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História Lições de sedução - Bom amigo


Escrita por: Gessikk

Notas do Autor


Hey, gente! Não sei nem como me desculpar, sei que demorei muitooo para postar!
Estava totalmente travada nessa fic, não conseguia continuar e também ando sem tempo desde que comecei a faculdade. Maaas, aqui estou eu!
Preciso acordar cedo amanhã, porém, fiquei acordada até agora para conseguir escrever esse capítulo para vocês...então, espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 18 - Bom amigo


Lydia não apanhou quando chegou em casa.

Aiden estava bêbado. Bêbado demais. Jogado no sofá da sala, dormindo ao lado de uma lata de cerveja vazia. Isso deu a Lydia um final de dia tranquilo, uma noite em paz. Ou quase isso, já que sua mente não parava de repassar os momentos daquele longo dia.

Assim que entrou em casa e se deparou com Aiden, ela tirou os sapatos que usava e andou nas pontas dos pés, descalça, para não fazer nenhum barulho. Conseguiu chegar em seu quarto em total silêncio e ali, trancada no pequeno cômodo, pode suspirar de alivio.

Tirou a roupa que usava, deixando cair no chão e foi quase correndo até o banheiro do quarto. Com cuidado, se livrou da tipoia que imobilizava o braço quebrado. Algumas lágrimas se desprenderam de seus olhos com a dor que sentiu, mas foi forte o suficiente para enxugá-las e ignorar o incomodo.

Entrou no chuveiro, ligou a água morna e fechou os olhos. Queria que a sensação gostosa das gotas contra seu corpo nu fosse capaz de fazer cada musculo seu relaxar.

Usou uma quantidade excessiva de sabonete líquido sobre toda a pele e massageou o couro cabeludo com o condicionador cheiroso. Ela se permitiu ter aquele pequeno momento de satisfação simples, ao redor de fragrâncias de flores que trazia bem-estar para o corpo.

Depois de sair do banho, colocar sua camisola favorita e botar mais uma vez a tipoia, Lydia deitou e segurou o celular com a mão livre. Desbloqueou a tela e ficou encarando por minutos o mais novo contato em seu celular.

O número estava salvo como “Stella”, em uma tentativa frágil de não correr riscos de Aiden descobrir que ela tinha o contato de um de seus alunos. Não um aluno qualquer, aquele número era do Stiles.

Com um suspiro temeroso, Lydia clicou no nome Stella, tomando coragem para ligar para aquele número. Enquanto a linha tocava e ela esperava ansiosa para ser atendida, a Martin fechou os olhos e lembrou da conversa que teve com Scott McCall.

— Alô? — Depois de poucos segundos, a voz grave e rouca se fez presente do outro lado da linha.

Lydia estremeceu.

— Hey, é a Lydia.

**

Horas antes...

Se antes de Lydia falar já estava quase insuportável o clima naquela mesa, depois que ela disse as palavras ácidas para Mary e Stiles, se tornou de fato, impossível continuar ali.

A chateação de Mary e a satisfação de Stiles contrastavam de forma irritante. Scott continuava deslocado, sem reação, apenas olhando para as três pessoas sentadas a mesa.

Lydia não aguentou. Pediu a conta para o garçom e pagou antes que Stiles pudesse ter alguma reação contrária. Sem quebrar o silêncio tenso, a Martin abriu um sorriso falso, como se ignorasse as palavras que tinha acabado de dizer.

Ergueu a mão, acenou e antes de levantar murmurou apenas “eu preciso ir”. Ela caminhou com passos duros para fora do restaurante e Stiles se viu impossibilitado de segui-la, pois, os olhos de Mary estavam voltados para ele.

Lydia só voltou a respirar quando alcançou o conhecido corredor do shopping. Soltou um bufar irritado e por alguns segundos, se perguntou se era melhor ir para casa. Encontrar Aiden era a última coisa que ela queria, mas sabendo que Stiles estava naquele shopping, ela se viu sem muitas opções.

Ou ia de encontro ao marido agressivo ou ficava ali, correndo risco de presenciar Stiles se agarrando com sua ex-colega de faculdade. As duas alternativas pareciam péssimas para Lydia, porém, ela não demorou para concluir que era mais suportável permanecer por mais algum tempo no shopping do que ver Aiden.

— Lydia? — A voz insegura e conhecida fez com que a professora virasse o corpo para trás.

Ela se surpreendeu ao encontrar Scott. Ele estava com as mãos nos bolsos da calça jeans, os ombros caídos. Sua expressão tímida e insegura era completamente o oposto das expressões que seu melhor amigo sempre carregava no rosto.

— Scott, não é? — Ela testou o nome sem muita certeza, o rosto franzido.

— Sim. — A resposta curta pairou pelo ar por muitos instantes. Scott forçou uma tosse antes de tomar coragem para voltar a abrir a boca. — Eu posso falar com você?

Lydia ponderou sobre aquilo por algum tempo. Sua resposta de imediato seria “não”, mas a curiosidade gritava dentro de sua cabeça. Afinal, ela nunca tinha conversado com Scott.

Ela sempre via o McCall ao lado ou atrás de Stiles. Quase como uma sombra que era tão natural de se ver, que Lydia já não se surpreendia. Sempre que olhava para o aluno que a enlouquecia, ela esperava que Scott estivesse por perto com sua presença silenciosa.

O olhando de perto, parecia estupido nunca ter nem reparado com atenção um garoto tão bonito. A pele morena, maxilar torto, olhos castanhos e cabelo bagunçado. Tudo o tornava uma presença chamativa, porém, quando Stiles estava perto de Lydia, ela não conseguia enxergar nada que não fosse o Stilinski.

Lydia jamais pensaria em olhar para Scott por mais que alguns segundos ou em conversar com ele, enquanto Stiles estivesse por perto, roubando toda sua atenção. Era como se aqueles olhos avelãs exigissem que a Martin o observasse, o admirasse. Era como se ela

— Tudo bem. — Foi a resposta de Lydia, mesmo sem muita confiança na voz. Ela pensava em Stiles e Mary.

Scott concordou com a cabeça, olhou para os pés e soltou um suspiro antes de começar a andar devagar ao lado da professora. Existia uma distância considerável entre seus corpos e o silêncio era opressor.

O fator dos dois não se conhecerem bem, no entanto, terem Stiles como algo em comum em suas vidas, parecia de alguma forma, deixar o clima mais tenso. Lydia esperava que ele dissesse algo, curiosa para saber o que ele podia dizer e Scott, não fazia ideia do que falar.

— Stiles foi um babaca. — A escolha da primeira frase de Scott foi atrativa para Lydia. Seus olhos sempre tristes e intensos se fixaram no rosto do McCall com certa curiosidade. — Na verdade, quase sempre ele é um babaca. Mas ele é do tipo de idiota que você ama, sabe?

— Você veio defender seu amigo?

Scott percebeu em Lydia a postura defensiva que Stiles já tinha descrito. O McCall podia nunca ter parado para falar com a Martin, mas só de ouvir Stiles falar repetidas vezes sobre ela, sentia como se a conhecesse.

Stiles já tinha descrito pequenas manias de Lydia e a forma como se portava em público e quando estava sozinha com ele. Então, Scott foi atingido por uma sensação de familiaridade ao enxergar o incomodo no rosto da professora.

— Eu conheço o Stiles desde pequeno — Por fim, Scott resolveu mudar sua tática de abordagem enquanto ainda raciocinava o que ia dizer — Nós crescemos juntos e sempre fomos amigos. Não lembro de nenhuma época da minha vida em que ele não estivesse comigo.

Lydia esperava qualquer coisa, menos que Scott falaria sobre a vida dele com Stiles. Por isso, a mulher só concordou com a cabeça, franziu o rosto e permaneceu calada. Pressionou os lábios em uma linha fina, olhou para o chão enquanto andava devagar.

— Ninguém conhece o Stiles como eu conheço — O garoto concluiu, fazendo com que Lydia, finalmente, começasse a entender o motivo de Scott estar falando com ela — e... Nós contamos tudo um para o outro.

Depois da última frase, a professora precisou engolir em seco e tomar cuidado para a respiração não falhar. Automaticamente, lembrou do dia em que Stiles viu ela apanhando do marido. Scott também estava lá naquela festa, também viu o tapa que ela recebeu.

— Você sabe que nós já ficamos. — Lydia optou por dizer o que era mais fácil. A voz baixa, rouca, mesmo assim, Scott se surpreendeu com a coragem que ela teve para expor aquilo em palavras.

— Sei.

O silencio se instalou mais uma vez por momentos torturantes. Até Scott ter o tempo o suficiente para formular uma nova frase e abrir a boca para dizer com a voz sussurrada, porém decidida:

— Também sei quanto o Stiles gosta de você. — A pequena pausa que Scott deu, foi a oportunidade que Lydia teve parar digerir aquelas palavras — Ele está apaixonado, Lydia. Se você soubesse o quanto ele fala de você, o quanto se preocupa...

— E-eu ainda sou casada. — Ela interrompeu para dizer a frase dolorida.

Scott não tinha resposta para aquilo. Calado, só encarou a professora e com seus olhos expressivos, doloridos e confusos, foi capaz de se comunicar sem dizer nada.

— Ele pode ajudar com isso. — Foi a frase mais baixa que Scott disse, repleto de receio. — Nós podemos. — Corrigiu de forma tão acolhedora, que Lydia sentiu como se pudesse desabar no chão.

Ela queria ajuda. Queria acreditar no que aquele garoto dizia, queria acreditar que Stiles estava apaixonado e que ela podia se livrar do inferno que vivia. Mas Lydia simplesmente não conseguia... não podia acreditar. Era impossível demais. Arriscado demais.

— Isso que você veio dizer para mim? — Em vez de demonstrar sua fragilidade, seu medo, Lydia tornou a voz dura, impenetrável.

Scott encolheu os ombros antes de responder, estava cada vez mais desconfortável com toda a situação.

— Stiles está agindo na defensiva depois que-e.… que v-você recusou ficar com ele e deixar que ele tentasse se aproximar, conhecer...

— Eu sei o que eu recusei, Scott. Sei o que ele disse para mim. Não precisa repetir!

Ela não queria ser grosseira, porém, não suportava ter que ouvir vindo da boca de outra pessoa, aquilo que Stiles tinha dito e que ela não foi capaz de acreditar, confiar. Já era dolorido demais.

— Eu... — Scott bufou. Passou a mão pelo cabelo já bagunçado e por fim, uma ideia passou por sua cabeça. — Você quer o número dele?

— O quê?! — Surpresa, Lydia perguntou, olhando para Scott.

— O número do Stiles. — Ele explicou rápido, ainda inseguro — Sabe para se.… se você quiser falar com ele.

Lydia demorou para responder, pensando naquela oferta. Ao ver a hesitação no rosto da mulher, Scott tirou um pedaço de papel rasgado de dentro do bolso da calça jeans. Olhou para os lados e correu até um garoto que estava sentado em um banco do shopping, escrevendo algo em um caderno.

Scott pediu a caneta do garoto emprestada e assim, escreveu rápido naquele pequeno pedaço de papel. Correu de volta até Lydia e estendeu a ela, tentando dar um mínimo sorriso em sua direção.

Ainda na dúvida, a professora pegou o papel e viu o número de Stiles escrito com uma letra pouco legível. Voltou a olhar para Scott, sem saber se agradecia ou só se despedia do garoto.

— Não sei porque vim falar com você, Lydia. — Scott murmurou, sincero. — Eu só... sei como o Stiles pode ser insuportável as vezes e não posso nem imaginar como tudo isso é difícil para você, mas... — Ele se enrolou com a própria respiração. Precisou de alguns segundos para voltar a falar. — Queria que soubesse que ele está apaixonado por você, que eu nunca o vi assim antes e que mesmo se não ficarem juntos, Stiles pode ser um bom amigo. Ele pode ajudar.

Lydia abriu a boca algumas vezes, mas não falou nada. Scott sorriu sem mostrar os dentes, tímido.

— Eu também posso ser um bom amigo. — Completou e ergueu uma mão para a mulher.

Meio atordoada, Lydia aceitou o cumprimento. Apertou a mão de Scott e enquanto ela se afastava, ela tomou fôlego para dizer “obrigada”. Em resposta, o McCall sorriu mais uma vez.

**

Enquanto segurava o celular contra a orelha, a mão de Lydia tremia e suava. Ainda assim, ela pode sorrir minimante ao ouvir o arfar de Stiles do outro lado da linha. Percebeu que ele estava surpreso.

— Como você tem meu número? — A voz deliciosa murmurou, fazendo com que a mulher se remexesse desconfortável na cama.

— Scott me deu...

— Ele... — Stiles desistiu do que ia falar e ficou em silêncio por um tempo longo demais — Desculpa por ter dado em cima da sua amiga.

— Tudo bem — Ela disse rápido, apesar da surpresa por aquele pedido de desculpas — E-eu nem sei porque liguei... — Acrescentou já nervosa, arrependida.

— Não desliga! Por favor. — Stiles pareceu tão sincero, tão nervoso, que Lydia não pode resistir. — Você pode falar comigo? O seu... o.… mar...

— Estou sozinha.

— Então vamos aproveitar isso.

Lydia teve a impressão de ouvir um tom maldoso escondido naquela frase, mas não pode ter certeza. Insegura de sua própria decisão de ter feito aquela ligação, ela tentou relaxar o corpo na cama e respirou fundo.

— Vamos. — Concordou em um mínimo sussurro.


Notas Finais


O que acharam??
Estava mais do que na hora do Scott e a Lydia terem a primeira conversa, por isso esse capítulo focou bem nisso, achei que era importante para os personagens. Também estou tentando planejar como vai ser encontro Allydia!!
Espero que não estejam com muita raiva de mim e nem me abandonem nos comentários hahah... juro que estou me esforçando para escrever para vocês e vou fazer de tudo para não demorar tanto.
Agora preciso dormir porque amanhã já vai ser uma luta para acordar cedo...
Beijinhos!


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