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História Liar Squirrel - Minsung ABO (Stray Kids) - Tão escuro, mas tão claro


Escrita por: Bubblekz

Notas do Autor


Oioi meus amores 😔 como vocês estão?

Eu demorei um pouco mais dessa vez, né? Eu sei, mil desculpas. Eu só estava lutando contra a minha insegurança. Mas acho que está tudo bem.

Boa leitura 💗

Capítulo 17 - Tão escuro, mas tão claro


- Jisung, o diretor está chamando todos no pátio! - Seungmin bateu na porta do dormitório onde fica o esquilinho. Pouco tempo depois, este abriu o quarto com uma cara de quem não dormiu bem. - O que você tem? Viu um fantasma?

- Vi. - Respondeu, assustando o Kim. - O fantasma do amor. - Sorriu e zombou da cara de irritado que Seungmin fez pelo susto da brincadeira. O beta começou a dar tapas leves em Jisung, e logo depois, foram até o pátio.

O que Jisung disse tem uma camada de verdade. Desde que ele e Minho começaram uma relação mais amorosa, o Han vive sorrindo pelos cantos. Se antes ele tinha em mente a idéia de fugir do colégio por medo, agora não tinha mais. Iria permanecer até o fim do ano letivo, mesmo que fosse arriscado.

Quando Seungmin e Jisung chegaram por completo no pátio central — tendo em mente que aquele não era o único pátio da escola — se assustaram. O local estava lotado, pois todos os estudantes se reuniram ali pelo chamado do diretor, este que ainda não havia chegado. 

- Vamos ficar ali atrás. - Seungmin apontou para onde estavam Changbin, Chan, Hyunjin e Minho. Jisung ficou levemente tímido, mas assentiu, e enquanto caminhavam, se esbarravam com muita gente. Para Jisung, eles faziam questão de se empurrarem e machucarem uns aos outros, o que era no mínimo ridículo.

- Jisung! - Minho chamou com um sorriso de orelha a orelha assim que o viu. Isso não passou despercebido pelos outros quatro garotos, mas resolveram fingir prestar atenção em outra coisa. Jisung sorriu também animado por ver o lúpus, mas não pôde responder devido ao ruído de um microfone e o murmurinho de vozes que se formou depois disso. O diretor havia finalmente chegado.

- Atenção, alunos! - A voz do diretor Kim ecoou pelo pátio, e as vozes antes ouvidas se calaram, restando apenas a do mais velho. - Vim aqui comunicar algo importante. Uma boa porcentagem dos alunos atingiram ótimas notas, e aliás, parabéns à vocês! - foi feito uma salva de palmas, e após isso, o diretor continuou. - O colégio para, hum...aqueles inferiores, conhecem?...vocês sabem, ômegas e betas! - Arrancou risadas de alguns estudantes, mas não de todos. Seungmin fechou totalmente a cara e Hyunjin precisou lhe dar um abraço para que melhorasse. Minho olhou para aquela cena e quis fazer o mesmo com Jisung, mas, bem...não seria possível. Apesar de que de longe se via a irritação no olhar do esquilinho, não somente por ele ser um ômega, mas também por ter amigos que são, além de familiares. - Aquele colégio e o nosso resolveram fazer uma breve parceria. Faremos hospedagem em uma fazenda! - Deu a notícia, e assim o murmurinho de vozes retornou a existir.

Após dar mais alguns detalhes, o homem se despediu e a "reunião" foi encerrada. O evento seria coletivo, seria daqui à dois dias, e o tempo em que ficariam na fazenda seria decidido posteriormente. O estranho era o orçamento do outro colégio ser baixo, e estava claro para Seungmin que o objetivo de seu pai seria estorquir dinheiro daquele pobre colégio, que já não tinha tantas verbas. Irritado, foi discutir com seu pai na sala do diretor.

Enquanto isso, Minho reparou que Jisung ainda estava ali, no pátio, sozinho. O esquilinho estava sentado em uma espécie de banco que havia ali e encarava o chão. Com isso, o lúpus resolveu se aproximar e sentou ao seu lado.

- Está tudo bem, Hannie? Por que está triste? - Perguntou preocupado. Jisung levantou a cabeça e encarou os olhos de Minho. 

- Minho, você concorda com o diretor? Acha ômegas e betas inferiores? Acha que ômegas só devem procriar e betas devem ficar sozinhos? - Perguntou triste e cheio de perguntas. Seu coração doía só de pensar em Minho concordando com aquela idéia absurda. Minho franziu o cenho, sabendo exatamente o motivo da pergunta, mas ofendido por Han ter perguntado aquilo.

- Mas é claro que não! - Negou firmemente, trazendo brilho para os olhos de Jisung. - Imagine que sem graça um mundo dominado apenas por alfas! Nós precisamos dos três tipos de dna juntos, lutando para terem boas vidas. Ômegas, betas e alfas no fim de tudo são iguais, todos nós merecemos ser felizes! - Disse. Jisung sorriu com aquela resposta totalmente suficiente, mas para Minho ainda não era o bastante. Se não podia consolá-lo diretamente, que fosse indiretamente. - Eu admiro pessoas fortes. Por exemplo, ômegas que não se contentam com o que lhes é imposto à fazer, onde estar, como ser. Os que lutam, não importa como, não importa os medos. Eu admiro. - Sorriu e Jisung se sentiu extremamente feliz com aquilo. O seu amor pelo lúpus só crescia, e aquele comentário era como o combustível mais rápido. 

- Você tem razão! - Falou animado, e Minho internamente achou uma graça. Queria poder apertar Jisung até que ele explodisse. Ou talvez não tanto porque o machucaria, claro.

- Mas por que estava pensando sobre isso? - Perguntou, levantando uma de suas sobrancelhas enquanto esboçava um sorriso de quem se divertia com a situação, com a imagem de Jisung claramente nervoso, procurando uma resposta em sua mente. "Como eu nunca percebi isso antes?" Foi o que pensou. Agora lhe parecia tão óbvio.

- Por causa de...minha mãe. Ela é ômega, sabe? A sua também, certo? - Perguntou e Minho assentiu, rindo internamente. - Então, é isso. - Sorriu tenso. Essa situação também aumentava o amor que o alfa sentia por aquele ômega disfarçado de alfa.

[...]

- Já ficou sabendo que iremos à uma fazenda? - Changbin perguntou após dar uma colherada em seu sorvete.

Félix e Changbin combinaram de ir em uma sorveteria no intervalo das duas escolas. Os dois passaram um bom tempo se arrumando, mas o que estava realmente sendo levado em conta eram suas personalidades. Conversavam sobre diversos assuntos e estavam adorando a companhia um do outro.

- Sim, a diretora nos disse. Ela estava tão animada! - Contou para Changbin e deu deu mais uma colherada naquele sorvete. O seu era de baunilha, já o de Changbin era de morango com chocolate.

- Sim, mas...eu não sei. Não consigo enxergar coisas boas no nosso diretor. Se ele trata mal o próprio filho por ser um beta, quem dirá vocês. - Confessou para Félix, decepcionado com o fato de um colégio tão bonito e com uma ótima educação ser liderado por alguém tão horrível.

- Jisung e o próprio Seungmin me contaram sobre isso. Mas sinceramente eu não me importo, ele que aguente! - Falou e Changbin riu com o comentário.

- Por falar no Jisung, tenho que o agradecer! Se não fosse por ele, nós não teríamos nos conhecido! - Sorriu, e mesmo que Félix estivesse um pouco envergonhado, sorriu também.

- Também vou agradecer, sua companhia é...divertida! - Falou e Changbin continuou sorrindo, dessa vez um pouco mais tímido.

Após alguns minutos de conversas e muitas risadas, Changbin recebeu uma ligação, e resolveu atender. Falava baixo e um pouco afastado, mas Félix ouviu como sua voz parecia irritada, e franziu o cenho pensando no que seria.

- Félix, eu tenho que ir, perdão. Tenho um...compromisso de família para ir agora. - Sorriu fraco. "Mais um?" foi o que Félix pensou, já que na vez que visitou Jisung em seu dormitório, o amigo havia lhe dito que Changbin havia saído para um compromisso de família também.

- Não tem problema, eu entendo. - Internamente estava triste, já que estava adorando aquele momento de conversas com o alfa. Mas entendeu perfeitamente que o alfa precisava ir para esse tal compromisso. Então se levantou e o deu um abraço. - Nos vemos na fazenda, então!

- Sim, nos vemos. - Sorriu e retribuiu o abraço, saindo primeiro da sorveteria, sem antes pagar pelos dois sorvetes, mesmo com o ômega insistindo que não era necessário, mas o alfa disse que pagaria já que o havia convidado. Félix suspirou vendo o Seo passar para o outro lado da rua. O Lee apenas saiu indo rumo ao seu colégio.

[...]

Jisung estava na quadra da escola, junto à Minho. Estavam apenas jogando uma partida de basquete. Se encontravam lá por vontade própria, pois já era noite e as aulas já haviam encerrado naquele dia.

- Ah, Minho! Sai da minha frente! - Falou levemente irritado, pois queria fazer uma cesta, mas o Lee estava bloqueando o caminho.

- Jisung, o jogo é assim! Eu não posso te deixar fazer a cesta! - Falava enquanto ria com aquela situação. Jisung acabou por rir também.

- Mas você não pode pelo menos se afastar um pouquinho? - Pediu propositalmente fofo e Minho acabou por se render e dar passagem, não aguentando aquela chantagem. Com isso Jisung conseguiu fazer a cesta e dava pulinhos pela quadra enquanto Minho revirava os olhos em um sorriso. 

De repente, as luzes se apagaram. Havia acontecido uma queda de luz, e consequentemente, as leds que iluminavam a quadra naquela noite também se apagaram.

- Minho? Onde você está? - Jisung perguntou preocupado e com medo. Como estava comemorando pela quadra a sua incrível cesta, acabou por se distanciar do Lee, e digamos que Jisung não se dê muito bem com o escuro, a menos que esteja em uma cama confortável. - Minho! Eu estou com medo!

- Calma, Han! - Minho tentou acalmar o esquilinho. - Acho que nós estamos longe demais um do outro. - Falou, pois aquela quadra era realmente grande, e a voz de Jisung parecia estar tão longe quanto à de Minho para ele. 

- O que eu faço? - Choramingou nervoso tentando andar, mas estava com tanto medo que não conseguia fazer isso direito, além de estar receoso de esbarrar em alguma coisa, ou na bola.

- Fique parado e tranquilo. Vá falando comigo e eu vou chegar até você. Minha audição é mais aguçada. - E isso era verdade. Então, seria mais fácil Minho encontrar Jisung do que o contrário. Lúpus tem muitos privilégios e esse era um deles.

- Falando o quê? - Perguntou, já sabendo que o que havia dito era de ajuda para que Minho identificasse em que lugar da quadra ele estava, mas não o suficiente.

- Bom... - Sorriu travesso, tendo várias idéias em mente. - Diga coisas que você ama em mim. Vale tudo. - A última frase soou um pouco maliciosa, e Han percebeu aquilo.

- O-o quê? - Perguntou. Mas que absurdo! Até nessas situações Minho não perdia a oportunidade de o envergonhar.

- Vamos, Jisung! É isso ou você vai sair sozinho desse escuro! - Avisou e Jisung respirou fundo. Não ficaria sozinho naquela escuridão de maneira alguma!

- E-eu... - Começou. - Gosto dos seus olhos. Eles são bonitos... - Falou, e suas bochechas já começaram a arder. Uma coisa seria elogiar ele todos os dias no pensamento, e outra bem diferente era confessar isso ao próprio.

- Certo... - Minho sussurrou para si mesmo, já começando à ter uma noção de onde a voz de Han vinha. Mas ainda parecia um pouco longe. - Continue.

- Eu gosto da sua risada. É contagiante. - E assim continuou. - Gosto do seu jeito inteligente. - Suas bochechas já estavam dormentes. - Você mexe muito comigo. Acho que percebi isso desde o dia que nos vimos na diretoria pela primeira vez. - Jisung já estava em transe, disposto à abrir seu coração. 

Com todas aquelas palavras ditas, o coração de Minho batia tão forte que seu lobo interior queria sair de seu corpo. Depois de prestar mais atenção pôde finalmente saber aonde Jisung estava. Andou lentamente até lá, e ficou ainda um pouco longe do esquilinho.

- Acho que desde aquele dia eu soube que você era especial. Você prendeu a minha atenção de uma maneira que ninguém nunca conseguiu antes. - Tudo o que Jisung falava, Minho poderia repetir. Era incrível como seus sentimentos eram conectados e parecidos. - No dia da festa nós no beijamos. Naquele dia eu estava cogitando não ir porque estava cansado. Eu agradeço não ter dado ouvidos à mim mesmo e ter ido. - Confessou. - Porque eu amo beijar você. - Essa foi a gota d'água, sem dúvidas. Minho se aproximou e selou seus lábios sem aviso prévio.

Jisung foi pego realmente desprevenido, porém, estava estranhando o silêncio total de Minho. Não reclamaria depois, porque estava adorando mais uma vez sentir o gosto dos lábios do Lee. Tanto Minho quanto Jisung, perceberam que apesar de não estarem sendo um dos mais verdadeiros com o outro, ainda sim se amavam. Se amavam completamente e aquilo por si só já era o suficiente. Não havia marca no mundo que pudesse ser mais forte que aquele laço de amor dos dois. 

- Eu te amo, Jisung. - Minho finalmente falou com todas as letras, e o resultado foi ter feito o coração de Jisung quase sair pela boca. - Eu amo você, muito.

- Eu também, Minho. - Jisung falou sentindo a vida sorrir para si. - Eu te amo. Eu amo você, eu amo muito você. 

- Bem...eu não sei como pedir isso, sabe? Mas... - Minho estava nervoso, mas isso não venceria sua vontade interior. - Você aceita ser meu namorado? 

Jisung sorriu e selou seu lábios com os do outro novamente. O esquilinho estava tão feliz que nada nesse mundo poderia representar isso agora.

- Sim, eu quero. - Sorriu. Assim que disse isso, o problema que havia em um servidor ali perto se concertou por alguns trabalhadores. Logo, a luz estava de volta. E agora, Minho e Jisung se encaravam após toda aquela confissão. Han estava sem saber o que fazer agora. - B-bom, eu- Acabou por ser interrompido.

- Tudo bem, não se esforçe, vamos dormir, amanhã temos aulas! - Minho sorriu confortante e Jisung assentiu. Poderia dormir sorrindo sabendo que teve um dia maravilhoso.


Notas Finais


Breve explicação do título: Escuro, a queda da luz na última cena. Claro, seria o sentimento de Han e Minho.

Aeeee espero que tenham gostado. Até breve ✊💞


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