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História Liberdade - as vezes, fugir pode ser sua melhor opção. - A fuga..


Escrita por: milinha2501

Notas do Autor


Aee!! Cap maior!! :v

Capítulo 6 - A fuga..


Fanfic / Fanfiction Liberdade - as vezes, fugir pode ser sua melhor opção. - A fuga..

" Longe de vc eu enlouqueço
Muito mais eu, conto as horas
Pra estar com vc.. "
- longe de vc, Charlie Brown Jr.

Os dois primeiros dias passaram lentamente. Levando o garoto a ficar em casa, assistindo TV ou lendo algum livro. E, as vezes saía pra ir ao cinema com os amigos, Mike e Tomas.
O inverno chegava rigorosamente, David nunca presenciara um ano tao frio, teve a impressão de que começaria a nevar em São Paulo a qualquer momento.
A cidadezinha do interior, estava quieta e silenciosa, sem nenhuma movimentação. Ouvia-se apenas as vozes de locutores narrando partidas de futebol, que vinham dos radios colocados nas janelas vizinhas.
Ele vestiu um casaco e um cachecol, e saiu de casa esfregando as mãos, por conta da baixa temperatura. Queria sair por aí, sem rumo, esquecer os problemas, aproveitar o ultimo dia de folga. Logo, se odiou por comparar luto de Annie com um feriado.
Lembrando-se da amiga, decidiu fazer uma visita, o que tbm não soou adequado, ao cemitério.
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Comprou um vaso de orquídeas azuis, muito bonitas por sinal. Do outro lado do cemitério, um grupo realizava o enterro de alguma outra pessoa. Muita gnt se espalhava em torno do caixão, mulheres se abraçavam e soltavam ruídos de tristezas, rostos pálidos e maquiagens borradas.
Uma garotinha, que David deduziu estar entre 8 e 9 anos, prostava os joelhos por terra, ajoelhando-se ao lado do túmulo. O olhar da criança era profundo, triste. Chorava descontroladamente e as lagrimas molhavam o caixão, já enterrado. A garota enterrou o rosto nas mãos, como se não quisesse acreditar que aquilo estava acontecendo.
Davis sentiu seu estômago revirar. E se a pessoa que estava sendo enterrada era a mãe da garota?! Como aquela menina que não conhece nada da vida, iria aguentar perder a própria mãe?! Ela teria que cuidar de si mesma sozinha, e aprender a viver a vida por conta própria. Levaria essa dor, esse sofrimento para toda a vida.
Só de ter em mente todos esses pensamentos, David permitiu que algumas lagrimas tbm escorressem em seu rosto, e não queria enxuga-las. Queria dividir a tristeza com a garota, não queria que ela levasse esse fardo sozinha.
Chegando no túmulo de numero 176, com o nome Annie Lopez gravado em uma Ledra de mármore, o garoto se agachou para colocar as flores ao lado de dezenas de vasos que tbm se encontravam ali.
Esbarrou o braço em um vaso pequeno, de rosas vermelhas murchas, que caiu e se espalhou por terra.
- Merda.. - sussurrou.
Ao colher os cacos com a mão, o garoto percebeu um papel, que antes fora branco, e agr estava sujo se terra. David o abriu, e começou a ler.

" Não venha atrás de mim, sabe que a minha única opção era fugir. Não tinha mais como suportar, toda dor, todo sofrimento.
Arrumei minha mochila com tudo oq precisava, peguei um ônibus, e parti para algum lugar a frente. Não sei para onde estou indo, mas sei que aí tbm não era o meu lugar.
Se vc leu isso, é pq se importa com Annie, e fico grata com isso. Espero que vc tenha a consciência de que não deve sair em minha busca.
Adeus. "


- Stella.. - foi a única coisa que o garoto conseguiu dizer.. Antes de disparar em direção a casa.


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