História Liar Squirrel - Minsung ABO (Stray Kids) - Sentir e não dizer.

Após um longo banho, Jisung decidiu que dormiria, já que suas aulas haviam o cansado muito, além de toda a confissão que fez para Chan. Por esse motivo, caiu em sono profundo, voltando à abrir os olhos apenas na manhã do dia seguinte.

Mas algo estava diferente. Havia uma cama em frente à sua, e nela, Minho tirava roupas — provavelmente as dele próprio — do interior de sua mochila. Franziu o cenho, sem entender por completo aquela situação.

- Minho? - Chamou confuso, e ainda bastante sonolento. Minho o olhou e formou um sorriso nos lábios, pois Jisung conseguia ser ainda mais fofo ao acordar. - O que faz aqui?

- Bom dia esquilinho. - Continuava sorrindo e curvou-se. Jisung ficou envergonhado por não ter lhe cumprimentado, mas quando acorda geralmente se torna alguém de raciocínio lento. Sempre precisa processar os acontecimentos mais calmamente para viver sua rotina diária. - O diretor me separou do Chan, agora estou em um dormitório diferente. Que no caso, é esse. - Explicou e após isso, voltou à organizar suas roupas em um novo armário.

- Entendo... - Falou e saiu caminhando até o banheiro, respirando fundo e fazendo suas higienes matinais. Jisung não sabia se ficava feliz ou preocupado com isso. Mas de qualquer maneira, acima de qualquer medo, havia o sentimento que sentia por Minho, e esse sim, era certeiro e forte. Saiu do banheiro e nesse momento Minho havia terminado de arrumar seus pertences.

- Han Jisung... - Falou e se aproximou do loiro. - Você quer fingir que nada aconteceu? - Perguntou e Jisung respirou fundo, encarando aqueles olhos negros e brilhosos.

O acontecimento seria o beijo que deram no dia da festa. Nenhum dos dois havia esquecido um só momento daquilo. Era como se a todo momento seus corações e suas mentes insistissem em lembrar da melhor interação que tiveram até os dias atuais. E mesmo que o beijo não tenha sido um dos mais inocentes, não deixava de ser mágico e bonito ao ver deles. Com isso, Jisung sorriu tímido e passou a mão pelos cabelos, sem saber exatamente o que dizer. Dessa vez, pelo menos dessa vez, ele queria ser sincero.

- Eu...n-não sei exatamente o que dizer, eu me preocupo em saber se você gostou, mas talvez não, porque eu saí correndo sem explicar nada... - Respirou pesado e encarou seus pés, extremamente envergonhado. - Me desculpe por isso. - Falou e Minho sorriu mais largo, segurando seu queixo e levantando sua cabeça para cima, assim, voltando à se encararem.

- Foi uma das melhores sensações que eu já senti. Não faz sentido você pedir desculpas. - Levantou e abaixou os ombros, desviando o olhar por um segundo. Para o Lee também não era fácil admitir assim, porque isso de se apaixonar também era algo novo para ele. A diferença é que, talvez por instinto ou genética familiar, Minho era um tanto mais aberto à esses assuntos, ao contrário de Han. - E eu gostei tanto que poderia repetir. - Piscou e se afastou um pouco, sentando em sua cama.

- Minho, você sente algo por mim? - Jisung se aproximou novamente de Minho, pois agora era ele que não queria encerrar o assunto. - Você gostou daquele beijo?

- Tenho muitas coisas que guardo só no meu coração, mas se eu preciso dizer a verdade, eu digo com sinceridade. - Sorriu e olhou para Jisung. - Eu penso em você o tempo inteiro. 

Jisung sorriu largo, sem saber o que responder, aonde olhar. Esqueceu até mesmo como se respira, ou como se manter em pé. Suspirou com os sentimentos a flor da pele e Minho se aproximou ainda mais. Jisung encostou nos cabelos do alfa e foi fazendo um carinho leve. Minho não esperou mais tempo algum e segurou suas mãos, iniciando um beijo desejado por ambas as partes e totalmente apaixonado. Para o Lee, ainda não era hora de dizer com todas as palavras "eu amo você." porque naquela relação nem tudo estava resolvido.

- Então...você é meu novo colega de quarto? - Jisung falou, tentando mudar o assunto, simplesmente porque não saberia mais como lidar com aqueles sentimentos que sentia. Para ele, também não era o momento da relação ser assumida, porque...bem, simplesmente não era a hora, pelos mesmos motivos de Minho. Nem tudo estava resolvido.

- Sim, e agora você vai se sentir protegido, né'? - Falou e deu risinhos pela forma tão escancarada de Jisung demonstrar o quão tímido estava.

- Eu não tenho medo do escuro e nem de ficar sozinho, oras! - Exclamou levemente irritado, provocando uma risada um tanto quanto irônica do alfa.

- Tem razão. Tinha esquecido da sua masculinidade de alfa raíz. - Falou e Jisung se envergonhou internamente. Onde estava com a cabeça em ter algo com Minho, sabendo perfeitamente que o engana? - Sabe Jisung, eu acho que estava louco. Não sei de onde eu tirei que você me escondia alguma coisa. Eu posso ver, você é tão verdadeiro... - Falou de forma inocente, mas terceiros rapidamente saberiam que ele estava brincando com as emoções de Jisung.

Han se sentiu mal com aquelas palavras. Para ele, é mais do que óbvio que está realmente apaixonado por Lee Minho, mas...não é totalmente verdadeiro com ele. Por que não contar a verdade? Faria isso agora mesmo, mas Minho apenas lhe deu um beijo na bochecha e acenou, saindo do local.

- Minho! - O esquilinho tentou chamar o alfa de volta, mas mesmo que o outro tivesse lhe ouvido, ele não voltou. Teria então que contar em outro momento, e vencer seu nervosismo, para dizer com todas as palavras que o amava. Afinal, estava claro que Minho também o amava, não estava?

[...]

- Então você sabia, não é? - Minho chegou rápido no vestiário do ginásio. Lá estava Bang Chan, que antes hidratava seus cabelos.

- Sabia do quê, Minho? - Falou confuso, mas algo por dentro já lhe indicava do que se tratava.

- Do Jisung, droga! Você sabia que ele é um ômega! - Falou visivelmente irritado, afinal, Chan sabia sobre a vontade do amigo de descobrir o tal segredo, e quando soube, não lhe contou. Para Minho o estado tenso em que Bang se encontrava nos último dias já dizia tudo.

- Sim, Minho, eu soube à pouco tempo. Mas eu não pude contar, o segredo era dele, não meu! - Se justificou, esperando que o amigo lhe perdoasse. - Vai ficar chateado por isso? Somos amigos desde a infância, Minho! Não quero que fiquemos brigados!

- Não posso evitar... - Fez uma cara emburrada e cruzou os braços. Chegava à ser engraçado e fofo, mas Bang resolveu conter a risada. - Mas tudo bem, eu entendo.

- O que vai fazer? Ele já sabe que você descobriu? - Perguntou, ao mesmo tempo que lhe dava um abraço. - E me desculpe, mas agora eu sou amigo dele também.

- Tá, tudo bem, contanto que eu continue sendo o seu amigo preferido. - Se soltou, dando um sorriso leve como resposta e Chan assentiu. - Ele não sabe, e você não vai contar, entendeu? - Falou, mais como uma ordem. Chan concordou freneticamente com a cabeça.

- Minho...o que você vai fazer? - Perguntou temeroso enquanto fitava seu amigo.

- Eu não sei direito, pretendo pensar com cautela depois. - Falou travesso e Chan revirou os olhos. - Mas na verdade, isso é o que menos está me importando agora... - Respirou fundo, fechou os olhos e sorriu. - Acho que sim, Jisung e eu nos amamos. Ele não me disse com certeza, mas eu entendo que pra' ele não deve ser fácil. Eu também não disse com todas as palavras, mas eu sinto isso. - Se virou para seu amigo, que sorria ao ver Minho tão envolvido naquele sentimento.

- Fico feliz, Minho. Corra atrás da sua felicidade! Aliás, pretendo fazer o mesmo. - Falou animado e Minho também estava do mesmo jeito.

- Quem está ganhando o coração do Bang, hein? - cutucou os ombros de Chan, que apenas riu.

- Bom...eu converso com essa pessoa todos os dias. - Falou e Minho, procurando na memória, já tirou de letra a resposta.

- É o meu primo, Kim Leon? - Chan afirmou diante àquela pergunta, e o lúpus não se conteu em abraçar o alfa. - Saiba que já tem o meu apoio! - Continuou abraçado ao amigo. Quem diria que os dois estariam totalmente imersos naqueles sentimentos um dia. O alfa que tanto brigava com os outros na infância e o que não conseguia nem viver socialmente também tinham chance no amor.

[...]

- Finalmente, terminamos nosso expediente, Hannie! - Jeongin comemorou enquanto trocava sua blusa e Jisung colocava sua flor marrom no bolso. - E o melhor, amanhã é dia de pagamento! - Falou animado e Jisung sorriu. Os dois trabalham não só com preços, mas sim com palavras e carisma. Ser vendedor não é facil.

- Nós merecemos. - Levantou uma das mãos abertas e Jeongin bateu, o famoso hi five. - Ah, não... - Resmungou e Jeongin olhou para a porta, que era onde o olhar do esquilinho se concentrava. Seungmin havia entrado no ambiente, e ainda, acompanhado de Hyunjin. - É muito tarde pra' me esconder... - Suspirou. Pelo menos dessa vez estava com sua flor no bolso.

- Acho que nem um de nós dois queria essa surpresa. - Falou com um semblante triste, mas claro, ao ver os dois se aproximando, resolveu não demonstrar sua tristeza, nem que precisasse dar lugar à raiva.

- Olá...Jisung? - Seungmin perguntou confuso para o ômega disfarçado, que apenas lançou um sorriso nervoso e tenso. - Você trabalha aqui? Por que nunca me contou?

- Hã...pois é, eu trabalho. - Continuou com seu sorriso atrapalhado. - Ah...e eu não contei porque...porque...porque achei que não era muito importante! - Em sua mente comemorava. Claro, não havia se saído muito bem, mas também não estava tão mal.

- Tá, o que querem? - Jeongin perguntou visivelmente impaciente, e isso não era permitido no ambiente de trabalho. Jisung chutou sem muita força o joelho do mais novo para que tentasse se conter. - Digo, o que meus amados clientes desejam? - A impaciência não havia saído, mas não estava tão ruim quanto antes.

- Eu vim pra' uma entrevista de emprego. - Hyunjin havia falado pela primeira vez desde que chegou na joalheria. Jisung e Jeongin quase surtaram internamente ao ouvir aquilo. - Onde fica o andar de cima?

- Aquela porta dá em uma escada. - Jisung falou entre dentes, suando frio, apontando para uma porta de cor azul marinho. Seria maldade não querer que Hyunjin conseguisse o emprego? Certamente sim, mas o esquilinho não conseguia controlar. Teria que fingir ser alfa em todo lugar agora?

- E você, o que te trouxe aqui? - Jeongin direcionou à pergunta para Seungmin.

- Vim conversar com você. - Respondeu honesto, e intimidado. - Acho que aqui você não vai fugir. 

- Bom...eu vou atender os outros clientes. - Jisung saiu de fininho daquela situação, indo atender um outro cliente. Jeongin o acompanhou com o olhar, mas após isso voltou sua atenção para o beta.

- Pode dizer. - Falou sem dar muita importância, mas era apenas fachada, porque por dentro o seu coração se feria novamente.

- Você anda distante desde que me viu...bom, você deve se lembrar... - Seungmin tinha dificuldade em falar, não sabia como começar, como explicar, o que dizer. Resolveu começar com a notícia. - Eu e Hyunjin estamos namorando.

- Fico feliz, desejo coisas boas à vocês. - Jeongin olhava para baixo, sem força alguma para encarar Seungmin. - mais alguma coisa?

- Jeongin! Por favor, isso não é fácil pra' mim... - Falou, já com os olhos vermelhos, prestes à derramar lágrimas. Ninguém além de Seungmin sabia o quanto seu coração doía com aquela situação.

- E você acha que pra' mim é? Olha, acho que naquele dia ficou óbvio que eu AMO você. Me doeu te ver com ele, porque eu sou apaixonado por você. Foi doloroso, Seungmin! Só de lembrar me machuca. - Praticamente explodiu em palavras, mas isso ainda não expressava tudo o que sentia. - Mas você não tem obrigação de me amar de volta. Seja feliz, Minnie, com o Hyunjin. 

Seungmin não segurou mais e entre soluços, procurava maneiras de se controlar. Da mesma maneira que sempre imaginou Hyunjin se declarando para ele, também imaginou com Jeongin, mas foi diferente de como imaginou. Não era bom, era triste, porque seu coração era partido ao meio pelos dois. Mas só um poderia estar junto dele.

- Jeongin, eu também te amo, m-muito. - Choramingou, deixando o Yang surpreso. Como ele era capaz de falar isso enquanto namora outro? - Eu te amo na mesma intensidade que o Hyunjin. Eu amo você e ele.

- Não precisa falar isso com medo de me machucar. Você não me ama, e na verdade, tá' tudo bem. - Pegou na mão de Seungmin e a segurou. - Eu vou continuar aqui com você. - Sorriu fraco. Após isso, Hyunjin chegou sorridente, tanto para Seungmin, quando para Jeongin. A verdade é que Hyunjin sentia alguma coisa por Jeongin, mas como não o conhecia o suficiente, não podia desenvolver. Porém, isso estava prestes à mudar.

- Eu fui contratado! - Hyunjin disse animado, e Seungmin tratou de sorrir também, enxugando discretamente suas lágrimas, para que Hyunjin não as veja e continue feliz. Por que seu coração não podia ser como o dos outros e escolher apenas uma pessoa? 

[...]

- Vocês não precisavam ter me acompanhado! - Jisung falou para Félix e Leon. Os dois ômegas haviam saído do internato por um período e durante o passeio, encontraram Jisung. Acabou que os meninos se ofereceram para acompanhar Han até o internato. - Mas já que fizeram, obrigado. Até qualquer dia! - Falou e abraçou os dois.

- Até, Hannie! - Leon falou e se despediu de Jisung. Félix estava estranhamente nervoso, e o esquilinho percebeu isso.

- Lix? Tá' tudo bem? - Han perguntou inclinando a cabeça. Félix sorriu entre dentes.

- Amanhã eu e Changbin vamos à uma sorveteria, eu estou nervoso! - Confessou tenso, provocando risinhos dos outros dois. - Por que estão rindo? 

- Deixa o Félix sem vergonha dominar você. - Leon aconselhou. 

Após algumas palavras trocadas, os garotos foram embora e Jisung continuou caminhando até o muro do colégio, mas dessa vez, algo estava diferente. Os "seguranças" estavam lá.

- Ei, garoto! - Um de voz grave chamou, mas Jisung apenas pulou e tentou correr. Estava ofegante, mas não queria parar. O outro porteiro, infelizmente, o alcançou e segurou seu braço.

- Podem me soltar? Eu sou um estudante daqui! - Praticamente gritou, mas o homem não lhe largou. 

- Você não recebeu permissão, não é? Vamos ver o que o diretor vai dizer quando souber disso. - O alfa riu sem humor e arrastou Jisung pelo gramado, afim de chegar nos portões de frente à escadaria do colégio. Han tentava se soltar e sair de lá, mas não estava conseguindo. Era oficial; Jisung receberia um castigo severo, pois o ato de sair sem permissão é um dos mais repudiados pelo Diretor Kim. Mas aquilo estava além do que Han imaginaria, o homem também estava segurando com uma força brutal os seus cabelos, parecia até que seriam arrancados. Jisung estava sentindo uma ardência no pulso que também era segurado com força. Aquele tratamento já não era necessário e muito menos normal.

- Perdão, senhor, mas isso vai além do seu trabalho, certo? - Jisung não sabia de onde Minho tinha saído, mas ele estava ali, com os olhos levemente avermelhados. Parecia estar entrando em raiva intensa. - O colégio entraria em um escândalo enorme se vissem o vídeo que eu gravei. - Estalou a língua em negação, e a cabeça fazia o mesmo movimento.

- Do que você está falando? - O segurança perguntou aborrecido e segurou com mais força os cabelos do Han. Curiosamente, os olhos do Lee ficaram ainda mais vermelhos. Isso significava uma ligação sentimental muito forte, invejável. Os três perceberam aquilo, mas não podiam dar atenção diante ao que acontecia.

- Disso, do vídeo de você arrastando um aluno. Mesmo que ele tenha descumprido uma regra, não é um motivo válido pra' essa agressão, sabia? Eu poderia mostrar isso...não só para o diretor. - Piscou e sorriu de canto, ironicamente, mostrando uma câmera ainda ligada. Jisung, sem perceber, sorriu leve, mantendo o olhar sobre o lúpus, que lhe transmitia uma sensação tão incrível quanto os seus beijos. Em momentos assim, Minho era a única pessoa que Jisung queria ver, pois lhe transmitia paz, e por isso, seu pulso e sua cabeça já não doíam tanto.

O homem bufou e se retirou, convencido de que dessa vez não poderia fazer nada, ou do contrário, seria crucificado por muita gente. Ao sair, Minho se aproximou de Jisung, que agora estava de joelhos no gramado, e fez carinho em seus cabelos. Não só isso, também o abraçou e distribuiu beijos por todo seu rosto, incluindo, claro, a boca. Han sem dúvidas estava bem vermelho, mas muito feliz. Desde que começaram essa relação mais amorosa, nada o deixava triste o suficiente para lhe derrubar.

- Obrigado, Minho. - Falou baixinho e sorriu tímido. Minho apenas o abraçou novamente como resposta. - Ei... - Chamou. - Essa câmera é do Seungmin!

- Eu sei, ele me emprestou. - Sorriu e segurou a câmera, que havia desligado automaticamente à alguns segundos. - Eu tenho gravadores, uma câmera...mas ainda não é o suficiente. - Respirou fundo enquanto pensava em novas formas para aperfeiçoar seu plano. Precisaria de muitas provas.

- Do que está falando, Min? - Jisung perguntou, só depois percebendo o apelido que criou, e isso alegrou em uma escala alta o dia — no caso, noite — de Minho.

- Das provas contra aquele babaca. O diretor. - Falou firme, e Jisung captou a mensagem. - Eu adoraria que você me ajudasse. Que tal? - Perguntou, ajudando Jisung à se levantar. Um plano contra o diretor Kim? Nada mal, até mesmo porque aquele homem parecia esconder muitas coisas. Para Minho, também era para caso em algum momento aquele alfa descobrisse que Han é um ômega, não o chutasse para fora do colégio e desse fim ao assunto. Além de ajudar Seungmin à achar sua mãe. Muitas coisas seriam benéficas para todos.

- Conte comigo.