homem não? Porque parece que isso vai ser muito difícil de resolver...

— Nada disso! Eu me recuso a morrer virgem e você vai me arranjar um cara ou vou te assombrar pelo resto da sua vida! — Ela me ameaça de boca cheia e olhos semicerrados.

— Eu estou me sentindo o Hércules nos seus 12 trabalhos...

— Que boa ideia! Bem que eu poderia ter te cobrado 12 trabalhos, não é? Parece que 5 é tão pouco que até te sobra tempo pra reclamar e lamentar...

— Não! Nem pense nisso!

Ela ri satisfeita e eu acabo rindo também. Como ela conseguia levar tudo daquela forma? Nem parecia a mesma Iseul frágil e prestes a morrer que eu havia visto daquela primeira vez. Apesar de tudo, eu estava muito feliz por ter encontrado ela viva ainda depois de tudo; em tão pouco tempo ela tinha me ensinado mais do que qualquer outra pessoa que eu havia conhecido.

Meu telefone toca.

— Oi, Jia.

— Oie! — Ela diz animada. — Diz oi pra Iseu-ah também... — Sussurra.

— Oi, Iseul! — Ouço a voz do Yutao.

— Oi, Yuta — rio tão sem jeito quanto ele.

— Como vão as coisas? Conseguiu o hambúrguer? — Jia prossegue.

— Sim, eu estou agora com a Yun Iseul e ela adorou o almoço — sorrio e a Iseul faz sinal positivo pra mim com os polegares.

— Que bom! E acho que ela vai adorar ainda mais o quarto pedido... — Ela ri animada. — Coloca no viva voz.

Obedeço, colocando o celular sobre a cômoda e me aproximando. Jia continua a falar.

— Oi, Iseul 2! — Jia e Yuta dizem juntos.

— Oi, Jia! Oi, Yuta!

— Iseul 1 e Iseul 2, eu liguei pra dizer que, como bons, destemidos e eficientes agentes... nós, Yuta e Jia, os melhores parceiros de todos os tempos, cumprimos a missão mais importante pra Iseu-ah 1 ser redimida de todos os seus pecados horríveis e infames... nós libertamos essa pobre e miserável garota presa em sua própria teia de mentiras como uma aranha nojenta e repugnante que teceu tudo com maestria e...

— Eeeei! — Reclamo, a interrompendo. — Já entendemos, Jia, eu sou uma aranha nojenta e repugnante, agora vai logo direto ao ponto!

— Aaah, eu estava adorando a interpretação... — Iseul resmunga e eu dou uma leve cotovelada nela.

— Diz logo, Jia...

— Então... como eu estava dizendo, nós, a dupla brilhante, conseguimos cumprir a quarta missão que chamamos de Find a Match para Iseul 2! Wow!

Ela comemora com a Iseul.

— Pera, como vocês encontraram um cara disposto a dormir com a Iseul tão rápido? — Pergunto, confusa.

— Ah, foi fácil, só mostramos a foto dela, explicamos a situação pra ele e ele topou... disse que jamais poderia deixar uma garota passar por algo assim sem saber o que é a verdadeira felicidade — Jia prossegue e eu sinto a careta dela de longe enquanto ouço as risadas do Yutao também.

— Aaawwnnn, que fofo! — Iseul suspira.

— Espera, ele num é nenhum cara sedentário de 50 e tantos anos, não, né? — Pergunto.

— Não, claro que não! — Jia ri.

— Ele é um gigolô?

— Talvez — Jia ri.

— Ele é terrivelmente feio?

— Hmm... não.

— Então, nos mande uma foto!

— Não, é surpresa!

— Ah, nããão! — Iseul e eu lamentamos juntas.

— Você não pode esconder ele de mim! — Iseul diz.

— Mas é por pouco tempo... amanhã mesmo você pode encontrar ele e... e ser feliz — Jia diz entredentes.

— Jia, que reação é essa? O cara tem alguma doença transmissível, é isso? — Insisto.

— Não que eu saiba...

— Aish... mas que coisa mais estranha — desconfio ainda mais.

— Bom, agora que vocês já sabem... ele vai te encontrar amanhã em frente ao hospital, às 19h. E vamos te ajudar a se arrumar antes, ok?

— Ok... ai, isso é tão emocionante! — Iseul bate palminhas toda animada.

— É... mas, Jia, você pode ao menos nos dizer o nome de...?

— Nossa, eu tenho que ir agora mesmo! — Ela me interromope. — Olha as horas! Beijos pra vocês e até amanhã, ok? Ba-bye!

— Bye! — Yuta diz ao longe.

E eles desligam.

— Droga! Como ela conseguiu tão rápido? — Fico pensando alto ainda e pego o celular.

— Você está duvidando da capacidade da minha foto? — Iseul pergunta.

— Claro que não, mas achei que seria complicado alguém aceitar algo assim tão rápido...

— Ah, pelo menos conseguimos e amanhã eu serei uma mulher feita! Yay! — Ela balança os pés na cama, toda animada e eu faço uma careta, mas acabo rindo.

— Então eles conseguiram alguém, assim? Fácil? — Subin pergunta enquanto escolhia roupas novas numa arara de loja.

— Isso: fácil, fácil... parece até que chegaram no primeiro cara que viram na rua, mostraram a foto dela e perguntaram se ele queria dormir com ela e o cara aceitou! Não parece bizarro? — Pergunto.

— Uhum... que pervertido. Deve ter 54 anos, uma barriga protuberante e cheiro de bebida forte.

— Jia deu a entender que não, mas eu sinto que tem algo estranho nisso...

— É... vai ver ele é feio ou sozinho. Ou cara de programa!

— Pensei nisso. Eu só não quero que a Iseul fique decepcionada...

— Eu sei... e como ela está com tudo isso?

— Bem animada... — Faço uma careta. — O que dificulta as coisas, porque as probabilidades de ser alguém bonito e legal são bem pequenas, então tudo nos leva a crer que ela vai se decepcionar...

— Nossa, seja um pouco mais positiva, garota — Subin ri. — Vai ver é só um cara legal querendo fazer uma boa ação mesmo. Você não acredita mais na bondade humana?

— Nunca acreditei.

— Ai, que horror, parece eu — Ela faz uma careta também e nós duas rimos e sentamos num dos puffs.

Ela estava muito bem, tinha feito um corte bem curtinho e moderno que tinha combinado bastante com ela e parecia outra pessoa mesmo desde o transplante.

— Bom, mas pensa pelo lado bom... se tudo der certo, você só tem que se preocupar com a festa de despedida — ela me empurra com os ombros e sorri.

— Sim... só vai faltar isso — respiro fundo um pouco triste de repente.

— E sobre a festa, você conseguiu aquilo que você queria fazer?

— Não sei... eu mandei duas cartas nesses dois meses porque ele não me responde mais por mensagem, você sabe. Eu expliquei a situação e contei o que eu estava querendo, mas não tive resposta, então não sei nem se a carta chegou bem e se eles leram... é melhor não contarmos com isso.

— Certo, vamos conseguir dar um jeito de tornar essa festa a coisa mais memorável e bonita que a Iseul 2 já viu na vida! Não desanime, ok? — Ela segura a minha mão um pouco, olhando nos meus olhos.

— Ok, vamos fazer o nosso melhor porque essa Iseul merece — sorrio.

Ela me abraça sorrindo também.

— Eu fico tão feliz por poder contar com você, a Jia e o Yuta... eu não sei o que faria sem vocês.

— Estamos aqui pra ajudar você a ganhar sua redenção, ora... e o que eu não faria pela minha irmãzinha? — Subin diz se afastando pra me olhar.

— Awn, nem parece que a gente se odiava e ficava tentando matar uma a outra...

— E não é isso mesmo que as irmãs fazem de melhor?

Rimos.

— Certo, agora chega de melação e levanta logo a bunda daí pra me ajudar a escolher umas coisas porque as minhas roupas não vão se comprar sozinhas — ela me puxa do puff.

— Ahh... — Reclamo, mas levanto pra ajudar.