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História Liberdade Opressiva - Enigmas


Escrita por: Carolaines2

Notas do Autor


Queria avisar que os títulos serão em português ou inglês, vão variar de acordo com o que eu escolher.
Ok?
Boa leitura!

Capítulo 2 - Enigmas


Fanfic / Fanfiction Liberdade Opressiva - Enigmas

Voltei para a realidade quando percebi que minha tia continuava com as lamentações dela.

- ...Minha querida irmã... Como pôde acontecer tal barbaridade com ela? ... 

Nunca entendi essa rixa dela com meu pai, ela nunca mencionou o nome dele em qualquer conversa que já tivemos. Tenho muita curiosidade sobre o que minha tia sabe dos meus pais, coisas que eu nunca poderei saber deles, coisas que eu sinto que deixei passar.

- Dorette, preciso fazer uma pergunta para você - Minha maior preocupação é confiar na palavra dela, mas tenho que saber o que ela sabe. 

- Sobre o que? - Indaga preguiçosamente. 

- O que você sabe sobre o assassinato dos meus pais? - Respondi com outra pergunta.

Ela balançou a cabeça quase que imperceptivelmente, não iria perceber se não estivesse perto.

- Apenas o necessário, agora preciso ir, quer uma carona? - Ela desviou habilidosamente da minha pergunta, isso só me deixou mais curiosa ainda. 

- Não, prefiro andar - Acho que fui uma pouco rude, mas estou me acostumando a ser fria, é necessário se eu realmente quiser descobrir os culpados do assassinato dos meus pais. Ia sair do carro, quando ela me puxou de volta para dentro dele.

- Queria lhe dar isso antes de nunca ver você novamente - Ela estendeu uma fita de seda vermelha, com uma frase de efeito escrita.

"Segredos não escondem as verdades e as tentações não escondem as mentiras" 

Não entendi o que isso queria dizer, e pelo visto deixei transparecer em minha face, porque ela logo acrescentou. 

- Sua mãe me entregou uma semana antes de falecer. - Agora percebo o luto nessa frase, com o pesar leve que recaiu em seus ombros ou na forma em que seus olhos desviaram para o chão, perdidos. Fiquei bem surpresa com isso. 

- Ma... mas o que isso significa? - Estava gaguejando pelo nervosismo e o nó que estava se formando na minha garganta, fazendo meus olhos lacrimejarem. 

- Não entendi também - Ela olhou profundamente em meus olhos - Mas, rose - Vasculhou algo em meu rosto e deu um suspiro cansado antes de completar - Eu espero que você consiga.  

Fiquei uns segundos no carro digerindo as informações que recebi. Será que eles sabiam desse destino? Será que podiam impedir? Por que me pouparam?

Tantas perguntas. Como faço para chegar as respostas?

Decido ficar em um hotel. 

A herança predestinada a mim foi suspensa, até poderem terminar as investigações do caso. Até lá, as casas dos meus pais não será de ninguém. Mas mesmo com tudo o que eles me deixaram, eu não quero nada, absolutamente nada. 

Quero apenas recomeçar, virar essa página rabiscada e começar em uma página em branco, um novo capítulo. Eu sei que posso morrer mil mortes, antes de começar a escrever, porque eu sei que as palavras serão vazias, pelo menos por enquanto. 

Já dentro do hotel, resolvo tomar um banho para limpar os pensamentos que me confundiram esses dias. Olho meu reflexo no espelho redondo do banheiro pequeno e organizado, mas o rosto branco e pálido que olha de volta para mim está tão assustada e com medo. 

Ela não se reconhece.

Escuto um barulho, alguém está batendo na porta, deve ser o Tonny para me interrogar novamente, já estou cansada disso tudo, não vejo a hora de acabar com as investigações. Saio do banheiro, caminho lentamente pelo corredor olhando para os meus pés descalços, percebo que os únicos barulhos da casa são dos pingos do meu cabelo molhado, começo a virar o corredor para ir de encontro à porta da frente, mas paro assim que  escuto um barulho vindo do quarto ao lado, na verdade o som vinha da porta do quarto, como se alguém estivesse o arranhando, mas não faz sentido, porque não tem ninguém em casa. 

Isso me assusta. 

Porém não paro ao pensar nisso - Pelo amor de Deus, deve ser apenas o vento sua paranoica - Falo baixinho, comigo mesma. Abro a porta vagarosamente, olhando para o quarto ao mesmo tempo em que abro. Desabo contra o batente quando vejo o que realmente encontro, não acredito no que meus olhos veem. 

No centro do quarto tem um símbolo, como em forma de cruz, desenhado em pó preto no tapete branco quadriculado.

Um enigma.

O que é aquilo? Quem fez essa brincadeira sem graça? - Penso com descrença. 

Caminho atônita, espantada com o desenho. Qual é o significado? Meus pensamentos estão aleatórios, acho que vou desmaiar, e se for uma ameaça? 

Paro de pensar, quando reparo em tudo a minha volta e percebo que a janela está realmente aberta com as cortinas balançando, as batidas na porta cessaram.

Quem esteve aqui?

Depois de sair do estado entorpecido, caminho lentamente como se não quisesse saber a crua e nua realidade.

Alguém invadiu minha privacidade, para uma brincadeira idiota. Porque não estou correndo para falar que estou sendo ameaçada? Simplesmente porque não quero mais dor de cabeça, nem me preocupar com coisas desnecessárias, então tinha duas opções:

Primeira: Limpar tudo e fingir que nada aconteceu.

Segunda: Ficar me remoendo até conseguir falar com a polícia.

A primeira opção é tentadora, porém, por mais que eu tente não vou conseguir tirar o símbolo da cabeça, então decido chamar a polícia e mais dor de cabeça para mim.

Indo em direção à porta, pressiono a tranca. Fechado. Pego a chave ao lado da porta e tento outra vez, não entra, que estranho, quando me viro para pegar o celular e ligar para alguém, noto pelo canto do olho que a janela aberta está agora fechada. Resolvo testar outras janelas. 

Entro em colapso quando percebo que todas as janelas estão trancadas, estou sem saída, vou ao telefone de fininho para não fazer barulho, vai que algum maluco pula em mim a qualquer momento. Chego perto da estante e procuro a lista telefônica, não acho, começo a ficar desesperada.

- Quem estiver ai, pode sair agora, ISSO NÃO TEM GRAÇA! - grito alto para quem estiver aqui poder ouvir com clareza. 

Silêncio. Corro até a porta, e bato loucamente na esperança de alguém ouvir, qualquer pessoa.

- Socorro, alguém me ajuda! SOCORRO! - Berro cada vez mais alto. 

Sinto passos atrás de mim, só não me atrevo a olhar porque sei o que vai acontecer. Eu não quero morrer, essa é a verdade, eu tenho medo da morte, sei que não deveria ter, ela é a única coisa certa na vida, mas eu admito que tenho.

- Shiiiu, não tenha medo - Ouvi alguém sussurrar no meu ouvido, me causando arrepios traiçoeiros, um homem. A única coisa que lembro antes de desmaiar é do cheiro ruim da droga pressionado contra meu rosto e mãos fortes e frias me segurando enquanto caía de costas.  

***

Abro os olhos lentamente, para evitar a luz que passa por uma janela com grades.

Onde eu estou?

Memórias do que aconteceu começam a voltar e nessa hora o pânico também, lembro-me de uma voz com um leve sotaque inglês, que falou comigo e depois puff! Apaguei.

Olho ao meu redor e penso em alguma saída, porém, não há uma sequer. Que droga, você tem tanta sorte Lavonne! Tem apenas uma porta e corro até ela, só há um problema que me impediu de chegar lá.

Estou acorrentada.

Eu não acredito nisso, não é possível! Tudo em volta de mim é frio e escuro, as quatro paredes que me sufocam parecem pequenas demais, e pela janelinha dá para perceber que já vai escurecer e tudo vai ficar mais escuro ainda, o que ajuda muito né? 

A porta estreita e insignificante (pelo menos para mim, nesse momento) é aberta com um som estridente, e de lá surge uma mulher alta e esbelta, de cabelos loiros e roupas sofisticadas. Encolho meu corpo contra a parede, pensando que seria uma maravilha se eu me fundisse a ela agora. 

- Você não iria querer se soubesse o que ela guarda - disse á loira rispidamente.

- Quem é você? Você leu minha mente? - pergunto desesperadamente. Ela apenas ri alto. 

- Sempre as mesmas perguntas, mas só posso responder depois de você passar no teste. Por enquanto me chame de Sra. Lincohn. - Seus olhos verdes me analisam de cima a baixo. 

- Lincohn? Que teste? Eu não fiz nada, se você quer... - ela me interrompe.

- Shii... Shii - Ela gesticulou em sinal de silêncio - vou fazer algumas perguntas, e você vai responder todas, entendeu? 

- O que acontece se eu não responder? - pergunto ainda receosa.

- Simples, será punida. - E com isso fecha a porta com força. 


Notas Finais


E ai o que acharam da tia dela? e dos enigmas? e do sequestro?
Espero que tenham gostado.
Comentem a opinião de vocês, isso é muito importante! Kissus *-*


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