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História Liebestod - Wut


Escrita por: LilliTetrazzini

Notas do Autor


Desculpa a demora, e o capítulo mais curto do que eu esperava.
Bem, de todo modo, espero que tenham uma boa leitura.

Capítulo 3 - Wut


Aquilo era ultrajante, como um dia poderia ir de mal a pior como aquele havia conseguido, isso claro, sob o olhar de Katarina de Noxus. Ela havia tentado fazer panquecas durante a manhã, logo que despertou, para servir-se e a sua mais nova amante. Infelizmente para a mulher de fios capilares cor de sangue, os parafusos da panela estavam frouxos, e sua tentativa de arremessar a panqueca ao ar foi frustrada, quando de forma engraçada a vasilha rasa de metal desprendeu-se do cabo, arremetendo contra a parede e fazendo um círculo amarelo estatelar-se contra o chão. Depois do desastre culinário, Katarina teve uma breve discussão com Olga, sua amante, que resultou em um término. Irritadiça como estava discutiu com o pai ao chegar em casa, ao ser perguntada onde esteve – o pobre homem nunca imaginou que tantas injúrias pudessem sair da boca de sua filha -. E como um bolo não pode ficar sem uma mísera cereja, o ápice da catástrofe daquele fatídico dia, foi a notícia que Katarina recebeu, Swain pretendia atender ao pedido de Ionia. 

Swain nunca esteve no hall das pessoas adoradas pela ruiva, mas depois que este tornou-se governante a antipatia apenas cresceu. As políticas do novo chefe de estado iam contra toda a doutrinação que Katarina havia recebido desde o berço. Ele procurava por políticas mais voltadas a saúde e educação do império, do que na expansão sempre almejada, nem mais se aparentava com o grande estrategista de guerra que fora em algum momento do passado. Isso não encaixava de maneira alguma na cabeça de Katarina, realmente, aquilo não lhe fazia sentido. Então, o jovem de ascensão rápida caiu como uma luva, na lista de pessoas odiadas pela dona do fogo nos cabelos, mas este, realmente consolidou-se quando LeBlanc fora nomeada sua primeira ministra. 

Talvez Darius possa me ajudar, pensou a mulher, ele era amigo de Swain. As novas políticas dele não o tornaram impopular apenas comigo, o homem do machado agora tinha uma guerra fria declarada ao dono do corvo. Decidida a falar com Darius na manhã seguinte Katarina seguiu com seus afazeres antes de deitar-se. 

Tivera uma noite de sono sem sonhos, ao menos não de sonhos dos quais lembrasse. Aquela manhã, ao contrário da anteior, parecia otimista, tendo em vista que fazia sol, e à quase vinte e quatro horas atrás parecia que uma tempestade terrível se aproximava. A mudança meteorológica foi tomada como um bom presságio.  

Trajando vestes simples, e dotada de certo entusiasmo, Katarina caminhou animada até as ruelas que vinham a desembocar defronte a casa da mão de Noxus. Uma construção antiga e rudimentar, nem ao mais longínquo pensamento viria a lembrar os ricos aposentos, do qual Darius abdicara, isto, claro, após a derradeira discussão com Swain. 

Com leves batidas no seco mogno da pesada porta, a mulher anunciou sua presença. Não tardou para que a união de tábua velhas de madeira, presas em rebites negros de aço, rangesse e estremecesse. Movendo-se lentamente o conjunto sob o umbral revelou a corpulência do homem tão bem conhecido pela ruiva. O maxilar estava contraído a tal modo quase produzir rangidos. A cicatriz no olho esquerdo da o assustador ar tenebroso de Darius, em suma a maioria das pessoas sentem-se ameaçadas pelo homenzarrão, grupo este, que Katarina não pertence. 

- Katarina? - Perguntou, o semblante extremamente confuso. 

- Que recepção maravilhosa. - Katarina soou divertida. - Está se divertindo com alguém? - Perguntou a mulher, após uma rápida passada de olhos pelo corpo do homem. 

Aquilo era, o que, facilmente poderíamos chamar de bagunça. Os cabelos caídos e pingando suor. Algumas marcas nada castas em seu peito. E claro, o fato que prova a suposição de Katarina, um belo falo delineado nos calções de linho da Mão de Noxus. 

- Muito me admira ter atendido a porta rapidamente. - Falou, com a austera figura de Darius esvaindo-se um pouco, dando lugar a certo constrangimento, não muito, é claro, apenas o moralmente aceitável, dado o momento. 

- Que quer? - Perguntou, com a típica cara de poucos amigos reconstruída. 

- Conversar. - Disse. 

- Você não poderia ter escolhido momento melhor? - Perguntou, referindo-se ao que provavelmente fazia momentos atrás. O volume já diminuindo de tamanho nos calções, mas ainda bem visível. 

- Não. Precisamos falar de Swain.  

- Quero esquecê-lo em verdade. - Falou Darius virando-se para o interior da casa. 

- Mas precisamos parar a ideia de paz daquele imbecil. - A voz de Katarina soou mais alta do que ela pretendia, e com toda certeza oitavas acima do que a própria se permitiria emitir sons, isso claro, quando não em companhia de um ou uma amante. 

- Já tentei fazê-lo desistir dessa ideia. Não funcionou, ele está convicto dessa decisão. E sugiro que prepare-se, a conferência das Nações foi marcada para daqui duas semanas, no palácio de Demacia. - A menção do local vez um arrepio percorrer a medula de Katarina fazendo suas vértebras vibrarem, os pelos de sua nunca arrepiaram-se. 

- Mas...  

- Não tem mas Katarina, ele é o líder agora. A guilda dos assassinos está sob o comando de LeBlanc, um sibilo de Swain, e você é encontrada em uma valeta, com a garganta aberta em uma boceta sangrenta. - Falou fechando de uma vez a porta, o estrondo ecoou através da viela. 

- Merda! - Praguejou. - Puta desgraçada. - Xingou o homem que fechara a porta. Resmungando e chiando baixinho retornou a casa. 

A mente de Katarina fervilhava. Sua única ideia havia descido ralo abaixo. O presságio de mais cedo já não mais parecia tão bom.  

- Katarina. - Ouviu a voz de seu pai chamar do escritório, quando terminava de subir a escadaria para o primeiro andar. - Venha aqui, temos visita. 

Depois de ter confirmado a escuta da fala, e confirmado a informação de que se dirigia ao escritório, Katarina começou a pensar. Quem diabos estaria visitando sua família? E por que exatamente sua presença era requerida? São poucas as pessoas a pisar nessa casa sem ser a negócio. 

Transpassado o umbral da porta dupla do escritório do pai, Katarina viu algo que não gostaria de ver tão cedo. Swain sentado de fronte a seu pai. As unhas como garras, quase que cravadas no veludo da poltrona. O cajado em pé a seu lado, ereto e imponente como seu dono quando em pé. O corvo olhava atentamente de seu poleiro, no ombro direito. 

- Katarina. - Falou a pai da mulher. - Swain, nosso novo governante, veio para conversar com você.  

- Receio não ter nenhuma pendência à ser discutida com ele. - Retorquiu virando-se para a porta. 

- Mas eu tenho. - Falou Swain com voz augusta. - Sei que não concorda com minhas políticas. Não sou burro, e meus espiões não são surdos ou cegos. Mas quero que venha comigo, para a conferência, sendo exato.  

- Não irei.  

- Entenda criança, não está em posição de escolha. - Levantou-se da cadeira, e mirou os orbes de Katarina com os seus carmesins, e grossas sobrancelhas arqueadas. - Virá comigo. - Afirmou. Katarina quis rir, mas aqueles horrendos olhos não permitiram. - Por bem ou por mal. 

- Seele. - Grasnou o corvo.  

Katarina em um rápido movimento tentou apunhalar Swain, mas sentiu seus braços presos por correntes. Foi então que viu as correntes semivisíveis de tom amarelado, oriundas do cajado do homem. No segundo após um som de estalido, o cajado não estava mais lá, e sim LeBlanc, prendendo-a em suas correntes. 

Olhou aterrorizada para seu pai, mas este tinha os olhos frios e sem alma. O corvo, crocitou pedindo por grãos. Ao mirar o corvo os olhos de Katarina puderam ver a imagem de seu pai. Nesse ponto ela compreendeu, o corvo havia tomado a alma de seu pai. Seu joelhos falharam, se não fosse tamanha sua raiva, teria caído aos pés do novo Rei de Noxus. 

- Por que precisa de mim? - Sibilou entre dentes. 

- Simples! - Falou demasiado animado. - Você é uma pessoa em quem o povo confia. Darius também, minha popularidade caiu quando ele assumiu publicamente seu descontentamento comigo. Irá restaurar minha reputação, se a mais formidável assassina do país me apoiar. Consiga isso e alma de seu pai permanecera intacta. Um passo em falso eu começo a despedaçá-la. Sabe como é um corpo sem alma? - A ruiva negou. - Apenas uma casca, como vê. - Falou, indicando com o queixo seu pai sentado sobre a poltrona de sua escrivaninha. - Quanto a Darius, destruirei sua reputação tanto quanto fez comigo. Mas o levarei comigo, reerguer sua vida será um deleite além do calculável. - A ameaça gelou o espírito de Katarina, a homossexualidade não era algo bem aceito dentro de Noxus. 

Agora Katarina via, Swain era a mesma pessoa ardilosa de sempre. Conquistando as coisas com seus planos, nem que – como no caso – recorresse a força para isso. Ela deveria dançar conforme a música se ainda quisesse a alma de seu pai viva. Não poderia perdê-lo, não agora que sua irmã havia se tornado um pedaço de rocha, e sua mãe arremetido balaústre abaixo da mansão em decorrência disso. Ela estava presa, presa ao homem que desprezava, e que agora temia, seus olhos vermelhos escondiam muito bem os pensamentos, julgados pela ruiva, que deviam pavorosos. 

 

K ♡ G 

 

Lux se sentia extremamente estressada, Garen, maldito seja, não parava de falar sobre a ridícula ideia de Demacia unir-se a Noxus. Não parava de dizer que os Noxianos estavam tramando alguma armadilha. Não que eu a própria loira não concordasse, mas não é como se eles pudessem fazer algo para mudar aquela situação. Karma parecera bastante assustada na carta enviada. Dizia com todas as letras que magia das trevas havia sido lançada sobre a natureza, e a reunião pareceu sensata quando neve começou a cair sobre as ameias e telhados da cidade branca. Nunca sequer um floco houvera antes descido do céu em Demacia. 

- Eles não deveriam confiar em Swain. - Garen resmungou. 

- Mas eles não confiam. - Pontuou Lux. - É apenas uma reunião, uma conferência. 

- Mas se não confiam, por que chamar Noxus?  

Lux revirou os olhos nitidamente para seu irmão, mostrando seu desgosto em ter de explicar-lhe política. 

- Garen. - Ela começou. - Se nos unirmos a Karma para enfrentar quaisquer que sejam as forças malignas, teremos de mover nossos contingentes para a batalha. Demacia ficará a mercê de Noxus se não conseguirmos uma aliança de paz. - O semblante de Garen pareceu iluminar-se.  

- Acho que entendi. 

- Oh, por Deus, ainda bem. 

- E quem virá com Swain? 

- Katarina, Darius, LeBlanc, e Talon. Se não me engano esses eram os nomes na carta. O único que não faço a menor ideia de quem é, é o tal do Talon. Você conhece? 

- Outro assassino, assim como Katarina. - Falou um tanto ausente. 

- Piltover também virá, os representantes escolhidos pela população, o único nome que consegui ler pelos ombros de Jarvan foi o de Heimerdinger. De Ionia virão Karma, para representar os sábios mestres, Shen e Irelia também virão. Esses são os nomes que eu vi.  

- Ainda acho um erro a existência dessa reunião. - Chiou mais uma vez. 

- Se acha tão ruim, levante a bunda dessa cadeira e vá ter com Jarvan, convença-o a mudar de ideia. Mas pare de encher a minha cabeça com suas lamúrias. Merda. - Deixando um homem perplexo para trás, seguiu em direção a seu quarto. 

Garen viu-se abandonado aos próprios pensamentos. Pensamentos impuros para dizer o mínimo. Imaginar a mulher de cabelos escarlate gemendo embaixo de si, era bom, mas com toda certeza ultrajante, e pior que isso, era errado. 

 

K ♡ G 

 

- Tem certeza que vai se virar bem sozinha? - Perguntou Soraka à Karma. 

- Sim. Ela não é forte o suficiente para me ferir. Mas, caso eu não volte em dois dias partirá em meu lugar e assumirá meu posto na conferência. - Disse. 

- Tudo bem. - Soraka acaba de colocar o elmo da armadura de Karma. 

A Iluminada montou o alazão, também trajando armadura. E cavalgou com o crepúsculo avermelhado pintando o horizonte. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Beijinhos da Lilli.


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