1. Spirit Fanfics >
  2. Liberdade - Mais uma história de amor >
  3. Capítulo 11

História Liberdade - Mais uma história de amor - Capítulo 11


Escrita por: Alicesampaio

Capítulo 11 - Capítulo 11


- EU NÃO VOU PARA SUA CASA, NÃO JAMAIS! – Alice gritou. - você me virou as costas quando eu te pedi ajuda, e agora já está feito, não quero sua ajuda!

- Você não tem escolha Alice, esses caras não estão de brincadeira, prova disso é seu estado agora, deixa de ser orgulhosa. – disse decidido. Eu não permitirei que Alice passe por isso novamente, nem que para isso eu tenha que levá-la a força.

- Alice o Justin tem razão, na casa dele você vai ficar segura. – Carly tentava convencer ela, o que me surpreendeu, até onde eu sei Carly me odeia.

- Até você Carly, esse cara me virou as costas eu me recuso a ficar no mesmo teto que ele. - ela respirou fundo e disse baixinho. - Nós não somos amigos lembra? - ela olhou dentro dos meus olhos.

- Não é hora para ressentimentos, nesse momento é a sua vida e sua segurança que estão em jogo, e eu sugiro que você aceite o convite do Justin. - Chaz opinou.

- Eu tenho escolha? – ela perguntou

- Não!  - conclui. - Carly faça as malas dela. – Me aproximei de Alice e a peguei em meu colo. – Vamos sair logo daqui. – caminhei com ela até meu carro. Com sorte ninguém a viu nesse estado.

Alice não reclamou de absolutamente nada, mal conseguia falar, ela estava muito machucada e muito quieta.

A coloquei no banco traseiro, deixei que ela ficasse o mais confortável possível e parti na direção da minha casa, chegando lá estacionei tirei Alice do carro e subi com ela para meu quarto. Coloquei Alice em cima da cama e fui até o banheiro, botei a banheira pra encher.

- Eu vou... Precisar tirar esse lençol de você. - disse a ela que me olhava agora de um jeito estranho. – Botei a banheira pra encher, e... Você precisa de um banho.

- Você não está pensando em... Não nem pensar, eu posso fazer isso sozinha. – ela reclamou. Embora o quarto estivesse escuro eu fui capaz de notar o rubor em seu rosto.

- Ah por favor Alice, deixa de bobagem, esqueceu que outra noite eu tive que trocar sua roupa? – Tocar no assunto me fez lembrar de como seu corpo é perfeito. Ela ficou vermelha.

-  Por favor, não me lembre desse episódio lamentável. – ela deu de ombros.

- Para mim também não é uma situação agradável, mas precisamos limpar esses ferimentos. – ela assentiu e eu fui em sua direção e tirei aquele  lençol sujo de sangue de seu corpo perfeito cheio de hematomas, tão pequeno e tão frágil.

Peguei Alice em meu colo, ela estava maleável como uma boneca, quando sua pele quente encostou  na minha um choque  percorreu pelo meu corpo, e pude notar que o mesmo tinha acontecido com ela. 

Coloquei Alice na banheira a água estava morna e fez com que ela relaxasse um pouco, peguei a esponja e comecei a passar em sua extensão timidamente limpando todo o sangue. Não estou acostumado a cuida de alguém assim, mas por ela todo sacrifício é válido, é claro que isso não é nenhum pouco difícil, limpar seu corpo massagear sua pela me deu um prazer inimaginável. 

No início  ela estava muito tensa, mas depois pareceu relaxar me levando a relaxar também.

Tirei Alice da banheira depois de vários minutos limpando-a, levei ela até a cama e a sentei enquanto enxugava cada parte de seu pequeno corpo, sua pele clara estava cheia de hematomas. 

Meu sangue ferveu e eu quase não conseguia controla a fúria ao lembrar da cena em que a encontramos nua no chão e ferida, só consigo pensar em todas às atrocidades que vou fazer com o desgraçado que a machucou. Eu vou acabar com o filho da puta que fez isso a ela, eu juro.

Fui na direção do Closet e peguei uma de minhas camisas.

- Vista. – entreguei a camisa a ela.

- Tá. – ela a vestiu com certa dificuldade, fui até o banheiro e peguei a caixa de primeiros socorros.

- Me deixa cuidar disso. – me referi aos cortes que ela tinha em sua testa, passei uma pomada neles delicadamente para não causar mais dores a ela, Alice me olhava com ternura, e em mim batia uma grande necessidade de fazê-la se sentir bem. – Descansa. – ela se deitou e eu a cobri. – Eu quero que escute bem o que vou dizer, ninguém vai voltar a machucá-la, eu vou cuidar para que isso não aconteça. - Mesmo não entendo a necessidade disso eu disse porque simplesmente queria fazer com que ela se sentisse segura. - Prometo! - Ela sorriu e meu estômago começou borbulhar, não de uma forma ruim mas foi esquisito, nunca senti nada igual. - Eu vou achar o desgraçado que te fez isso e vou acabar com ele. - Respirei fundo. - Eu sei que fui um babaca filho da puta virando as costas quando você precisou de ajuda e quero que aceite minhas desculpas e em troca juro a você que nunca mais estará sozinha. – ela assentiu. Olhei para ela por alguns minutos e então me afastei e andei em direção a porta, apaguei as luzes e a deixei, mesmo que meu subconsciente gritasse que deveria permanecer ao seu lado até que ela se sentisse bem outra vez.

Desci as escadas e fui em direção ao escritório, encontrando Chaz e Carly na sala.

- Onde ela está? – Carly perguntou

- Descansando, ele precisa relaxar está muito ferida, ele quase a matou. – disse com certa dificuldade em pronunciar as palavras. – vamos até meu escritório, deixe as malas dela ai depois peço que arrumem no quarto de hospede. – eles assentiram e me seguiram até o escritório.

Passamos o resto da noite conversando e tentando achar alguma pista de quem tenha feito isso com ela.

Depois que Chaz e Carly foram embora eu fiquei horas pensando em tudo que tinha acontecido, Alice estava desprotegida, saber disso fez meu estômago apertar, eu nem sabia que isso era possível, cheguei a pensar que talvez eu nem tivesse um coração, mas ela me faz sentir menos seco e mais vulnerável, eu me sentia mal por ter expulsado ela quando tudo que ela queria era ser protegida.

Tudo que eu consigo pensar agora é em  nunca mais deixá-la sozinha, nunca mais, eu devo isso a ela.

acabei pegando no sono no sofá do escritório.

P.O.Vs ALICE

Acordei com a luz do sol em meu rosto, abri meus olhos desejando que tudo não tivesse passado de um pesadelo, mas quando os mesmos  encontraram aquela arquitetura diferente do quarto, eu tive certeza de que tudo tinha sido real, tentei me mover com certa dificuldade, meu corpo todo doía.

Ouvi duas batidas na porta e em seguida Justin entrou com uma bandeja cheia de coisas gostosas.

- Oi, trouxe seu café da manhã. –  Sorrindo me fez sorrir também, tudo era surreal, o comportamento dele comigo na noite passada, foi  algo que eu nunca jamais em toda a minha vida esperava.

- Obrigada! – minha voz quase não saia. Eu não agradecia somente pelo café, agradecia por tudo e por todas as palavras que me disse ontem à noite.

Enquanto eu comia ele me olhava carinhosamente e isso me deixou Feliz me deu um frio na barriga e mesmo sabendo que é errado e que nutrir qualquer sentimento por ele seria minha ruína, mesmo assim eu o queria por perto.

– Justin? – Eu precisava perguntar, precisava saber seus verdadeiros motivos, eu sei que não é só culpa e nem pena.

- Sim? - ele respondeu olhando em meus olhos.

- Porque você está fazendo isso? Você me odeia, e eu não entendo porque está me tratando assim tão... Tão bem.  – eu realmente estava curiosa, ele pareceu pensar bem no que ia dizer.

- Eu não te odeio! – me pegou de surpresa. – A gente nunca se deu bem, mas, eu não odeio você. – eu não contive o sorriso, ele levantou da poltrona e andou até a porta que dava entrada a varanda do quarto, ele olhava pela janela de forma intensa, parecia que queria fugir da pergunta.

- Eu também não te odeio. – Disse quebrando o silêncio. Justin olhou em meus olhos surpreso. – Mesmo que você tenha me ameaçado inúmeras vezes e me batido, mesmo que tenha destruído a vida da minha amiga, ainda assim eu não consigo te odiar. – Notei um meio sorriso se formando em seus lábios.

- Alice... – Ele sussurrou meu nome. – Seria melhor se me odiasse.  – Me tocou.

- Porque? – Eu realmente me importo.

- Seria mais fácil. – Levantei e fui na sua direção, mesmo com o corpo em pedaços fiz esse esforço.

- Fácil? Para quem? - Ele não respondeu. - Porque? – São muitas perguntas e eu queria todas as respostas.

- Porque eu afasto as pessoas, veja o que aconteceu com a Jenny, o mundo em que vivo não é para alguém como vocês. – Meu coração doeu, eu estava entendendo direito?

- O que você sente pela Jenny? – Tinha medo que sua resposta pudesse me causar danos, passei muito tempo desejando que ele tivesse sido bom o suficiente para amá-la, acontece que meus sentimentos de uma hora para outra viraram uma bagunça.

- Eu nunca fui indiferente ao que a Jenny sente por mim. – Tive que respirar fundo para conter a tempestade que se formava dentro de mim. – Eu vivo cercado de todos os tipos de pessoas, e eu nunca sei o que esperar delas, algumas querem o meu dinheiro minha posição e outras querem minha cabeça. – olhei em seus olhos e vi que ele estava sendo sincero. – Me relacionar com alguém me torna vulnerável demais, eu não quero um amor, não quero um casamento e principalmente não quero filhos. – engoli seco.

- É uma pena que tenha escolhido essa vida solitária. – Disse baixando a cabeça.

- Eu não escolhi essa vida Alice, ela me escolheu. – Levantei a cabeça e olhei em seus olhos, e tudo que enxerguei foi um alguém condenado a solidão.

- Eu preciso de um banho. – Disse por fim encerrando o assunto.

- Carly trouxe suas malas e eu pedi que arrumassem no quarto de hospedes, se você quiser... – Justin sendo simpático que ironia do destino. – Vem eu te ajudo.

Ele se aproximou, segurou em meu braço eu gemi um pouco deixando-o preocupado.

- você está bem? Quer que eu a leve no colo? – Meu coração quase saiu pela boca, essa proximidade com Justin me faz perder os  sentidos.

- Não! eu estou bem, só um pouco dolorida, mas eu sobrevivo. – fiz piada, ele me guiou até o quarto de hospedes e me sentou na cama.

- Suas coisas já estão todas no Closet, se você precisar de algo, pode me chamar ou chamar a Maria a governanta. – eu assenti e ele caminhou até a porta mas antes de fechar disse. -Tem certeza que você vai ficar bem sozinha? - Quase sorri com sua preocupação repentina.

- Sim, eu estou bem. –  então ele saiu e fechou a porta. 

Confesso, eu estou surpresa com o comportamento dele, é difícil acreditar que esse Justin gentil e preocupado seja o mesmo Justin que me expulsou daqui quando lhe pedi ajuda.

Tomei um banho de mais de meia hora, entre pensamentos e choros, eu estava vivendo uma confusão interna que nem mesmo entendia. Quando sai do banheiro Carly estava a minha espera, vesti uma roupa e então estava pronta para a difícil conversa que teríamos.

- Porque não me contou o que estava acontecendo com você? – ela foi acusadora

- Eu não queria te preocupara, e além do mais não queria mais ninguém envolvido nisso, é uma situação perigosa. – tentei me justificar.

- Que tipo de amiga eu seria se não me envolvesse nos seus problemas? Alice nos somos amigas você deveria ter confiado em mim. – Ela estava magoada.

- Carly não é tão fácil como você pensa, eu estava com medo, essas pessoas não se importam com o fato de não termos nada a ver com as dividas da Jenny, eles a querem a todo custo, e pra isso seriam capazes de matar qualquer um que esteja por perto.

-A Jenny é uma vadia inconsequente. Como ele pode fazer isso, sumir assim e te deixar sozinha nessa?

- Eu confesso a você que estou preocupada com ela, já fazem dias que ela sumiu, Oh meu deus! Será que ela se envolveu em mais alguma confusão? Carly e se ela estiver... Não nem quero pensar nisso. – disse assustada não querendo pensar na possibilidade dela estar morta.

- Deixa de ser boba Alice, está na cara que ela sumiu porque sabia o que aconteceria  com ela, essa garota não é mais aquela Jenny bobinha que conhecíamos ela é uma víbora, sumiu porque sabia que estavam atrás dela.

- Não consigo acreditar que a Jenny se tornou uma pessoa assim, tão egoísta.

- Nem eu, mas é um fato. – Disse Carly.

Passamos o resto do dia conversando, e por um momento Carly me fez esquecer tudo que tinha acontecido.

- Alice o que sabe do Logan? – isso me fez lembrar que já faziam dias que eu não tinha contato com ele.

- Eu não sei, ele disse que voltaria no fim de semana, mas até agora não tive noticias suas. – disse meio para baixo, não acredito que Logan se esqueceu de mim.

- E porque não liga pra ele? – Sugeriu Carly.

- Não sei, ele pode me achar ansiosa ou inconveniente. – Carly balançou a cabeça negando minha afirmação, peguei meu celular e disquei o numero de Logan, chamou varias vezes e ele não atendeu, e isso me deixou triste. – acho que ele não quer falar comigo. – disse sem graça.

- Vai ver ele deve estar ocupado e não  pode falar. – Carly disse tentando me deixar melhor.

- É..  Pode ser. De qualquer forma, eu vou passar um bom tempo sem sair, e eu duvido muito que ele venha aqui na casa do Justin me ver. – Gostei mesmo de conhecer Logan, talvez seja disso que preciso para tirar Justin da cabeça.

- E por falar no Justin, como vocês estão? – Carly perguntou com meio sorriso.

- Como assim como estamos? Carly não estamos. – eu disse nervosa com a pergunta.

- Calma! O que eu quero dizer é como ele está se comportando? - Eu sabia muito bem o que ela queria dizer.

- Por incrível que pareça, ele está sendo atencioso, carinhoso, já não sei mais quem é o Justin. O que me deixa mais assustada é que ontem de verdade ele me fez sentir segura, ele cuidou de mim, e hoje pela manhã conversamos e ele meio que se abriu, Justin é um homem solitário apesar de nunca está sozinho. - Respirei fundo.

- Você precisa se ver quando fala nele, seus olhos brilham. Você está apaixonada! – ela disse isso numa naturalidade.

- NÃO. É claro que não, eu gosto desse novo Justin, mas apaixonada não, é muito cedo. Além do mais ele disse que não é indiferente ao sentimento que a Jenny nutre por ele. –  tentei convencer não só a Carly, como a mim mesma.

- Alice, só não ver quem não quer, você precisava ver o jeito que ele ficou quando percebeu que tinha acontecido alguma coisa com você. Ele quer tanto você quanto você quer ele, vocês precisam se convencer disso. Negar não muda nem diminui o sentimento. - Meu coração palpitou depressa.

- Eu não sei mais o que eu quero, a única coisa que tenho certeza é que Justin não quer um amor, e se por um momento eu me permitir ir além com isso eu vou me machucar muito. – Disse isso tentando convencer-me de que conseguiria resistir a ele.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...