História Lie ( Jimin ) - 12

Jimin

- Sh… - ela se vira e coloca seu dedo no meio de seus lábios. Logo depois ela sorri e da uma piscadela para mim. Levo minha mão a boca e contenho o sorriso.

A porta dos fundos do estabelecimento se abre e sai uma garota loira de dentro dele, na hora que a porta se fecha a garota suspira e joga um saco enorme na lixeira. Nos aproximamos dela e Krist mostra uma faca para a garota, que arregala os olhos e olha para ela, logo depois pra mim, mas os capuzes escodiam muito bem nossos rostos.

- Passa o celular. – falo engrossando minha voz e me aproximando da garota.

- An… Ah, Ok, Ok… - responde a loira calmamente e coloca as mãos no bolso.

- Se você fizer gracinha eu juro que enfio essa faca bem na sua cara. – diz Krist. Ok, aquilo estava até me assustando…O seu tom de voz havia sido sério e confiante demais. Ela faria mesmo isso?

- T-ta aqui… - diz a garota estendendo o celular. Era um iPhone de última geração. Estendo minha mão e pego o celular, um som de dentro do estabelecimento faz e logo eu puxo Krist e começamos a correr pelas ruas.

Guardo o celular no bolso, e continua correndo enquanto seguro o capuz para esconder meu rosto. Krist passa por mim correndo, seus cabelos voavam enquanto ela corria velozmente, corro mais um pouco e ela me encara e sorri. Começo a rir e continuamos correndo por um longe período de tempo, quantas mais ruas atravessávamos e quantas mais pessoas esbarrávamos eu tinha certeza de que não sabia para onde estávamos indo.

Ela para de cansaço e entra dentro de um beco, ela sorri e tira o moletom e o envolve em sua cintura. Ela se aproxima de mim e pega o celular do meu bolso.

- Última geração. – fala ela pausamente enquanto tenta recupera o fôlego.

- Onde estamos? – pergunto e ela nega com a cabeça. - Sabia que você não fazia a mínima idéia.

- E isso importa? – pergunta ela colocando o celular novamente no meu bolso de trás.

- Na verdade não. – falo e agarro sua cintura antes que ela possa se afastar.

Ela se aproxima de mim e seus olhos brilhavam, a mesma encara meus lábios mais depois volta a olhar em meus olhos, eu iria agarra-la e beija-la mas acho que deveria apreciar mais seus olhos presos no meu. Ela tem razão quando disse que estava estragando minha vida, ela está…

Krist

Estava nervosa? Estávamos nos encarando a tempo depois, e por mais que eu quisesse que ele me puxasse e me beijasse eu não estava fazendo isso, o “porquê?”, a resposta era Jimin por si próprio, parecia que ficar aqui próximo dele bastava por enquanto. Desde que o vi eu estava interessado em seu corpo, queria sentir cada parte dele, mas agora que tudo esta prestes a acabar eu não entendo como ainda não enjoei dele.

- Sinto que estou queimando viva. – falo sem pensar.

- Porquê ? – pergunta Jimin olhando para mim. Seus lábios levemente abertos, sua testa suava um pouco e seu topete estava um pouco bagunçado, porém ele não largava minha cintura para retocar seu penteado.

- Mal consigo respirar. – falo. Me sinto sufocada por algo, um sentimento tão estranho, eu não conseguia me expressar. – Quando você esta comigo. – as palavras saem e eu agarro sua nuca e o beijo.

Jimin corresponde o beijo fazendo minha pulsação aumentar, provavelmente por causa da adrenalina de correr tanto após um assalto, ou talvez o calor de seu corpo… Não sei explicar, éramos como fogo e gasolina, juntos eu podia ver as futuras cinzas que isso traria.

Ele continua a me beijar e aperta minha cintura, um beijo intenso e nada calmo, violento era a palavra certa, alvoroçado e cheio de desejo. Agarro seus braços e começo a alisar suas costas sentindo seu corpo quente como o meu. As mãos dele se abaixam e ele agarra minha bunda, me fazendo arfar e tombar um pouco a cabeça para trás, quando abro meus olhos ele esta lá a me encarar. Minha boca entre aberta da um sorriso e eu aliso seu rosto, ele vira o rosto e beija minha mão, e eu fico hipnotizada ao ver o toque de seus lábios em minha pele, sinto suas mãos alisarem meu quadril e eu me afasto dele. Encaro o chão e depois olho ao nosso redor, me sinto perdida, não em relação aonde estavamos e sim a o que acabei de sentir.

O q-que… O que esta acontecendo?

- Vem. – fala Jimin voltando caminhando em direção a rua. – Vamos para onde? Você que conhece LA.

Depois de andarmos um pouco, entramos em um restaurante e pedimos a comida.

- Estamos muito longe do meu carro. – falo.

- Você quer ir até lá? – pergunta ele brincando com o canudo do copo. – Por mim podemos ficar a pé por hoje.

- E se… - E se não dormíssemos hoje? – Me da seu celular. – digo e estendo minha mão, Jimin me da o celular e eu configuro o mesmo para apagar tudo que tinha antes. Precisava ocupar minha mente. Momentos de silêncio se passam enquanto comemos.

- Você conhecia a garota?

- Sim. – respondo. – Mas eu não tenho nada contra ela, ódio é um sentimento que ocupa muito espaço.

- Você não odeia ninguém?

- Não. – falo. Ódio não era a palavra certa e mesmo que fosse eu não sou boa em distinguir nada que tenha haver com sentimentos. – E você? – falo e o encaro.

- Acho que você. – ele diz e sorri de lado.

- Me odeia e flerta comigo? – pergunto o encarando e estendo minha mão entregando seu celular de volta.

- Não consigo parar de fazer isso. – Jimin responde olhando-me.

- Um dia terá que parar. – falo e em levanto deixando o dinheiro em cima da mesa. E esse dia estava próximo.

Continuo a caminhar em direção a saída, e me assusto ao sentir algo envolver minha mão, ele esta segurando minha mão? O olho confusa e aborrecida.

- O que você acha que esta fazendo? – pergunto enquanto caminhamos de mãos dadas.

- Deixa de ser chata. – Jimin falando enquanto sorri. – Ah, esqueci, isso é impossível! – ele brinca.

- Sim, sou. – falo e puxo minha mão.

- Afinal, o quê você quer com isso? – Jimin aparece na minha frente impedindo-me de continuar a caminhar. Sentia que sua pergunta se referia a várias coisas.

- Ser livre. - digo o encarando. Permanecemos em silêncio e então eu prossigo. – Com você… - Jimin fita o chão e depois começa a caminhar.

Jimin

Eu não entendo ela! Ela me deixa tão aborrecido com seu jeito! Mas apesar de tudo eu sinto que ela me quer, se ela me quer porque temos que nos separar amanhã? Paro de caminhar e me viro para ela, pouco me importando com as pessoas que estavam ao nosso redor.

- Vamos passar a noite juntos. – falo. – E isso não foi um pedido. – digo e continuo caminhando. Eu tinha receio de ela recusar mas… Era nossa última noite, estamos ficando sem tempo e eu não posso fazer nada. Quero ficar livre dela, eu preciso.