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História Liberdade - Mais uma história de amor - Capítulo 22


Escrita por: Alicesampaio

Capítulo 22 - Capítulo 22


Estava exausta da viagem, assim que Justin se trancou com seus amigos no escritório despedi-me de Carly e fui para o meu quarto.

Tomei um banho relaxante com direito a muitos sais na banheira e as melodias do Coldplay no iPod, refleti sobre os últimos dias, me excitando ao lembrar dos momentos de paixão que vivi com Justin, minha pele já sentia uma falta precoce dos seus beijos e suas carícias.

Vesti uma roupa quente e desci para o jantar encontrando Maria na cozinha.

- Como foi na casa de campo? - Perguntou sorrindo saliente. Sentei-me no banco e apoiei os cotovelos no mármore da ilha da cozinha, Maria me serviu com suco.

- Foi Confuso, surpreende e intenso. - Ela me olhou sorrindo e depositou o prato de comida na minha frente.

- Não é difícil imaginar o porquê. - Bebi um gole do suco. - Pattie tinha um compromisso, Justin continua trancado no escritório. Você vai ter que jantar sozinha. - Respirei fundo.

- Ele pelo menos saiu por um minuto de lá? - Maria sorriu.

- Não querida, está trancado desde a hora em que chegaram. - Revirei os olhos, Justin nunca é cuidadoso com a alimentação ou com a saúde, negócios sempre vem em primeiro lugar.

- O que eu faço com ele Maria? - Minha pergunta tinha vários sentidos. Maria sorriu.

- Ame-o, entenda-o e apoie suas causas, seja elas qual forem. - Maria tocou meu ombro. - É disso que ele precisa e é isso o que ele espera de você.  - Balancei a cabeça assentindo.

- Como tem tanta certeza que ele espera esse tipo de coisa vindo de mim? - Eu estava realmente curiosa, não é como se eu fosse a pessoa favorita do Justin.

- Eu conheço Justin a muito tempo, desde de menino pra ser mais específica. - Maria sorriu carinhosa. - Ele tem esse jeitão todo, mas ele te adora. - Sorri, no fundo era isso que eu queria acreditar. 

- Ele tá sozinho ou...- Antes mesmo que eu terminasse Maria balançou a cabeça.

- Sozinho, os rapazes já se foram tem algum tempo. - Levantei do banco sem nem tocar na comida.

- Bom, eu vou ver então se ele tá precisando de alguma coisa. - Ela sorriu e eu saí andando em direção ao escritório, dei duas leves batidinhas e entrei. 

- Tava aqui me perguntando que horas você ia aparecer. - Sorri envergonhada, Justin levantou de sua cadeira e caminhou na minha direção. 

- Não imaginei que eu fosse tão previsível. - cruzei os braços e Justin sorriu torto.

- Bem eu fiquei surpreso, você demorou bem mais do que imaginei. - Olhei para ele espantada. - Na verdade eu imaginava que você estaria aí fora esperando os caras saírem pra entrar. - Brincou.

- Como ousa? - Fiquei zangada, como ele pode pensar isso de mim? Justin sorriu divertido.

- Então o que a trás aqui? - Me encarou com os braços cruzados no peito.

- Eu...É, bom eu. - Me odiei por não ter inventado um bom motivo.

- Você... - Justin incentivou. Levantou uma sobrancelha esperando até que eu destravasse. Descruzei os braços e os balancei.

- Como ficamos Justin? - Ele me olhou surpreso. - Nós voltamos. - Sorri pelo nariz enquanto ele me encarava sério. - E tudo tendi a voltar ao seu normal também. - Justin se aproximou mais de mim ainda sério. Fiquei nervosa com a sua proximidade

- Nada precisa ser igual. - Sugeriu e eu sorri satisfeita. Justin me beijou carinhosamente. 

- Fico feliz em saber que você quer levar isso a sério. - Justin se afastou um pouco.

- Eu gosto de você Alice, gosto mais ainda de estar com você mas não quero que tenha muitas expectativas, vamos aproveitar o que temos hoje sem amarras. - Olhei para ele incrédula. Eu preciso de mais eu não quero só sexo com Justin. Um nó se formou em minha garganta quando constatei que ele não tinha as mesma intenções que eu.

- Tudo bem Justin, vamos continuar dormindo juntos até que se canse de mim e decida me trocar por uma magricela gostosona igual a Tânia. - Disparei, Justin me olhou surpreso.

- De onde tira essas coisas? - Perguntou divertido. Me afastei dele e caminhei de uma lado para o outro em fortes pisadas. Eu queria Justin não só na minha cama por uma ou duas noites, mas eu queria possuir tudo dele, inclusive seu coração. 

- Vamos ser honestos, isso não ia dar certo mesmo. - Odiei ser contrariada, não sabia que era tão possessiva.

- E porque não? - Justin perguntou impaciente.

- Todo mundo sabe que você não leva ninguém a sério. Isso. - Fiz um gesto que ia de mim a ele com as mãos. - Nunca vai passar de sexo casual para você.

- Você espera um pedido de casamento? - Olhou-me irônico e eu tremi.

- Não, é claro que não. - respirei fundo. - Mas também não quero perder tempo com uma relação sem futuro. - E com alguém que pode me magoar profundamente. Completei em pensamento.

- Você sabe como estragar as coisas. - Eu estava apenas me prevenindo de um possível toco no futuro. Pensei.

- Estou sendo realista. Voltaremos a ser as pessoas que éramos, inimigos declarados á companheiros de casa. - Tentei fazer piada mas não funcionou porque Justin não sorriu.

- Não vai ser tão fácil voltar ao que éramos, não podemos apagar o passado. - Suas palavras me surpreenderam, mas não são suficientes para me comprarem.

- Eu não posso mais fazer parte do seu jogo. - Atirei minhas palavras.

- Isso deixou de ser um jogo a partir do momento em que você se entregou pra mim, mas não posso de uma hora para a outra mudar o que eu sou, gosto demais da minha liberdade Alice. - O que ele tá tentando dizer? Porque tem que ser tão difícil qualquer coisa relacionada a ele? 

- Isso não devia ter acontecido. - Qual é Alice, porque você tá dizendo essas coisas? Perguntei a mim mesma chegando a uma única resposta. Esse é o meu mecanismo de defesa falando mais alto.

- Pensei que já tínhamos encerado essa fase de culpas. - Justin tocou meu rosto. - Porque não partimos para a parte lógica. - Sorriu torto me fazendo estremecer. - Vamos continuar e ver onde essa história irá nos levar, e quando acabar a gente dá um jeito de seguir em frente. - QUANDO ACABAR? Essa frase ficou martelando na minha mente. Na casa de campo eu não tinha nenhuma concorrente, mas aqui na cidade sempre haverá uma linda mulher para ele em cada esquina. - Não diga que não Alice. - Pediu e meu coração se encheu.

- Não é o bastante. - Confessei. - Eu quero ser amada, quero me sentir segura e não viver com essa incerteza de nunca saber se o dia seguinte será o último ao seu lado. - Olhei nos olhos de Justin. - Você mantém todo o poder sobre essa situação e isso significa que se um dia acabar você não vai sair perdendo, já eu não posso dizer o mesmo. - Esperei vários minutos até que ele dissesse algo que me fizesse cair em seus braços, mas ele não disse uma só palavra, só ficou me olhando com uma sombra de pena nos olhos. A vontade de chorar tava dominando o orgulho e antes que eu passasse por mais essa vergonha e desabasse na frente dele disse. - Acho que vou para o meu quarto.

- Certo. - Virou as costas para mim e voltou para sua cadeira atrás da mesa. Meu coração apertou diante de sua atual frieza.

- Sinto muito. - murmurei.

- Não sinta. - Disse-me com com acidez. Abaixei a cabeça e por fim sai do escritório. Subi para o meu quarto e fui na direção do celular, disquei o número da única pessoa que podia me ajudar no momento.

- Com saudades já? - Brincou Carly ao atender.

- Acho que eu fiz uma besteira. 

- Espera um minuto. - ouvi seus passos no chão, acho que ela estava procurando privacidade para poder falar comigo. - Conte o que aconteceu.

- Disse ao Justin que queria mais que sexo. - Carly suspirou.

- Porque fez isso Alice? 

- Porque deixei que meu coração falasse mais alto que minha razão. - Lembrei-me de suas palavras negativas e senti um nó na garganta. - Ele disse que eu não devia criar expectativas.

- O que você esperava? Um pedido de casamento? - Ah não brinca. Pensei lembrando das mesmas palavras que Justin usou. - Amiga,  você tem que viver um dia de cada vez. - Suspirei. -  Viva esse romance intensamente sem se preocupar com prazos de validade, ou vai passar o resto da sua vida lamentando por ter perdido a chance de finalmente ser feliz com o homem por quem se apaixonou.

- Eu tenho medo Carly, todos nós conhecemos o passado do Justin.

- Você não pode viver de passado Alice, o Justin não é o mesmo e você sabe disso. 

- É eu sei, mas essa insegurança fica martelando na minha cabeça. - Carly respirou fundo, provavelmente sem paciência.

- Alice se escuta falando, amiga você parece aquelas adolescentes inseguras. Você é linda e tem capacidade de manter um homem interessado por você, para de ficar chorando pelos cantos, tome a iniciativa e comece a fazer Justin enxergar a mulher excepcional que você é. - Senti a força de suas palavras e fiquei mais confiante. 

- Você tem razão, mas não é fácil. Tenho muito medo de levar isso a sério e me machucar considerado que Justin é um mulherengo safado.

- Pensa positivo Alice e se joga nesse relacionamento, se não der certo pelo menos você tem certeza que tentou, para de ficar sofrendo por antecipação de algo que você nem tem certeza que vai acontecer. - Pensei por um minuto, Carly tem razão.

- Tudo bem! 

- Agora desliga esse telefone e vai lá consertar a sua burrada antes que seja tarde. - sorri, eu precisava apenas de um incentivo.

- Então eu vou lá, depois no falamos. - me despedi de Carly e desliguei o celular.  

Olhei-me no espelho e ajeitei o cabelo, sorri para o meu reflexo, respirando fundo girei a maçaneta da porta e dei de cara com Justin saindo do seu quarto lindo e muito cheiroso.

- Vai sair? - perguntei a ele.

- Tenho uma reunião de negócios. - Respondeu-me seco.

- Às dez da noite? - Não tinha a intenção de soar acusadora, mas foi inevitável.

- Não precisamos ter esse tipo de conversa. - Suas palavras foram como farpas em meu coração. Como ele passou de passional a frio como gelo? 

- Desculpe é que. - Olhei pra ele sem saber o que dizer. - Não vai não. - Justin arregalou os olhos divertido e eu quase me arrependi de ter dito mas não ia ser fraca. - Fica aqui... Fica aqui comigo. - Finalmente pedi o que de fato queria.

- Não entendo você. - Confessou.

- Eu quero mais Justin, parece que eu nunca tenho o suficiente com você, eu quero mais que sexo. - Justin olhou para baixo e respirou fundo. 

- Não sou bom com relacionamentos, sou egoísta teimoso e gosto demais da minha liberdade. Porque não apreciamos isso enquanto durar sem algemas? - Engoli seco.

- É tudo sobre sexo não é? Não se trata de companhia e nem de conversa inteligente, sexo é tudo o que quer e o que sempre quis de mim. - Acusei com uma forte dor no coração.

- É claro que não, gosto de você e gosto da sua companhia e conversa inteligente...

- Eu estou apaixonada por você! - o interrompi com a minha declaração sincera, Justin me olhou assustado, tentou falar algumas vezes mas nada saiu, até que por fim respirou fundo e disse.

- Não, não está. Não quero que me ame. - Não pude conter as lágrimas que me invadiam.

- Isso não é apenas atração sexual pra mim. - minha voz estava embargada.

- Não posso dar o que você quer. - Senti uma dor forte no peito, mas limpei as lágrimas e quando estava prestes a dizer algo seu celular tocou. Justin olhou no visor e pareceu pensar se atendia ou não, por fim o fez.

- Sim... Sinto muito tive alguns contra tempos. - Ele estava tenso. - Dentro de dez minutos estarei aí, prometo recompensar você. - Sua última frase me matou por dentro, tá na cara que é uma mulher. Justin desligou o celular e me olhou nos olhos, aproveitei e limpei todas as minhas lágrimas do rosto. - Alice eu...

- Tudo bem, pode ir. - Ele se aproximou com um olhar terno, talvez fosse pena. 

- Eu quero você não tenha dúvidas. - Mas não como eu o quero. Pensei.

- Esqueça Justin. - Ele levantou a mão e antes que tocasse meu rosto eu me afastei e fiquei de costas. - Não faça com que eu me sinta mais tola, vá para o seu compromisso. - Respirei fundo tentando conter a tempestade que crescia dentro de mim. - Tudo era mais fácil quando eu te odiava. - murmurei e senti as mãos dele em meu ombro, me afastei de vez entrando no meu quarto e deixando que a dor viesse à tona, como eu posso ser tão patética?

Chorei a noite inteira.

Na manhã seguinte sentia como se um trator tivesse passado por cima de mim, olhei no espelho e meu rosto estava inchado, passei água e tentei fazer uma maquiagem para que Maria não notasse que eu andei chorando.

Desci para o café da manhã e como se minha falta de sorte não bastasse, encontrei com Justin sentado tomando café. Ele me olhou dos pés à cabeça e eu sentei ao seu lado em um silêncio absoluto. 
Servi-me com uma xícara de café puro e quente, Justin ficou me avaliando é isso me deixou incomodada.

- Andou chorando? - Perguntou sem mais nem menos.

- Não. - Fui monossilábica.

- Não minta para mim.  - Não respondi, olhei para Maria que fazia panquecas e fingia não prestar atenção na conversa. - Para com isso Alice. - Finalmente olhei para Justin. - Não era minha intenção deixá-la mal. 

- Eu estou bem Justin. - Tentei sorrir mas no máximo consegui fazer uma careta bem feia. - Você sentiria um enorme prazer em me magoar não é?

- Ouça eu não quero que as coisas fiquem feias entre a gente. - Confessou, ele parecia tão gentil. Ficamos em silêncio por alguns minutos até que eu decidi quebra-ló.

- Então, como foi a reunião de negócios? À propósito foi em um restaurante ou em um quarto de hotel? - Provoquei, Justin respirou fundo já perdendo a paciência. 

- Você está com ciúmes? - Perguntou divertido.

- Porque deveria estar? Todo mundo sabe que você já dormiu com muitas mulheres. Quantas mesmo? - Sim eu estava doente de ciúmes.

- Não vou fazer uma lista de nomes e números Alice, e isso não tem nada a ver com nós dois. - Sua expressão ficou fechada, olhei para Maria de costas no fogão.

- Não existe nós dois. - Tentei corrigir Justin. 

- Você acha que fazer amor comigo não nos torna uma espécie de casal? - Levantou uma sobrancelha.

- Foi só sexo Justin... Pessoa fazem isso o tempo todo. Até estranhos fazem isso e isso não os torna um casal. - Fiquei com vergonha por Maria ter ouvido. Justin bufou.

- Você está ficando histérica. - Olhou-me sem paciência. 

- Você é um egoísta sem coração. - Levantei e antes de sair da cozinha disparei. - Você não fez amor comigo, não fez porque não me ama. - virei as costas e sai da cozinha, quando estava prestes a subir as escadas fiquei supresa com o fato dele ter me seguido.

- Eu gosto de você Alice. - Meu coração disparou, mas não me virei para olhar pra ele, continuei de costas com um pé no degrau. - Sinto por você mais do já senti por qualquer mulher que me envolvi a vida toda. - Senti borboletas no estômago. Virei-me e olhei em seus olhos. Justin estava parado no meio da sala, lindo, parecia uma estátua viva de um deus grego, os cabelos ainda molhados pelo banho, suspirei e fui para os seus braços que me envolveram.

Puxei Justin pela nuca e o beijei com amor!



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